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sexta-feira, 11 de março de 2011

II Guerra Mundial - Bomba de Hiroshima

             

              Uma das piores destruições do nosso globo terrestre, aconteceu no Japão, ataques nucleares que foram feitos no final da Segunda Guerra Mundial contra o  Japão, realizados  nos dias 6 e 9 de Agosto de 1945, pela Força Aérea dos Estados Unidos da América, no comando  do então presidente americano Harry S. Truman.

             Seis meses depois, o bombardeio voltou a atacar, e desta vez foram atingidas 67 cidades japonesas, a bomba atômica "Little Boy" caiu sobre Hiroshima numa segunda-feira. Três dias depois, no dia 9, a "Fat Man" caiu sobre Nagasaki. Historicamente, estes são até agora os únicos ataques onde se utilizaram armas nucleares. Felizmente nunca mais aconteceram essas destruições contra tantos viventes inocentes. Calculam-se que em Hiroshima foram mortos 140 mil pessoas e em Nagasaki foram mortos 80 mil pessoas, sendo algumas estimativas consideravelmente mais elevadas quando são contabilizadas as mortes posteriores devido à exposição à radiação. A maioria dos mortos eram civis. 
               Preocupado com o número de inocentes mortos com as explosões nucleares em poucos segundos, o presidente japonês resolveu baixar a cabeça diante dos  Estados Unidos, rendendo-se incondicionalmente em 15 de Agosto de 1945, com a subsequente assinatura oficial do armistício em 2 de Setembro na baía de Tóquio e o fim da II Guerra Mundial. 

             Os bombardeios atômicos dos Estados Unidos, assim como seus efeitos e justificações, foram submetidos a muito debate. O Japão antecipou o fim da guerra, e com essa decisão, foram salvas muitas vidas que seriam perdidas em ambos os lados.

            Os Estados Unidos aliado ao Reino Unido e Canadá, fizeram o projeto da bomba para vencerem ou serem vencidos, sob o nome de código projeto Manhattan, sendo que de início seria  contra a Alemanha Nazista.

                 O primeiro dispositivo nuclear, chamado Gadget, foi testado em Los Alamos, no Novo México, a 16 de Julho de 1945. As bombas de Hiroshima e Nagasaki foram a segunda e terceira a serem detonadas e as únicas que já foram empregadas como armas de destruição em massa.

Vítimas das crueldades do homem

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              As Bombas Atômicas que atingiram Hiroshima e Nagasaki mataram mais de 250.000 pessoas, e se tornou o maior massacre de civis da história moderna. Os nomes de Hiroshima e Nagasaki ficaram em nossas mentes, aqui estão algumas fotos que acompanham elas. Todos os dias, as imagens são uma mistura da devastação das terras e prédios. Imagens chocantes das ruínas, mas quanto as vítimas ?

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              Todos os relógios encontrados estavam parados às 8:15 am, a hora da explosão.

Ponte Yorozuyo

               Dentro de uma certa distância do centro da explosão, o calor foi tão intenso que praticamente tudo foi vaporizado. As sombras dos parapeitos foram imprimidas no chão da , meio kilometro ao sul do hipocentro. Em Hiroshima, tudo o que sobrou de alguns humanos, sentados em bancos de pedras próximos ao centro da explosão, foram as suas silhuetas.


               A fotografia abaixo mostra escadas de pedra de um Banco, onde uma pessoa foi incinerada pelos raios de calor.

Bomba de Hiroshima

              Em 6 de Agosto de 1945 às 8:15am, uma bomba atômica carregada de Urânio explodiu 580 metros acima da cidade de Hiroshima com um grande Flash brilhante, criando um gigante bola de fogo, a temperatura no centro da explosão chegou aos 4,000ºC. Mandando raios de calor e radiação para todas as direções, soltando uma grande onda de choque, vaporizando em milisegundos milhares de pessoas e animais, fundindo prédios e carros, reduzindo uma cidade de 400 anos à pó.


             Adultos e crianças foram incinerados instantaneamente ou paralisados em suas rotinas diárias, os seus organismos internos entraram em ebulição e seus ossos carbonizados.

Que maldade dos homens!

              No centro da explosão, as temperaturas foram tão quentes que derreteram concreto e aço. Dentro de segundos, 75,000 pessoas foram mortas ou fatalmente feridas.

O sonho acabou!


              As mortes causadas pela radiação ainda aconteceram em grandes números nos dias seguintes. “Sem aparente motivo as suas saúdes começaram a falhar. Eles perderam apetite. Seus cabelos cairam. Marcas estranhas apareceram em seus corpos. E eles começaram a ter sangramentos pelas orelhas, nariz e boca”.


Os sonhos se acabaram!

              Médicos “deram aos seus pacientes injeções de Vitamina A. Os resultados foram horríveis. E buracos começaram a surgir em seus corpos causado pela injeção da agulha. Em todos os casos as vítimas morreram”.


Como pode!

               A foto acima mostra o olho de uma vítima que olhou a explosão. O olho ficou opaco próximo à pupila.




Quantos pensamentos bons estavam guardados no seu "EU"! 


Infelicidade! 
Hibakusha

               Hibakusha é o termo usado no Japão para se referir as vítimas das bombas atômicas que atingiram Hiroshima e Nagasaki. A tradução aproximada é “Pessoa afetada por explosão”.


              Eles e suas crianças foram vítimas da falta de conhecimento sobre as consequências das doenças causadas por radiação.


              Muitos deles foram despedidos de seus empregos. Mulheres Hibakusha nunca se casaram, muitos deles tinham medo de dar a vida para uma criança deformada. Os homens também sofreram discriminação. “Ninguém quis se casar com alguém que poderia morrer em poucos anos”.


Uma jovem que pretendia ser alguém na vida!

yosuke yamahata

               Em 10 de Agosto de 1945, o dia depois dos ataques à Nagasaki, Yosuke Yamahata, começou a fotografar a devastação. A cidade estava morta. Ele caminhou através da escuridão das ruinas e corpos mortos por horas. Mais tarde, ele fez as suas últimas fotos próximas a estação médica, ao norte da cidade. Em um único dia, ele completou o único registro fotografico logo após às bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki. 
Que Deus o tenha em seu reino!
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Hiroshima

Hiroshima

Hiroshima

Como ficou esta senhora diante do filho que muito esperava para lhe dar uma vida digna? 


              A detonação da Little Boy, como era chamada a bomba que causou a morte de mais de 250 mil pessoas em Hiroshima, foi ouvida até nas cidades vizinhas. Ela destruiu tudo o que encontrava num raio de dois quilômetros e meio, devastando vegetação e estrutura da cidade. Porém, o aporte térmico da bomba teve um alcance ainda maior. A detonação da Fat Man sobre Nagasaki causou tanta destruição quanto em Hiroshima.

Qual terá sido o destino desta criança?
 
             Sobreviventes que sofreram fortes queimaduras devido a propagação do intenso calor, fora da área de explosão, andavam pelas ruas sem saber o que havia acontecido. A radioatividade se espalhou provocando chuvas ácidas, causando a contaminação da região, incluindo lagos, rios, plantações. Os sobreviventes foram atendidos dias depois, o que ocasionou a morte lenta e agonizante de muitos.
              Até os dias de hoje os descendentes dos habitantes afetados sofrem os efeitos da radioatividade.
 

Rosa de Hiroshima

Composição: Vinícius de Moraes / Gerson Conrado

Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada

 Será que o homem tem consciência do que ele faz?


C. World Weblog de tecnologia
Fotos extraídas do Blog do Sílvio Araújo
silvio-araujo.blogspot.com/

Chico Pereira, um Cangaceiro Diferente por: Romero Cardoso

 Por: Romero Cardoso

               Francisco Pereira Dantas compôs um tipo diferente de cangaceiro na turbulenta década de vinte do século passado, ombreando com figuras exponenciais do banditismo rural sertanejo que imortalizaram época e marcaram indelevelmente as crônicas de violência de um passado não muito distante que se singularizou pela extraordinária efetivação do cangaço, principalmente no semi-árido nordestino.
O cangaceiro Chico Pereira

            Filho de proeminente figura de localidade paraibana chamada Nazarezinho, na época distrito do município de Sousa, Chico Pereira ingressou no cangaço devido aos desdobramentos posteriores ao assassinato do genitor, de nome João Pereira, Coronel da guarda nacional. Alvo das disputas políticas sousenses, o Coronel João Pereira faleceu na famosa fazenda Jacu, depois de batalha em seu barracão, quando da construção do açude de São Gonçalo. Conforme o neto Francisco Pereira Nóbrega, morreu clamando " Vingança Não!", título do mais conhecido livro de autoria do ex-sacerdote católico.
              A justiça tendenciosa foi a principal responsável pelo fomento das lutas cangaceiras travadas por Chico Pereira, pois libertou o único homem que havia escapado do atentado contra o Coronel João Pereira, aprisionado pessoalmente pelo destemido paraibano. O situacionista era elevado aos degraus máximos do prestígio na sociedade sertaneja agropastoril sob a égide da repúblicas velhas e dos seus valores..
Nazarezinho em Destaque

              Agressão a um comerciante de nome Chico Lopes, amigo de Chico Pereira, nas ruas de Sousa, enfatizou o mais mirabolante lance de sucesso absoluto do cangaço sob o domínio de Lampião. Contactado pelo revoltado sertanejo, Virgulino Ferreira não hesitou em enviar parte do bando a Nazarezinho, onde este se juntou aos cabras de confiança da família ultrajada pelo poder político.
 
Lampião
 
             O chefe supremo do banditismo rural sertanejo recuperava-se de ferimento no tornozelo em Princesa, sob a proteção de Marcolino Pereira Diniz. Entre outros elementos, compunham o bando sinistro, enviado por Lampião com o objetivo de atacar Sousa, estavam os irmãos Ferreira - Antônio e Levino - bem como Sabino Gório.
 
Marcolino Pereira Diniz
 
              Na madrugada do dia 27 de julho de 1924, Sousa foi invadida, o magistrado desmoralizado e Chico Pereira, não tendo outra saída, acompanhou os cangaceiros em direção a Princesa. As notícias deixaram Lampião perplexo e apreensivo, pois racionou sobre o recrudescimento das perseguições, o que não demorou a acontecer. No ano seguinte, Levino Ferreira foi morto em combate, na localidade Tenório, município de Flores do Pajeú (PE), alvejado pela descarga de arma empunhada por volante de nome Belarmino Morais, do contingente comandado pelo Cabo José Guedes, da polícia paraibana.

             Diferente dos demais cangaceiros, Chico Pereira não usava chapéu quebrado na testa, nem gibão ou outra indumentária exclusiva ou tradicional ao ciclo épico do qual fez parte. Provavelmente seu figurino bandoleiro inspirou-se em revistas norte-americanas que vez por outra chegavam aos sertões. Tom Mix talvez tenha sido o personagem no qual buscou referência, pois de acordo com o Jornal do Recife de 22 de novembro de 1927, citado por Frederico Pernambucano de Mello, Chico Pereira não usava cabacinha d'água, chapéu de couro, preferindo um traje assim a herói do Far West, envergando chapéu de massa , de abas largas, lenço vermelho ao pescoço, pesadas cartucheiras, calças culote, polainas e clássico punhal nortista traspassado à cinta.

             Casado por procuração na igreja matriz de Pombal (PB), com moça da localidade de nome Jardelina Nóbrega, Chico Pereira deixou três filhos, um frade, de nome Dagmar (Frei Albano), um ex-padre e filósofo, de nome Francisco Pereira Nóbrega e um engenheiro, chamado Raimundo, os últimos já falecidos.
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Igreja Matriz de Pombal-Paraíba
Antiga cadeia de Pombal

              Notas interessantes sobre esse cangaceiro, encontramos na obra do historiador Frederico Pernambucano de Mello, intitulada Guerreiros do Sol, nas quais há ênfase à conversa que o bandoleiro teve com o escritor cearense Moreira Campos, em Lavras da Mangabeira. Chico Pereira afirmou que não tinha mais sossego no mundo, pois em todo canto queriam pegá-lo devido dever oitenta honras de moça.

 
Governador Juvenal Lamartine ao centro, em noite solene do governo

              Aprisionado em Cajazeiras, quando de dilegência efetivada pelo tenente Manuel Arruda de Assis, Chico Pereira provavelmente caiu em uma armação. Levado a Pombal, depois sua transferência foi requisitada para Acari (RN), onde havia suposto processo contra ele, em razão de assalto à residência de respeitado sertanejo conhecido por Quincó da Ramada, havendo indícios de que sua execução fôra planejada pelo governo potiguar, provavelmente em represália radical contra atitude donjuanesca efetivada por Chico Pereira, protagonizada por sobrinha de Juvenal Lamartine, seduzida em Serra Negra do Norte.
              Chico Pereira notabilizou-se nas hostes do cangaço por incorporar um tipo diferente de bandoleiro, cujas feições arianas marcaram indelevelmente o imaginário sertanejo quando do apogeu do banditismo rural sertanejo, arrancando suspiros de senhoras e donzelas de recônditos lugares espalhados pelo semi-árido dos estados da Paraíba, do Ceará e do Rio Grande do Norte.
 
 
              José Romero Araújo Cardoso
 
                 Geógrafo (UFPB). Professor-adjunto do Departamento de Geografia da UERN. Especialista em Geografia e Gestão Territorial (UFPB) e em Organização de Arquivos (UFPB). Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA/UERN).
 

                  Extraído do Blog Cariri Cangaço do amigo Manoel Severo                cariricangaco.blogspot.com/