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terça-feira, 28 de julho de 2015

LAMPIÃO: OS CAÇUÁS DAS ENCOMENDAS (V)

Por Clerisvaldo B. Chagas, 24 de julho de 2015 - Crônica Nº 1.457

“24.07.1938. (Domingo).

Maria Bonita chora muito, nervosa, recostada a Lampião. Os dois sentiam o fim através das previsões de um vidente de Umã. Desde 1929 que Lampião tinha pressentimentos.


Os mais íntimos de Lampião sabiam nas duas margens do rio São Francisco, que Maria Bonita havia ido a médico em Propriá; não sabiam, porém, qual era a doença. Depois, também poucos souberam que era somente nervoso e nada mais.

Por aí se vê que Lampião estivera antes em uma das fazendas de Antônio Caixeiro (SE), aí convocara o bando inteiro para Angicos (SE), atravessara o rio para Alagoas, serra de São Francisco (AL) para despistar, depois voltara para Sergipe. AA.

Neste domingo, dia 24, para ninguém vê, Durval foi abrir, salgar e enxugar a carne, de canoa, no meio do rio. Depois de pronta, levou-a para Lampião e a ofereceu de presente. Sem aceitar, o cangaceiro pagou a posta de carne com cem mil reis. Como o boi inteiro tinha custado noventa e dois mil reis, o rapaz pensou que se Lampião demorasse mais com um negócio daquele, daria para qualquer um muito dinheiro (segundo seu depoimento). (Ótima carne, régio pagamento).

As coisas, carne e as outras encomendas, chegam num jegue com dois caçuás. As encomendas foram compradas por Erasmo Félix e, Durval teria feito as entregas no domingo à noite”.

Prossegue Lampião e seu bando acampados na grota da fazenda Angicos, de propriedade da família de Durval. O que Virgolino precisava da fazenda, usava para pagar quando se fosse retirar do coito a exemplo de bodes, cabras e cabritos. Quando queria complementar seus alimentos ou fazer uso de algum objeto de fora do coito, usava os coiteiros para compras em Piranhas ou em Pão de Açúcar, cidade alagoanas.

·         Narrativa baseada no livro: CHAGAS, Clerisvaldo B.  FAUSTO, Marcello. Lampião em Alagoas. Maceió, Grafmarques, 2012.


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“O FIM DE VIRGULINO LAMPIÃO” O que disseram os JORNAIS SERGIPANOS

Autor Antonio Corrêa Sobrinho

"CORREIO DE ARACAJU" - 28/07/38 - SERÁ VERDADE?

Consta-nos com fundamento que, pela polícia alagoana, comandada pelos tenentes Bezerra e Ferreira, foram mortos, no povoado Angicos, os bandidos LAMPIÃO, ROQUE, LUIZ PEDRO e mais sete cujas cabeças estão expostas na vila alagoana de Piranhas.

O livro “O FIM DE VIRGULINO LAMPIÃO” O que disseram os JORNAIS SERGIPANOS custa 30,00 reais, com frete incluso. 

Como adquiri-lo:
Antonio Corrêa Sobrinho 
Agência: 4775-9
Conta corrente do Banco do Brasil: N°. 13.780-4

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LAMPIÃO DE MOCINHO A BANDIDO


NOVO LIVRO CONTA A SAGA DA VALENTE SERRINHA DO CATIMBAU

O professor e historiador Antônio Vilela está lançando seu novo livro sobre o cangaço: "Lampião De Mocinho a Bandido - A saga de Serrinha do Catimbau contra o Cangaço".  

O autor está comercializando seu livro em vários pontos da cidade durante o Festival de Inverno de Garanhuns, depois fará uma série de lançamentos na região, até em cidades do Rio Grande do Norte, Alagoas e Paraíba.

No lançamento do livro do amigo Vilela, Lampião de Mocinho a Bandido, na Praça da Palavra em Garanhuns, PE

O novo livro de Vilela foi produzido na Editora Bagaço, em Recife, e tem orelhas escritas por Jairo Luiz, sócio da SBEC - Sociedade Brasileira para o Estudo do Cangaço.

O novo Lampião, é um exemplar obrigatório para quem quer saber mais sobre as histórias dos cangaceiros.

Sinceramente, o melhor trabalho de Antônio Vilela, em todos os sentidos, pesquisa, escrita e edição.

Adquira logo o seu, antes que os colecionadores venham invadir a estante do autor. 

Peça-o através 
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AH! AÍ VEM AQUELE DITADO POPULAR "QUEM TEM C... TEM MEDO."


Caro Fernando Luiz, cada um tem o seu jeito de se vingar de alguém ou de alguns. Eu não sei qual é seu grau de parentesco com o Rei do Cangaço, mas pelo que eu fiquei sabendo através de pesquisas, foi um lamentável ato de crueldade e extrema covardia por parte das autoridades daquela época, o que fizeram com a família de Virgolino.

Família de Lampião

Eu sou Cabo Reformado da Polícia Militar do Paraná, sou apaixonado pela saga do cangaço, e com todo o respeito que tenho a todos os Policiais e chefes das volantes que perseguiam os cangaceiros pelos sertões, o que mais eu desprezo, odeio e repudio ao extremo é o

Tenente José Lucena responsável pela morte do pai de Lampião José Ferreira da Silva

Tenente Zé Lucena, este oficial pau mandado de " coronéis de patente comprada", assassinou cruelmente e de maneira covarde o pais de Lampião. E o que me deixa mais fudido desculpe-me a força de expressão, é que quando Virgolino tornou-se um famoso cangaceiro, o safado oficial de polícia se acovardou mais uma vez se escondendo dentro dos quartéis temendo o Rei do Cangaço. Porque esse desgraçado não convocou uma volante e foi atrás do tal facínora pelos sertões para completar o serviço sujo que o supracitado fez com sua família? 

Ah! Aí vem aquele ditado popular "quem tem c... tem medo."

Fernando Luiz

Mas certos fatos que maculam as nossas histórias, é infelizmente aceitável amigo Fernando Luiz, isto é democracia filho. Você não ouviu falar em um livro que Lampião era gay? Eu fiquei apavorado com isso, mas, é assim mesmo meu rapaz, só que os nortes americanos respeitam o seu ídolo Jesse James, quero ver um cabra de coragem ir até no Missouri e tentar escrever algo que macule a imagem do lendário Jesse e do seu irmão Frank James, pode ter certeza que o que acontecerá com ele não será saudável à sua saúde. É lamentável filho, mas o que vamos fazer? O papel aceita tudo. E nesta empatia eu entendo profundamente a sua revolta. 

Abraços.

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TRAUMAS DA VIDA: A EX-CANGACEIRA QUE SILENCIOU

Por Antonio José de Oliveira

Na pesquisa que venho realizando com o objetivo de escrever um livro a respeito da saga do cangaço, e analisando os muitos fatos ocorridos nas vidas dos jovens que embrenharam caatinga adentro em busca de perigosas aventuras, deparei-me com a história e a imagem de um semblante triste de uma senhora que um dia esteve lado a lado com seu companheiro nas mesmas caatingas que embruteceram tantos jovens sertanejos nas veredas perversas do cangaço. Estou falando de Maria, filha de Manoel Jerônimo, vaqueiro da Fazenda Picos.

João de Sousa Lima e a ex-cangaceira Maria de Juriti
         
Maria de Juriti - como passou a ser conhecida -, segundo o escritor João de Sousa Lima, morreu sem dar entrevista e sem falar nada com ninguém a respeito da sua vida no cangaço.
        
Como acima mencionei, era uma mulher de fisionomia triste, mesmo sendo perdoada pelas autoridades por haver acompanhado e vivido com um cangaceiro.
         
Por que tão grande tristeza, e por que não concedia entrevista aos sinceros pesquisadores compromissados com a verdade?
        
Será que tenho o direito de fazer juízo precipitado do seu melancólico comportamento e do seu estado de desconfiança? Não! Não posso; não devo fazê-lo.
        
Seria o extremoso trauma da manhã de 28 de julho de 1938 na Grota do Angico onde estava presente e conseguiu escapar em meio ao estonteante tiroteio de balas "chovendo" por todas direções e companheiros e companheiras perdendo as vidas e as cabeças?
         
Sila ex-cangaceira e companheira de Zé Sereno

Poderia até ser. Contudo, Sila e Dulce - assim como outros -, estavam mergulhados no mesmo tiroteio - passaram pelo mesmo trauma, entretanto nunca recusaram conceder entrevistas e, relatavam as suas histórias naturalmente sem grandes emoções. Porém, elas (Sila e Dulce -, esta ainda viva em nossos dias -, não viram seus companheiros morrerem jogados vivos dentro de uma ardente fogueira nos esconderijos da caatinga, como aconteceu com a então Maria de Juriti.
        
O ex-cangaceiro Juriti

Com a permissão da Ciência da Psicologia e da Psicanálise, logo que a minha experiência Freudiana é de pouca robustez, devido não exercer a profissão, apresento três fatores preponderantes para a formação de um trauma dessa natureza: A propensão do indivíduo; a intensidade pela qual ocorreu o incidente, e o sentimento de culpa.
        
A ex-cangaceira Dulce ao centro

Quanto a intensidade do tiroteio da chacina da Grota do Angico, tanto Sila, Dulce, Maria de Juriti e outros, passaram pela mesma trágica situação, mas quem sou eu - que não analisei pessoalmente o comportamento e as experiências amargas de Maria de Juriti -, para afirmar se a mesma era ou não, propensa a uma grande fragilidade emocional, ou se havia uma remanescência  de culpa por haver sugerido ao companheiro a sua entrega à polícia?!
        
O ex-cangaceiro Juriti - como sabemos -, mesmo após abandonar a vida cangaceira, foi algemado e colocado vivo dentro de uma fogueira nos esconderijos da caatinga, onde ali fora "derretido" como se derrete os espinhos de um mandacaru na fornalha ardente.
       
Mesmo sendo ele, um ex-cangaceiro que no passado havia cometido crueldades, mas era um fora da lei; enquanto que, as volantes eram homens da lei. Portanto, na minha frágil compreensão, o companheiro de Maria, que carregava consigo, carta de liberdade fornecida pelo nobre Capitão Aníbal Ferreira - a quem presto a minha homenagem póstuma por ser um policial de sentimento humano -, não havia mais como ser punido de forma tão cruel. E, creio que tal perversa atitude deve ter abalado o aparelho emocional de sua companheira, a ponto de nunca haver concedido entrevistas.
        
Assim, registro a minha opinião pessoal na qualidade de neófito na área da pesquisa da Saga do cangaço.
         
Serrinha, Julho de 2015
Bahia- Antonio Oliveira

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Lançamento Livro FIM DO CANGAÇO: AS ENTREGAS

Autor Luiz Ruben F. de A. Bonfim

Introdução

Este livro vem de uma longa pesquisa realizada nos jornais baianos, na Biblioteca Pública do Estado da Bahia, em Salvador, capital da Bahia, distante 470 km da minha atual residência, em Paulo Afonso, no nordeste baiano. Buscava saber tudo que foi publicado sobre o cangaço, especialmente sobre Lampião nos jornais daquela época. Daquele trabalho mais abrangente, fiz um recorte que apresento agora, tratando especificamente do fim do cangaço, através das entregas dos grupos cangaceiros, mostrando tudo que o jornal A Tarde, Diário de Notícias, Diário da Bahia, Estado da Bahia, O Imparcial, À Noite, Correio da Manhã, Diário da Noite, Jornal de Alagoas, Gazeta de Alagoas e O Globo, publicaram sobre o assunto.

Imagem da cabeça de Lampião - www.espacoeducar.net

Com o fim do rei do cangaço na grota de Angico em Sergipe, em 28 de julho de 1938, os cangaceiros remanescentes passaram por certo isolamento, pela falta de um líder como Lampião. Seria uma decorrência natural Corisco assumir a chefia dos bandos, mas, dois meses após a morte de Lampião, em outubro de 1938, iniciou-se o processo das rendições por parte do grupo de Zé Sereno. O fim do cangaço se aproximava.

Imagem do cangaceiro Corisco

Esse trabalho é dividido em quatro partes. A primeira mostra as entregas dos cangaceiros liderados por Zé Sereno, Ângelo Roque e o grupo do cangaceiro Pancada. Os primeiros se entregaram na Bahia, e o último em Poço Redondo estado de Sergipe, para as polícias alagoanas e sergipanas.

Grupo de Zé Sereno este era primo de Zé Baiano e Mané Moreno

A outra parte deste trabalho foi realizada no Quartel dos Aflitos, atual QG da Polícia Militar, também em Salvador. São os documentos oficiais dos Boletins da Polícia Militar da Bahia sobre o combate ao banditismo, obtidos graças à gentileza do amigo, na época tenente Marins, que me deu total acesso aos arquivos da Polícia Militar da Bahia do período de 1928 a 1940.


Na Biblioteca Pública do Estado da Bahia, localizada no bairro dos Barris em Salvador, fiz o levantamento dos jornais locais a partir da morte de Lampião em julho de 1938, mostrando o que a imprensa baiana publicou sobre as entregas dos cangaceiros à Polícia Militar da Bahia, com menor destaque ao grupo de Zé Sereno, ao contrário do grande destaque dado a rendição do grupo de Ângelo Roque, com fotografias e páginas inteiras sobre o fato.

Grupo de Pancada

As entregas à Polícia alagoana obtive o material da imprensa Caetés, como troca de documentos com o pesquisador David Bandeira e Marcos Edilson. Também de pesquisa feita por Ana Paula Arruda, por mim contratada para essa missão em Aracaju, onde foram pesquisados os jornais tanto sergipanos quanto alagoanos.

A morte de Corisco e a sua perseguição estão descritas de duas formas, a primeira pela imprensa baiana, através de enviados ao local da morte de Corisco e ferimento de Dadá. Outra parte é descrita nos boletins oficiais da Polícia Militar da Bahia, narrada pelos próprios protagonistas dos acontecimentos e de oficiais ligados ao comando da perseguição aos fugitivos, Dadá, Corisco, a menina Zefinha, e o cangaceiro Rio Branco com sua companheira.

Nas matérias publicadas pela imprensa, quando foi presa e depois operada para amputação da perna, Dadá revela uma versão para sua entrada no cangaço, conforme vemos nos jornais da época, que é diferente da versão dada tempos depois, de que foi raptada e seduzida à força por Corisco, publicada em livros, revistas e jornais.

Um fato curioso que apresento são os relatos das negociações de prazo com a Polícia Militar para sua entrega e agiotagem por parte de Corisco que vemos nos boletins oficiais da polícia. Outra curiosidade é quando ele joga dinheiro, quando da tentativa de fuga dele em 25 de maio de 1940 na fazenda Pacheco, publicado nos jornais.

O cangaceiro Volta Seca - http://cariricangaco.blogspot.com

Procurados pelos pesquisadores e repórteres na vida após o cangaço, os ex cangaceiros foram tirados do anonimato. Alguns ficaram à vontade com a exposição, a exemplo do cangaceiro Volta Seca, que não perdia oportunidade tanto na época em que ficou preso, como após sua libertação pelo indulto de Getúlio Vargas. Outros, contudo, se reservaram e só foram descobertos quase no fim de suas vidas.

Já Dadá era uma figura bastante procurada pela imprensa, não só por ter sido esposa de Corisco, mas também por ter sido uma hábil cangaceira, e uma excelente costureira, introduzindo uma nova estética na vestimenta dos cangaceiros pela sua arte nos bordados.

Apresento neste trabalho uma série de fotografias, entre outras, mostrando aspectos urbanísticos de algumas das cidades que tiveram alguns fatos ligados às visitas dos cangaceiros, na área de atuação dos grupos que andavam com Lampião no cangaço.

Quero deixar registradas minhas homenagens à imprensa alagoana e baiana pelos seus profissionais anônimos e os que estão identificados neste trabalho.

Um agradecimento ao hoje Capitão Marins, da Polícia Militar da Bahia, na época da pesquisa tinha patente de tenente, e ao seu comando, pelo acesso aos arquivos da Polícia Militar da Bahia.

Ao amigo David Bandeira e ao Instituto Geográfico e Histórico de Alagoas pelas pesquisas para mim enviadas, particularmente os jornais de Alagoas.

A Biblioteca Pública do Estado da Bahia.

A Marcos Edilson, paulafonsino residente em Tocantins, pelo intercâmbio que sempre mantivemos do assunto.

Escritor e pesquisador do cangaço Antonio Amaury

Em especial ao amigo e mestre Antônio Amaury, já parceiro em outras publicações, que me honra com a apresentação deste novo livro, suas críticas construtivas, seu incentivo e entusiasmo pelo tema que nesses últimos doze anos de convivência me proporcionaram um aprendizado valioso, tanto nos estudos do cangaço, como na vida, pela pessoa humana e digna que é. Extensivo a sua esposa Reneé Maria, seus filhos Antonio Amaury, Carlos Elydio e Sérgia Reneé e seus netos Henrique e Marcelo que sempre recebem a mim e a minha esposa Angela, em sua residência em São Paulo, com muita atenção e consideração.

Luiz Ruben F. de A. Bonfim
Economista e Turismólogo
Pesquisador do Cangaço e Ferrovia

Enviado pelo autor Luiz Rubens F. de A. Bonfim

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CANGAÇO ECOS NA LITERATURA E CINEMA NORDESTINOS


Professora: Vera Figueiredo Rocha

A literatura presta uma imensurável contribuição ao estudo, pesquisa e divulgação da história e cultura nordestina, especialmente ao Cangaço, Coronelismo, Misticismo e temas afins.


No presente trabalho, a professora Vera Figueiredo Rocha faz uma análise séria, competente e esclarecedora das obras literárias: “Coiteiros”, de José Américo de Almeida; ”Cangaceiros” e “Pedra Bonita”, de José Lins do Rego; “O Cabeleira”, de Franklin Távora e “Sem Lei, nem Rei”, de Maximiano Campos; além dos roteiros dos Filmes: “O Cangaceiro”, de Lima Barreto; “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, de Glauber Rocha; “Corisco e Dadá”, de Rosemberg Cariry e “Baile Perfumado” de Hilton Lacerda, Paulo Caldas e Lírio Ferreira. 

A autora utiliza uma responsável e lúcida exegese para extrair, dessas obras, os fatores condicionantes e características marcantes do fenômeno do Cangaço, como a seca, injustiças, ausência do Estado nos setores vitais da sociedade, a violência, vingança, crueldade, código de honra, sofrimento e traições.

É importante destacar que, a autora procurou ser fiel, nas suas análises na medida do possível, às construções e desenvolvimento dos textos e Roteiros das obras em epígrafe, mesmo que venha contrariar, em alguns momentos, seus próprios conceitos e de outros estudiosos do assunto. Como por exemplo, a afirmativa, nas obras analisadas, que Lampião praticou um cangaço de vingança, conceituação que não se coaduna com a convicção da grande maioria dos estudiosos deste fenômeno.

Numa leitura sistemática e criteriosa, podemos constatar que a autora procurou, com responsabilidade e competência, agregar ao seu trabalho, uma sólida fundamentação teórica, recorrendo a renomados escritores, como Gilberto Freyre, Roberto Damatta, S. Freud, Frederico Pernambucano, Gustavo Barroso, Antônio Amaury, E. J. Hobsbawan e Djacir Menezes, entre outros.

O Título da segunda parte “O Imaginário do Cangaço na Literatura do Nordeste”, sintetiza , com maestria, o núcleo desse extraordinário trabalho. Sua leitura contribui com o esclarecimento de muitos pontos complexos do fenômeno do cangaço.

Para finalizar as minhas observações e reflexões, chego à conclusão de que a literatura de cordel, a poesia dos poetas repentistas, os roteiros dos filmes e os romances, contribuíram para a formação do imaginário popular sobre a figura e as ações dos cangaceiros e a consequente construção do Herói e do mito, tratados na segunda e terceira parte desse trabalho, com muita lucidez.

Uma proveitosa leitura, a todos!
Francisco Pereira Lima (Prof. Pereira)

Nota: Como adquirir esta obra: Entre em contato com o professor Pereira lá de Cajazeiras, no Estado da Paraíba através deste e-mail: 
franpelima@bol.com.br

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ANIVERSÁRIO DA MORTE DE LAMPIÃO, MARIA BONITA, 9 CANGACEIROS E UM VOLANTE POLICIAL

Por José Mendes Pereira
De quem são estas cabeças? Certamente você continuará dizendo que é montagem.

Hoje, 28 de Julho de 2015, está completando 77 anos que Virgulino Ferreira da Silva, o famoso Lampião, Maria Gomes de Oliveira, a Maria Bonita, sua rainha, mais 9 cangaceiros, além de um volante chamado Adrião Pedro da Silva foram assassinados na Grota de Angico na madrugada de 28 de Julho de 1938, nas terras da cidade de Poço Redondo, no Estado de Sergipe.

Tenente João bezerra

Um número de 48 policiais administrado pelo tenente João Bezerra da Silva, devagarinho foi chegando e cercando o local onde estava acampado o bando de cangaceiros, e assim que os policiais se prepararam para exterminar o grupo de facínoras, abriram fogo, deixando a grota coberta com sangue humano. 

O mais interessante é que alguns estudiosos do cangaço não admitem que Lampião e sua rainha Maria Bonita não foram assassinados naquela manhã, e que eles escaparam da chacina e foram viver em Minas Gerais, só falecendo com idades avançadas.

 Maria Bonita e Lampião

Mas por que somente Lampião e Maria Bonita escaparam da chacina e foram viver em Minas, e os outros que lá tombaram não entraram para a história como se tivessem escapados da chacina? O certo é que Lampião e Maria Bonita são as estrelas principais do movimento social de cangaceiros, por isso existem pessoas afirmando isso, mas todos que afirmam que eles escaparam da chacina, têm certezas que eles foram assassinados ali mesmo, e contrariam no intuito de publicarem histórias fantasiosas. 

A foto acima comprova que as cabeças apresentadas são dos cangaceiros que tiveram os seus nomes registrados na história do cangaço como abatidos na Grota de Angico, ou os que duvidam acham que é uma verdadeira montagem?

Escritor Sabino Bassetti

O escritor Sabino Bassetti lá do Rio de Janeiro, autor do livro ""LAMPIÃO - O CANGAÇO E SEUS SEGREDOS",

O mais novo lançamento do espetacular pesquisador e escritor SABINO BASSETTI - Faça seu pedido diretamente com o autor, através do e-mail: sabinobassetti@hotmail.com R$ 40,00 (Quarenta reais)
com frete já incluído, e será enviado devidamente autografado pelo autor, para qualquer lugar do país.

que é um grande pesquisador do cangaço, e que não cria histórias sem fundamentos, disse hoje na  página do facebook o seguinte:

"Infelizmente! Depois de tanta pesquisa, de tanta troca de informações, e principalmente depois de tantos depoimentos daqueles que participaram dos acontecimentos, tanto do lado da polícia, como do lado dos cangaceiros, ainda tem aqueles que defendem que Lampião não morreu em Angico naquele dia. Não dá pra entender... Sem dúvida! A história real sobre a morte de Lampião pode na sua totalidade, não bater com aquilo que foi divulgado, porém, o pesquisador, estuda aquilo que tem nas mãos, filtra as informações que lhe foram dadas e, no final vai tirar suas conclusões. O que pode não bater são alguns detalhes, mas, que o homem morreu naquele dia em Angico não existe a menor dúvida. Divergências sobre este ou aquele detalhe vai existir sempre". 

O mais interessante é que duvidam das não mortes acontecidas de Lampião e Maria Bonita na Grota de Angico, no Estado de Sergipe, e que na verdade, muitos que confirmam isso, nunca saíram para lugar nenhum em busca de informações nos campos (apenas através das histórias contadas ao anoitecer em calçadas, isto é, no disse me disse), nas caatingas onde residiram e ainda residem as maiores fontes sobre a chacina de 28 de Julho de 1938, contra a "Empresa de Cangaceiros Lampiônica e Cia", do afamado cangaceiro Lampião. 

Se Lampião escapou da chacina de Angico, por que ele não voltou para fazer visitas aos seus familiares em Serra Talhada, e por que ele não quis mais a amizade do Sinhô Pereira, que foi um dos que o convidou para ir juntar-se a ele para viver outra vida que não tivesse tantas tristezas? 

O certo é que se Lampião quando vivo deu muitos empregos a muita gente, depois de morto, continua fazendo com que muitos que escrevem mentiras sobre ele, sobrevivam vendendo livros sem pesquisas e com informações sem fundamentos, sem fontes com credibilidades.

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CORISCO A SOMBRA DE LAMPIÃO


Pela grandeza da Obra e pelo inconfundível talento do autor, Corisco - A Sombra de Lampião é mais do que recomendável, é imprescindível!

Palavras do Manoel Severo do 

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Vendas através de Francisco Pereira
Valor de R$ 50,00 (com frete incluso).
Pedidos através do e-mail:


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AOS MEUS AMIGOS CANGACEIROS, COITEIROS E VOLANTES

por Raul Meneleu Mascarenhas

Nesse encontro do Cariri Cangaço na linda  e aprazível cidade de Piranhas em Alagoas, onde o valente rio São Francisco passeia languidamente em sua porta, acariciando-a como um esposo amoroso faz com sua querida consorte, alguns desses valentes do tema, desencantaram para que eu os visse.
                                                            
Estavam por enquanto, aguardando o dia em que se apresentariam ao meu lado, surgindo em um turbilhão de assuntos, ideias, teses e causos vividos pelo passado de uma história marcante no povo brasileiro e principalmente nordestino.

Foram surgindo, desencantando-se, apresentando-se, saindo das páginas de estudos do universo virtual da internet, dos e-mails e dos telefonemas, onde trocamos ideias do assunto que nos amalgama, o Cangaço.
                                           
Não fazemos apologia aos crimes desses bandidos combatidos pelas Volantes sertanejas, e sim, compreendermos uma fase da história nordestina em que alguns foram heróis e outros bandidos. Compreendermos e resgatarmos estórias passadas com esses homens de fibra e valentes de ambos os lados.

Ontem, dia 27 de julho de 2015, todos esses amigos desencantados, surgiram e se materializaram nessa cidade alagoana desde o dia 25 nos encontramos na Fazenda Patos para sermos lembrados de uma triste estória do passado que se tornou um dos maiores, senão o maior crime cometido pelo valente e ao mesmo tempo covarde cangaceiro Corisco, sobre uma família pacífica do sertão das Alagoas.

Ao a estória nos foi narrada por um dos que viveram à época em que os fatos ainda estavam latentes, o Senhor Celso Rodrigues. Quando menino ouvindo os adultos conversarem no balcão da bodega de seu pai, estabelecida em Piranhas naqueles anos pós morte de Lampião.

Esse garoto, homem idoso hoje, com palavras cadenciadas e veementes, nos fez passar por um portal do tempo, em frente à casa quase destruída pelo tempo, e contar-nos o triste assassinato de seis membros da família que ali em felicidade viviam.

Todos nós em silêncio gritante ouvíamos aquela narrativa que estarei postando breve em link nesse artiguete despretensioso mas marcante e que me fez acordar às quatro horas da manhã de hoje, dia 28 de julho, para que no silêncio dos humanos moradores de  Piranhas, pudesse eu, escrever pelo canto dos pássaros e pelo encaminhar silencioso do Velho Chico, essas palavras vindas do fundo de minha alma idosa e não acostumada nunca, com as violências de alguns seres que têm mais marcante em seus DNA os traços mais acentuados do animal que habita em nós.    

Choramos juntos, todos nós desencantados, naquele terreiro da casa do coiteiro Domingos Ventura, sua esposa e mais quatro membros de sua família que foram covardemente assassinados e decepadas suas cabeças e enviadas para o Tenente João Bezerra que tinha comandado as Volantes que livraram o povo nordestino do famigerado Lampião.
             
Plantamos uma centena de árvores no terreiro da fazenda para que lembrem às autoridades para que apressem os reparos da estrutura daquela casa, para que se perpetue a saga, a triste sina, os momentos de pavor, para que, não por morbidez lembremos, mas para que fique registrada para a história e já está, a violência do banditismo dos cangaceiros.

Aos meus amigos que desencantaram perante esse também desencantado para eles, meus respeitos e considerações. À Família CARIRI CANGAÇO desejo de todo coração como membro mais novo dessa família, que os propósitos para que nasceu fique perene no tempo. Um forte abraço a todos.

http://meneleu.blogspot.com.br/2015/07/aos-meus-amigos-cangaceiros-coiteiros-e.html

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