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segunda-feira, 18 de setembro de 2017

LUIZ PADRE E SINHÔ PEREIRA, NA FAZENDA POÇOS, EM VILLA BELLA.

Por Antonio Neto do acervo do João Jose Souza

Aos dez dias do mês de junho do ano de 1917, Luiz Padre e Sinhô Pereira, no comando de um grupo constituído de onze indivíduos, totalizando com os chefes, treze homens bem armados e devidamente municiados, formados por Augusto Firmino, vulgo Sereno, Antônio Grande, Vicente Marina, Raymundo Moraes e os elementos conhecidos por Mão de Grelha, Deodato Chico, Gasinetto, Verêda, Antônio Paixão, Antônio Sales e José Gomes seguiram para a Fazenda Poços do município de Villa Bella, hoje Serra Talhada, de propriedade de José Florentino de Lima, conhecido por José Amaro.

Ao chegarem a essa fazenda subtraíram a força um rifle pertencente a José Jacinto. Em seguida dirigiram-se ao cercado da respectiva fazenda e furtaram ali um cavalo russo de campo que pertencia ao senhor José Florentino. Em virtude do ocorrido o Senhor Florentino prestou por escrito, ao Delegado de Villa Bella (Serra Talhada), queixa-crime contra Luiz Padre, Sinhô Pereira e seus comparsas, conforme provas documentais e relatos das testemunhas arroladas.

Diante do exposto, o Promotor Público de Villa Bella (Serra Talhada), no exercício pleno de suas atribuições e de conformidade com o que dispunha a Lei vigente da época, veio ao Juiz da Comarca de Serra Talhada denunciar os acusados citados acima pelos fatos delituosos em questão. Ressaltou o promotor que, uma vez, julgada aprovada a acusação, os denunciados deverão ser punidos com o máximo rigor da Lei, em vista de ter concorrido circunstâncias agravantes, incursos nos artigos 356 e 331, &4º, combinados com o Art. 18, &1º do Código Penal Brasileiro e, assim, o Promotor Público solicitou ao juiz que autuada a denúncia, procedessem-se os demais termos, para a formação da culpa, inquirindo-se as testemunhas arroladas. É bom frisar que nessa ocorrência não foram registradas mortes nem agressões físicas traumatizantes.

Das seis testemunhas convocadas para depor contra os réus, apenas duas compareceram à audiência: Marçal Alves Gondim e Francisco Mourato da Cruz. Os acusados, por se encontrarem em lugar incerto e não sabido não receberam a intimação do oficial de justiça. Em razão desse fato o processo correu à revelia. No processo não foram encontrados interrogatórios, punições ou sentenças dos acusados.

O presente texto foi fundamentado nos autos, portanto, sob a égide da justiça.




Fonte: Memorial da Justiça de Pernambuco.
Antonio Neto é pesquisador, escritor, dicionarista, biógrafo e poeta.
https://www.facebook.com/groups/1617000688612436/

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FESTA DO ROSÁRIO DE POMBAL VOCÊ SABIA QUE DESDE ANTES 1888 OS NEGROS JÁ ORGANIZAVAM A FESTA DO ROSÁRIO DE POMBAL?

 Por Jerdivan Nóbrega Araujo

Festa do Rosário de Pombal

Você sabia que desde antes 1888 os negros já organizavam a FESTA DO ROSÁRIO DE POMBAL?

Vejam o que diz o COMPROMISSO DA IRMANDADE DOS NEGROS ROSÁRIO DE POMBAL PROVÍNCIA DA PARAÍBA LEI N. 858 DE 10 DE NOVEMBRO DE 1888:

"Art. 17. Na primeira sessão de 1º de Janeiro se liquidará todas as contas dos empregados, irmãos e thesoreiros e não o sendo possível, na dominga que seguir-se, na 1ª sessão domingo da Resurreição, se procederá a eleição annual dos empregados, na 3ª sessão da 2ª domingo de Agosto se tratará sobre o festejo da Senhora do Rosário, conforme a possibilidade e fundos do cofre, promovendo subscripções, e na 4ª sessão da 1ª dominga de Outubro, a celebrará a festa e fará procissão de accordo com osandamentos deocesanos.

Nas mesmas sessões se poderá tratar de tudo quanto ser necessário a bem do serviço da Irmandade. "




Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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AINDA TEM 5,00 R$


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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NOVO LIVRO NA PRAÇA "O PATRIARCA: CRISPIM PEREIRA DE ARAÚJO, IOIÔ MAROTO".


O livro "O Patriarca: Crispim Pereira de Araújo, Ioiô Maroto" de Venício Feitosa Neves será lançado em no próximo dia 4 de setembro as 20h durante o Encontro da Família Pereira em Serra Talhada.

A obra traz um conteúdo bem fundamentado de Genealogia da família Pereira do Pajeú e parte da família Feitosa dos Inhamuns.

Mas vem também, recheado de informações de Cangaço, Coronelismo, História local dos municípios de Serra Talhada, São José do Belmonte, São Francisco, Bom Nome, entre outros) e a tão badalada rixa entre Pereira e Carvalho, no vale do Pajeú.

O livro tem 710 páginas. 
Você já pode adquirir este lançamento com o Professor Pereira ao preço de R$ 85,00 (com frete incluso) Contato: franpelima@bol.com.br 
fplima1956@gmail.com

http://lampiaoaceso.blogspot.com.br/2016/08/novo-livro-na-praca_31.html

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LIVRO "LAMPIÃO A RAPOSA DAS CAATINGAS"


Depois de onze anos de pesquisas e mais de trinta viagens por sete Estados do Nordeste, entrego afinal aos meus amigos e estudiosos do fenômeno do cangaço o resultado desta árdua porém prazerosa tarefa: Lampião – a Raposa das Caatingas.

Lamento que meu dileto amigo Alcino Costa não se encontre mais entre nós para ver e avaliar este livro, ele que foi meu maior incentivador, meu companheiro de inesquecíveis e aventurosas andanças pelas caatingas de Poço Redondo e Canindé.

O autor José Bezerra Lima Irmão

Este livro – 740 páginas – tem como fio condutor a vida do cangaceiro Lampião, o maior guerrilheiro das Américas.

Analisa as causas históricas, políticas, sociais e econômicas do cangaceirismo no Nordeste brasileiro, numa época em que cangaceiro era a profissão da moda.

Os fatos são narrados na sequência natural do tempo, muitas vezes dia a dia, semana a semana, mês a mês.

Destaca os principais precursores de Lampião.
Conta a infância e juventude de um típico garoto do sertão chamado Virgulino, filho de almocreve, que as circunstâncias do tempo e do meio empurraram para o cangaço.

Lampião iniciou sua vida de cangaceiro por motivos de vingança, mas com o tempo se tornou um cangaceiro profissional – raposa matreira que durante quase vinte anos, por méritos próprios ou por incompetência dos governos, percorreu as veredas poeirentas das caatingas do Nordeste, ludibriando caçadores de sete Estados.
O autor aceita e agradece suas críticas, correções, comentários e sugestões:

(71)9240-6736 - 9938-7760 - 8603-6799 

Pedidos via internet:
Mastrângelo (Mazinho), baseado em Aracaju:
Tel.:  (79)9878-5445 - (79)8814-8345

Clique no link abaixo para você acompanhar tantas outras informações sobre o livro.
http://araposadascaatingas.blogspot.com.br

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OS GRILOS DE POÇO REDONDO

*Rangel Alves da Costa

Em determinados períodos do ano os bichos, principalmente insetos, costumam fazer seus festins. Há mosca o ano inteiro, há grilo o tempo inteiro, há inseto a cada instante, mas de vez em quando cada um resolve deixar a vida do ser humano insuportável.
As moscas aparecem aos montões nas proximidades da semana santa. Mesmo antes que os restos dos peixes sirvam como atrativos, o mosqueiro é tamanho que mais parece que o mundo humano vai se tornar em mundo de moscas. Igualmente nas proximidades dos tempos mais chuvosos, de trovoadas ou invernadas, quando insetos com asas passam a tomar conta de todos os espaços, principalmente ao redor de luzes acesas.
Os sapos, mesmo de outra espécie animal, também se avolumam depois das chuvas, ganham as ruas, entram nas residências, criam um enojamento terrível. As muriçocas também escolhem estações para surgirem em tropas, em batalhões, em imensas e ameaçadoras quantidades. E agora é a hora e a vez dos grilos.
Como bem postou o amigo Alisson Lucas no facebook, “esses grilos em Poço Redondo estão iguais à corrupção no Brasil, não têm limites. Se tirar as asas eles pulam, se tirar as pernas eles voam. Indestrutíveis”. A mais pura verdade. Estão por todos os lugares, muito mais à noite, porém avistados também a qualquer hora do dia, já prontos para alçar voo, dar rasantes, importunar a vida de todo mundo.
Os grilos, insetos da família dos gafanhotos, são comuns em todas as regiões brasileiras. Nas fazendas, matas e lugares mais afastados, é muito comum se ouvir o seu ruído escondido, constante. Aparecem também nas cidades, principalmente nas casas de paredes de barro. Mas agora estão em profusão por todo lugar.
Comumente se diz que mesmo tendo asas os grilos não voam. Ora, voam sim. Voam e dão rasantes, arremetem em fúria em direção às pessoas, entram pelos cabelos, pelas roupas, debaixo das saias, causam um problema danado. Outro dia, em Poço Redondo, eu conversava com uma mulher quando esta repentinamente pareceu possuída.
E estava possuída sim, mas de um grilo que de repente entrou por debaixo de suas saias e causou um rebuliço danado. De início, a mulher enrubesceu, tremeu, remexeu as pernas, quis dar pulinhos. Em seguida se apavorou, pulou, quis levantar a saia, e enfim correu em direção à primeira porta que encontrou.
Sem saber de nada, sem imaginar que se tratava de um grilo açoitando entre as pernas da mulher, apenas estranhei aquela situação. Quando ela correu desembestada, com as pernas meio abertas, até pensei que uma vontade incontrolável de urinar havia causado aquela cena toda. Fiquei esperando resposta para o ocorrido.
Não demorou e já voltou sorridente. Foi um grilo, disse. E ajuntou: Foi um grilo que não tinha o que fazer e entrou bem debaixo de minha saia. Dada a explicação, continuamos a conversa, o que não demorou muito, pois logo ela correu novamente, mas não sem antes dizer: Dois, agora são dois.
E não é raro que pelas ruas a gente imagine que as pessoas estão endoidando. Pessoas balançando a cabeça, desgrenhando os cabelos, só faltando arrancar tudo. Pessoas pulando, querendo tirar as roupas no meio da rua. Pessoas mantendo a boca fechada por medo de engolir grilos. E engole mesmo. Teve um que não só engoliu como teve de passar a noite toda ouvido o cricricri do grilo na barriga.
Assim a vida perante a presença desses grilos insuportáveis. A acreditar na crença dizendo que os grilos trazem boa sorte, não há lugar mais afortunado que Poço Redondo. Contudo, não parece ser essa a realidade. Ainda sábado encontrei aquela mesma mulher toda vestida de macacão e com touca envolvendo todo o cabelo. E com um pedaço de pau de mais de metro à mão. Nem perguntei o motivo daquilo tudo.

Escritor
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O PÓS CANGAÇO

Por Geziel Moura

Certa vez, a escritora Vera Ferreira, neta de Lampião e Maria Bonita disse-me que quando era criança, sempre foi discriminada por ser neta de cangaceiros, mas que tudo mudou, quando a pesquisadora Christina Matta Machado começou a agregar os ex-cangaceiros e seus descendentes, dando mais visibilidades e dizibilidades a eles, no inicio da década de 1960.




De fato, a pesquisadora estava envolvida com o nordeste, por conta de seu doutoramento pela USP (Universidade de São Paulo), cuja temática era o aspecto social do Cangaceirismo, pesquisa que favoreceu diversos encontros, com os cabras que moravam em São Paulo e no nordeste, juntamente com seus familiares, por exemplo, Zé Sereno, Balão, Labareda, Peitica, Criança, Marinheiro, Dadá, Sila, Expedita e Vera Ferreira, dentre outros.




Infelizmente, Christina veio a falecer no dia 23.10.1971, às vésperas de sua defesa de doutorado e casamento, sendo a causa mortis: Edema agudo do pulmão, insuficiência cardíaca, leucemia e anemia. A escritora deixou publicado, duas obras..." As táticas de guerra dos cangaceiros" de 1969 e no pós mortis o pai dela publicou, "Aspectos do fenômeno do cangaço no nordeste brasileiro" em 1974.



Falando nisso...o Pós Cangaço sempre intrigou-me, afinal, em que lugar e o que passaram a fazer os antigos cangaceiros? Nesta matéria de Christina Matta Machado, publicada na Revista Fatos e Fotos de 27.11.1969, ela dá algumas pistas, dos paradeiros de alguns ex-cangaceiros. Boa leitura.

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FOTO DE POLICIAIS COMBATENTES DO CANGAÇO

Por Valdir José Nogueira escritor e pesquisador

Imagem do ano de 1927 da “volante” do município de Belmonte, ou seja de policiais combatentes do cangaço.

No início do século XX o Nordeste brasileiro foi marcado por ações violentas de cangaceiros nos sertões da Caatinga. Antônio Silvino, o Rifle de Ouro, e Virgulino Ferreira da Silva, o famoso Lampião, atuaram à frente de grupos de homens armados que invadiam fazendas, realizavam saques e forçavam pequenos camponeses a fornecerem abrigo e comida. 

Todavia, para combater esse novo fenômeno social, na década de 20, o Poder Público cria as "volantes do cangaço" que se caracterizavam como forças militares especializadas no combate a esses bandos. Essas forças atuavam em cidades do interior de Estados nordestinos afetados por ações de cangaceiros. "As volantes eram um grupo especial da Polícia para o combate ao cangaço. Surgem quando o cangaço toma proporções gigantescas com a figura de Lampião.”

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