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sexta-feira, 29 de agosto de 2014

ALUNAS DA UFAL ENTREVISTAM ESCRITOR

Por Clerisvaldo B. Chagas, 29 de agosto de 2014. - Crônica Nº 1.250
Universitária Elenilda entrevista o escritor Clerisvaldo B. Chagas. Foto: assessoria.

Com a evolução das diversas ciências e as necessidades cada vez maiores dos trabalhadores, elas se foram ramificando e passaram a ser autônomas ou específicas. Assim falamos para diversos universitários sobre a matéria Sociologia, motivo de debate no momento. No estudo moderno a Sociologia complementa outras ciências afins ou é complementada por elas como a Antropologia, Economia, Política e mesmo Geografia e História.

Entrevistado por alunos da UFAL, entre eles Elenilda Vanderlei Pereira, natural da cidade de Carneiros, vamos navegando pelo mar da “agradabilidade” em nosso ambiente de trabalho, até porque entrevistar e ser entrevistado não deixa de ser uma simbiose.

E quando falamos em Sociologia o velho filme da falta de professores para a matéria, continua novo.
A Sociologia que vai ajudar o indivíduo a entender a sociedade em que vive, vem de longe com Augusto Conte (1798-1857) e dele saiu o título, em 1839. Como ciência, foi organizada por Emile Durkheim (1858-1917).
E indagado sobre as dificuldades para ministrar a Sociologia, vamos lembrando a nossa passagem por ela, pela Biologia, a Filosofia, a Arte, a História e o caso de amor eterno com a Geografia.

Não achamos que exista dificuldade para ministrar a disciplina, pois ela é fácil e se encontra em torno de nós. A própria escola já é um material rico para o estudo da Sociologia, com seus funcionários exercendo variadas funções, alunos e professores de diversos lugares e condições sociais diferentes. Talvez seja considerada matéria doce (água com açúcar) e ainda sem o devido reconhecimento.

O professor pode compensar a parte não valorizada ainda, com pesquisa constante, segurança e amor pela disciplina, bem como ser criativo e assim encontrar a chave do sucesso.
Sociologia é como Geografia, na sala de aula é o bicho preguiça, na prática, na rua, no campo, ambas viram leoas.

E vamos trocando ideias online com outros universitários e deslumbrando para Elenilda, a cidade de Carneiros com um potencial enorme para se trabalhar a matéria doce.

No Brasil, naturalmente pela política do não saber o que se quer para a Educação, muitas léguas ainda terão de ser percorridas pela Sociologia para demonstrar o seu inestimável valor.

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CONFISSÕES

Por Rangel Alves da Costa*

Fui adiando o quanto pude, mas acabei me confessando que tenho vivido menos que o merecido. Difícil tal reconhecimento, pois exigindo um olhar interior já acomodado com os passos de cada dia.

É realmente difícil reconhecer que a vida ao redor é mais viva e pulsante que o imaginado nela existente. Algo assim que surge iluminada demais e eu permanecendo - por querer próprio - à luz de velas e candeeiros e o cheiro de incenso.

Também difícil que entendam uma pessoa viver no asfalto e continuamente se imaginar pisando descalço na terra morena do sertão. E por isso mesmo renegar o cimento, o barulho, o vai e vem da cidade, a modernidade, pelo pensamento que vive voltado para situações muito mais sublimes e singelas.

Por isso que o tempo passa, a idade avança, tudo se transforma, e eu me conservando ainda matuto, ainda sertanejo, sem jamais aceitar completamente estar vivendo noutro mundo, feito um despatriado do seu berço, do seu sol e de sua lua.

Por estar distante, por viver distante, sinto-me apenas como um forasteiro que nunca acostuma com os vizinhos que não são meus nem a vida que não é minha. Tantos e tantos conhecidos, mas não como aqueles velhos amigos, aqueles irmãos de uma mãe terra sertaneja afetuosa e cativante.

Por isso mesmo não consigo manter um relacionamento afetuoso com a cidade grande. Para se ter uma ideia, há mais de dez anos que não tomo um banho de mar, mesmo morando ao redor de uma imensidão de praias bonitas.

Desde mais de cinco anos que sequer visito uma orla de praia, caminho por suas areias, tomo uma água de coco, lanço o olhar naquelas distâncias molhadas. Já nem sei desde quantos anos que não sento num barzinho para conversar com conhecidos, colocar as conversas em dia, rememorar as vivências de outros tempos.


Ninguém me encontrará passeando pelos shoppings ou sentado numa das mesas das praças de alimentação. Tenho livro à venda em shopping, mas jamais me dei o prazer de apreciar minha obra na vitrine ou estante. Recebo convites. Até confirmo, mas acabo desistindo de participar de tudo.

Dificilmente alguém me avistará almoçando ou jantando num restaurante. E tenho motivos para tal. Não gosto de comer com requinte e sofisticação nem me sinto bem envolto no mundo das etiquetas e formalismos.

Minha rotina é conhecida demais, e a mesma de sempre. Casa, escritório, trabalho. Assim que posso, lá pelas quatro da tarde, o meu passo certeiro segue em direção à catedral. A missa começa perto das quatro e meia, mas reservo uns dez minutos para apreciar a paisagem da praça ao redor. E depois o mesmo caminho de retorno, quando não resolvo passar na Capela de São Salvador.

Todos os dias acordo antes das três da madrugada, ainda que vá deitar um pouco mais tarde. A rede parece me despertar pontualmente. E logo uma prece, um café forte e sem açúcar, um banho, e a primeira letra escrita. Antes das três e meia já estou escrevendo, letra a letra, ponto a ponto.

Verdade é que não sei mais ser ou fazer diferente. Confesso que é uma rotina transformada em mesmice, costumeira demais, mas pouco pode ser mudado. Acaso pudesse trocaria tudo pelo silêncio de uma ilha ou a solidão de um mosteiro.

Confesso que sou discípulo do silêncio e da solidão. Evito o máximo conversar qualquer coisa além do necessário. Gosto muito mais do silêncio e da reflexão a qualquer palavra que me chegue vã.

Assim, quem tiver solidão e não quiser mais pode me ofertar, pois sou devoto de sua feição e de sua mudez. Não a solidão entristecida, dolorosa, angustiante, mas aquela que faz distanciar da realidade e permitir aproximação interior.  

Tudo em mim poderia ser sintetizado nos versos da música: “Eu que tinha tudo, hoje estou mudo, estou mudado... Não estou bem certo se ainda vou sorrir sem um travo de amargura...”. Na verdade, eu “Daria tudo por meu mundo e nada mais...”.

Poeta e cronista
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Auto de exame cadavérico do cangaceiro "Colchete”, abatido no ataque de Lampião à Mossoró – Rn em 13 de junho de 1927.


Auto de exame cadavérico do cangaceiro "Colchete”, abatido no ataque de Lampião à Mossoró – Rn  em 13 de junho de 1927.





Fonte principal: Tribunal de Justiça-Rn (Processo Crime de Pau dos Ferros-Rn).

Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta

CONVITE - amanhã (sábado) a partir das 7:30


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"SEU DEDÉ"; UM PIONEIRO DE PAULO AFONSO

Por João de Sousa Lima

Em 1983 quando servi ao exército na 1ª Cia. de Infantaria, um dos melhores amigos de farda foi o soldado LIMA. servimos no mesmo pelotão de Fuzileiros ( 2º Pelotão). Hoje, depois de 31 anos, ainda mantemos a mesma amizade.

Lima seguiu carreira militar e hoje é Sub-tenente servindo em Salvador. em uma recente visita a Paulo Afonso nos encontramos para comemorar 31 anos que servimos ao Exército, o que foi comemorado no restaurante Rancho da Carioca. depois do almoço seguimos até a casa do pai Lima, "seu Dedé".

Seu Dedé, ou melhor, Seu Felizardo, hoje com mais de 90 anos de idade, foi um dos pioneiros da CHESF, tendo seu primeiro fichamento da empresa no dia 1º de abril de 1953, trabalhando na central de ar comprimido. Saiu tempos depois e retornou em 23 de dezembro de 1962 como compressorista e saindo mais uma vez e retornando no dia 08 de novembro de 1965 onde trabalhou de ajudante de mecânico e apontador, até aposentar.

Por ironia do destino seu Dedé foi vizinho de meus pais morando em Imaculada, Paraíba.

Na década de 1970 moramos vizinhos na Rua Ribeirão, onde ele permanece até hoje.

Seu Dedé e meu pai sempre conversavam sobre os tempos vividos na Paraíba.

Ele ainda encontra-se lúcido e sempre atento e carinhoso com os amigos dos filhos. Suas lembranças são sempre compartilhadas nos encontros, ele relembra com tristeza quando perdeu dois amigos nas construções da usinas, eram dois irmãos de Monteiro, Paraíba. chamavam-se Joaquim Maravalto e Pedro Dias. Eles morreram juntos com mais dois, totalizando quatro pessoas, nas ensecadeiras de fechamento do Rio São Francisco.

Suas recordações sobre sua luta na construção e no início de Paulo Afonso no eleva à condição de mais um PIONEIRO de nossa cidade.

João de Sousa Lima, SEU DEDÉ e Lima


Enviado pelo escritor e pesquisador do cangaço João de Sousa Lima
http://www.joaodesousalima.com/

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Falar com Deus é bom, ouvindo João Mossoró

Por Higino Canuto Neto

João Batista Lopes ou simplesmente João Mossoró é um forrozeiro dos bons, remanescente do antigo Trio Mossoró que se projetou à sua época como um dos grandes precursores do forró autêntico, tradicional em sua nordestinidade.

Trio Mossoró

João, juntamente com seus irmãos que formavam o Trio Mossoró (Oséas Lopes e Hermelinda) gravou 12 LP ́s ao longo da carreira do Trio, com tal expressividade, que receberam no ano de 1966 em cerimônia no Teatro Municipal no Rio de Janeiro, o prêmio “Cidade do Rio do Janeiro”, representado pela estatueta de Euterpe (a musa da música na mitologia grega) como o melhor disco de música regional.



Na mesma cerimônia, apenas para ilustrar a importância da premiação que equivalia a um “Oscar” da MPB, foram também contempladas as artistas Elis Regina como melhor cantora popular e Elizete Cardoso como melhor sambista. Foram anos de sucessos até quando o grupo se desfez em 1972 deixando um lastro de canções que mereceram elogios de artistas da magnitude de Tom Jobim e dos irmãos Dori e Nana Caymmi.


Após a dissolução do Trio, João Mossoró construiu uma carreira sólida tendo se mantido fiel à sua trajetória de cantador identificado às raízes populares. Mesmo quando gravou o disco “Como é Linda a Minha Aldeia”, composto somente por músicas portuguesas, o fez com toda a essência e originalidade lusitana que o trabalho mereceu, manifestando a universalidade do seu canto nativista.


Nos discos mais recentes homenageou em dois belíssimos álbuns o Mestre Luiz Gonzaga, com quem também trabalhou como competente Zabumbeiro, e se fez “O Arauto das Raízes Nordestinas” gravando no CD “Conexão Nordeste” canções de consagrados compositores como Belchior, Gonzaguinha, e Dominguinhos.

E nesse cenário repleto de forrós e toadas, João Mossoró apresenta o seu mais recente trabalho intitulado “Falar Com Deus é Bom”, onde cânticos tradicionalmente religiosos se fundem a ritmos nordestinos num forrozeio que surpreende pela voz privilegiada e pelo inusitado da proposta musical. Sem seguir a modismos, João Mossoró pratica sua fé como outra missão que carrega.

Diz: “Aqui no Rio de Janeiro, frequento diversas igrejas fazendo eventos e são muitos os religiosos que me prestigiam, inclusive um deles, o Padre Ranilson, gravou uma musica de minha autoria intitulada “Minhas Janelas”. Também faço parte da caravana do Pedro Augusto, da Rádio Tupi, onde semanalmente participo das apresentações em Praça Publica interpretando canções contemplativas.

No edifício onde moro tem uma Capela dedicada à Nossa Senhora de Aparecida, e sempre quando lá eu estava me vinha uma inspiração divina para gravar um cd com músicas religiosas. E assim, com o incentivo de todos, concretizei esse projeto onde interpreto canções que falam do nosso Pai Maior. E, inclui ainda, outras que fazem parte do nosso cancioneiro popular que considero, pelas mensagens que transmitem, como que falassem mais perto ao coração”, conclui.

No repertório do CD, músicas como “Falar com Deus é Bom” (Francisco Saulo), Noites Traiçoeiras, Oração de São Francisco, “Tocando em Frente” (Almir Sater e Renato Teixeira) e “Súplica Cearense” (Gordurinha e Nelinho) dão o tom maior do disco, afinal, se “Falar Com Deus é Bom”, melhor ainda ouvindo canções que elevam a alma na voz de João Mossoró.

CD-João Mossoró – Falar Com Deus é Bom - 2014

1- Falar com Deus é Bom (Francisco Saulo)
2 - Tocando em frente (Renato Teixeira / Almir Sater)
3 - Súplica Cearense (Gordurinha / Nelinho
4 - Noites Traiçoeiras (Direitos Reservados)
5 - Majestade o Sabiá (Roberta Miranda)
6 - Não Tenho Culpa de Nascer Assim (João Mossoró / João do Vale)
7 - O Milagre da Flecha (Moacyr Franco / Marcos Silvestre)
8 - Romaria (Renato Teixeira)
9 - Segura na Mão de Deus (Direitos Reservados)
10 - Meu Amor Chorou (Paulo Diniz)
11 - Pegadas na Areia (Direitos Reservados)
12 - Oração de São Francisco (Direitos Reservados)
13 - Liberdade ou Servidão (João Mossoró / Fernando Santos)

Contatos: E-mail: joaomossoro@yahoo.com.br Telefones: (21) 2213.7702 / (21) 9782.2960
Fonte: Texto Higino Canuto Neto-Juazeiro Ba.

Enviado pelo poeta, escritor, pesquisador do cangaço e gonzagueana Kydelmir Dantas
MOSSORÓ - RN
Fone: (0xx - 84) - 3323 2307

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Primeira Expedição

Por Joaquim Furtado
Joaquim Furtado e Manoel Severo na fazenda Concordia, em Lastro - PB

Estive, no último final de semana, graças a carona concedida pelo amigo e conterrâneo Jair Tavares, no II Seminário Parahyba Cangaço e Cariri Cangaço Paraíba 2014, com abertura na cidade de Sousa, na noite do dia 22 de Agosto e palestras/mesas redondas nos Municípios de Nazarezinho Lastro.

Integrante do Grupo Paraibano de Estudos do Cangaço-GPEC, desde o seu início, mas por demorar-me mais em Macapá que no Nordeste, foi essa a minha primeira "expedição" a lugares onde ocorreram eventos relacionados ao cangaceirismo (lampeônico e geral), tendo oportunidade de conhecer o Curador Manoel Severo e muitos outros integrantes do CARIRI CANGAÇO, além de autores e estudiosos da matéria vindos de diversos Estados brasileiros.

O Grupo Paraibano esteve presente com   cinco integrantes: este escrivão Joaquim Furtado, o Presidente Narciso Dias, Jorge Remígio, Jair Tavares e Otávio Mariz, tendo todos, além de participar das conferências do Prof. Wescley Rodrigues e de Guerhansberger Tayllow; ido visitar, dentre outros sítios, as casas grandes dos sítios Jacu, em Nazarezinho (esta que foi do Cel. João Pereira, pai do cangaceiro Chico Pereira) e Concórdia, em Lastro (esta do Cel. Manoel Abrantes, onde foi organizado grupo para seguir em defesa da cidade de Sousa, quando da 'visita' dos cabras de Lampeão, em 1924).

Joaquim Furtado
Membro do GPEC
Grupo Paraibano de Estudos do Cangaço

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O que a história não mostra sobre a passagem de Lampião pela cidade de Conceição e os primeiros tiros recebidos por ele


Os bastidores da ida são desconhecidos, mas a existência do combate contra os cangaceiros de Lampião deixou um saldo positivo para o prefeito José Leite


A história de Lampião, o “Rei do Cangaço”, foi contada por vários meios de comunicação, por toda parte do mundo, mas alguns fatos foram esquecidos ou não chegaram ao conhecimento do povo. É o caso vivido por ele e seu bando, na cidade de Conceição, interior do estado da Paraíba, no ano de 1919. Nesse ano, Virgulino Ferreira da Silva, o “Lampião”, como era mais conhecido, começara seu martírio e sofria seus primeiros ferimentos a bala da sua história sangrenta de vida. 

Foto histórica da casa onde Lampião se arrancho, no sítio Tabuleiro, município de Conceição

Durante muito tempo, a reportagem do portal Vale do Piancó Notícias, juntamente com o historiador Marcos José, buscaram rabiscos de fragmentos da passagem de Lampião pelo município de Conceição. Entre vários fatos, ele queimou dois engenhos, no município, na sua vinda corrida da cidade de Mossoró: o engenho no sitio Saco da Ingazeira, que hoje é de propriedade de Sevi Soares e outro no sítio Náfrica, que hoje pertence ao território de Santa Inês. O último tem suas ruínas no fundo das águas da barragem Santa Inês.

Foto da casa onde lampião se arrnachou. Na foto, Gilberto Ângelo e Marcos José

O momento mais marcante para a reportagem e para o historiador foi a localização da casa, no sítio Tabuleiro, na extrema do estado da Paraíba com o Pernambuco, local onde o “Rei do Cangaço” se arranjou, juntamente com seu bando de cangaceiros e mandou um recado para o então prefeito da cidade de Conceição, José Leite. No recado levado pelo portador(Figura não identificada), o cangaceiro exigia, como moeda de troca, para uma não invasão à cidade, mantimentos e armas de fogo.

De imediato, o prefeito José Leite mandou dizer, pelo mesmo portador, que o pedido seria atendido, mas ele(Lampião), deveria aguardá-lo, pois ele iria pessoalmente entregar ao cangaceiro, todos os pedidos solicitados.

Não sabia o prefeito que os boatos a respeito da presença do bandoleiro corriam nas ruas da cidade. E quando ele atravessou o rio Piancó, encontrou do lado, vários homens civis armados, preparados para um combate com Lampião. O prefeito não teve outra escolha, a não ser seguir com destino ao sítio Tabuleiro, que fica, aproximadamente, há 18Km da cidade de Conceição.

Os bastidores da ida são desconhecidos, mas a existência do combate contra os cangaceiros de Lampião deixou um saldo positivo para o prefeito José Leite. Ao surpreender o bando, os “Heróis” da cidade de Conceição conseguiram a proeza de acertar os primeiros tiros no “Rei do Cangaço”, em toda a sua história de existência. Foram dois tiros: um no braço e outro na virilha, conforme o próprio cangaceiro narrou no filme “Baile Perfumado”, narrado pelo historiador árabe, Abraão Benjamim, que, através de amizade com Padre Cícero, conheceu Virgulino. Depois da morte do padroeiro, o historiador procurou o cangaceiro e o acompanhou, pelas matas nordestinas, registrando as suas ações em fotos.

O confronto entre prefeito da cidade de Conceição e seus homens e Lampião e seu bando rendeu histórias cômicas, como a de um senhor chamado Deco Ramalho, que depois do confronto, sumiu nas caatingas. Quando o bando de Lampião sumiu na mata, levando seu chefe ferido, o prefeito José Leite resolveu contar seus homens, visando saber se houve alguma baixa. Percebendo a falta do senhor Deco, o prefeito e seus amigos resolveram sair à procura dele. Nas proximidades de Conceição, ao passar por uma casa, o prefeito perguntou ao dono dela, se um senhor galego, baixo, de olhos pequenos não havia passado por ali. O dono da casa respondeu que por ali passara um senhor galego alto, numa velocidade acelerada e com os olhos enormes.

Uma pergunta a respeito de lampião circula nas mentes das pessoas, Uns o considera “herói”, outros bandidos. O fato é que o seu filme foi proibido de rodar, pelo Governo do Pernambuco e pelo presidente Getúlio Vargas, em virtude da mitologia criada, que o denominava como herói.

Outros “lampiões”, dos tempos modernos, surgiram na história das terras nordestinas, mas nenhum deles teve a ousadia do verdadeiro “Rei do cangaço”, Virgulino Ferreira da Silva, o lampião.

Num trecho do livro de Frederico Pernambucano de Melo existe um pequeno relato, que confirma os primeiros tiros do “Rei do Cangaço”, sofridos no sítio Tabuleiro, município de Conceição. O livro conta a trajetória de vida e morte de Lampião.

Guia turístico: Rogério Gomes xavier
 
Conheça a história de Lampião, o "Rei do Cangaço"

Virgulino Ferreira da Silva, mais conhecido como Lampião, nasceu em 7 de julho de 1897 na pequena fazenda dos seus pais em Vila Bela, atual município de Serra Talhada, no estado de Pernambuco. Era o terceiro filho de uma família de oito irmãos.

Lampião desde criança demonstrou-se excelente vaqueiro. Cuidava do gado bovino, trabalhava com artesanato de couro e conduzia tropas de burros para comercializar na região da caatinga, lugar muito quente, com poucas chuvas e vegetação rala e espinhosa, no alto sertão de Pernambuco (chama-se Sertão as regiões interiores e distantes do litoral, onde reinava a lei dos mais fortes, os ricos proprietários de terras, que detinham o poder econômico, político e policial).

Em 1915, acusou um empregado do vizinho José Saturnino de roubar bodes de sua propriedade. Começou, então, uma rivalidade entre as duas famílias. Quatro anos depois, Virgulino e dois irmãos se tornaram bandidos. Matavam o gado do vizinho e assaltavam. Os irmãos Ferreira passaram a ser perseguidos pela polícia e fugiram da fazenda. A mãe de Virgulino morreu durante a fuga e, em seguida, num tiroteio, os policiais mataram seu pai. O jovem Virgulino jurou vingança.

Lampião formou o seu bando a princípio com dois irmãos, primos e amigos, cujos integrantes variavam entre 30 e 100 membros, e passou a atacar fazendas e pequenas cidades em cinco estados do Brasil, quase sempre a pé e às vezes montados a cavalo durante 20 anos, de 1918 a 1938.

Existem duas versões para o seu apelido. Dizem que, ao matar uma pessoa, o cano de seu rifle, em brasa, lembrava a luz de um lampião. Outros garantem que ele iluminou um ambiente com tiros para que um companheiro achasse um cigarro perdido no escuro.

Comparado a Robin Hood, Lampião roubava comerciantes e fazendeiros, sempre distribuindo parte do dinheiro com os mais pobres. No entanto, seus atos de crueldade lhe valeram a alcunha de "Rei do Cangaço". Para matar os inimigos, enfiava longos punhais entre a clavícula e o pescoço. Seu bando seqüestrava crianças, botava fogo nas fazendas, exterminava rebanhos de gado, estuprava coletivamente, torturava, marcava o rosto de mulheres com ferro quente. Antes de fuzilar um de seus próprios homens, obrigou-o a comer um quilo de sal. Assassinou um prisioneiro na frente da mulher, que implorava perdão. Lampião arrancou olhos, cortou orelhas e línguas, sem a menor piedade. Perseguido, viu três de seus irmãos morrerem em combate e foi ferido seis vezes.

Grande estrategista militar, Lampião sempre saía vencedor nas lutas com a polícia, pois atacava sempre de surpresa e fugia para esconderijos no meio da caatinga, onde acampavam por vários dias até o próximo ataque. Apesar de perseguido, Lampião e seu bando foram convocados para combater a Coluna Prestes, marcha de militares rebelados. O governo se juntou ao cangaceiro em 1926, lhe forneceu fardas e fuzis automáticos.

Em 1929, conheceu Maria Déa, a Maria Bonita, a linda mulher de um sapateiro chamado José Neném. Ela tinha 19 anos e se disse apaixonada pelo cangaceiro há muito tempo. Pediu para acompanhá-lo. Lampião concordou. Ela enrolou seu colchão e acenou um adeus para o incrédulo marido. Levou sete tiros e perdeu o olho direito.

O governo baiano ofereceu 50 contos de réis pela captura de Lampião em 1930. Era dinheiro suficiente para comprar seis carros de luxo.

Lampião morreu no dia 28 de julho de 1938, na Fazenda Angico, em Sergipe. Os trinta homens e cinco mulheres estavam começando a se levantar, quando foi vítima de uma emboscada de uma tropa de 48 policiais de Alagoas, comandada pelo tenente João Bezerra. O combate durou somente 10 minutos. Os policiais tinham a vantagem de quatro metralhadoras Hotkiss. Lampião, Maria Bonita e nove cangaceiros foram mortos e tiveram suas cabeças cortadas. Maria foi degolada viva. Os outros conseguiram escapar.

O cangaço terminou em 1940, com a morte de Corisco, o "Diabo Loiro", o último sobrevivente do grupo comandando por Lampião.

Veja todas as fotos da casa, onde Lampião se arranchou e foi surpreendido pele prefeito José Leite e civís da cidade de Conceição, clicando Aqui

Fonte de pesquisa:  Guia dos Curiosos
http://Turismosertanejo.com.br


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CASA da CULTURA DE SERRA TALHADA-PE


CASA da CULTURA DE SERRA TALHADA-PE , antiga " VILA BELA " , terra onde nasceu Lampião...


Esse espaço cultural apresenta um rico acervo, que conta a história da cidade; seus personagens, e, um pouco da história do cangaço...

 ALGUMAS FOTOS DO ACERVO









Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta

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MOSSORÓ E TIBAU, EM VERSOS, ANTOLOGIA POÉTICA, por Naide Maria Rosado de Souza


Por Naide Maria Rosado de Souza.

Não seria de espantar,
causar nenhuma surpresa
que essa Antologia viesse brilhar.
Ora, dedicada a duas Hildas…
uma entre nós…uma que já se foi,
ambas de extrema grandeza,
as quais só podemos admirar…
Começo a leitura e fico assombrada,
é muita inteligência, muita inspiração,
a cada página virada…
preciso de reflexão,
vendo a capacidade do nordestino
a explodir, exuberante,
em meu coração distante.
Não posso cada poeta festejar,
não haveria lugar…
Nem, ao menos, posso dizer
qual gostei mais de ler.
Então, resolvi seguir a ordem
do número de cada página enriquecida.
A primeira, lindamente dedicada às Hildas,
recebeu a lembrança merecida.
Mais adiante caio em Homero Homem,
não fosse o meu pé já quebrado
e o grande Homero falecido,
diria que essa fratura,
ele havia cometido…
por tamanha agudeza
em escrito de inteligência,
sagacidade e beleza,
mostrando, também, os comunicados,
sabiamente enunciados,
do bando de Lampião
que em Mossoró encontrou gente corajosa
e seus cabras correram como o Cão,
dessa minha amada cidade vitoriosa.
Nem deu tempo de respirar,
encontro Antônio Francisco Teixeira de Melo,
poeta abençoado,
de imensa capacidade criativa
que, “Por Motivo de Versos”***
ocupa a cadeira número quinze,
na Academia Brasileira de Literatura de Cordel,
cadeira muito importante é,
antes nela sentava,
PATATIVA DO ASSARÉ.
Passo páginas gloriosas,
lastimo não comentar,
poesias talentosas,
deixo de mencionar
pois tenho que finalizar.
Bem mais adiante,
encontro Maia Pinto
que, com grande sensibilidade
e muita sensualidade,
quase numa magia,
descreve o banho de mar
de uma linda Maria.
Páginas vou apreciando,
chego em Florina da Escóssia,
encontro traços meus,
em versos seus,
Florina.
O livro me faz prisioneira,
por me ver naquele mar,
menina,
que sempre haverei de amar.
Na areia colorida, agora em extinção,
há parte de minha vida,
lembranças e devoção…
Preciso terminar,
de maneira exemplar…
Vou para a última página encontrar…
José Nicodemos de Souza,
e, com licença, lhe furtar…
numa astúcia repentina,
a lembrança do Solar
de sua tia Silvina…
” Um perfume de plantas de lagoa,
Numa saudade azul, serena e boa…
E eu sonhava meus sonhos liriais…
De noite, sobre o muro, o jasmineiro,
De alvas flores, um luar caminheiro,
Cheirava a Mossoró… Sonhos reais…”
Para David de Medeiros Leite e José Edilson de A. G. Segundo, a minha maneira de ler. Parabéns aos dois.
O máximo: ” Por Motivo de Versos”…que lindo!

Enviado pelo escritor e pesquisador do cangaço José Edilson de Albuquerque Guimarães Segundo

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Nazarezinho recebe Cariri Cangaço Parayba 2014 !

Por Manoel Severo
Wescley Rodrigues, Honório de Medeiros e Manoel Severo, em Nazarezinho

A acolhedora e simpática Nazarezinho novamente se vestiu em festa para receber a Caravana Cariri Cangaço para realização do segundo dia de conferências e debates. Logo depois da espetacular visita ao patrimônio que é a fazenda Jacu, a Caravana Cariri Cangaço se dirigiu para o Centro Social de Nazarezinho para a abertura solene do evento em solo berço de Chico Pereira. Com a presença do prefeito Salvan Mendes, do Presidente da FUNESC - Paraíba, Lau Siqueira, dos presidentes do GPEC, Narciso Dias e GECC, Ângelo Osmiro e do representante da SBEC, Paulo Gastão, além de secretários municipais, vereadores, professores, alunos, escritores entre outros, foi aberto o segundo dia do Cariri Cangaço Parayba 2014.

 Mesa de Abertura do Cariri Cangaço Parayba 2014 em Nazarezinho
 
Prefeito Salvan Mendes entrega Diploma a Iris Mendes Medeiros

As primeiras palavras do curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo, foram para ressaltar "a grande satisfação de novamente está em Nazarezinho, a partir do esforço de Wescley Rodrigues, Iris Mendes e César Nóbrega, numa demonstração de que quando há o trabalho sério e determinado as coisas realmente acontecem e que seja um exemplo para a luta pela restauração da casa do Jacu"; já o prefeito de Nazarezinho, Salvan Mendes, reafirmou a disposição do poder público municipal em "se esforçar dentro das possibilidades do município na direção da restauração e tombamento do Jacu e fazer inclusive daquele patrimonio um lugar de turismo, unindo o artesanato, a comida, etc". Novamente o representante da FUNESC, Lau Siqueira, ressaltou "o grande trabalho que está sendo realizado pelo Cariri Cangaço no fomento e resgate dessa história e ainda mais na mobilização da sociedade para a restauração desses patrimônios históricos".
Ingrid Rebouças, Paulo Gastão e Elane Marques 
Iris Mendes enterega Diploma a Ramon Batista 
Lau Siqueira entrega o Diploma a Sra. Maria do Socorro Leon

Em seguida a primeira conferência da manhã trouxe a professora Maria do Carmo Pereira, descendente direta de João Pereira, do Jacu. Formando mesa ao lado de seu pai; Janduí Pereira, um dos herdeiros do Jacu, e do professor Wescley Rodrigues, Maria do Carmo nos apresentou muito do sentimento que habita o coração dos descendentes da família Pereira, mesmo depois de tantos anos do fatídico episódio que envolveu a morte de João Pereira e desencadeou a entrada de seu filho, Chico Pereira, no cangaço.

Wescley Rodrigues, Maria do Carmo e Janduí Pereira 
 Maria do Carmo e Janduí Pereira
Janduí Pereira e o "pequeno Chico Pereira"
Honório de Medeiros
Zeca Aguiar, Manoel Severo e Tomaz Cisne

A nítida sensação de pertencimento ao lugar e às origens foi a tônica principal da conferência de Maria do Carmo Pereira. A cada frase, a cada palavra, podíamos sentir no calor da narrativa da Saga de Chico Pereira o quanto ainda se faz presente todo o sentimento. "João Pereira foi realmente um homem à frente de seu tempo, dedicado apenas à família e ao trabalho, era um grande empreendedor. Conciliador por natureza acabava angariando a atenção e respeito de todos, certamente por isso talvez tenha sido vítima dessa tragédia", afirma Maria do Carmo que ainda revela: "Nunca vou esquecer os momentos marcantes que tive ao lado de Padre Pereira; um homem sem igual, um intelectual inigualável, um ser humano único, e por ele, também, não podemos deixar essa história morrer".

Secretário José Cícero entrega Diploma ao prefeito Salvan Mendes 
José Cícero, Dra. Francisquinha e Profa. Maria José
 Guerhansberger Tayllor e Cesar Nóbrega
Jorge Remígio e Narciso Dias

Na oportunidade da Conferência da professora Maria do Carmo Pereira, foi lançado o livro de Elane Marques e Paulo Gastão sobre o processo de Acari contra Chico Pereira. "Não poderíamos lançar essa obra em outro lugar a não ser aqui em Nazarezinho e ainda por mais na presença de familiares tão próximos de Chico Pereira, para nós é uma grande alegria " Confirma Paulo Gastão . 

Manoel Severo
Curador do Cariri Cangaço
Cariri Cangaço Parayba 2014 - Nazarezinho

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