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domingo, 3 de abril de 2016

O JORNAL “O ESTADO DE S. PAULO”

Por Antonio Corrêa Sobrinho

O jornal “O ESTADO DE S. PAULO”, na página 13 da edição de 13 de abril de 1994, em matéria assinada pela jornalista Verônica Dantas, e que trago aqui, para apreciação e considerações dos amigos, apresentou ao Brasil o senhor JOÃO FERREIRA DA SILVA, à época, com 56 anos de idade e residente em São Paulo, que afirma ser filho de Lampião e Maria Bonita, apresentando como prova, resultado positivo de teste de DNA; e que concedeu entrevista.

O que dizem, a respeito, os pesquisadores?
E os amigos, o que acham?

Imagem, segundo o Jornal, de João Ferreira da Silva.

EXAMES REVELAM FILHO DESCONHECIDO DE LAMPIÃO

TESTES GENÉTICOS FEITOS NOS ESTADOS UNIDOS E NO BRASIL MOSTRAM QUE JOÃO FERREIRA DA SILVA É FILHO DO CANGACEIRO COM MARIA BONITA; ATÉ AGORA, PENSAVA-SE QUE EXPEDITA FERREIRA NUNES ERA A ÚNICA FILHA.

O filho caçula do cangaceiro Lampião e de Maria Bonita mora em São Paulo e é funcionário de uma emissora de rádio nordestina na Zona Norte. João Ferreira da Silva, de 56 anos, recebeu na semana passada a confirmação do laboratório norte-americano Lifecoades Corporation, de Stanford, Massachusetts, do exame de DNA para provar que é filho legítimo de Virgulino Ferreira da Silva e Maria Déa. Antes dos exames, que também foram realizados pelo Banco de Sangue de São Paulo e pelo Laboratório Especializado em imunologia (LEI), Silva era considerado um farsante pela irmã Expedita Ferreira Nunes, até agora reconhecida como a única filha do casal. A conclusão do exame é que foram encontrados elementos genéticos comuns entre João e Expedita.

Silva conta que foi abandonado pelos pais quando tinha apenas 42 dias de vida, em 1938. Ele lamenta não ter conhecido Lampião e Maria Bonita: “Seria o maior prazer da minha vida; só que Deus não quis.” O cangaceiro e sua mulher foram mortos por policiais no mesmo ano em que Silva nasceu.

O exame foi feito pelo perito policial João Lélio P. de Matos Filho e as despesas patrocinadas pelo dono da Rádio Atual, José de Abreu, e pelo Centro de Tradições Nordestinas. Antes de vir para São Paulo, há um ano, Silva trabalhou, em Juazeiro do Norte (CE), na prefeitura e como engraxate, lavador de carro, lutador de boxe e motorista de praça. Hoje, trabalha como coordenador de serviços gerais na Rádio Atual.

TIVE ORELHAS FURADAS PARA SER RECONHECIDO, DIZ SILVA

Em entrevista exclusiva a Verônica Dantas, do “Estado”, o filho do rei do cangaço mostrou exames e documentos e contou um pouco de sua vida.

“Estado” – Por que o exame de DNA não foi feito antes?

João Ferreira da Silva – Eu nunca tive interesse porque quando minha mãe era viva (a que me criou) ela dizia: “Meu filho, nunca queira entrar em questão senão alguém ainda pode querer te matar.”

“Estado” – O que muda na sua vida a partir de agora?

Silva – Não muda nada, eu vivo do meu trabalho e não quero dinheiro de ninguém. Aquela minha irmã, a Expedita, pode ficar com tudo. Meu negócio é amar a Deus e o povo nordestino.

“Estado” – Quando você soube que era filho de Lampião e Maria Bonita?

Silva – Quando tinha 17 para 18 anos. Minha mãe sofreu um acidente, achou que ia morrer e não quis mais guardar o segredo.

“Estado” – Qual foi sua reação quando conheceu a verdadeira história?

Silva – Fiquei revoltado e arrumava briga com os ‘macacos’ (policiais), porque achava que Lampião e Maria Bonita não mereciam morrer como morreram.

“Estado” – Foi aí que você ganhou o apelido de João Peitudo?

Silva – Foi. Até hoje sou conhecido por esse apelido em Juazeiro e em outros lugares do Brasil.

“Estado” – Na sua opinião, seu pai foi um herói ou um bandido?

Silva – Para mim foi mais que um herói. Covardes eram os ‘macacos’ que viviam atrás deles.

“Estado” – É verdade que sua mãe adotiva foi criada pelo Padre Cícero (religioso adorado no Nordeste)?

Silva – É, e essa minha mãe várias vezes me escondeu com medo que os ‘macacos’ me pegassem.

“Estado” – Você foi procurado pela polícia só por ser filho dele?

Silva – Quando eu tinha 7 anos, o capitão José Lucena soube da minha existência e queria me matar.

“Estado” – Nessa época você ainda morava em Exu?

Silva – Não, morava em Juazeiro do Norte, no Ceará.

“Estado” – E vocês continuaram morando em Juazeiro mesmo com a perseguição?

Silva – Não. Fomos morar em Arapiraca, depois Jaboatão e Serra Talhada. Só voltei para Juazeiro quando tinha 9 anos.

“Estado” – Com tanta mudança você nunca desconfiou de nada?

Silva – Eu perguntava à minha mãe e ela dizia que tinha muitas coisas para me contar, mas nunca falava nada.

“Estado” – É verdade que seu pai marcou o seu corpo para te reconhecer depois?

Silva – É verdade. Tenho as duas orelhas furadas por um punhal.

“Estado” – Quando você se olhava no espelho não via nada diferente?

Silva – Eu dizia: “Minha mãe, se não sou mulher porque é que tenho as orelhas furadas?” Cada vez que eu tocava no assunto ela chorava.

“Estado” – Qual é o seu objetivo aqui em São Paulo?

Silva – É ajudar os nordestinos, eu sempre digo que, se for preciso, derramo meu sangue por essa gente.

“Estado” – Você pretende voltar para Juazeiro?

Silva – Posso voltar porque meu filho mora lá, mas gostei muito de São Paulo. Aqui só encontro gente boa. Além disso devo muito favor a José de Abreu (dono da Rádio Atual). Se não fosse esse cidadão ninguém ia saber a verdade.

“Estado” – O que você diria para sua irmã se ela te pedisse desculpas?

Silva – Eu só diria uma coisa: não quero nada de vocês, pode ficar com o dinheiro dos filmes, livros, tudo, que eu não quero nem saber.

Fim.
Fonte: facebook
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CONVITE!


Convido os amigos para o lançamento do livro "Pajeú em chamas: o cangaço e os Pereiras", que ocorrerá no dia 14/04/2016, quinta-feira, a partir das 19:00 horas, no Ideal Clube, em Fortaleza - CE.

LIVRO “O SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO”

De: Luiz Serra.

Apoio cultural e breve lançamento.

ESPAÇO CULTURAL DO RESTAURANTE XIQUE-XIQUE.
SQS107 - Brasília.


Produção: OUTUBRO EDIÇÕES
Maria Clara Arreguy Maia.

No prelo: obra de cunho histórico-político-cultural, que demandou entrevistas, perquirição em jornais de época, e incontáveis madrugadas insones rs (Edney Silvestre).

A abrangência: a primeira metade do século XX, no sertão nordestino, cenário de explosiva mescla de situações conjunturais no pleno ardume da República Velha em sua transição. No sertão se estenderiam as amarras coronelistas.

A passagem tumultuária da Coluna Prestes no sertão da caatinga, as reações de coronéis, do Padre Cícero, de lideranças locais, a ardentia plena dos cangaceiras na planície aduzindo a tese anarquista nordestina. A "governança" de Lampião e a natural reação do governo Vargas.

AGUARDEM!!!

Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador do Grupo)

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CRUZES DO CAMINHO...E DO CANGAÇO !

Por Marcos de Carmelita
 
Marcos de Carmelita e Cristiano Ferraz

Quando tivemos a ideia de escrever um livro sobre um tema tão complexo e polêmico como é o cangaço, sabíamos o que iríamos enfrentar pela frente. Não foi fácil chegar aonde chegamos e conseguir descobrir tantos segredos guardados a sete chaves. Fotografias sonhadas por muitos pesquisadores. É parceiro, o nosso trabalho começa a ser reconhecido. Uma pesquisa séria e comprometida com a verdade dos fatos e que foi aprovada por mestres como Frederico Pernambucano, Leonardo Gominho, João de Sousa Lima e Manoel Severo. É gratificante poder trazer ao conhecimento do público, tanta informação que estava guardada, intocável. 

Jamais escreveríamos um livro repetitivo ou copiado, como se vê muito no mundo do cangaço. É por isso que as vezes sou um pouco rude com alguns, quando postam comentários dizendo que são possuidores e escritores de livros completos. Completo só nosso senhor Jesus Cristo. A nossa intenção não é atingir nenhum outro autor. Mas é preciso às vezes ser autêntico, sertanejo, florestano. E dizer em alto tom: "respeita Januário seu coisa". Como disse o nosso padrinho Frederico Pernambucano e o apresentador João de Sousa Lima, tinha que ser gente da terra para descobrir esses segredos. Um abraço a todos. Fiquem com Deus. As cruzes do Cangaço - Os fatos e personagens de Floresta em grande lançamento no Cariri Cangaço Floresta dia 26 de maio deste 2016.

A história não pode ser construída quando pesquisadores fazem uma ou outra visita e já partem para escrever e transmitirem para a posteridade fatos mal colhidos. Os sertanejos de Floresta têm disso. Não confiar seus segredos a pessoas que não são da região. É preciso conviver com os personagens diariamente, pegar eles num dia bom e numa véia boa. Por isso a distorção dos fatos será corrigida. Na época que pesquisadores vinheram para Floresta nos anos 60/70 mais ou menos ainda era muito perigoso se falar em assuntos referentes a esses acontecimentos. O silêncio e o medo sempre dominaram o sertão. Por isso o motivo de se conhecer muito pouco sobre o cangaço em Floresta. Fomos felizardos e acertamos na época certa, além do mais somos policiais conhecidos e respeitados na região e devido a esse conhecimento com o nosso povo, eles nos deram esse voto de confiança para contarmos a verdadeira história deles.

Túmulos no cemitério São Miguel em Floresta

Os túmulos no cemitério São Miguel em Floresta, onde foram enterrados o Capitão e o Tenente, mortos no tiroteio dentro do Batalhão da cidade ocorrido em 1930. Uma notícia boa. O livro As Cruzes do Cangaço - Os fatos e personagens de Floresta está concluído. Eu e Cristiano temos o prazer de revelar de antemão a quantidade de páginas de algumas histórias escritas. Tiroteio das Caraíbas com 20 páginas, Chacina da Tapera com 50 páginas, Lampião é baleado no Tigre com 14 páginas, o fogo da Favela com 8 páginas, a morte de Garapu e dos cangaceiros Zé Marinheiro e Sabiá com 13 páginas, tiroteio e mortes no Batalhão, o sequestro de Macário e as mortes de Aureliano Sabino e Pedro Juremeira, Moreno na Varjota, enfim. Além de mais de 120 fotos inéditas: Tapera dos Gilos (54) e por aí vai. Lançamento na abertura do Cariri Cangaço Floresta dia 26/05/2016.

Marcos de Carmelita
Pesquisador e Escritor
Floresta-PE

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LAMPIÃO EM SERGIPE *

Luiz Antonio Barreto - Textos sobre o cangaço

Virgulino Ferreira da Silva, o Capitão Lampião como assinava, morreu em Sergipe em 28 de julho de 1938. Atacado de surpresa por força alagoana na Gruta do Angico, município de Poço Redondo no sertão...

Virgulino Ferreira da Silva, o Capitão Lampião como assinava, morreu em Sergipe em 28 de julho de 1938. Atacado de surpresa por força alagoana na Gruta do Angico, município de Poço Redondo no sertão “sanfranciscano”, seu corpo, depois de decepada e levada a cabeça como troféu de guerra, ficou exposto naquela região sergipana com o da sua companheira Maria de Déa, ou Santinha, a Maria Bonita, e cangaceiros- uma dezena deles - que participavam da reunião dos grupos naqueles dias de desconfiança. A cena da morte de Lampião aconteceu quase dez anos depois das suas primeiras e famosas incursões em Sergipe, em 1929, que representam um capítulo especial na vida do cangaceiro e das quais se ocuparam, mais recentemente, Oleone Coelho Fontes da Bahia, Antonio Amaury de São Paulo e Vera Ferreira, filha de Expedita e neta de Virgulino e de Maria Bonita, de Sergipe. Carira, no oeste sergipano, vizinho ao sertão baiano, parece ter sido o primeiro ponto da presença de Lampião com seu grupo, em Sergipe em 1º de março de 1829 e marcaria um roteiro de visitas por vários municípios do Estado, no vai e vem cíclico que ainda não foi devidamente mapeado e nem registrado textualmente como deveria. A visita de Lampião a Carira foi rápida, precedida de uma comunicação ao Delegado e indicava uma viagem maior chegando até Frei Paulo. Na madrugada do dia 2 de março, depois de conversar com o povo, dar sua versão de como entrou no cangaço e zombar da Polícia, que chegava nos lugares sempre depois de sua saída, Lampião acompanhado de 6 homens, voltou para o interior baiano passando pelas terras do Coronel João Sá, chegando já com 10 homens na Fazenda Capitão, em Jeremoabo. A visita seguinte, a Poço Redondo em 19 de abril de 1929, permitiu um encontro de Virgulino Ferreira da Silva com o padre Artur Passos, Pároco de Porto da Folha então celebrando missa naquele povoado como fazia periodicamente. Um diálogo duro entre o cangaceiro e o padre, marcou a presença do grupo em frente da Igreja quando Lampião pediu permissão para assistir missa com seus “rapazes”. Para o padre celebrante, virando-se do altar para o povo viu além do sol fora da capela, cabeças descobertas, sem armas, de braços cruzados, atentos, respeitosos, olhos pregados nele (o Capitão), “Esses homens cujas vidas têm sido um amontoado de crimes, delitos e abominações, mas homens todavia”. Lampião tomou lápis e papel e fez uma lista dos seus homens informando nome, apelido, idade e entregando-a ao padre com observações de defesa. Tinha Lampião 29 anos e estava acompanhado do seu irmão Ezequiel, o Ponto Fino, de 20 anos, Virgínio Fortunato, o Moderno, com 28, Luiz Pedro da Silva, o Esperança, com 24, Cristino Gomes da Silva, o Corisco, com 23, Mariano Gomes da Silva, o Pernambuco, com 25, Hortêncio Gomes da Silva, o Arvoredo, com 24, José Alves dos Santos, o Fortaleza, sem indicação de idade, José Vieira da Silva, o Lavareda, com 27, e Antonio Alves de Souza, o Volta Seca, com 18. Diante de Virgulino Ferreira da Silva, o padre Artur Passos diz: “Alto, acaboclado, robusto, andar firme e compassado, cabeça um tanto inclinada, o olho direito inutilizado, com uma grande mancha branca, olhos brancos de aro de ouro, ou metal dourado, um sinal preto na face direita. Na cabeça, grande, alto, vistoso chapéu de couro, ainda novo, bem trabalhado, a imitar os antigos chapéus de dois bicos, com as pontas para os lados, tendo as largas abas da frente e de detrás erguidas e enfeitadas. Uma estreita tira de couro, ornada, o prende a testa, uma outra à nuca, e uma terceira, o barbicacho, aos queixos. Este chapéu fica, assim, bem seguro e apesar da altura não deve cair com facilidade. Cabelos estirados, cortados à Nazarena, inteiramente bem barbeado. Blusa e calças - perneiras de caqui. Aos pulsos – guarda – pulsos – de couro, de uns quatro dedos de largura. Anéis em todos os dedos, teria na ocasião uns 5 ou 6 na mão direita e uns 6 ou 8 na mão esquerda.” Padre Artur Passos dá em seu testemunho dos jornais, longa descrição da figura quase cavalheiresca do cangaceiro, já integrada ao imaginário do povo brasileiro, especialmente nos estados do Nordeste, onde era tido como “governador” e como “interventor” do sertão. O vigário de Porto da Folha continua construindo a imagem que fez de Lampião: “Duas grandes cartucheiras de um lado e duas iguais do outro, cruzam-se sobre o peito. A cintura, à quisa de cinturão, uma larga cartucheira com dois ou três ordens de cartuchos. Tudo bem enfeitado de ilhoses e placas de metal. Na mão, inseparavelmente, a arma terrível que tantas mortes já vomitou, no rápido crepitar, no lampejar contínuo do qual, segundo consta, se origina o seu nome de guerra. Esta arma não é rifle. É sim um mosquetão de cavalaria, ou coisa semelhante, arma de cinco tiros que tem o ponto curvo. A frente, passando entre as cartucheiras, o já conhecido punhal, de uns três palmos, cabo e bainha de metal branco, arma forte, bonita, mau grado a aplicação que tem, de ótima têmpera. Ao lado e às costas, pendentes de fortes bandoleiras, as sólidas mochilas, bem recheadas de balas, formando uma larga e saliente roda, de grande peso. Tudo isto liga-se ao corpo de modo tal, que forma uma couraça fixa, sem lhe prejudicar os movimentos rápidos. Ao voltar-se para qualquer parte e em qualquer posição, nada desse arsenal se desloca. Usa uma espécie de sapatos de grossas solas e bem feitos. Traz esporas e rebenque e, ao montar, calça umas luvas de pano marrom que cobrem apenas as costas das mãos. Anda sempre bem barbeado. Em tudo guarda serenidade e presença de espírito. Este o homem.” Descrevendo todo o bando, padre Artur Passos diz: “Estes dez homens, moços, fortes, robustos, musculosos, formam um verdadeiro esquadrão sui generis, assim, mais ou menos, igual e formidavelmente uniformizados. Diversos deles, nomeadamente o Moderno, trazem, além dos guarda – pulsos de couro, pulseira nos pulsos e pendentes dos dois bicos quue formam as abas dos grandes, altos e vistosos chapéus. Cabelos bons, cortados à Nazarena, barbeados todos. Trazem muitos anéis em todos os dedos, mas nem os anéis e nem as pulseiras são de grande valor. Alguns trazem cobertas, ou cobertores, bem bordados, sob as cartucheiras, ornadas, bem como as correias das armas, de ilhoses brancos e rodelas de metal. Tal a sua disciplina, que formam um tanto compacto e homogêneo. Alguns são calados e reservados. Não mostram, porém, face carrancuda, nem os vi com maus modos. Não têm, inclusive Lampeão, cara repelente, como imaginamos nos bandidos em geral, devendo frizar, porém, o olhar especial de um deles, o fedelho de 16 a 18 anos, que os acompanha. Estão bem armados, todos, trazendo alguns 2 ou 3 revólveres e, ao que parece, bem municiados. Apenas uns 3 ou 4 estão armados a rifles, os demais, como Lampeão, trazem mosquetão de cavalaria. Observei bem que são destemidos e valentes.” (continua) * Trecho do ensaio O Encontro de Lampeão com o Padre, do livro O Incenso e o Enxofre. Permitida a reprodução desde que citada a fonte "Pesquise - Pesquisa de Sergipe / InfoNet"

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O PADRE JOSÉ KEHRLE E A OUTRA HISTÓRIA DE LAMPIÃO

Por Rangel Alves da Costa*

Lendo uma postagem do professor e pesquisador Geziel Moura, mais precisamente alguns anexos da revista Manchete (nº 1.045, de 29 de abril de 1972, págs. 154 a 157), deparo-me com algumas informações importantes repassadas pelo padre José Kehrle ao repórter Ricardo Noblat. Na reportagem intitulada “Lampião morreu envenenado”, surgem logo algumas afirmações já conhecidas e outras que podem ser contestadas com força na pena. Ou assim se faz ou revirada estará a saga de Lampião e a própria história do cangaço.

Diz o religioso que Lampião não morreu num tiroteio, foi envenenado juntamente com os cangaceiros que o acompanhavam na ocasião. Diz ainda que Lampião era um homem profundamente religioso. Todas as manhãs, bem cedo, se afastava do grupo e lia seu breviário. Informa ainda que a polícia não tinha interesse em prender Lampião. Soldados e oficiais, além do salário, recebiam também uma diária especial, se empenhados na caça ao cangaceiro. Portanto, quanto mais demorassem a encontrá-lo tanto melhor para eles. E também: Lampião sempre foi protegido por chefes políticos e grandes donos de terras. Deles, em troca de determinados serviços, Lampião recebia armas e mantimentos. Até a polícia, às vezes, fornecia munição.

Sobre o conluio entre Lampião e as forças policiais, pontua o religioso: “Quando as tropas policiais tinham ciência de que Lampião estava perto, o oficial em comando mandava tocar a corneta, retardava a marcha, e isso dava tempo suficiente para que os cangaceiros fugissem”. E um relato surpreendente, ainda que muitos historiadores já tenham afirmado acerca da amizade e entre Lampião e o Tenente João Bezerra: “Revelou-me que o tenente era amigo de Lampião e que, muitas vezes, ia jogar com ele no seu esconderijo, em terras do pai do governador de Alagoas”. Segundo o padre, tal revelação fora feita por Vicente, antão ordenança do tenente.

Acerca do envenenamento, afirma o padre Kehrle: “Conhecia bem a rotina da casa e sabia que, todos os dias de manhã, uma mulher levava um pote de água de beber para os cangaceiros. Em troca de dez contos de réis, a mulher depois de muito vacilar, diluiu na água o veneno que o tenente lhe dera. João Bezerra cercou a casa, viu quando Maria Bonita levou o pote para dentro, e esperou mais um pouco. Entrou sozinho quando ouviu gritos: os cangaceiros e Lampião agonizavam envenenados. O tenente então deu um tiro na cabeça de Maria Bonita e os soldados invadiram a casa, roubaram o dinheiro dos cangaceiros e cortaram-lhes as cabeças”.

À época da reportagem, o padre Kehrle, contava com oitenta e um anos. Contudo, por mais conhecimento de causa que tivesse, pois se autodenominado confessor do rei cangaceiro antes de o mesmo entrar no cangaço, bem como gozando de tamanha intimidade que certa feita, ferido, o das caatingas afirmou que só se entregaria à polícia na sua presença, não se pode, infelizmente, creditar como verdadeiras todas as suas narrativas. Ademais, repassa outras informações que contrastam totalmente com os alfarrábios da história.

Numa palavra: se o padre Kehrle estiver com a verdade, grande parte da história acerca de Lampião está sendo contada e recontada de forma equivocada, senão mentirosa. Prefiro confiar em pesquisas, em antigos relatos oriundos de fontes fidedignas (em muitos casos e sobre muitas situações), a abraçar como verdadeiras algumas assertivas, perceptivelmente surgidas para afamar o informante. Neste sentido, diz a reportagem que o padre Kehrle é o maior testemunho vivo da história do cangaço. Ora, o ano era o de 1972 e nesta época muitos ex-cangaceiros continuavam vivos, a exemplo de Sila e Adília.

Na verdade, de fácil percepção é o fato de que o religioso nada mais pretendeu do que ganhar escopo de importância no mundo do cangaço. Dizia-se, então, acusado pela polícia de proteger Lampião e seu bando e de ter feito uma grande ação evangelizadora em meio aos homens das caatingas. Não obstante isso, seu relato acerca das vinditas de sangue dos Ferreira não condizem com a verdade histórica. Acaba transmudando toda a saga familiar para Alagoas e deixa de citar as raízes da violência ainda em Pernambuco, como se menosprezasse as reais sementes dos ódios e das violências.

Não nos parece veraz a narrativa acerca do envenenamento. Cita uma casa onde a morte se deu, mas não cita sequer o local onde estava escondido o agrupamento cangaceiro. Era como se o bando dependesse apenas de um balde de água para matar a sede. Como o balde entregue naquele dia estava envenenado - e muita gente matou a sede ao mesmo tempo -, então houve envenenamento conjunto. Noutras palavras, era como se o leiteiro entregasse o leite envenenado certa manhã e grande parte da casa morresse por causa disso. Ademais, no relato não há lugar para o Angico, para o cerco na madrugada, para o curto tiroteio, para o sangue derramado e a fuga desesperada de cangaceiros.

Também não condiz com a verdade histórica a citação segundo a qual as forças policiais perseguiam de mentirinha o bando Lampião. A acreditar nisso, o Fogo do Maranduba teria sido a mais perfeita encenação entre cangaço e volante. Muito mais teria para contestar acerca das palavras do padre, mas creio que a própria reportagem cuida de definir bem o informante: “Uma pausa. Padre Kehrle vai tirar o demônio do corpo de uma mulher que chora há três noites”. E cura. Mas não a História.


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LAMPEÃO NA BAHIA "AS HORRIPILANTES AVENTURAS DO BANDO DE LAMPEÃO"


"Petrolina, 15 (Serviço especial da A NOITE) - Chegam notícias as mais impressionantes sobre a última excursão realizada por "Lampeão" e seu bando através do Nordeste.

Esteve elle, há poucos dias, nas proximidades de Villa Curaça, ainda no território bahiano, e ai praticou atos de cru e penoso vandalismo, attingindo a treze as victímas que fez por esta ocasião.

Entre os sacrificados pela mão assassina do tenebroso cangaceiro, conta-se uma senhorita, filha do Escrivão Domiciano. O bando facínora tendo prendido essa jovem, infligiu-lhe os máos tratos e vergonhas em que costuma comprazer-se, terminando por exigir, em troca da libertação da moça, a somma de 4:000$000 (Quatro contos de réis).

Não possuía o Escrivão Domiciano essa importância nem teve onde obtêl-a no momento. Como somente tivesse levado ao chefe cangaceiro um conto de réis o Escrivão viu sua própria filha ser sacrificada, não se apiedando o bandido das supplicas afflictivas do pae.

"Lampeão", depois de haver executado, com requintes de barbária, a senhorita, deteve-lhe o pae. Mais tarde, mas já muito tarde, o prisioneiro recebia de amigos os 3:000$000 (Três contos de Réis) que Lampeão embolsou".

Fonte: Jornal "A NOITE" de 15 de Julho de 1931.
Transcrição: Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador)

Fonte: facebook
Link: https://www.facebook.com/groups/ocangaco/?fref=ts

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O CANGAÇO NA PARAÍBA


A sociedade é constituída pelos homens e para os homens. Todos devem participar de seus benefícios e de seus encargos: é o princípio da igualdade perante a lei. E é por desrespeito à lei, ligado aos problemas sociais, que surgem os maiores conflitos. A história registra, em passado não muito distante a atuação de milhares de bandoleiros nos sertões do Nordeste. Poucos, entretanto, chegaram a ser famosos. O Nordeste viveu longos anos de agitação, pelas lutas sangrentas entre soldados (chamados de macacos) e cangaceiros.

Ao contrário do que teve muitos cangaceiros, sobressaindo-se apenas dois: Chico Pereira e Osório Olímpio de Queiroga, coincidentemente nascidos na região de Pombal. Como ninguém nasce cangaceiro, os dois entraram no cangaço para vingar a morte dos seus pais. O primeiro foi assassinado pela Polícia Militar do Rio Grande do Norte, no município de Acari. E o segundo, absorvido na comarca de Pombal, ingressou na PM da Paraíba, tornando-se um oficial respeitado, sensato e equilibrado, reformando-se no posto de coronel.

Ao contrário do que muitos pensam, Manoel Batista de Morais, o Antônio Silvino, não era paraibano. Nasceu em Afogados de Ingazeiras, em Pernambuco. Viveu muitos anos na Paraíba, morrendo aos 69 anos na cidade de Campina Grande, no dia 9 de outubro de 1944, ainda certo do grande trabalho prestado à comunidade sertaneja, pois ainda ninguém conseguia convencê-lo ao contrário, como afirma o jornalista e escritor Barroso Pontes, autor de quatro livros que tratam do cangaceirismo no Nordeste.

No verão 1914, Antônio Silvino invadiu a cidade de Mogeiro, na Paraíba. A cerca assolava terrível e levas de flagelados exibiam a sua miséria pelas estradas ressequidas. Silvino, ao apossa-se da cidade, não cometeu nenhuma violência contra pessoas físicas, mais apoderou-se dos gêneros alimentícios estocados no depois seria preso, quando ferido em combate com a força do então major Teófanes Torres (da Polícia Militar de Pernambuco) numa fazenda do distrito de Frei Miguelino, município de Vertentes onde costumava se acoitar. De fatos como aquele, acontecido na cidade de Mogeiro recheia a história de Antônio Silvino e a sua fama ainda hoje corre pelo mundo.

Antônio Silvino, Jesuíno Alves de Melo Calado, vulgo Jesuíno Brilhante e Virgulino Ferreira da Silva, o famoso Lampião, que tiveram atuação na Paraíba, embora este último “não tenha levado boa vida”, em virtude da perseguição do comando militar chefiado pelo coronel Manoel Benício da Silva.

O escritor Barroso Pontes, por sua vez, informou, que Antônio Silvino foi posto em liberdade no dia 20 de fevereiro de 1937, tendo logo em seguida telegrafado ao ministro José Américo de Almeida: Solicito de Vossa Excelência um emprego federal pelos relevantes serviços que prestei ao Nordeste”.

Não se sabe se o emprego foi dado, embora alguns contém que sim.

A história registra que o privilégio do combate ao cangaço coube ao presidente João Pessoa. Se não conseguiu a extinção, é o responsável maior pelo início do combate, feito numa época “em que a transição política impunha novos métodos, sem menosprezar a ação dos autênticos líderes interioranos implantando costumes tanto compatíveis ao tempo, como inaceitável aos nossos dias.

É ponto pacífico que o mais temido bando de cangaceiros era o de Lampião, com atuação nos Estados de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, Ceará, Alagoas, Sergipe e Bahia. Foi também o de maior duração, com vinte anos consecutivos de atuação. O segundo, com 16 anos, foi o de Antônio Silvino. Conta a história que Antônio Silvino tinha uma formação diferente de Virgulino Ferreira da Silva. Ao passar por uma localidade e observando irregularidades, por culpa de administradores, chamavam os responsáveis e mandava corrigi-las.

Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, foi tragicamente morto no dia 27 de julho de 1938, acredita-se, ainda hoje, que o coiteiro Pedro Cândido, que o traiu tenha se vendido a polícia. Pedro Cândido teria sido encarregado de introduzir, com o auxílio de uma agulha de injeção, um veneno letal nas garrafas de vinho destinadas a Lampião e seu bando. O trabalho foi feito com arte e não provocou nenhum dano as rolhas de cortiça dos vasilhames.

Jesuíno Brilhante, o primeiro dos três, foi tido e havido como o cangaceiro gentil-homem e bandoleiro romântico, morreu em 1879, no lugar Santo Antônio, entre Caraúbas e Campo Grande, no mesmo Estado onde nasceu.

Jesuíno foi o maior cangaceiro do século XIX, como afirmou o historiador cearense Gustavo Barroso, em seu livro Heróis e Bandidos. Era de família abastada, conservando-se fiel às tradições sertanejas, respeitando o alheio, acatando a honra das donzelas, primando pelo comprimento da palavra empenhada, sendo por isso considerado homem de caráter e sempre exaltado pelas populações sertanejas do seu tempo. As vezes que cometeu assaltos, fê-los no sentido de ajudar alguém, já que dedicava a melhor atenção a pobreza, tudo fazendo para prestar seu apoio aos necessitados.

Em relação a Jesuíno Brilhante, sabe-se ainda que invadiu, de madrugada, a cadeia pública de pombal, liberando seu irmão e os demais presos.

O imortal paraibano Assis Chateaubriand definia o fenômeno cangaceirismo como sinônimo de virilidade e coragem pessoal, pioneirismo, inovações, impetuosidades e decisões agressivas.

Dizem que cangaceiros autênticos, reais, o Nordeste só conheceu três: Jesuíno Brilhante, Antônio Silvino e Virgulino Ferreira, o Lampião.

CANGACEIROS DA PARAÍBA

Para destacar os principais, que entraram no cangaço, não por vocação, mas por obrigação, que a própria época exigia, destacam-se Francisco Pereira e Osório Francisco Ferreira, ainda jovem, de família conceituada, por força do destino entrou no cangaço, para vingar a morte do pai, barbaramente assassinado. Seu pai era um homem pacato, fazendeiro honrado, que antes de morrer pronunciou as seguintes palavras: “Vingança não”.

Disse diante desse pronunciamento, à família, especialmente os filhos, ficaram num dilema, porque era determinação da própria sociedade, da época, a vingança. Mas resolveram atender o pai. O filho, Chico Pereira, procurou a Polícia, registrou a queixa e insistiu com o delegado para que fosse feita a prisão do assassino do pai, tendo a autoridade policial afirmado: “Chico, a gente solta uma vaca e para achá-la, não é facil, imagine um criminoso perigoso, como este que matou teu pai”. Chico Pereira, desejando dar satisfação à família, pediu uma autorização ao delegado, por escrito. Logo depois encontrou o criminoso, dormindo. Com rara dignidade, mandou que o sujeito acordasse e o levou preso, para a Polícia. Volta para casa e a família ficou satisfeita com o episódio da prisão. Um dia depois o criminoso se encontrava em liberdade. Chico compreendeu que não havia justiça. Chico compreendeu que não havia justiça e se viu na contingência de fazê-la com as próprias mãos.

Na mesma região de Pombal, registrou-se outro caso, Osório um garoto de poucos meses de nascido, encontrava-se numa rede quando o pai chegou baleado, quando afirmou: “Este gatinho que está na rede vai vingar minha morte”. À medida que ia crescendo, Osório ouvia de outro: a determinação do pai. Ao completar 18 anos, recorreu à justiça da época, o rifle, e matou o assassino do pai e outros que cruzaram seu caminho. Osório Olímpio de Queiroga foi realmente um cangaceiro respeitado. Depois conseguiu absolvição, na comarca de Pombal, e ingressou na Polícia Militar da Paraíba, chegando a coronel e se conduzindo sempre como um militar digno e correto. O mesmo chegou a ser prefeito de Catolé do Rocha.

O problema do cangaceirismo e coronelismo vem, segundo consta, da Guerra Brasil-Paraguai, quando foi fortalecida a guarda nacional e, entre as pessoas recrutadas, eram dadas patentes.

Nos séculos passados, no entanto, a Paraíba teve inúmeros grupos de bandidos, que invadiam as cidades, saqueavam o comércio e matavam. As causas principais eram a seca e a fome. No ano de 1887, registraram-se invasões e violências. A polícia nada podia fazer para garantir a vida do cidadão e da propriedade alheia, sempre ameaçadas pelos bandidos. Os jornais da época denunciavam a insegurança nos sertões, sem que qualquer providência tivesse sido adotada para coibir o abuso.

José Américo de Almeida, no Livro A Paraíba e seus problemas, relacionou inúmeros grupos de bandidos que agiam impunemente no sertão. O grupo de Jesuíno Brilhante, com atuação no século passado, foi um exemplo. Ele residiu, por alguns anos, na localidade Boa Vista, próxima a Pombal, sem qualquer diligencia da polícia para capturá-lo. Foi dessa maneira que a miséria juntou-se ao terror. Fazendeiros abastados, que poderiam resistir à crise, durante alguns meses, emigraram sem demora, temerosos de assaltos.

Em maio do mesmo ano, a cadeia de Campina Grande foi arrombada e muitos indivíduos implicados ao movimento do quebra-quilos fugiram. Dentro de mais algumas semanas, outros presidiários fugiram, entre os quais o famigerado Alexandre de Viveiros, chefe do levante de 1874. Ainda foi arrombada a cadeia de Mamanguape e, ao mesmo tempo muitos sentenciados caíram fora.

José Américo de Almeida conta, também, que, desta maneira, iam-se tornando mais terríveis as correrias com a aquisição de novos profissionais do crime da Paraíba e do Ceará. Ressalte-se a fraqueza das autoridades que permitiam que fossem engrossando os grupos, como o do Calangro, evadido da cadeia do Crato e cabeça dos 60 assalariados de Inocêncio Vermelho: o de Sebastião Pelado, inimigo dos primeiros: e dos irmãos Viriatos, formado de mais de 40 bandidos: e dos Mateus, entre outros. Um desses bandos assaltou duas propriedades em Alagoa Grande.

O senhor Gustavo Barroso, por exemplo, retrata o comportamento de Viriato, um dos principais cangaceiros da época: “O Viriato foi um dos cangaceiros mais célebres, mais rasteiros e mais tortuosos do Cariri. Era um miserável estabanado nos atos, com uma infinidade de predisposições redutíveis ao roubo, ao estupro e ao assassinato. Inventava torturas para as vítimas. Gostava mais de matar às facadas do que de fuzilar, dizia que era “mais barato”. Esse bandido obrigou um fazendeiro de São João do Cariri a casar-se com a irmã de seu compassa Veríssimo.

Foi assassinado, de emboscada, no lugar Riachão, o Dr. Vicente Ribeiro de Oliveira, quando voltava da Bahia para reassumir o Juizado de Direito da Comarca de Piancó. Esse crime foi atribuído aos cangaceiros.

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INDICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA....Livro:


INDICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA....Livro:
" VOLTA SECA - O MENINO CANGACEIRO "
do autor: Nertan Macedo.
Livro raríssimo e, caro...Passei 03 anos para poder consegui-lo.

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MAIS UM LIVRO SOBRE O CANGAÇO NO FORNO...EM BREVE.


"O SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO_" Por: Luiz Serra.
Apoio cultural e breve lançamento.

ESPAÇO CULTURAL DO RESTAURANTE XIQUE-XIQUE ...SQS107 - Brasília.

...PRODUÇÃO: OUTUBRO EDIÇÕES
...Maria Clara Arreguy Maia.

No prelo: obra de cunho histórico-político-cultural, que demandou entrevistas, perquirição em jornais de época, e incontáveis madrugadas insones rs (Edney Silvestre).

A abrangência: a primeira metade do século XX, no sertão nordestino, cenário de explosiva mescla de situações conjunturais no pleno ardume da República Velha em sua transição. No sertão se estenderiam as amarras coronelistas.

A passagem tumultuária da Coluna Prestes no sertão da caatinga, as reações de coronéis, do Padre Cícero, de lideranças locais, a ardentia plena dos cangaceiras na planície aduzindo a tese anarquista nordestina. A governança de Lampião e a natural reação do governo Vargas.

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