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sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

APARECIDA NOGUEIRA: UMA ARTISTA FENOMENAL QUE ULTRAPASSA O TEMPO.

João de Sousa Lima, Luiz Alberto, Aparecida e Galdino

Nos deu o prazer de uma visita uma das maiores artistas da terra. Aparecida Nogueira esteve ontem na Redação do Jornal Folha Sertaneja.

Visita da artista  à redação do Jornal Folha Sertaneja

A visita foi guiado pelo amigo  Dr. Luiz Alberto, que é filho de Aparecida.
Essa mulher de fibra, que é poetisa, artista circense, equilibrista, contorcionista, declamadora e atriz, prestes a completar 96 anos de idade, tem uma capacidade de raciocínio impressionante. Recita versos, faz trovas de improviso e ainda atuará em peças de teatros que estará sendo realizadas com a direção de Luiz Alberto.
  


Maria Aparecida Nogueira nasceu em Santa Cruz dos Mendes,  Rio de Janeiro,  em 08 de fevereiro de 1919, filha de Antonio Luiz de Souza e Maria das Dores Vieira.



Durante o período de 1922 a 1942, viveu com sua família no circo, onde desenvolveu vários talentos, seu potencial artístico a fez desenvolver várias formas de expressões, destacando-se desde o contorcionismo, a acrobacia, o trapézio, o canto, a dança, até a representação teatral.



Dentre tantas peças uma das representações teatrais de maior sucesso estrelado por Aparecida foi  a famosa peça  de Nelson Rodrigues: "Doroteia".


Seu talento natural, sua longevidade e seu amor aos palcos a torna uma das maiores e mais atuante artista brasileira.

Enviado pelo escritor e pesquisador do cangaço João de Sousa Lima


http://www.joaodesousalima.com/2014/12/aparecida-nogueira-uma-artista.html

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ABRAHÃO E VIRGULINO EM BAILE PERFUMADO

Por Manoel Severo
luis Carlos Vasconcelos em o baile perfumado...

Sem dúvidas os admiradores da temática Cangaço hão de concordar que de todas as películas até hoje produzidas pelo cinema nacional sobre essa saga do sertão, se destaca o sensacional Baile Perfumado; um espetacular recorte sobre o mito de Virgulino ( ator: Luiz Carlos Vasconcelos), a partir da controversa história biográfica do sensacional imigrante libanês Benjamin Abrahão (ator: Duda Mamberti).

O filme parte da morte do Santo de Juazeiro em 1934 e vai até 1938, ano do fatídico Angico; com uma produção primorosa, com direção de Lírio Ferreira e Paulo Caldas, o drama contou ainda no elenco com Aramis Trindade, Chico Díaz, Cláudio Mamberti, e Jofre Soares. "Baile Perfumado enfoca um Lampião que se deslumbra com os primeiros rasgos de modernidade no sertão, coisas como o uísque escocês, a máquina fotográfica e o perfume francês, que utilizava em grandes bailes. Um personagem diferente daquele lembrado por tiros e emboscadas." O filme é de 1997 e sem dúvidas vale a pena ver...

Vamos acompanhar na íntegra
O Baile Perfumado...



O Baile Perfumado: Fonte - Youtube

Com vocês Verônica Kobs...

"Em Baile Perfumado, Lampião também é libertado do peso imposto pelo mito. O rei do cangaço interpretado por Vasconcelos é sorridente, vaidoso, adora promover festas e nunca deixa de ajudar um amigo. O mesmo tom é usado para retratar Benjamin Abrahão. No filme, o fotógrafo não é absolutamente sério e apenas enaltecido pelo imenso acervo histórico que deixou como legado. Abrahão é um homem comum, namorador e com uma forte queda por mulheres casadas. Diante disso, é como se houvesse uma concordância implícita dos diretores de Baile perfumado em relação à concepção que Benjamin Abrahão Botto tinha da arte e do gênero documentário.

Em síntese, pode-se afirmar que Baile Perfumado, em vários momentos, utiliza a técnica da duplicação ou do decalque como forma de apologia ao trabalho de Botto e ao Lampião concebido por ele. Sem dúvida, esse processo é possibilitado pela representação de parte da vida de um personagem histórico e, novamente, pela metalinguagem, porque, tanto no filme de Benjamin Abrahão como no filme de Paulo Caldas e Lírio Ferreira, “a realidade é apresentada como resultado da mediação da tecnologia como possibilidade de registro permanente”.

Verônica Daniel Kobs; Doutora em Letras pela Universidade Federal do Paraná Professora do Curso de Mestrado em Teoria Literária do Centro Universitário Campos de Andrade; Coordenadora do Curso de Mestrado em Teoria Literária do Centro Universitário Campos de Andrade; Professora do Curso de Graduação de Letras da FACEL; Consultora e língua portuguesa e linguagens da RPC TV e da Ó TV.

Manoel Severo
Curador do Cariri Cangaço

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MAIS CONHECIMENTO SOBRE A HISTORIA DE LAMPIÃO. É BOM SABER - CONHECER MAIS A HISTORIA DO BRASIL.


A CARTA DE UM FAZENDEIRO, AO AMIGO, RELATANDO A PRESENÇA DE LAMPIÃO, EM SUA REGIÃO, JEREMOABO, RARA!

O fazendeiro, Manuel Vieira de Andrade - "Seu Né", de Bom Conselho, hoje, Cicero Dantas, fala da presença de Lampião em sua região e a ameaça de invasão a suas terras, Seu Né, vem a ser o pai de Joãozito Andrade, o melhor criador de Nelore do Brasil, e salvador da extinção dos caprinos Canindé, graças aos seus esforços, o Brasil, deve ao mesmo, a melhoria do gado nelore, a não extinção do bode canindé e a criação da raça caprina trindade, tudo isso em pleno sertão de Jeremoabo, esse é um verdadeiro herói nacional, nunca aqueles, tenham certezal!





Fonte - A trajetória de vida e vocação de um sertanejo
De - Joaozito Andrde e Erenilda Amaral.
Pesquisa - Gilmar Teixeira.


Fonte: facebook

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CANGAÇO XV - FINAL

Material do acervo do pesquisador do cangaço Antonio Morais

A Morte de Lampião

Em Julho de 1938, o bando acampou na fazenda Angico, situada no sertão de Sergipe, esconderijo tido por Lampião como o de maior segurança. 


Era noite, chovia muito e todos dormiam em suas barracas. A volante chegou tão de mansinho que nem os cães pressentiram. Por volta das 5:15 do dia 28, os cangaceiros levantaram para rezar o ofício e se prepararem para tomar café, foi quando um cangaceiro deu o alarme, já era tarde demais. Não se sabe ao certo quem os traiu. Entretanto, naquele lugar mais seguro, segundo a opinião de Virgolino, o bando foi pego totalmente desprevenido.


Quando os policiais do Tenente João Bezerra e do Sargento Aniceto Rodrigues da Silva abriram fogo com metralhadoras portáteis, os cangaceiros não puderam empreender qualquer tentativa viável de defesa.

O ataque durou uns vinte minutos e poucos conseguiram escapar ao cerco e à morte. Dos trinta e quatro cangaceiros presentes, onze morreram ali mesmo. Lampião foi um dos primeiros a morrer. Logo em seguida, Maria Bonita foi gravemente ferida. Alguns cangaceiros, transtornados pela morte inesperada do seu líder, conseguiram escapar. 

Bastante eufóricos com a vitória, os policiais apreenderam os bens e mutilaram os mortos. Apreenderam todo o dinheiro, o ouro, e as jóias.

A força volante, de maneira bastante desumana para os dias de hoje, mas seguindo o costume da época, decepa a cabeça de Lampião. Maria Bonita ainda estava viva, apesar de bastante ferida, quando sua cabeça foi degolada. O mesmo ocorreu com Quinta-Feira, Mergulhão (os dois tiveram suas cabeças arrancadas em vida), Luis Pedro, Elétrico, Enedina, Moeda, Alecrim e Macela. 

Um dos policiais, demonstrando ódio a Lampião, desfere um golpe de coronha de fuzil na sua cabeça, deformando-a. Este detalhe contribuiu para difundir a lenda de que Lampião não havia sido morto, e escapara da emboscada, tal foi a modificação causada na fisionomia do cangaceiro. Feito isso, salgaram as cabeças e as colocaram em latas de querosene, contendo aguardente e cal. 

Os corpos mutilados e ensanguentados foram deixados a céu aberto para servirem de alimento aos urubus. Para evitar a disseminação de doenças, dias depois foi colocado creolina sobre os corpos. Como alguns urubus morreram intoxicados por creolina, este fato ajudou a difundir a crença de que eles haviam sido envenenados antes do ataque, com alimentos entregues pelo coiteiro traidor.

Percorrendo os estados nordestinos, o coronel João Bezerra exibia as cabeças - já em adiantado estado de decomposição - por onde passava, atraindo uma multidão de pessoas. Primeiro, os troféus estiveram em Piranhas, onde foram arrumadas cuidadosamente na escadaria da igreja, junto com armas e apetrechos dos cangaceiros, e fotografadas. Depois Maceió e depois, foram ao sul do Brasil. 

No IML de Maceió, as cabeças foram medidas, pesadas, examinadas, pois os criminalistas achavam que um homem bom não viraria um cangaceiro: este deveria ter características sui generis. Ao contrário do que pensavam alguns, as cabeças não apresentaram qualquer sinal de degenerescência física, anomalias ou displasias, tendo sido classificados, pura e simplesmente, como normais.

Do sul do País, apesar de se encontrarem em péssimo estado de conservação, as cabeças seguiram para Salvador, onde permaneceram por seis anos na Faculdade de Odontologia da UFBA da Bahia. Lá, tornaram a ser medidas, pesadas e estudadas, na tentativa de se descobrir alguma patologia. Posteriormente, os restos mortais ficaram expostos no Museu Nina Rodrigues, em Salvador, por mais de três décadas.

Durante muito tempo, as famílias de Lampião, Corisco e Maria Bonita lutaram para dar um enterro digno aos seus parentes. O economista Silvio Bulhões, em especial, filho de Corisco e Dadá, empreendeu muitos esforços para dar um sepultamento aos restos mortais dos cangaceiros e parar, de vez por todas, essa macabra exibição pública.

Segundo o depoimento do economista, dez dias após o enterro do seu pai violaram a sepultura, exumaram o corpo e, em seguida, cortaram-lhe a cabeça e o braço esquerdo, colocando-os em exposição no Museu Nina Rodrigues.

O enterro dos restos mortais dos cangaceiros só ocorreu depois do projeto de lei no. 2867, de 24 de maio de 1965. Tal projeto teve origem nos meios universitários de Brasília (em particular, nas conferências do poeta Euclides Formiga), e as pressões do povo brasileiro e do clero o reforçaram. As cabeças de Lampião e Maria Bonita foram sepultadas no dia 6 de fevereiro de 1969. Os demais integrantes do bando tiveram seu enterro uma semana depois. Assim, a era CANGAÇO se encerrou, com a Morte de Virgulino.

Fonte - Blog do Crato


http://blogdosanharol.blogspot.com.br/2009/08/cangaco-xv-ultimo.html

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