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domingo, 18 de junho de 2017

ANTÔNIO PEREIRA DE LUCENA OU ANTÔNIO CAICÚ: 52° ANIVERSÁRIO DE FALECIMENTO.

 Por Edson Alencar

Antônio Pereira de Lucena foi um destacado comerciante na Pombal da década de 50. Começou com uma bodega na rua Padre Amâncio Leite,onde anos mais tarde José Martins de Sousa, Fiel, se estabeleceria com a sua, a Casa Fiel. Mudou-se depois para o Centro,ampliou e diversificou o seu comércio: foi um pioneiro na venda de eletrodoméstico. Muita geladeira Frigidaire, rádio, radiola, sanfona e outros instrumentos musicais saíram do seu estabelecimento para as residências pombalenses e circunvizinhas. Assim como louças, miudezas, artigos para presentes em geral.

Sua loja ficava vizinha á de Maurício Bandeira e atualmente o prédio abriga a Farmácia do Trabalhador. Antônio Pereira era também conhecido por Antônio Caicú, herdando esse apelido do seu local de nascimento,a Fazenda Caicú, então no município de Pombal, hoje pertencente ao de Vista Serrana. Dera ali seus primeiros vagidos a 19 de janeiro de 1923. Seus pais foram Joaquim Antônio de Lucena e Maria Vitalina da Conceição, falecida em Condado na época da construção do açude,vitimada como outras pessoas por uma moléstia infecto-contagiosa. Seus irmãos foram Cristiano(aquele que consertava bicicletas na rua do Cine Lux), Raimundo Mundico e Zumira.


Antônio tinha um hobby, a caça. Era exímio atirador com espingarda 28.Até hoje, esclarece o filho Pereira, mais de meio século de sua morte, ninguém o superou em Pombal. Muito vaidoso e atraente, os cabelos negros sempre untados e luzidios com brilhantina Promessa, vestido impecavelmente, exalando Madeira do Oriente (perfume cujo frasco continha um pedacinho de madeira semelhante a um palito de fósforo), cigarro Continental sem filtro na boca, a sua curta existência.

Casou com Cecília Alencar de Sousa em 10 de setembro de 1951 na Matriz do Bonsucesso. O celebrante foi Monsenhor Vicente de Freitas e as testemunhas Cesar Lopes de Sousa e Chateaubriand de Sousa Arnaud. Foram residir na rua Padre Amâncio Leite, na casa onde funcionou anos atrás o consultório de dr. Verissinho, pertencente naqueles idos ao pai de Cecília,Sinhozinho de Sousa. Antônio botou a bodega do outro lado da rua como disse acima.

Nessa casa nasceram Bernadete, Antônio Pereira Filho e Antoniel Alencar. Joaquim, o caçula, nasceu na rua de João Pessoa, na casa hoje ocupada pelos primos Teínha e Rosângela. Antônio Pereira faleceu a 16 de junho de 1965, de câncer, na casa hoje dos herdeiros de Olívio veterinário. Minha geração não o conheceu.

Para finalizar quero agradecer aos primos Antônio Pereira de Lucena Filho e Antoniel Alencar pelas informações prestadas e o envio do raro registro iconográfico (prima Fabiana o fez também), sem os quais essa postagem não seria possível. O meu muito obrigado.


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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MAGUÍ, A QUE MORREU DE MENTIRA

*Rangel Alves da Costa

Com passos muito diferentes de antigamente, ainda hoje Magnólia perambula pelos mercados da capital, de sacola na mão e passo lento, comercializando umas poucas cuecas, bermudas, calcinhas. Afirma que é desse pequeno comércio ambulante que praticamente tira o seu sustento, mas quem a conhece diz que toda lucratividade é repassada ao seu “bofe”. Más línguas, talvez, vez que a própria Maguí, como é mais conhecida, diz que já distante vai o seu tempo de paixões e entregas.
Maguí acostumou com sua venda ambulante, uma forma de se sentir encorajada a deixar sua humilde residência nas vizinhanças do centro da cidade e caminhar pelos arredores onde, noutros tempos, muito percorreu nas suas andanças noturnas, pelas esquinas, cabarés, inferninhos, casas luminosas e até palacetes encantados. Num tempo onde o seu homossexualismo aflorava e tanto espanto causava. Ser bicha - e assumida - era não estar só na boca do povo como no olho do camburão. Hoje sobrevive mesmo de uma ínfima aposentadoria.
O tempo transformou muito suas feições. A opção sexual e suas consequências ainda num tempo de machismos perversos, perseguições e violências, causaram grandes impactos em sua vida. Noitadas, bebedeiras, as caçadas noturnas, o viver desregrado, dentre tantas outras situações desgastantes, certamente provocaram cansaços, deterioração física, doenças. Sem falar no peso da maquiagem escondendo a feição do homem um dia surgido e deixando transparecer apenas a Magnólia. Ou a própria feição de uma Aracaju antiga e sua sexualidade aflorada nos escondidos dos bordéis e meias-luzes.
Seu nome de batismo? Everaldo Alves Campos. Sua idade está escondida na pesada maquiagem que ainda usa. Pouco importa nome tão masculino se todo mundo só conhece a Maguí ou a Magnólia, ou aquela que um dia, pelo porto de Santos, em São Paulo, se descobriu como verdadeira diva. E ao retornar simplesmente se transformou no mais conhecido homossexual de Aracaju. E nas suas recordações noturnas, jamais se esquece de citar que ainda naqueles tempos era de rodo o número de viados incubados na capital, de paletó e graveta.


Mas uma maldade sem tamanho foi perpetrada contra Magnólia nos últimos dias: espalharam sua morte pelas redes sociais. E espalharam de tal modo que só faltou indicar a causa mortis, o local do velório e do enterro. Também seu retrato foi divulgado quase como um santinho de despedida. Maguí não merecia isso, ainda que depois de tudo apenas sorrisse pelo seu inventado defuntismo.
De qualquer modo, a mentira levada a efeito e corrida rapidamente com manifestações impressionantes, demonstrou o quanto Magnólia, a nossa Maguí, é querida pelos aracajuanos e pelos sergipanos, ao menos por aqueles surpreendidos com a notícia. Num repente, e as mais diversas expressões de pesar pelo falso acontecimento. Muitos até esboçaram curtas biografias, relatando a sua fama nascida já desde os anos 60, ainda num tempo onde o homossexualismo era quase visto como coisa do outro mundo. Também citando os noturnos da capital, as boates e os negócios de esquinas e outras vias.
E nos esboços biográficos logicamente que não faltaram aspectos acerca de sua vida mais recente de vendedor ambulante de calcinhas, calçolas, bermudas, cuecas e outras roupas de baixo. Sempre maquiada, pacífica, amigueira, a Maguí sempre levando seu comércio aos mercados e ruas adjacentes. Muitas foram às referências ao seu jeito simples de ser depois do envelhecimento, mas também de quando era famosa na noite aracajuana. Noites de Beco dos Cocos e tantos outros becos onde principalmente o homossexualismo era para alguns poucos encorajados. A Maguí valente, da navalha, do canivete, do enfrentamento de brutamontes e até da preconceituosa polícia.
Mas também a Magui de agora, de rosto sempre maquiado, de batom aflorado à boca, de lápis moldurado os olhos cansados, com seu passo lento e sua mão levando a bolsa com os objetos que dispõe pra vender. A Maguí que sai já perto do meio-dia de sua residência pobre na Rua Vitória, extensão da Carlos Bulamarqui, e vem seguindo um tanto cabisbaixa sempre em direção ao mercado. Cumprimenta todo mundo e por todos é cumprimentada. Todo dia pode ser avistada assim passando, assim caminhando. Uma pessoa decente.
Em tom de brincadeira, muitos diziam que um ou outro amigo naquele momento deveria estar enlutado pelo passamento daquela que lhe serviu de companhia e travesseiro pelos cabarés de Augusto, dos arredores do cemitério, do Ciganinha e tantos outros. A intenção era mostrar que a mocidade de muitos teve o convívio furtivo da grande Maguí. Mas ela sempre negou ser de qualquer um. Afirma até já ter ricaço caindo a seus pés, muito poderoso apaixonado por aquela Elizabeth Taylor aracajuana.
E em tom de brincadeira repete que era costumeiro perguntarem se entre as pernas ela tinha sexo masculino ou feminino. Ao que respondia: “Pegue pra ver!”. Como diz o outro, Maguí é imorrível. E em borboleta se transformará assim que der, verdadeiramente, o último suspiro.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com 

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VOLANTES E CANGACEIROS

Por Francisco Carlos Jorge de Oliveira

Volantes & cangaceiros, pistolas & revólveres. 


Nestes sangrentos e constantes confrontos de forças, notamos que o valente tenente João Bezerra comandante da intrépida volante alagoana, porta explícito em sua cintura um revólver colt calibre 38, e como é de conhecimento de todos, o facínora capitão Virgulino chefe dos terríveis cangaceiros, sempre usou uma pistola luger calibre 9mm parabellum ou “parabelo”. 


Uma tinha mais poder de perfuração e o outro mais impacto. 



Mas afinal, qual dessas era a arma mais operacional comparando a nomenclatura entre ambas?

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A CASA QUE A FOME MORA

POESIA DO GRANDE POETA MOSSOROENSE ANTÔNIO FRANCISCO 

A Casa que a Fome Mora

Eu de tanto ouvir falar
Dos danos que a fome faz,
Um dia eu sai atrás
Da casa que ela mora.
Passei mais de uma hora
Rodando numa favela
Por gueto, beco e viela,
Mas voltei desanimado,
Aborrecido e cansado.
Sem ter visto o rosto dela.

Vi a cara da miséria
Zombando da humildade,
Vi a mão da caridade
Num gesto de um mendigo
Que dividiu o abrigo,
A cama e o travesseiro,
Com um velho companheiro
Que estava desempregado,
Vi da fome o resultado,
Mas dela nem o roteiro.

Vi o orgulho ferido
Nos braços da ilusão
Vi pedaços de perdão
Pelos iníquos quebrados,
Vi sonhos despedaçados
Partidos antes da hora,
Vi o amor indo embora,
Vi o tridente da dor,
Mas nem de longe via a cor
Da casa que a fome mora.

Vi num barraco de lona
Um fio de esperança,
Nos olhos de uma criança,
De um pai abandonado,
Primo carnal do pecado,
Irmão dos raios da lua,
Com as costas seminuas
Tatuadas de caliça,
Pedindo um pão de justiça
Do outro lado da rua.

Vi a gula pendurada
No peito da precisão,
Vi a preguiça no chão
Sem ter força de vontade,
Vi o caldo da verdade
Fervendo numa panela
Dizendo: aqui ninguém come!
Ouvi os gritos da fome,
Mas não vi a boca dela.

Passei a noite acordado
Sem saber o que fazer,
Louco, louco pra saber
Onde a fome residia
E por que naquele dia
Ela não foi na favela
E qual o segredo dela,
Quando queria pisava,
Amolecia e Matava
E ninguém matava ela?

No outro dia eu saio
De novo a procura dela,
Mas não naquela favela,
Fui procurar num sobrado
Que tinha do outro lado
Onde morava um sultão.
Quando eu pulei o portão
Eu vi a fome deitada
Em uma rede estirada
No alpendre da mansão.

Eu pensava que a fome
Fosse magricela e feia,
Mas era uma sereia
De corpo espetacular
E quem iria culpar
Aquela linda princesa
De tirar o pão da mesa
Dos subúrbios da cidade
Ou pisar sem piedade
Numa criança indefesa?

Engoli três vezes nada
E perguntei o seu nome
Respondeu-me: sou a fome
Que assola a humanidade,
Ataco vila e cidade,
Deixo o campo moribundo,
Eu não descanso um segundo
Atrofiando e matando,
Me escondendo e zombando
Dos governantes do mundo.

Me alimento das obras
Que são superfaturadas,
Das verbas que são guiadas
Pro bolsos dos marajás
E me escondo por trás
Da fumaça do canhão,
Dos supérfluos da mansão,
Da soma dos desperdícios,
Da queima dos artifícios
Que cega a população

Tenho pavor da justiça
E medo da igualdade,
Me banho na vaidade
Da modelo desnutrida
Da renda mal dividida
Na mão do cheque sem fundo,
Sou pesadelo profundo
Do sonho do boia fria
E almoço todo dia
Nos cinco estrelas do mundo.

Se vocês continuarem
Me caçando nas favelas,
Nos lamaçais das vielas,
Nunca vão me encontrar,
Eu vou continuar
Usando o terno Xadrez,
Metendo a bola da vez,
Atrofiando e matando,
Me escondendo e zombando
Da Burrice de vocês.


https://www.youtube.com/watch?v=3uppIsY1YZk

ADENDO - http://blogdomendesemendes;blogspot.com

Biografia do autor:

Antônio Francisco Teixeira de Melo (Mossoró21 de outubro de 1949) é um cordelista potiguarÉ filho de Francisco Petronilo de Melo e Pêdra Teixeira de Melo.

Graduado em História pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Poeta popular, cordelista, xilógrafo e compositor, ainda confecciona placas.

Aos 46 anos, muito tardiamente, começou sua carreira literária, já que era dedicado ao esporte, fazia muitas viagens de bicicleta pelo Nordeste e não tinha tempo para outras atividades. Muitos de seus poemas já são alvo de estudo de vários compositores do Rio Grande do Norte e de outros estados brasileiros, interessados na grande musicalidade que possuem.

Em 15 de Maio de 2006, tomou posse na Academia Brasileira de Literatura de Cordel, na cadeira de número 15, cujo patrono é o saudoso poeta cearense Patativa do Assaré. A partir daí, já vem sendo chamado de o “novo Patativa do Assaré”, devido à cadeira que ocupa e à qualidade de seus versos.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B4nio_Francisco_Teixeira_de_Melo
http://cordeljoseaugusto.blogspot.com.br/2010/02/casa-que-fome-mora_973.html


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OBRIGADO AMIGO, PROFESSOR ZÉ REGO.

Por José Ribamar Alves de Carvalho

OBRIGADO, AMIGO!

Este é o professor Zé Rego, residente em Natal-RN. Ele é um exemplo de admirador do improviso e da literatura de cordel e um exemplo também de grande ser humano. 

Professor Zé Rego

Ele tem muito me ajudado, colaborando da maneira possível quando passo por dificuldades para publicar alguma obra poética, como livro, CD ou DVD. Obrigado, professor Zé Rego, Que Deus te ilumine sempre!

José Ribamar Alves de Carvalho

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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ENTREVISTA CADIM MACHADO, ÚLTIMO COITEIRO DE CORISCO GEZIEL MOURA

https://www.youtube.com/watch?v=Vs9kLhbDokU

Publicado em 4 de mai de 2016
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O RESUMO AUTENTICO DA HISTÓRIA DE LAMPIÃO COM CENAS REAIS DO CANGAÇO

https://www.youtube.com/watch?v=VLcYpbwn7y4

Portal Nordestino
Publicado em 25 de fev de 2017
Foi Assim no Sertão o resumo autentico da História de Lampião
Lampião (1897-1938) foi o mais famoso cangaceiro brasileiro, chamado o Rei do Cangaço.
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SOBRE JORNALISMO E "BARRIGADAS"

Por Caio César Muniz

Adentrei no jornalismo por "culpa" de Cid Augusto e por entraves sadios com meu irmão Stênio Urbano. Tive duas passagens pelo jornal O Mossoroense, assumindo a sua editoria de cultura além de colaborar com as outras pautas semanais.

A faculdade veio um pouco tardiamente, justamente quando a profissão padece de se "reinvenção" e olho pra porta de saída sem saber ao certo para onde ir. Não tenho mais a jovialidade dos meus colegas para correr o mundo e nem estou mais na lista das melhores oportunidades.

Tive bons guias nesta caminhada, não citarei nomes para não ser injusto, mas de todos procurei extrair deles o que tinham de melhor. Estes dias me aconselharam a buscar algo mais vantajoso, como me arriscar na Auditoria Fiscal, coisa que "dê dinheiro". O conselho é bom, mas meu caminho já está trilhado: SOU JORNALISTA.

Esta semana estreei minha primeira "barrigada", no jargão jornalístico diz-se da falsa notícia. Incorri no erro básico do jornalismo: não apurar os fatos. Me acusaram de estar procurando "furo", a informação em primeira mão.

Digo que faz tempo que não procuro furo em lugar nenhum, muito menos jornalisticamente falando. Foi um lapso mesmo. Por trás do jornalista existe um homem, com erros e virtudes. Não me coloquem a cruz ainda, não fui o primeiro, nem serei o último. Existem males piores na profissão, como os jornalistas vendidos a troco de migalhas.

Se ainda acredito a profissão? Sim, acredito. Lutarei para fazer o melhor jornalismo. Buscarei atuar com princípios e não cometer tantos erros, mas errar, para corrigir, para pedir desculpas, para não me achar nada mais que um ser humano normal.

OUTROS LEROS


1. A nota vai parecer repetida, mas é assim mesmo: Entre críticas e elogios, como em todos os anos, começou o Mossoró Cidade Junina. Realmente alguns tropeços foram constatados. Eu, de minha parte, não consigo ver este incremento na economia de que se fala. Acho que temos problemas mais importantes para dedicar nossas atenções.

2. Esta semana o ministro interino da Cultura, João Batista de Andrade pediu demissão alegando que o Ministério está em situação difícil. Se está assim lá em cima, imagine aqui embaixo. Se um interino recua de assumir o cargo, quem diabos vai querer ocupá-lo?

3. Na próxima sexta-feira, dia 23, o Partage Shopping vai receber a exposição "Entre Cores e Marinas" do artista areia-branquense plástico Antônio Tavernard a partir das 19 horas. A exposição permanecerá no espaço até o dia 03 de julho e a visitação é gratuita.


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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FOTOGRAFIAS DO ARRAIÁ DA INCLUSÃO - GRANJA DE SEU ARI ARAÚJO - MOSSORÓ/RN .DIA: 15 DE JUNHO DE 2017





Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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FÓRUM DAS ARTES - MOSSORÓ RN II SALÃO DORIAN GRAY DE ARTE POTIGUAR - FÉ E RESISTÊNCIA - Quadro sobre o Cangaço Franci Dantas (Artista Plástica)

Por Franci Dantas (Artista Plástica)

FÓRUM DAS ARTES - MOSSORÓ RN - II SALÃO DORIAN GRAY DE ARTE POTIGUAR
Governo do Estado do Rio Grande do Norte - Fundação José Augusto 

Sociedade Amigos da Pinacoteca 
Organização: Professora Isaura de Sousa Rosado

FÉ E RESISTÊNCIA - Quadro sobre o Cangaço

Franci Dantas (Artista Plástica)




Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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VOCÊ SABE QUAIS FORAM OS CANGACEIROS QUE ABANDONARAM O CANGAÇO POR ÚLTIMO?

Por José Mendes Pereira
Durvalina e Moreno

O penúltimo facínora que deixou a vida de cangaceiro foi Moreno no dia 2 de fevereiro de 1940, juntamente com a sua amada Durvalina. 

Um pouco da sua biografia:

Antônio Ignácio da Silva (Tacaratu1 de novembro de 1909 — Belo Horizonte6 de setembro de 2010), mais conhecido pela alcunha de Moreno, foi um cangaceiro pertencente ao bando de Lampião e Maria Bonita. Após a morte deste, fugiu de Pernambuco e adotou o pseudônimo de José Antônio Souto, fixando-se em Minas Gerais. Foi um dos integrantes do bando com maior longevidade, e um dos últimos a morrer.[1][2]


Filho de Manuel Ignácio da Silva (o Jacaré) e Maria Joaquina de Jesus, Antônio perdeu o pai na adolescência, quando este foi morto pela polícia nas proximidades de São José do Belmonte, em uma suposta queima de arquivo. Exerceu a profissão de barbeiro, mas seu desejo era ser soldado da polícia. O sonho terminou quando foi preso e espancado por policiais de Brejo Santo, após ser acusado injustamente de roubar um carneiro. Libertado, matou o homem que o denunciou, que seria o verdadeiro ladrão.[3]

Foi contratado por um proprietário rural para defender sua fazenda do ataque de cangaceiros, mas terminou integrando-se ao grupo de Virgínio, cunhado de Lampião, de quem tornou-se amigo. Na década de 1930casou-se com Durvalina Gomes de Sá, a Durvinha. O casal teve um filho, que não pôde permanecer com o bando, pois seu choro poderia denunciá-los. A criança foi deixada então com um padre, que a criou.[1][3][4]

Moreno era conhecido por não gostar dos rifles de repetição americanos, muito usados na época e ter, a sua disposição, um mosquetão.[3]

Dois anos após a morte de Lampião, o casal fugiu para Minas Gerais. Por precaução, Moreno passou a chamar-se José Antônio Souto, e Durvalina tornou-se Jovina Maria. Estabeleceram-se na cidade de Augusto de Lima, e prosperaram vendendo farinha. Tiveram mais cinco filhos, e mudaram-se para Belo Horizonte no final da década de 1960.[5]

Ainda com medo de serem descobertos e mortos, mantiveram o passado em segredo até para os filhos. A situação manteve-se até meados da década de 2000, quando a existência do primogênito foi revelada. Encontrado em 2005, Inácio Carvalho Oliveira pôde finalmente reencontrar seus pais biológicos. Só então é que a família conheceu a história do passado no cangaço; Durvinha morreu pouco tempo depois.[2][4][5]

Deprimido com a morte da esposa, a saúde de Moreno passou a ficar cada vez mais debilitada. Ele morreu no dia 6 de setembro de 2010 em Belo Horizonte, aos 100 anos de idade. Durante o sepultamento foi realizada queima de fogos de artifício, a pedido do próprio Moreno, que pensou que nunca teria uma cova; o temor de morrer como um cangaceiro, decapitado e com o corpo deixado no mato, não o abandonou nos 70 anos que manteve seu disfarce.[2][5]

Notas e referências[editar | editar código-fonte]

↑ Ir para:a b Ex-cangaceiro passa por cirurgia em BH Jornal O Tempo — acessado em 7 de setembro de 2010
↑ Ir para:a b c Um dos últimos cangaceiros do bando de Lampião morre em BH Portal Terra — acessado em 7 de setembro de 2010
↑ Ir para:a b c "Morre cangaceiro Moreno aos 100 anos" - Diário do Nordeste

https://pt.wikipedia.org/wiki/Moreno_(cangaceiro)


O último facínora que deixou a vida de cangaceiro foi Corisco, no dia 25 de maio de 1940, juntamente com a sua amada Dadá. Ele foi perseguido e baleado, preso e posteriormente faleceu. E sua companheira perdeu uma das pernas. 

Um pouco da biografia do cangaceiro Corisco

Cristino Gomes da Silva Cleto, mais conhecido como Corisco (Água Branca10 de agosto de 1907 - Barra do Mendes25 de maio de 1940) foi um cangaceiro do bando de Virgulino Ferreira da Silva, apelidado Lampião. Também era conhecido como Diabo Louro.


Aos 17 anos, em uma briga de rua Corisco matou um homem que era protegido do coronel da cidade de Água Branca, e temendo ser punido e sem ter para onde ir tomou a decisão de aliar-se ao bando do cangaceiro Lampião.[1] Corisco era conhecido por sua beleza, seu porte físico atlético e cabelos longos deixavam-no com uma aparência agradável, além da força física muito grande, por estes motivos foi apelidado de Diabo Louro quando entrou no bando de Lampião.

Corisco sequestrou Sérgia Ribeiro da Silva, a Dadá, quando ela tinha apenas treze anos e mais tarde o ódio passou a ser um grande afeto. Corisco ensinou Dadá a ler, escrever e usar armas. Corisco permaneceu com ela até no dia de sua morte. Os dois tiveram sete filhos, mas apenas três deles sobreviveram.[2]

Com a divisão do grupo de Lampião (uma das estratégias para fugir da perseguição policial), Corisco tornou-se líder de um dos grupos, formando seu próprio grupo de cangaceiros.[1]

Em meados do ano de 1938 a polícia alagoana matou e degolou onze cangaceiros que se encontravam acampados na fazenda Angico, no estado de Sergipe; entre eles encontravam-se Lampião e Maria Bonita. Corisco, ao receber essa notícia, vingou-se furiosamente, degolando a família do fazendeiro acusado de delatar o bando à polícia, porém assassinou as pessoas erradas.[1]


Em 1940 o governo Vargas promulgou uma lei concedendo anistia aos cangaceiros que se rendessem. Corisco e sua mulher Dadá já haviam decidido deixar o cangaço desde 1939, quando no ano seguinte estavam no estado da Bahia, na cidade de Barra do Mendes, em um povoado denominado Fazenda Pacheco. O casal repousava em uma casa de farinha após almoçarem, e estavam supostamente desarmados. O ataque foi comandado pela volante do Zé Rufino, juntamente com o Ten. José Otávio de Sena. Corisco foi surpreendido, mas não se entregou, dizendo a Rufino que não era homem de se entregar. Foi metralhado na barriga, deixando seu intestino fora do abdômen, ainda vivendo por 10 horas depois da rajada de tiros.[3] Dadá precisou amputar a perna direita. Com as mortes de Lampião e Corisco, o cangaço nordestino enfraqueceu-se e acabou se extinguindo.

Corisco foi enterrado no cemitério da Consolação em Miguel Calmon, na Bahia. Depois de alguns dias sua sepultura foi violada, e seu corpo exumado. Seus restos mortais ficaram expostos durante 30 anos no Museu Nina Rodrigues ao lado das cabeças de Lampião e Maria Bonita.

Representações na cultura[editar | editar código-fonte]

A vitalidade, energia e violência de Corisco fascinou Glauber Rocha e inspirou o seu filme Deus e o Diabo na Terra do Sol. Corisco foi interpretado por Othon Bastos.

Em 1969, foi lançado o filme Corisco, O Diabo Loiro de Carlos Coimbra, Corisco foi interpretado por Maurício do Valle, o mesmo que interpretou Antônio das Mortes, assassino de Corisco em Deus e o Diabo na Terra do Sol[4].

Em 1982, foi exibida a minissérie Lampião e Maria Bonita, na Rede Globo. Corisco foi interpretado por Sílvio Correia Lima e Dadá por Lu Mendonça.

Em 1996 foi lançado o filme Corisco & Dadá, que conta a história do casal. O filme foi protagonizado por Chico Diaz e Dira Paes.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Gente de Lampião: Dadá e Corisco - Autor: Araújo, Antônio Amaury Corrêa de 1924 - Convocação de Corisco para cumprir o serviço militar (fls. 22;23 do livro: Gente de Lampião: Dadá e Corisco)
Referências

↑ Ir para:a b c «A última peleja do Diabo Loiro». Nova Escola. Consultado em 6 de fevereiro de 2016
Ir para cima↑ «Corisco». Fundação Joaquim Nabuco
Ir para cima↑ «Há 70 anos morria o último chefe do cangaço». Diário do Nordeste. Consultado em 6 de fevereiro de 2016

https://pt.wikipedia.org/wiki/Corisco

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