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quarta-feira, 12 de abril de 2023

MEU SILÊNCIO

Por Veridiano Dias Clemente

Esse meu permanente silêncio
Vou falando em entrelinhas
Pois o amor que por ti eu tinha
Se afrouxou feito um laço
Não consigo te abraçar
E tampouco nem sonhar
E não ti tenho nos meus braços
Meus esforços foram escassos
Os meus olhos acordaram
No claro eles ficaram
Nunca mais peguei no sono
Vejo o sol sempre nascendo
E as vezes ele morrendo
Mas do sono não sou dono
Me fortalece teu abandono
O que se faz aqui se paga
Nem sempre a vela se apaga
Não és única cereja do bolo
Tem bolo que não é doce
Meu amor por ti acabou-se
Não se faz ninguém de bôbo
Poeta VERÍ
Do país de Caruaru-PE
Tamandare-PE 05/01/2023
As 13h53
CONHEÇA MINHAS OBRAS
AUTOR. veri

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AGRADECIMENTO...

Por Conrado Matos

Este poema foi enviado nessa data, 27 de janeiro de 2023, pelo meu amigo, parceiro de letras, José Walter Pires (Zewalter), irmão do nosso Imortal Moraes Moreira. É uma mensagem em poesia me parabenizando pelo o que venho escrevendo sobre nossa Salvador, em crônicas e poesias.

https://www.youtube.com/watch?v=HDafsq9YQhQ&ab_channel=guitarrabrazuca
Saudoso Morais Moreira

Zewalter é o autor do Prefácio do meu terceiro livro, "Salvador ao Vivo e a Cores - Anos 80". Fico agradecido pelas palavras poéticas do meu amigo. Este poema foi recitado por mim numa entrevista com participação também de ZEWALTER, na Rádio Aperipê FM 106.1, do Estado de Sergipe, através do meu amigo o jornalista e radialista sergipano Paulo Corrêa. Compartilho com os amigos.

Beleza, amigo, envolventes memórias desta cidade.
Em cada canto uma igreja
Em cada canto uma ladeira
Um poeta que verseja
Uma história verdadeira.
.
Em cada canto a cultura
A mostrar tanta beleza
Que vem da literatura
E na tradição viceja.
Parabéns poeta amigo,
Pelas histórias contadas
Desde um tempo muito antigo
Mas no presente lembradas.
Sendo memorialista
Não deixa nada esquecido
Sempre acrescenta na lista
Um fato que foi vivido.
E com a pródiga mente
As criações vão surgindo
Com esse prazer que sente
Seu caminho vai-se abrindo.
Abração
Zewalter

https://www.facebook.com/josemendespereira.mendes.5

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VIRGULINO, RECEBE A PATENTE DE CAPITAO E SE PREPARA PARA COMBATER A COLUNA PRESTES!!

 Por Geraldo Júnior

Por convite de Padre Cicero, Lampião aceita a comenda de capitão do exército e ele acompanhado de cerca de 50 cangaceiros se torna capitão do exercito, documento assinado por representante federal no Ceará, Pedro Albuquerque Uchoa.

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste

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JUAZEIRO, CEARÁ (1926). O AUGE. A REDENÇÃO DO CANGAÇO LAMPIÔNICO.

Por Geraldo Júnior

Convidado pelo então deputado Floro Bartolomeu da Costa, braço armado do Padre Cícero, para se incorporar aos Batalhões Patrióticos formados para combater a Coluna Prestes, Lampião e seu bando chegam em março de 1926 à cidade de Juazeiro no estado do Ceará, onde é recebido e saudado pela eufórica população, que via naqueles homens uma esperança para combater e quem sabe derrotar a coluna de militares revoltosos que marchavam pelo Nordeste naquela ocasião.

Sem demora Lampião recebe a polêmica patente de capitão dos Batalhões Patrióticos, dinheiro, uniformes para seus homens e os potentes e avassaladores fuzis Mauser (1908) que a partir dessa ocasião substituiria as lendárias carabinas Winchester (Papo Amarelo) calibre 44 que era uma das armas mais utilizadas até então pelos cangaceiros.

Equipado e bem municiado, Lampião segue sertão à fora ao encontro da coluna de revoltosos, porém ao chegar ao estado de Pernambuco com pompas de "capitão" é recebido à bala por seus antigos inimigos (Nazarenos) e resolve retornar ao estado do Ceará para conversar com o Padre Cícero. Ao ser ignorado pelo padre, Lampião abandona a causa e retorna para o cangaço, dessa vez com força total e o sertão e o sertanejo enfrentariam a partir de então tempos difíceis, de medo, insegurança e violência, como jamais vistos em tempos passados.

Alguns pesquisadores afirmam em suas obras que o bando de Lampião chegou a travar tiroteio contra a coluna Prestes-Miguel Costa, porém o próprio Luiz Carlos Prestes em entrevista gravada e exibida em rede nacional afirmou categoricamente que durante a travessia da Coluna pela região Nordeste não teve nenhum encontro com Virgolino e seus comandados, ficando assim a eterna dúvida sobre a existência ou não a respeito desse encontro. Deixando uma lacuna aberta para as mentes criativas e fantasiosas.

Sempre deixando claro que a história, principalmente a cangaceira, sempre tem uma, duas ou até mais versões e aqui procuro apresentar as mais plausíveis e sensatas.

Ilustrando a matéria deixo a fotografia oficial de Lampião, com trajes de capitão dos Batalhões patrióticos, que foi tirada pelo chauffeur de Praça Pedro Maia em março de 1926 em Juazeiro, atual Juazeiro do Norte, no estado do Ceará. Uma imagem que retrata com exatidão a vaidade do chefe-mor do cangaço e o apogeu do cangaço lampiônico.

Aglomeração de palavras: Geraldo Antônio De Souza Júnior

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EXISTEM DUAS VERSÕES A RESPEITO DA MORTE DE ANTÔNIO FERREIRA O "ESPERANÇA", IRMÃO DE LAMPIÃO.

 Por Geraldo Antônio De Souza Júnior

A primeira versão aponta que Antônio Ferreira teria sido ferido gravemente durante o combate na Serra Grande (26/11/1926) em Calumbi no estado de Pernambuco e teria vindo à óbito dias depois em decorrência dos ferimentos sofridos e a segunda versão, mais aceita por estudiosos do assunto, dá conta que Antônio Ferreira foi morto acidentalmente por um tiro de fuzil disparado pela arma do cangaceiro Luiz Pedro, quando estavam acoitados na fazenda Poço do Ferro, que na época pertencia ao município de Floresta e que atualmente pertence ao município pernambucano de Ibimirim, de propriedade do coronel Ângelo da Gia. Lampião, que na ocasião se encontrava em viagem, ao ser comunicado sobre o incidente se dirigiu à fazenda, onde após escutar as versões sobre a morte do irmão, decidiu perdoar Luiz Pedro e este por sua vez jurou o acompanhar até o dia de sua morte. E assim foi.

A fotografia que ilustra essa matéria, sendo uma das últimas de Antônio ainda vivo, foi tirada por Lauro Cabral na ocasião em que Lampião e seu bando estiveram na cidade de Juazeiro no estado do Ceará (Março de 1926) para ingressarem nos Batalhões Patrióticos que naquela ocasião estavam sendo formados para combater a Coluna Prestes-Miguel Costa, inimiga do governo federal que marchava em solo nordestino buscando apoio e difundindo seus ideais.

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LUIZ GONZAGA SEU POVO E SUAS ORIGENS.

Por Guilherme Machado

Luiz Gonzaga e seu povo! Pesquisando sobre a fotografia que aparece seu Luiz Sentado, descascando uma laranja , e ao seu lado aparece uma criança com mais ou menos 5 ou 6 anos de idade: A casa é no Araripe e pertence ao seu pai Januário, e a mulher que aparece é dona Raimunda a mãe da garota foi que serviu a laranja ao Rei do Baião. 

Com ajuda do sanfoneiro vaqueiro o Claudinho Pereira, eu cheguei a menina, que se espanta de medo da fama de Luiz Gonzaga... O nome dela é Jamile e mora até hoje no Araripe. Jamille hoje é uma mulher feita: e bonita, como se ver na foto acima. Conversando hoje e ela, o porque do espanto e ela me disse que era medo mesmo porque, naquela época no Araripe só se falava em Luiz Gonzaga... E ela me disse que não sabia se estava de frente com um Deus ou um homem.

 https://www.facebook.com/guilherme.machado.75992484502

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VIOLA, RIMAS E VERSIFICAÇÕES.

  Por José Mendes Pereira


Amigo leitor, se você é amante do som da viola e gosta de rimas e versificações, acesse o blog do poeta José Di Rosa Maria. Não deixa de acessá-lo. Você irá conhecer os seus poemas, sonetos e mais outros trabalhos.

Aqui o link do seu blog: 

www.cadenciapoetica.com.br

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NA CASA DE GABRIEL...

Por José G. Diniz

Na casa de Gabriel
Ontem fui a um almoço
Da galinha caipira
Comi ate o pescoço
Trouxe canela e xanana
E um balde de cajarana
Com casca polpa e caroço
Passei em um poço
Que tinha no corredor
O carro quase que estanca
A mulher pisou no acelerador
Ate que enfim passamos
E o café já tomamos
Na casa de outro senhor
Contemplei um beija-flor
Com seu corpinho lindo
Se alimentando do nétar
Da flor que estava se abrindo
Veja o que eu achei belo
O branco e o amarelo
Das flores do tamarindo
Me deitei e fiquei dormindo
E quando estava sonhando
Senti os espinho do cacto
No corpo penetrando
Chorei pedindo clemencia
Despertei sentindo a essência
Que as rosas estavam exalando

https://www.facebook.com/josegomesd

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COITEIROS DE LAMPIÃO - PARTE II

 Por Rei Dos Cangaceiros


Coronel Marcolino Pereira Diniz, da  Fazenda Abóboras, na Vila de Patos de Ererê, no Estado da Paraíba:  - http://blogdomendesemendes.blogspot.com.br/2015/03/casa-na-vila-de-patos-de-irere.html


Coronel Isaías Arruda . Nasceu Isaías Arruda de Figueiredo (Cel. Isaías Arruda) aos 6 de julho de 1899 na Vila d'Aurora. Era filho de Manoel Antônio de Figueiredo de Arruda e Maria Josefa da Conceição (naturais de Aurora, casados aos 30 de junho de 1896). (Livro de Registro de Matrimônios da Paróquia Menino Deus, 1896-1911, p.33).
     
Foi batizado aos 30 de julho do mesmo ano pelo Pe. João Carlos Augusto, tendo como padrinhos Antônio Leite de Oliveira (solteiro) e Maria Joaquina da Conceição (casada). (Livro de Registro de Batismos da Paróquia do Menino Deus de Aurora, 1897-1904, p. 80),
     
Convolou núpcias no primeiro dia de setembro de 1920 na Igreja Paroquial da Vila d’Aurora com Estelita Silva, natural de Fortaleza, tendo como testemunhos a Raimundo Antônio de Macêdo e Manoel Gonçalves de Araújo. (Livro de Registro de Matrimônios, Paróquia do Senhor Menino Deus de Aurora, 1909-1922, p. 177).
     
Em seu registro de habilitação de casamento civil, anotado pelo Tabelião José do Valle Júnior aos 15 de agosto de 1920, observam-se informações sobre sua esposa: Era filha adotiva do Tenente Manoel Gonçalves de Araújo, e estava sob sua guarda a seis anos. Era, entretanto, filha natural de Francisco Saturnino da Silva, residente em Fortaleza, e Idalina Silva, já falecida. Casaram-se civilmente os contranubentes, igualmente ao matrimônio da Igreja, no dia primeiro de setembro de 1920, às dezessete horas, na casa de Zabulon da Silva Câmara Filho (CALIXTO JÚNIOR, J. T. Venda Grande d'Aurora, Fortaleza, 2012).http://lavrasce.blogspot.com.br/2013/05/consideracoes-sobre-isaias-arruda-o.html - http://blogdaaurorajc.blogspot.com.br/2013/08/o-celebre-atentado-contra-isaias-arruda.html 


Eufrázio, que nem apelido recebeu durante a primeira fase do cangaço, a mais violenta, de 1914 a 1928, quando Lampião se mudou para a Bahia, orgulha-se de sua intimidade com Virgulino Ferreira, com todos os fazendeiros do Pajeú e se diz amigo íntimo dos mais famosos caçadores de cangaceiros da primeira fase: os tenentes Mané Neto e Higino.

Um homem virava coiteiro, naquela época, por cinco razões básicas: medo de morrer; vingança (usar o cangaceiro para vingar algum parente morto pela polícia); gratidão (recebia favores e dinheiro dos cabras, e tinha de pagar); interesse comercial (cangaceiro não dava muito valor a dinheiro) ou polícia (como enviado especial de algum fazendeiro ou chefe político esperto).

O negro Eufrázio, gordo, risonho, deve ter usado todas essas razões. Segundo ele, nunca viu ninguém morrer.


Flora Novais e cel.: Epaminondas, chefe político de Cabrobó-PE, recebeu Lampião e seu grupo. - http://blogdomendesemendes.blogspot.com.br/2014/05/flora-novais-o-coronel-epaminondas-e.html


Ex vaqueiro e coiteiro assumido, Atanásio Gregório dos Santos já não enxerga aos onze anos. Precisamente quando completou os 102 anos de idade... Hoje aos "111" desafia o tempo e o vento, sim, o homem nasceu em 05 de fevereiro de 1902. Com prova documental.

Garantiu lembrar de ontem como se fosse ainda ontem. Conversamos com ele por pouco mais de uma hora. Não foi fácil montar o seu depoimento. É preciso intimidade com o ritmo e expressões e corruptelas da fala dos nossos vizinhos de estado. E seu Atanásio nem sempre partia do início ou finalizava um episódio. Alguns capítulos ficaram pela metade, portanto sem validade para nossa publicação. Não poderíamos exigir muito, os fatos conhecidos e vivenciados por este baiano fecharam com chave de ouro a nossa tão proveitosa visita.

Pra início de conversa, ele nos disse que não era filho de Paripiranga, é natural de Bebedouro (atual cidade baiana de Coronel João Sá que pertencia à Jeremoabo).

Que na verdade foi um coiteiro de dupla função, pois serviu aos dois lados da força.

Na época do cangaço ele já residia nos Jardins mesmo lugarzinho em que vive amparado pelos filhos, (atualmente o Jardins é um povoado do município baiano Sitio do Quinto).

O que facilitou sua amizade com os cabras de Lampião foi o fato de ser casado com uma prima do cangaceiro "Saracura". Assinala que o grupo que dominava a região era justamente o de Ângelo Roque "O Labarêda" um cangaceiro manso e chefe de Saracura.

Saracura não, o Benício, que era um excelente vaqueiro e conforme a história, um sertanejo que revoltou-se ao ver seu pai quase invertebrado numa rede por conta de uma surra que tomou de uma força volante.

Confiram a data de nascimento no RG do "menino"

Ressalta que manteve boa convivência com policiais. Todavia ao botar na balança quem mais apreciava, deixa claro a sua simpatia pelo modus operandi dos cabras de Lampião. Afirma que presenciou muito mais atrocidades dos "Macacos". Afinal de contas...


Durval Rosa. Durval era um rapazinho e sua importância no episódio da morte de Lampião é hipertrofiada. A sua real importância na história do cangaço deve ao fato de ter estado com Lampião naqueles dias, e ter reconhecido o mesmo após sua morte, sendo mais uma testemunha ocular em Angico, ou seja: vacina contra novas teorias mirabolantes. Acredito que naquelas horas que antecederam o combate de Angico, Pedro de Cândido tinha ido buscá-lo até por que sozinho não conseguiria guiar as três volantes envolvidas e também por que provavelmente queria ganhar tempo, até que Lampião percebesse a aproximação dos soldados, ou então que os soldados deixassem o cerco para a manhã seguinte quando – isso ele sabia muito bem - Lampião já teria deixado o Angico.


Manoel Ferreira este era  primo do perverso e sanguinário Lampião, mostrando o fuzil que pertencia Virgulino Ferreira da Silva. 


Dr. Floro Bartolomeu Médico, Rábula e Garimpeiro, Baiano da Cidade de Correntina. https://pt.wikipedia.org/wiki/Floro_Bartolomeu


Pedro Silvestre (o senhor com a bengala) foi um dos maiores coiteiros de Lampião. Ele residia no povoado Lagoa do Rancho e foi um dos que enterrou o cangaceiro Sabiá, morto por Lampião. Ao seu lado o escritor João de Souza.


Senhor Antonio Chiquinho, (ladeado por Amaury e joão de Souza), construtor da Lagoa do Mel, local onde Lampião matou 16 soldados e nesse mesmo tiroteio perdeu seu irmão mais novo, Ezequiel.

Antonio foi quem enterrou Ezequiel e depois foi forçado pela polícia a desenterrá-lo. Faleceu recentemente com 106 anos de idade residindo ainda no povoado Baixa do Boi.

CONTINUAREI AMANHÃ...

Fonte: facebook
Página:  Rei Dos Cangaceiros
Link: https://www.facebook.com/virgulinoferreira.ferreira.5?fref=photo

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ESCASSEZ DE HOMEM PURO

Autor: José Di Rosa Maria

Cidadão virtuoso e genuíno
Não se vê por aí zanzando à toa
Essa casta raríssima de pessoa
Tá em falta nas lojas do destino.
A mulher que quiser ter um menino
Desse tipo de homem cem por cento,
Deve a Deus recorrer todo momento
Não fazendo seu sonho dá errado!
Homem bom e honesto no mercado
Tá na lista final do sortimento.

Traidor como Judas e Silvério
Tem de sobra fazendo cambalachos.
Num plantel de dezoito ou vinte machos
É difícil ter um correto e sério.
Tem mulher que por falta de critério
Vira vítima do próprio casamento;
Sem exemplo de bom procedimento,
Há patife, de santo disfarçado!
Homem bom e honesto no mercado
Tá na lista final do sortimento.

Homens públicos com lábias venenosas
No mercado da vida tem de lavra.
Sem amor, sem caráter, sem palavra,
Sendo cúmplices de práticas criminosas.
O teor das falácias duvidosas
Ludibria os reféns do argumento
Que transforma inocência em sofrimento,
Sem receio da culpa do pecado!
Homem bom e honesto no mercado 
Tá na lista final do sortimento. 

Enviado pelo o autor.

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CANGACEIRO COBRA VERDE.

 Por Histórias do Cangaço

Manoel Aureliano Lopes. Que no Cangaço foi o segundo cangaceiro a receber a alcunha de cobra verde. Natural de Piranhas, entrou no Cangaço participando do subgrupo de Pancada. Sobre a sua entrada no Cangaço em entrevista à Gazeta de Alagoas do dia 08/11/1938 falou:

"A razão que o levou a fazer-se bandoleiro foi achar bonito o traje dos facínoras que encontrava, notar o temor e respeito que infundiam, e querer ser na vida alguma coisa".

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O POETA DAS QUEIMADAS

 Autor: José Di Rosa Maria

01
Ontem pela madrugada
Depois da morte do sono,
Busquei a inspiração
No baú de Deus é dono,
Pra compor uma canção
Falando de Fabião,
Poeta que não destrono.
02
E afoguei os meus olhos
No mar da biografia
Do poeta que tocava
Rabeca, porque sabia
Que cedo ou tarde cantando
Terminaria pagando
O preço da alforria.
03
A biografia diz
Que em mil e oitocentos
E quarenta e oito, nasce
Ele, sem conhecimentos
Mas com o dom evidente
De encantar sua gente
Cantando seus sentimentos.
04
E em Lagoa de Velhos
Seu torrão, sua cidade
Lá na fazenda Queimadas,
Com dez anos de idade,
Fabião já trabalhava,
Já cantava e já sonhava
Com a luz da liberdade.
05
Ao fazer catorze anos
O seu primeiro instrumento,
Foi comprado com o saldo
Do seu próprio sofrimento
Na sua pacífica guerra
Tentando extrair da terra
O seu suado sustento.
06
Mas foi cantando bonito
Que Fabião encantou
O coronel Zé Ferreira
Que encantado passou
A dar incentivo a ele
Porque dava pra ver nele
A luz do dom que ganhou.
07
Com permissão do seu dono
O poeta instrumentista,
Rabequeiro e cantador
Ganhou fama de artista
E passou o romanceiro
A cantar pra fazendeiro
Preludiando a conquista.
08
Consta também na história
Que foi guardando quantias
Que Fabião conseguiu
Pagar pelas alforrias
Da mãe querida, que tinha
E também duma sobrinha
Com quem casou noutros dias.
09
A mãe custou 100 mil reis
E o poeta pagou.
E quatrocentos mil reis
A sobrinha lhe custou;
Três liberdades compradas...
Três pessoas libertadas,
O trio que mais se amou.
10
E mesmo sem saber ler
Bilhete nem telegrama,
Quem cresceu lavrando a terra
Sentindo cheiro de rama,
Depois fazendo sarau
Com O BOI DA MÃO DE PAU
Conseguiu respeito e fama.
11
Esse romance foi lido
Por Luiz da Câmara Cascudo
E publicado num livro
Para servir de estudo
Pra muita gente formada
Saber que quem não lê nada
Compõe para quem lê tudo.
12
Está no famoso livro
Vaqueiros e Cantadores
Do maior dos folcloristas,
Também dos pesquisadores
Que nossa Pátria conhece
Então, Fabião merece
Méritos pelos seus valores.
13
Ariano Suassuna
Recriou a sua obra
Sem sombra de dúvida alguma
Com competência de sobra
E pelo talento dele
Mais homenagens a ele
Lagoa de Velhos, cobra.
14
A besta de Joana Gomes
Foi um romance vistoso,
A vaca lisa vermelha
E o cavalo fogoso,
Que o povo ainda aprecia
Também são da autoria
Do romanceiro famoso.
15
Fabião por levar cartas
Ao povo da região,
Recebeu o cognome
De carteiro do sertão
Por ter sido tão coeso
Mais um destaque de peso
Na vida de Fabião.
16
A grandeza do poeta
Me deixou admirado,
Porque sem televisão,
Rádio e jornal, no passado
Ele de alma dileta
Conseguiu como poeta
Tornar-se famigerado.
17
Sem formação acadêmica,
Sem diploma, sem dinheiro,
Apenas com seu talento
De cantador Rabequeiro
Querido e solicitado,
Deixou um grande legado
De poeta romanceiro.
18
Fabião Hermenegildo
Ferreira da Rocha, fez
Essas obras e mais outras
Antes de chegar a vez
De para sempre partir
Pra cantar pra Deus ouvir
No reino da sensatez.

José Di Rosa Maria

Enviado pelo o autor.

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