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sexta-feira, 20 de março de 2015

ENQUANTO NÃO VEM CANGAÇO - UMA AMBIÇÃO INCONTROLÁVEL


O desmatamento das riquezas florestais é um abuso que perdura desde muitos anos. Não se sabe até quando a floresta brasileira deixará de ser assassinada por violentos e ambiciosos madeireiros.

www.ecolnews.com.br

Quem tem força para proibir com severidade os desmatamentos florestais são os congressistas, que lá foram colocados pelo o povo, mas, em vez de criarem leis que evitem a ambição de muitos, tentam aprovar para que assegurem legalmente o desrespeito à flora.

blogdopedlowski.com

O congresso brasileiro deve criar uma lei que: as prefeituras, os Estados e até mesmo o governo federal, ao construírem casas populares, em vez de usarem o teto de madeira, cubram-nas com lajes, isto é, NERVURAS E LAJOTAS, pois todos os componentes de uma laje não têm vidas. Fazendo assim, haverá uma diminuição de árvores mortas. E com o passar dos anos (é claro que seria em longo prazo), a nação iria copiar o modelo, e, cobriria as suas residências também com placas.

Mas para que seja criada uma lei que proteja a floresta é muito difícil, porque deixará os grandes empresários mais pobres, quando muitos são lá do Congresso Nacional Brasileiro, e eles não irão colocar uma corda em seu próprio pescoço, que para eles, seria um suicídio.

g1.globo.com
Não conheço os Estados do nordeste brasileiro, apenas certo tempo indo à Brasília, e que muito me recordo, alguns Estados que eu passei por dentro, as vegetações já eram escassas. Imagine bem nos dias de hoje, com essa ambição do homem em busca do real.

noticias.uol.com.br

O Rio Grande do Norte infelizmente não tem mais árvores nem para se passar uma chuva sob ela, existindo apenas restritas relvas. Que coisa, hein!

www.planetaeducacao.com.br

Mas o Brasil um dia irá ser cobrado por muitos países, quando eles sabem que quem fabrica o ar, são as árvores. E se o pulmão do mundo que é a floresta da Amazônia deixar de funcionar, morreremos em fração de segundo.

Que Deus tenha piedade de nós e da natureza que nos fornece o ar!

Se você não gostou da minha historinha não diga a ninguém, deixa-me pegar outro.


Se você gosta de ler histórias sobre "Cangaço" clique no link abaixo:


ABDIAS, O CABRA DE CONFIANÇA DE ZÉ DE JULIÃO

Por Rangel Alves da Costa*

Hoje vivo catando cada pedacinho de fato para ter uma história. Como os principais personagens da saga sertaneja já não vivem mais, eis que tenho de me contentar em ouvi dizer, em perguntar a um e outro, remendando situações para costurar possibilidades. Mas não era para ser assim, não diante de muitas situações, pois convivi com as mesmas pessoas que agora surgem como de importância primordial para as minhas pesquisas.

Assim aconteceu com Abdias, vaqueiro maior do sertão de Poço Redondo, meu berço de nascimento, e amigo fiel e cabra de confiança do famoso Zé de Julião. 

Enedina esposa do Zé de Julião - foto do acervo do escritor Alcino Alves Costa

Famoso no próprio contexto histórico, eis que além de ter sido o cangaceiro Cajazeira do bando de Lampião - esposo da também cangaceira Enedina, morta na chacina de Angico - foi também um dos personagens mais marcantes da história política sertaneja, e esta com feição de verdadeira tragédia. Sua saga também serviu de mote distanciado ao filme “Aos ventos que virão”, de Hermano Penna.

Zé de Julião o cangaceiro Cajazeiras

Não tive o prazer e a honra de conhecer Zé de Julião, assassinado em 1961, mas conheci e convivi com Abdias durante muito tempo, porém sem saber de sua trajetória ao lado do ex-cangaceiro e político. Sabia apenas de sua história de grande vaqueiro, de destemido homem em cima de cavalo alazão, de sua ligação com a terra e com a vaqueirama. Sem nada conhecer de sua proximidade com Zé de Julião nem do que havia representado no famoso episódio do roubo das urnas, sequer pude lançar qualquer indagação sobre aqueles fatos ainda hoje tão instigantes.

Culpo-me, porém nem tanto assim, pois naqueles tempos ainda não possuía essa sede pela história sertaneja que hoje possuo, ainda não estava atraído pela heroica saga de minha gente matuta. Era apenas um rapazote amigueiro de velhos sertanejos, principalmente daqueles moradores da Rua dos Vaqueiros e arredores, ilustres cidadãos como Chico de Celina, João Paulo, Galego, Neguinho, Humberto, Messias de Zé Vicente, Mané Vítor, Liberato, e tantos outros. E logicamente de Abdias.

Recordo-me bem que nossos encontros certeiros geralmente ocorriam ali mesmo na Rua dos Vaqueiros (ou Rua de Baixo, depois 31 de Avenida Março e agora Avenida Alcino Alves Costa) e principalmente ao pé do balcão ou ao redor do sinuca do Bar Gineta, de propriedade de Né Cirilo, o Pai Né. Toda essa vaqueirama ali se reunia para talagar casca de pau, conversar sobre chuvas e estiagens, colocar em diante os assuntos próprios do sertão. E eu no meio deles, pois sempre gostei de dar atenção aos velhos conterrâneos e aprender nas suas lições matutas.


Morando por ali, bastava chegar ao local e logo avistava Abdias pelas calçadas conversando com companheiros ou já ao pé do balcão pedindo um angico ou umburana. Homem alto, esguio, sempre de chapéu de couro, a humildade em pessoa, amigueiro e bom de proseado. Naquele tempo eu sabia apenas de sua outra fama, ou seja, que era irmão dos ex-cangaceiros Sila, Mergulhão, Novo Tempo e Marinheiro, e também primo dos irmãos ex-cangaceiros Adília e Delicado.

Verdade é que se Abdias não teve o mesmo destino de seus irmãos, preferindo a vida de vaqueiro nas brenhas fechadas e espinhentas de seu sertão, ainda assim teve participação ativa no “bando” do ex-cangaceiro Cajazeira, o Zé de Julião. Era tido por este como o mais experiente de todos, como o mais fiel e destemido, e por isso mesmo foi escalado para tomar frente ao lado dele no famoso episódio do roubo das urnas nas eleições de 1958, a segunda de Poço Redondo.

A eleição de 1958 era a segunda disputada pelo ex-cangaceiro. Na primeira, após enfrentar perseguições políticas pela sua condição de ex-cangaceiro, experimentar contra si a máquina do poder estadual e todos os tipos de reveses, saiu da eleição derrotado por Artur Moreira de Sá. Havia sido empate: 134 a 134, mas Artur acabou vencendo pelo critério da idade. E a segunda eleição seria ainda mais terrível para Zé de Julião.

Dessa vez, além de as perseguições se redobrarem e as arrumações para a vitória do candidato Eliezer Santana serem vergonhosas, os títulos dos eleitores do ex-cangaceiro não foram entregues. Revoltado ao extremo, profundamente indignado com tanta injustiça contra si praticada, e sabendo que já estava derrotado, o candidato da terra resolveu tomar uma atitude extremada, invadir as seções eleitorais e roubar as urnas. E assim fez.

No dia do pleito, mais de cem cavaleiros amigos se juntaram nos arredores e entraram em audacioso tropel pelas ruazinhas da cidade. À frente seguia Zé de Julião e seu fiel escudeiro Abdias. Na primeira seção que encontrou, o ultrajado candidato desceu do cavalo e entrou calmamente no local de votação. Não demonstrou qualquer brutalidade nem arrogância com as pessoas do local. Mas ao olhar de lado e avistar a urna de votação numa cadeira, abrasou o semblante e, num acesso de cólera, puxou-a com violência. O passo seguinte foi arremessá-la pela janela. E do outro lado estava Abdias para recebê-la.

Em seguida Zé de Julião montou no cavalo e o tropel seguiu em disparada para fazer a catação em outros locais. E essa história continua com cenas realmente cinematográficas, mas absolutamente verdadeiras naqueles idos sertanejos. E exatamente sobre outros fatos dentro desses acontecimentos que eu perdi a oportunidade de conversar com Abdias. Eu perto dele, junto de personagem tão importante na epopeia sertaneja, brindando o sertão com casca de pau, sem jamais ter feito uma pergunta sequer acerca de seu grande amigo Zé de Julião. Que pena!

Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com 

http://blogdomendesemendes.blogspot.com 

Foto de Batizado Protestante, no Rio Itapicuru em 1920. Nota-se o famoso Juazeiro da Pedra, citado como o local em que o bando de Lampião atravessou em dois grupos. Tem uma poesia sobre ele:

JUAZEIRO DA PEDRA

Junto ao rio, bem no alto do granito
- como um fantasma verde e solitário -
um velho juazeiro centenário
está sempre a apontar para o infinito.

Raízes longas nos rachões enterra
atravessando o coração da pedra
e no sol e na chuva vive e medra
na paisagem estival da minha terra.

Símbolo vegetal da natureza
ele mostra que a vida com beleza
até na pedra bruta desabrocha.

Assim também o amor deixa raízes
e pode, sem saber, tornar felizes,
as almas duras como a rocha.

(Nonato Marques. In Santo Antonio Das Queimadas. pag. 79.)

Fonte: facebook
Página: Robério Santos‎ O Cangaço

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QUEM SÃO ELES?


Segundo a pesquisadora do cangaço (e eu assino em baixo) Francimary Oliveira, os adultos da esquerda para a direita são: Esposo de Expedita Ferreira, filha de Lampião e Maria Bonita. João Ferreira e ao lado direito a Expedita. As crianças os filhos, entre eles Vera Ferreira, a menina maior.

Fonte: facebook
Página: Robério Santos

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A Estrada de Ferro de Mossoró - 19 de Março de 2015


Em 26 de agosto de 1875 era dada a concessão, através da Lei nº 742, da Presidência da Província do Rio Grande do Norte, ao comerciante suiço Jonh Ulrich Graff, para a construção de uma estrada de ferro ligando Mossoró a Petrolina, na Bahia. Mas por falta de recursos, o projeto caducou. Graff chegou a criar uma empresa e oferecer cotas às pessoas de recursos, como se dizia naquela época, aqui residentes. Mas não conseguiu o suficiente para viabilizar o projeto. Entendia Graff que o progresso de Mossoró dependia da velocidade com que conseguisse importar e exportar os seus produtos. A tropa de burros, que até então transportava as mercadorias, já não era suficiente para atender a um mercado crescente como o de Mossoró, que naquela época era tida como empório comercial. Fazia-se mister a construção de uma ferrovia, que entre outros benefícios, baratearia os fretes e diminuiria o tempo de transporte. 


Quase quarenta anos depois o sonho de Urich Graf começava a se realizar. Outros passaram a ter o mesmo sonho, e como diz o ditado, “sonho que se sonha só é apenas sonho, mas sonho que se sonha unido é realidade”. E esse novo sonho se concretizou com a Companhia Estrada de Ferro de Mossoró S. A, que foi iniciada pela firma Sabóia de Albuquerque & Cia. em 31 de agosto de 1912. Em 19 de março de 1915, numa Sexta-feira, era inaugurada oficialmente o seu primeiro trecho, entre Porto Franco, em Areia Branca e Mossoró. Esse sonho era compartilhado por toda Mossoró por isso, quando a locomotiva “Alberto Maranhão” chegou à Estação, foi recebida com aplauso. Na plataforma do carro-chefe da composição, viajavam: João Tomé de Sabóia, Cel. Vicente Sabóia de Albuquerque, Farmacêutico Jerônimo Rosado, Camilo Filgueira, Rodolfo Fernandes, Cel. Bento Praxedes, Vicente Carlos de Sabóia Filho, além do mais velho habitante da cidade, o Sr. Quintiniano Fraga, que ostentava o pavilhão nacional. Aquele 19 de março foi realmente uma data muito importante para Mossoró. 

O trecho Porto Franco a Mossoró estava pronto e inaugurado, naquele 19 de março de 1915; mas era só o começo. A partir daquela data, estava aberta a luta pelo prolongamento da Estrada de Ferro, cujos trilhos levariam ainda outros longos 30 anos para fazerem ligação com a Rede Viação Cearense, na cidade de Souza, na Paraíba. 
               
O tempo que Mossoró levou para concluir a sua Estrada de Ferro foi muito longo e quando finalmente ficou pronta, os objetivos dos primeiros tempos já não poderiam mais serem alcançados. O caminhão já havia invadido as estradas, e com ele o trem não podia competir, nem em velocidade nem em tempo. 
               
Apesar de tudo, a ferrovia foi de muita utilidade para Mossoró, sendo, por longo tempo, o meio de transporte mais utilizado pela população, tanto para carga como para passageiros. 
               
Hoje, ninguém fala mais daquele 19 de março de 1915, que tanto orgulho deu ao povo de Mossoró. A Estrada de Ferro que fora inaugurada naquela data, já não existe mais. A estação de embarque, transformou-se em Estação das Artes; seus trilhos foram arrancados em grandes trechos, suas oficinas estão em ruínas e das locomotivas, que antes cortavam a cidade, não se tem mais notícias. A velha \"Maria Fumaça” desapareceu para sempre nas nuvens do esquecimento. Apenas alguns quadros, pendurados nas paredes do museu, lembram da data que pela primeira vez o progresso chegava a Mossoró.


Geraldo Maia do Nascimento

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ABRINDO UM DEBATE... IDENTIFIQUE O CANGACEIRO DA IMAGEM 2


As fotografias abaixo foram registradas por volta do ano de 1936. nas imagens de número 01 e 03 aparecem o cangaceiro Zé Sereno, que como todos(as) sabem, foi um importante cangaceiro pertencente ao bando de Lampião.

Porém a imagem número "02" ainda hoje gera dúvidas e discussões sobre sua verdadeira identificação.

Analisem e comparem as imagens abaixo e deixem suas opiniões na janela de comentários deste blog. Afinal, trata-se ou não da mesma pessoa?

Fonte: facebook

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FOTO HISTÓRICA - BACAMARTE


O bacamarte do cangaceiro Jesuíno brilhante.
Acervo: Colecionador Particular

Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta

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CANAPI, REBOLADO E O MATADOR

Por Clerisvaldo B. Chagas, 20 de março de 2015 - Crônica Nº 1.391

Fomos escalados para dá suporte a uma turma de pesquisadores de Maceió, em Canapi. Pessoal novato, jovens que nunca estiveram no semiárido, ganhando bem, eles iam trabalhando e se deliciando com as coisas do sertão. Juntamo-nos a eles. Notamos que o que mais causava prazer a essa turma, era comer passarinho torrado no óleo. Não era só rolinha, não. Era tudo que enfeitava os ares. Não havia ainda esses movimentos ecológicos de agora. Na ponta da rua, do lado esquerdo de quem chegava do entroncamento Carié, havia um barzinho que nem prateleira tinha. Os cabras descobriram ali que o dono prestava esse serviço e, era um devorar de passarinho que não tinha fim; até gavião (que come cobra) mastiguei com eles e achei bom.


Na outra ponta da rua que seguia para Mata Grande, havia uma fábrica de queijo. Mas a fábrica não conseguia atrair os jovens que preferiam o barzinho miserável no pé de um lajeiro.

Dali mesmo, nessa ou em outra ocasião, ainda no município de Canapi, fomos pesquisar em um lugar chamado Pilão do Gato. Entramos por um sítio chamado Baixa do Milho e fomos sair bem pertinho da divisa com Pernambuco. Ali tinha sido o lugar do primeiro tiroteio de Virgolino com a polícia, antes mesmo do apelido Lampião. No meio de tantos caboclos sertanejos semelhantes, surpreendi-me com uma bela fazenda muita plana e bem cuidada, dominada por homens brancos, altos, fortes e de olhos verdes.

Era como se de repente houvéssemos entrado no estrangeiro.

Havia um rapazinho gorducho apelidado pelos da fazenda de “Rebolado”. Coloquei o estranho apelido na cabeça.

Anos e anos mais tarde, escrevendo meu segundo romance, “Defunto Perfumado”, precisava de um nome ou apelido para um personagem negro, matador de aluguel. Quebrando e quebrando a cabeça, solucionei o caso. Fui buscar o vulgo do rapazinho de Canapi, sítio Pilão do Gato, “Rebolado”, que estava armazenado na cabeça e carimbei meu personagem.

Nunca mais andei para aquelas bandas. Não sei como está o sítio Pilão do Gato e nem se o rapazinho é vivo, mas imaginem a surpresa se eu fosse visitá-lo, contasse a história para ele e lhe mostrasse o personagem!

Canapi também participa de minha história de vida real e dos meus romances. Saudade daquela terra


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