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sábado, 9 de novembro de 2024

AS CINZAS DE ANTÔNIO AMAURY FORAM LANÇADAS NO VELHO CHICO

Por Cangaço em Foco 

https://www.youtube.com/watch?v=Mp5YfcwgYSw

Foram lançadas no velho Chico as cinzas do pesquisador Antônio Amaury. Evento: Cariri Cangaço - Piranhas/AL. Contribuição: João de Sousa Lima. #historia #cariri #sertão #cangaceiro #ceará #lampião #mariabonita #nordeste #shorts #cangaço

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LIVRO DISPONÍVEL - 1⁰ LANÇAMENTO DA ABRAES - EU FAÇO PARTE!

 Por Luma Hollanda


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CONHEÇA OS DESCENDENTES DO BANDO DE MARIA BONITA. - Material publicado em 2008.

 Material publicado 02 de maio de 2008


Em Junho de 1999, o jornalista Aníbal Nunes, editor chefe da Gazeta da Bahia de Paulo Afonso, fez uma série de reportagens sobre a vida de Maria Bonita, nascida em 1908 na Malhada da Caiçara, município de Paulo Afonso. A filha de José Felipe e dona Maria de Oliveira ´´Déa´´. Teve mais 11 irmãos: José, Ozeas, Isaías, Ananias, Arlindo, Benedita, Antônia, Olindina, Francisca, Joana e Amália.

Da prole ainda 3 vivem 3 irmãos: Isaías e Arlindo em São Paulo-SP, e Ozeas na Malhada da Caiçara, com a esposa Albelizia. O casal tem 9 filhos: Messias, Jussara, Jaqueline, Maria, Luiz Carlos, Ayrton, Hélio, Jocélio, Fátima [falecida] e Cristina.

Adendo - http://blogdomendesemendes.blogspot.com

"Não existem mais irmãos vivos de Maria Gomes de Oliveira a Maria Bonita". 

A infância e adolescência de Maria Bonita transcorreu normalmente como a de qualquer menina sertaneja de sua época.

Casou-se com José Neném, sapateiro de Santa Brígida-Ba, mas com o passar do tempo o relacionamento do casal tornou-se estranho. Maria, sempre nervosa, briguenta, enciumada, vez por outra deixava o sapateiro sozinho e fugia para a companhia dos pais José Felipe e Dona Déa.

Numa dessas fugas, afirmou que não mais voltaria para Zé de Neném.

Um certo dia do ano de 1929, Lampião passava pela Malhada da Caiçara e conheceu Maria Bonita.

Cabocla brejeira, olhos grandes de cor azulada, rosto arredondado, nariz bem feito, pernas grossas, lábios cheios de dentes perfeitos. Uma mulher tímida, de semblante ameaçador, valente e destemida. Ajusta guerreira que Lampião tanto sonhara encontrar um dia.

A rainha das cangaceiras que o bando chamava de Maria de Lampião ou Bazé, seguiu o seu cruel destino, em companhia de Virgulino Ferreira, o Lampião.

Duas irmãs casadas com dois irmãos de profissões semelhantes, enfrentaram destinos diferentes.

Amália Gomes de Oliveira irmã de Maria Bonita -  Acervo: Fotos Gilmar Teixeira

Amália irmã de Maria Bonita casou-se com o sapateiro Messias, irmão do Zé Neném sapateiro. Maria deixou o sapateiro Neném e acompanhou Lampião.

Amália e Messias viveram unidos até os últimos dias de vida.

José Gomes de Oliveira irmão de Maria Bonita  - Acervo: Fotos Gilmar Teixeira

José de Déa, irmão de Maria Bonita, diante de tanta perseguição das volantes na fazenda dos pais, na Malhada da Caiçara, decidiu acompanhar o bando de Lampião, mas foi impedido por Maria que disse:

- Volte e vá tomar conta das coisas de nosso pai. Na desgraça dessa vida, basta eu!

Lampião concordou plenamente com Maria e pediu a Zé que retomasse para Malhada da Caiçara.

HERDEIROS DA FAMA.

Em visita à Malhada da Caiçara a Gazeta da Bahia de Paulo Afonso, em companhia de Jussara e Jaqueline, filhas do Sr. Ozeas, realizou importante documentário em vídeo para televisão e revista.
A equipe foi recebida pelo Sr. Ozeas Gomes de Oliveira e pelo filho Messias. 

O objetivo da reportagem é levantar dados sobre a vida de Maria Bonita, seus familiares e descendentes, apontar necessidades para manutenção da história viva do cangaço, resgatar fatos e acontecimentos, bem como contribuir para que a casa onde nasceu Maria Bonita seja preservada pelo poder público, antes que desabe de vez e apague parte importante de Maria Bonita.

O Sr. Ozeas, sempre comunicativo, hospitaleiro, contou-nos parte da vida de Maria Bonita, sua fuga com Lampião, o início do conflito, as perseguições das volantes, o temor da família.

Ele ainda não havia nascido quando Maria acompanhou Lampião, mas conta com precisão parte do raio de ação entre a Caiçara, Jeremoabo e Paulo Afonso.


Dona Abelízia não chegou a conhecer nenhum integrante do bando de Lampião e pouco sabe da sua história.

Comentou: 

- Quando eu casei com Ozeas, Maria já tinha ido embora dessa região há muito tempo. O que sei da vida dela é o mesmo que Ozeas.


A sobrinha Jussara citou a importância que teve sua tia Maria Bonita para a família. Disse ela: 

- Sinto muito orgulho de ser sua sobrinha. Ela foi destemida e valente. Acompanhou Lampião porque gostou dele. Ele completou o vazio que havia dentro dela. Nunca lhe culpei por isto. Se foi guerreira junto com ele, tiveram motivos de sobra para ser. Quando Lampião procurou vingar seus pais, não foi por acaso. Hoje, com certeza ele faria tudo outra vez.


Jaqueline a filha mais nova do casal, calma, bonita como era a tia, tem a mesma opinião de Jussara. Não conhece a história da tia, mas luta pela preservação da casa onde ela nasceu.

- Acho que a prefeitura de Paulo Afonso poderia manter esta casa em pé e aqui implantar um pequeno museu do cangaço para que a história fosse preservada. Muitos dos nossos familiares poderiam tomar conta e zelar por esse patrimônio histórico como é feito em outras cidades como em Piranhas, por exemplo.

O documentário em vídeo foi realizado pelo cinegrafista José Carlos e as fotos registradas pelo jornalistas Aníbal Nunes da Gazeta da Bahia de Paulo Afonso.

Os demais trabalhos da segunda parte em diante das gravações deste documentário foram feitas no restante do referido ano deste primeiro trabalho em comum acordo com os familiares de Maria Bonita e outros descendentes da época. 

O vídeo foi editado por Izael Jardel da TV Fonte Viva de Paulo Afonso.


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