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sábado, 25 de junho de 2016

DIÁRIO DA SOLIDÃO

*Rangel Alves da Costa

Agora chove. Sempre chove. Tudo sempre parece nublado, escurecido, carregado demais. Ou vazio demais. Ainda hei de perguntar ao sol se não se cansa de nascer e morrer todos os dias. Ainda hei de perguntar a lua se não se cansa de surgir alegre e depois partir tristonha todos os dias. Por que já me cansei de tudo.

Sei o que é reclusão sem estar aprisionado numa cela ou entre grades. O pior é ter a porta, e uma porta que pode ser aberta a qualquer momento, e não querer sair. Dizem que depois da porta e da janela sempre há uma vida chamando a viver. A liberdade permite seguir por onde quiser. Mas meus passos não seguem a lugar algum.

Não tenho mais papel nem lápis. Os poemas beberam veneno, as cartas cortaram os pulsos. Não tenho mais vela para acender. Candeeiro sem gás e sem lâmpada no bico de luz. Também já não sei se tenho qualquer coisa a escrever. Não escrevo mais sobre ilusões, sobre impossibilidades, sobre devaneios de inocente coração. Não mais amor, nada mais sobre amor. O jardim é belo, mas todas as flores morreram.

Antigamente um passarinho cantava sobre o umbral da janela. E pela fresta uma borboleta entrava para mostrar sua cor. Mesmo com pouca luz, esvoaçava deixando rastros de arco-íris. Mas tudo sumiu. Um dia imaginei que colocando flor de plástico dentro de copo d’água ela permaneceria viva. A borboleta um dia quis beijar sua pétala e entristeceu. E a flor empoeirou e perdeu a cor, depois ressecou e morreu perante o meu olhar.

Não me recordo mais da última vez que abri a janela. Era noite, isso eu consigo lembrar. Mas a lembrança vem do sopro diferente da ventania naquela noite. Foi a primeira vez que ouvi canção e lamento vindos do vento. Noite sem lua, tristonha, e de repente o açoite batendo à janela. Folhas secas ainda passavam, as folhagens pareciam gritar, mas em seguida uma canção sem voz foi chegando no sopro. Quanto mais o vento soprava mais a canção ecoava em mim. Quando tudo cessou e fechei a janela, então ouvi um lamento do lado de fora. Era o último sopro chorando saudade.


Talvez, sem eu perceber, um sopro de vento tenha entrado pela janela assim que resolvi fechá-la. De vez em quando ouço a mesma canção, e por noites inteiras a canção ecoa em minha solidão. E depois o lamento, o canto triste, trazendo mais tristeza e dor. Por isso que passei a desejar um vento novo e uma nova canção, sem lamento ou dor, mas sempre me esqueço de abrir a janela quando a noite chega e a ventania vem fazendo caminho.

Não sei mais quantas vezes lancei mão do embornal para abrir a porta e seguir estrada. Jogo dentro rabiscos e escritos e depois sempre deixo a partida para outro dia. O embornal está num canto do chão, aberto, esperando somente que eu decida partir. Mas creio que nem dele irei precisar. Basta-me o chinelo de dedo e a roupa de cima, mesmo já envelhecida demais. Partirei e seguirei sem olhar pra trás. Talvez aquela borboleta venha se despedir e já me encontra distante, um vulto na estrada, uma sombra que some.

Encorajo-me a viver assim. Seguindo, seguindo. Caminhando, caminhando. Sempre, e sempre mais, e por caminhos esquecidos e veredas desconhecidas, rumo ao próximo destino ou ao nunca chegar. Comer dos frutos do mato, beber da água da fonte, descansar sobre a relva, adormecer debaixo da copa das grandes árvores. Sem palavra à boca, sem ninguém para falar, talvez até eu me esqueça que exista o verbo. Também não será necessário ante o que o meu passo e o meu olhar desejam.

Avisto-me como aquele que vai porque deseja ir. No clarão do sol, entre névoas e brumas, debaixo da noite, no rastro da lua. Ouvir sinos distantes, orar para um Deus ainda vivo, tecer um rosário de pedras e de fé. Por que a solidão não afasta a fé e nem se distancia de Deus. E é ele a companhia que nunca se afasta, ainda que de vez em quando a angustiada voz pronuncie: Eli, Eli, lama sabactani? Ou Deus, meu Deus, por que me abandonaste?!

Fecho o diário da solidão por que nada mais há dizer. Tudo escrito no pensamento, pois sem folha e sem lápis. A noite avança e já é madrugada longa. A insônia me faz procurar a lua pela fresta. Ouça a canção do vento. Sei que logo chegará o lamento. E eu não queria chorar, eu não queria sofrer.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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OS CORONÉIS BUFA

Por Clerisvaldo B. Chagas, 25 de junho de 2016. - Crônica N0 1.539

Em um país difícil, quanto mais interior, mas difícil ainda. Tão cedo não nos livraremos da corrupção, do desmatamento e da ignorância brutal do coronelismo.

Foto (Rede Globo).

Lemos na web um relatório que certo cidadão escreveu que poderia ser transformado em romance. Querendo entrevistar um acampamento de assentados no Alto Sertão de Alagoas, o homem procurou a rodoviária de Maceió, mas não tinha linha de ônibus para aquela cidade. A justificativa era que não havia movimento de passageiros que compensasse. O entrevistador, então, teve que viajar em transporte alternativo chamado “Van” que em Alagoas é também chamado “Besta”.

Após várias horas de sobe e desce, chega o homem à cidade onde, segundo ele, está repleta de olheiros do prefeito. Todos que chegam são olhados, seguidos e anotados. Driblando aqui e ali em busca de informações sobre o tal assentamento, teve de andar por lugares e mais lugares esquisitos da zona rural. Raramente se Não lembramos quem era o procurador e nem sobre as finalidades da sua procura. Ligamo-nos apenas na beleza do relato, simples mas cheios de detalhes. Acho que merece parabéns pelo texto e pela revelação nefasta de resquício do coronelismo.

Este é um dos motivos pelos quais as cidades do interior não conseguem progredir em nada. Os cabrestos do passado continuam balançando como fantasmas diante dos seus habitantes assombrados com surras e sumiços.

Quem quiser que pense que os “Saruê” estão apenas na ficção da rede Globo.

encontrava uma casa no vazio da vegetação. Quando havia, as informações não batiam com o nome do acampamento procurado.

Após as peripécias, o camarada descobriu um assentamento longínquo, completamente descaracterizado do inexistente.

Somente aí se começa um relacionamento compensativo.


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NO TEMPO EM QUE A PALAVRA VALIA MAIS QUE UMA ASSINATURA – A HISTÓRIA DO MILITAR QUE VOLTOU PARA O CAMPO DE PRISIONEIROS NA ALEMANHA, DEPOIS DE VISITAR A MÃE NO SEU LEITO DE MORTE NA INGLATERRA

Autor Rostand Medeiros

Historiadores apontam que foi na Primeira Guerra Mundial que se registrou de maneira inédita o extremo uso da mecanização dos armamentos. Neste trágico momento da história mundial, os novos e sofisticados aparatos bélicos criaram inéditas condições de combate, que resultaram em um exponencial aumento no número de mortos.

O capitão do Exército Britânico Robert C. Campbell – Fonte 

Entretanto, em meio a este verdadeiro e frio “moedor de carne humana” que se tornou aquele conflito, autores sugerem que ali foram testemunhados pela última vez, com maior expressividade nas histórias dos conflitos bélicos da humanidade, exemplos ligados a certos aspectos de compromissos de honra, condutas positivas, gestos de fidalguia e alguma humanidade entre combatentes adversários.


A história a seguir seria um destes exemplos.

De Combatente a Prisioneiro 

O capitão do Exército Britânico Robert C. Campbell estava lotado no 1º Batalhão do East Surrey Regiment quando teve início o conflito na Europa. Ele desembarcou no porto de La Havre, na França, e seguiu para uma posição perto do Canal Mons-Condé, no noroeste daquele país, perto da fronteira franco-belga e se envolveu em uma série de combates que ficou conhecido como Batalha das Fronteiras.

A unidade militar de Campbell estava defendendo o flanco esquerdo do exército francês contra os alemães que avançavam, quando a sua tropa foi atacada em 23 de agosto de 1914. Durante este combate o jovem capitão de 29 anos foi atingido por estilhaços de artilharia, tendo ficado com um braço quebrado e sido gravemente ferido na cabeça. Na sequência foi capturado.

Reprodução de combate na Batalha das Fronteiras – Fonte –https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_military_engagements_of_World_War_I

Campbell foi transferido para um hospital militar na cidade de Colônia, onde foi tratado dos seus ferimentos antes de ser enviado para o campo de prisioneiros de guerra em Magdeburg, na Saxónia, Alemanha, onde ficou detido com cerca de 900 outros oficiais britânicos e franceses.

Com o passar dos meses, apesar das cicatrizes e algumas sequelas no braço, Campbell se recuperou e seguia suportando o tédio, a privação e o abuso no cativeiro. Tudo isso era aliviado com a chegada de cartas e encomendas vindas de casa.

Durante a Primeira Grande Guerra, cerca de 170.000 britânicos foram feitos prisioneiros pelos alemães. Um cartão posta, ou uma carta era geralmente a única ligação entre o prisioneiro e sua família em casa – Fonte –http://www.worldwar1postcards.com/ww1-prisoners-of-war-postcards.php

Era uma verdadeira tábua de salvação tornada possível graças aos esforços heroicos e incansáveis do Comitê Internacional da Cruz Vermelha. 

Algo Quase Fictício 

Mas em 1916, Campbell recebeu uma carta com uma triste notícia: sua tia Gladys lhe escreveu informando que a sua mãe Louise estava com câncer e tinha muito pouco tempo de vida.

O capitão inglês estava longe de sua casa e de sua amada mãe, mas decidiu realizar uma desesperada tentativa para tornar possível uma visita, hoje vista como algo quase fictício: Campbell decidiu escrever uma carta para o Kaiser Wilhelm II, o então Imperador alemão e Rei da Prússia, pedindo-lhe por motivos humanitários uma permissão especial para ir a Inglaterra visitar sua mãe pela última vez e lhe dizer adeus.

Kaiser Wilhelm II – Fonte – Verlag von Gust. Liersch & Co. Berlin S.W.

O comandante do campo de prisioneiros de Magdeburg parece ter sido naquele momento um homem extremamente compreensivo diante da situação, pois ele enviou a carta de Campbell através da cadeia de comando militar do exército germânico, com sua própria recomendação de urgência e emitindo a opinião que deveria ser concedido o pedido de liberdade condicional temporária.

Contrariando quaisquer expectativas de êxito, surpreendentemente o soberano alemão respondeu positivamente à petição, permitindo ao capitão Campbell duas semanas para visitar a sua mãe em Gravesend, no condado de Kent, situado no sudeste da Inglaterra.

Gravesend, condado de Kent, sudeste da Inglaterra – Fonte – http://www.bbc.co.uk

O Kaiser Wilhelm II tinha apenas uma condição: Para ser liberado Campbell deveria dar a sua palavra de cavalheiro e oficial do Exército Britânico que voltaria para o campo de prisioneiros após terminada a visita.

Robert Campbell deu sua palavra ao Imperador.

Um Homem de Palavra

O notável exemplo de honestidade em tempo de guerra foi descoberto pelo historiador inglês Richard Van Emden, como parte de uma pesquisa para o seu livro “Meeting the Enemy: The Human Face of the Great War”, não lançado no Brasil.


Segundo o pesquisador e escritor inglês, a incrível história veio à tona após pesquisar a correspondência entre o Foreign Office, o Ministério das Relações Exteriores britânico, com os seus homólogos alemães. Segundo Van Emden o único vínculo que havia na licença do capitão Campbell era apenas a sua “palavra” como um oficial do exército, pois não foi encontrado a assinatura do militar inglês no acordo em nenhum papel. 

Os Arquivos Nacionais britânicos também contém documentos que mostram o envolvimento da Embaixada dos Estados Unidos na Alemanha para levar a bom termo o acordo entre a as autoridades alemãs e inglesas. Vale ressaltar que os Estados Unidos só entrariam em combate na Primeira Guerra em 1917.

Evidência: Uma nota encontrada no Arquivo Nacional Britânico revela quando o capitão Campbell esteve de volta a sua casa para “licença de duas semanas de ausência” – Fonta –http://www.dailymail.co.uk/news/article-2410059/WW1-soldier-Captain-Robert-Campbell-freed-prison-camp-dying-mother-kept-promise-return.html#ixzz4CWVVtXkr

Além dos dias de licença, os alemães concederam ao capitão Campbell dois dias em cada sentido para sua viagem até Gravesend. E assim – em 5 de novembro de 1916 – o inglês seguiu de trem pela Alemanha para a neutra Holanda, onde em Rotterdam atravessou de barco o Canal da Mancha e chegou na casa de sua espantada mãe em 7 de novembro.

Controvérsias

Vale ressaltar que o governo britânico desaprovou completamente aquela liberdade condicional, assim como alguns oficiais servindo na Frente Ocidental e souberam do caso.

Esta nota oficial da Embaixada dos Estados Unidos em Londres mostrou o acordo entre Campbell e os alemães foi realizado via os americanos – Fonte – http://www.dailymail.co.uk/news/article-2410059/WW1-soldier-Captain-Robert-Campbell-freed-prison-camp-dying-mother-kept-promise-return.html#ixzz4CWYiZFrw

Para os militares britânicos que lutavam nas trincheiras, a ideia de prometer algo ao Kaiser Wilhelm II era algo que, independente da razão, não merecia ser mantido. Tanto assim que um caso semelhante ao do capitão inglês nunca mais voltou a acontecer.

O governo britânico soube pela primeira vez da liberdade condicional de Campbell em 6 de novembro, quando ele já estava a caminho de casa, por meio de um telegrama da embaixada americana em Berlim, que retransmitia uma mensagem do governo alemão.

Tropa: Capitão Campbell estava entre os militares Aliados capturadas logo no início da guerra – Fonte – bhttp://www.dailymail.co.uk/news/article-2410059/WW1-soldier-Captain-Robert-Campbell-freed-prison-camp-dying-mother-kept-promise-return.html#ixzz4CWazGwVj

Enquanto Campbell ainda estava com sua mãe em Gravesend, os alemães, usando novamente os diplomatas americanos como intermediários e citando a liberdade condicional de Campbell, pediram aos britânicos a permissão para organizar a liberdade temporária do prisioneiro de guerra Peter Gastreich, de 25 anos de idade, detido na Ilha de Man, cuja mãe também estava morrendo. Infelizmente o Departamento de Guerra britânico não respondeu com a mesma fidalguia e Gastreich continuou detido.

Para o escritor Richard Van Emden os militares britânicos da época não poderiam reconhecer a liberdade condicional do capitão Campbell como um precedente para tais concessões. Ademais eles não foram consultados antes da licença ter sido concedida a este oficial pelo Governo Alemão e não teriam aceitado tal proposta se ela fosse feita antecipadamente, comentou o pesquisador.

Mapa do trajeto do prisioneiro inglês – Fonte – http://storage.torontosun.com

Para muitos ingleses na época era quase inacreditável que o capitão Campbell fosse capaz de retornar. Mas a decisão de voltar para Alemanha era uma questão de foro pessoal. Então, fiel à sua promessa ao soberano alemão, Campbell voltou para o campo de prisioneiros em Magdeburg.

Em fevereiro de 1917, quando o capitão inglês ainda estava na prisão, sua mãe faleceu. 

Escapando Novamente e Tocando a Vida 

Mas isso não é o fim da história.

Consta que muitos dos companheiros de Campbell no campo de prisioneiros de guerra em Magdeburg teriam desprezado seu ato, depois dele haver conseguido um verdadeiro golpe de sorte para sair da miséria que eles ainda eram obrigados a suportar.
  
Um cartão fotográfico real dos prisioneiros britânicos que chegam em um acampamento alemão sem nome – Fonte – http://www.worldwar1postcards.com/ww1-prisoners-of-war-postcards.php

Aparentemente, como uma espécie de compensação pela sua atitude, além de obedecer ao preceito que os prisioneiros de guerra são obrigados a tentar escapar de seus inimigos para ocupar o máximo de seus recursos humanos, Campbell imediatamente começou a trabalhar em uma fuga.

Pelos próximos nove meses este militar e outros prisioneiros cavaram um túnel para fora do campo e conseguiram escapar. De acordo com o autor Van Emden, Campbell foi recapturado perto da fronteira holandesa e voltou para Magdeburg, onde passou um ano em cativeiro antes do fim da guerra.

Na foto vemos um posto de observação do Royal Observer Corps (ROC) durante a Segunda Guerra Mundial, igual aos que o capitão Robert Campbell comandava na Ilha de Wight. Na foto em um posto do ROC, vemos a esquerda, usando um telefone de peito, P.C. “Lofty” Austin, um ex-representante comercial e ex-jogador de futebol do Tottenham Hotspur, que relata aos seus superiores as informações coletadas por seu colega C.E. “Smudge” Smith, que trabalha em um instrumento de plotagem em Kings Langley, Hertfordshire, Inglaterra Fonte –https://en.wikipedia.org/wiki/Dowding_system#/media/File:The_Royal_Observer_Corps,_1939-1945._CH8215.jpg

Campbell esteve no Exército Britânico até 1925, depois se mudou para a Ilha de Wight, no Canal Inglês. Quando a Segunda Guerra Mundial eclodiu em 1939 ele se realistou e serviu como observador-chefe do Royal Observer Corps na região onde morava. Seu trabalho era observar, registrar e informar a passagem das formações de aviões de combate da Luftwaffe que se dirigiam para a Inglaterra.

O capitão Robert C. Campbell morreu na Ilha de Wight aos 81 anos, em 1966, 50 anos depois da promessa feita ao Kaiser Wilhelm II.

Muitas pessoas podem ver esta história como sendo um exemplo nobre e galante de “convivência positiva” entre beligerantes. Mas é possível que outros observem de uma forma totalmente diferente. 

Certamente a história do capitão do Exército Britânico Robert Campbell é um reflexo delirante de certas atitudes pré-guerra e códigos de conduta que, em 1916, já tinham sido pisoteados na lama das trincheiras, massacrados na terra de ninguém e envenenados por nuvens de gás mostarda.

Bem como também não havia neste caso nenhuma qualidade redentora no ato do Kaiser Wilhelm II. Provavelmente foi apenas mais um capricho autoindulgente de um homem mimado, emocionalmente instável e impetuoso.

Quanto a Robert Campbell eu fiquei feliz ao descobrir que ele conseguiu ver sua mãe antes de morrer. Era importante para ele e para ela. 

FONTES –

Extraído do blog Tok de História do historiógrafo e pesquisador do cangaço Rostand Medeiros 

https://tokdehistoria.com.br/2016/06/24/no-tempo-em-que-a-palavra-valia-mais-que-uma-assinatura-a-historia-do-militar-que-voltou-para-o-campo-de-prisioneiros-na-alemanha-depois-de-visitar-a-mae-no-seu-leito-de-morte-na-inglaterra/

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HISTÓRIA DO BRASIL A GUERRA DE CANUDOS [EDIÇÃO E NARRAÇÃO: PROF. CESAR MOTA]

https://www.youtube.com/watch?v=oui1fjsbneM

Enviado em 10 de mar de 2013

Publicado em 12/06/2012

HISTÓRIA DO BRASIL: A Guerra de Canudos foi o confronto entre o Exército Brasileiro e os integrantes de um movimento popular sócio religioso liderado por Antônio Conselheiro, que durou de 1896 a 1897, na então comunidade de Canudos, no interior do estado da Bahia, no nordeste do Brasil. O arraial resistiu até 5 de outubro de 1897, quando morreram os quatro derradeiros defensores. O cadáver de Antônio Conselheiro foi exumado e sua cabeça decepada a faca. No dia 6, quando o arraial foi arrasado e incendiado. O conflito de Canudos mobilizou aproximadamente doze mil soldados oriundos de dezessete estados brasileiros, distribuídos em quatro expedições militares. Em 1897, na quarta incursão, os militares incendiaram o arraial, mataram grande parte da população e degolaram centenas de prisioneiros. Estima-se que morreram ao todo por volta de 25 mil pessoas, culminando com a destruição total da povoação. Imagens do filme Guerra de Canudos.

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AS FAÇANHAS DE BENJAMIN ABRAHÃO


Cabelos do padre

Quando Padre Cícero morre, Benjamin corta uma mecha do cabelo do religioso e começa a vender os fios aos fiéis. Até que alguém se dá conta de que o sacerdote não tinha tanto cabelo assim, e que, da mesma forma, o sírio já deveria ter vendido mais de 10 quilos de cachos.

Foi a partir daí que ele começou a ganhar inimigos na cidade.

Fonte: Livro Benjamin Abrahão – Entre anjos e cangaceiros de Frederico Pernambucano de Melo.

Geraldo Antônio de Souza Júnior 
(Administrador do Grupo O Cangaço).

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=601531706677396&set=gm.1250232928323156&type=3&theater

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ACJUS

Por Benedito Vasconcelos Mendes

Sessão Solene da ACJUS - Academia de Ciências Jurídicas e Sociais de Mossoró, realizada hoje (24-6-2016), no auditório da OAB-Mossoró.

Enviado pelo professor e pesquisador do cangaço Benedito Vasconcelos Mendes

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JUAZEIRO DO NORTE/CEARÁ... 1929.

Por Geraldo Júnior
Padre Cicero e Benjamin Abrahão.

Pensando em alavancar seus negócios (Venda de Santinhos, enfeites, pingentes, entre outros objetos), Benjamin Abrahão espalha entre a população que aquele seria o último ano que o então Padre Cícero daria a sua benção aos fiéis.

Resultado: Juazeiro do Norte/CE é invadida por fiéis de toda a parte do Nordeste, deixando as autoridades locais de mãos atadas diante da massa humana que chegava inesperadamente à cidade. As autoridades policiais e políticas locais ao procurarem saber do Padre Cicero o que estava acontecendo, ficaram sabendo que todo aquele tumulto teria sido causado por um boato espalhado por Benjamin Abrahão.

Mesmo diante de todas as reclamações das autoridades e dos fiéis, Padre Cicero resolveu ficar ao lado do seu “fiel” secretário e disse que se ele fez isso, foi porque teve um motivo. Tamanha era a confiança que o Padre Cicero do Juazeiro depositava no seu pupilo.

Fonte: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=600553786775188&set=gm.1248696078476841&type=3&theater

Geraldo Antônio de Souza Júnior (Grupo O Cangaço - Administrador do Grupo)

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TERIA HAVIDO UM CONFRONTO ENTRE A COLUNA PRESTES E O BANDO DE LAMPIÃO?

Por Luiz Serra

PRESTES REVELOU QUE SIM: "EM DUAS OPORTUNIDADES!"


...Trecho do capítulo sobre a exasperada convocação de um batalhão dito patriótico, arrimado pelo Padre Cícero de Juazeiro do Norte, para obstar a passagem, em 1927, da gigantesca marcha da Coluna Prestes em solo sertanejo...quase 1500 cavaleiros armados que avançavam em 4 colunas.

- Livro...: O Sertão Anárquico de Lampião...Luiz Serra...Outubro Edições...

-Data de lançamento: 10 de agosto.... Espaço Xique-Xique, Asa Sul.
Foto: Papacaio.

“O presidente Artur Bernardes, sempre no campo oposto ao dos tenentes, para combater a Coluna Prestes/Miguel Costa providenciou encomenda de equipagens militares e armamentos, na ordem de quatrocentos mil fuzis Mauser, já com cartuchos de ponteira ogival de longo alcance.

Seriam os fuzis novos que cairiam nas mãos do bando de Lampião, doravante fortalecendo o poder de fogo dos cangaceiros.

Lampião, com seu exército de cabras armados, foi conduzido a um sítio nos arredores da cidade. O coronel Floro Bartolomeu (chefe armado do Padim Ciço) já seguira em viagem para o Rio de Janeiro, de navio, para urgência médica. Padre Cícero foi até lá em ao menos duas oportunidades. O diálogo foi de encorajamento à deserção do banditismo e à nova feição para o cangaceiro: lembrou-lhes que precisavam constituir família, como todo mundo. Alertou-lhes do fim inevitável.

Do interesse do governo federal, a organização dos ditos batalhões patrióticos, das fardas azuis, foi tarefa dos chefes políticos locais, e para esse desforço regional foi posta à disposição das tropas enorme quantidade de recém-adquiridos fuzis militares Mauser e mosquetões, em maioria da forja de 1908.

Refazendo os acontecimentos em Juazeiro, o coronel Floro e aliados de Padre Cícero instituíram o Batalhão Patriótico, em meio à inquietação diante do iminente confronto com a coluna sediciosa. Do estado-maior de Floro teria saído a ideia de convocar Lampião para o esforço de defesa de Juazeiro e, assim, as mensagens enviadas fizeram estimular o cangaceiro a deslocar o bando para Juazeiro.

Sem dúvida, algumas evidências teriam convencido Lampião, ao receber os emissários de Juazeiro, factivelmente, com a citação dos nomes de Floro e do Padre Cícero.

Ainda mais, vivia-se uma expectação de refrega, e Lampião e os irmãos procuraram certificar-se da integridade da família Ferreira, residente naquele município.

Mais à frente nestas linhas, o tecido de uma crítica sopesada acerca deste evento terá abordagem nesse contexto histórico.”

(A revelação de um confronto entre os mais famosos grupamentos guerrilheiros em cenário anárquico da História do Brasil raramente contada!).

Fonte: https://www.facebook.com/luiz.serra.14?pnref=lhc.unseen

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TERIA HAVIDO UM CONFRONTO ENTRE A COLUNA PRESTES E O BANDO DE LAMPIÃO?

Por Luiz Serra


PRESTES REVELOU QUE SIM: "EM DUAS OPORTUNIDADES!"


...Trecho do capítulo sobre a exasperada convocação de um batalhão dito patriótico, arrimado pelo Padre Cícero de Juazeiro do Norte, para obstar a passagem, em 1927, da gigantesca marcha da Coluna Prestes em solo sertanejo...quase 1500 cavaleiros armados que avançavam em 4 colunas.

- Livro...: O Sertão Anárquico de Lampião...Luiz Serra...Outubro Edições...

-Data de lançamento: 10 de agosto.... Espaço Xique-Xique, Asa Sul.
Foto: Papacaio.

“O presidente Artur Bernardes, sempre no campo oposto ao dos tenentes, para combater a Coluna Prestes/Miguel Costa providenciou encomenda de equipagens militares e armamentos, na ordem de quatrocentos mil fuzis Mauser, já com cartuchos de ponteira ogival de longo alcance.

Seriam os fuzis novos que cairiam nas mãos do bando de Lampião, doravante fortalecendo o poder de fogo dos cangaceiros.

Lampião, com seu exército de cabras armados, foi conduzido a um sítio nos arredores da cidade. O coronel Floro Bartolomeu (chefe armado do Padim Ciço) já seguira em viagem para o Rio de Janeiro, de navio, para urgência médica. Padre Cícero foi até lá em ao menos duas oportunidades. O diálogo foi de encorajamento à deserção do banditismo e à nova feição para o cangaceiro: lembrou-lhes que precisavam constituir família, como todo mundo. Alertou-lhes do fim inevitável.

Do interesse do governo federal, a organização dos ditos batalhões patrióticos, das fardas azuis, foi tarefa dos chefes políticos locais, e para esse desforço regional foi posta à disposição das tropas enorme quantidade de recém-adquiridos fuzis militares Mauser e mosquetões, em maioria da forja de 1908.

Refazendo os acontecimentos em Juazeiro, o coronel Floro e aliados de Padre Cícero instituíram o Batalhão Patriótico, em meio à inquietação diante do iminente confronto com a coluna sediciosa. Do estado-maior de Floro teria saído a ideia de convocar Lampião para o esforço de defesa de Juazeiro e, assim, as mensagens enviadas fizeram estimular o cangaceiro a deslocar o bando para Juazeiro.

Sem dúvida, algumas evidências teriam convencido Lampião, ao receber os emissários de Juazeiro, factivelmente, com a citação dos nomes de Floro e do Padre Cícero.

Ainda mais, vivia-se uma expectação de refrega, e Lampião e os irmãos procuraram certificar-se da integridade da família Ferreira, residente naquele município.

Mais à frente nestas linhas, o tecido de uma crítica sopesada acerca deste evento terá abordagem nesse contexto histórico.”

(A revelação de um confronto entre os mais famosos grupamentos guerrilheiros em cenário anárquico da História do Brasil raramente contada!).

Fonte: https://www.facebook.com/luiz.serra.14?pnref=lhc.unseen

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