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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

E QUE RIAM AS HIENAS

Quando eu for, morrer, quando chegar minha vez, que seja de repente para que meus conhecidos algozes não tenham tempo de fazer conjecturas sobre a causa mortis. Sim, que seja tão ligeiro o corte da foice que tudo o que possam dizer seja apenas: Foi-se! Assim, rápido e sem explicação. Conversei com ele a pouco, dirão alguns; parecia tão bem, lamentarão alguns poucos lá no Bom Dia Brasil.
Quando tocar a derradeira badalada... Eu queria que fosse sem dor e que já se estivessem grandes os meus filhos e cansada a companheira de guerra, mas como todo bom canalha, não quero descansar em batalha. Queria que fosse após as dez da manhã, hora chique para acordar, queria que fosse sozinho em meu recanto, sentado ao sofá, portando importante livro, livrando-me a goles de vinho, assim, sozinho, com meus botões.
Quando enfim, me encontrar com a última donzela, aquela que espero bela, que não divulguem, não contem tal piada em horário impróprio sob pena de processo. Deixem que meu regresso seja na entoca. Uma brilhante fuga em plena luz do dia, um drible em quem sempre torceu contra, com direito a gol de placa, mas sem entrevistas no final. Não me queiram tanto mal.
Não depositem sobre o meu féretro nenhuma bandeira ou insígnia, também não quero o mau uso das flores em meu derradeiro jardim. Guarde-as para defunto mais ilustre e amostrado... Conheço gente que passou a vida esperando os louros e louvores post mortem, mas eu não. Não espero nada, apenas que tenham para comigo o respeito que me faltou em vida. Não peço muito, apenas que haja silêncio nos primeiros quinze minutos da descoberta de minha partida (silêncio é bom e eu gosto), e passado o quarto de hora, podem desatar nas fofocas e frases feitas: era tão bom o moço, descasou, encontrou o que tanto buscou na vida, agora está com Deus... Com Deus? Já foi tarde!
Fui, sou um vivo maçante e malquisto, fora de moda e idealista, mas prometo aos meus compatriotas que não haverá nesta alta aldeia cadáver mais quieto e dentro dos padrões da estética oficial. Faço, no entanto, um último pedido: Não me enterrem. Sofro de claustrofobia e a frieza da terra decerto me fará algum mal, principalmente à minha desafinada garganta. Já pensou que coisa mais feia um defunto sufocando e sem voz? Dispensem os sete palmos de terra. Contrariem a vigilância sanitária e deixem-me inerte no coreto da praça, próximo ao elefante. Quero, graveolante, perfumar a cidade, incomodar os sensatos narizes, e dali, quase ao fim do espetáculo, serei o alimento aos vira-latas que cuidarão de me espalhar todinho pelas ladeiras destas serras sem calor.
Postado por Lucivaldo Ferreira
 Bastante interessante e um pouco cômico. 

Extraído do blog:"BOOM", do amigo André Vasconcelos

Lançamento da Revista: História da Bahia

 
Confirmada a nova data para o lançamento: 12 de dezembro, segunda feira às 9h. Click na imagem para ampliá-la.
Extraído do blog: PESQUISANDO A HISTÓRIA", 
amigo Urano Andrade 

Janio Soares e o confronto entre Capitão Bolsonaro e Capitão Virgulino



Capitão Bolsonaro X Capitão Virgulino
Quase ao mesmo tempo em que o deputado
Jair Bolsonaro desafiava a presidente
Dilma a admitir se gosta ou não de homossexual, o juiz Aldo Albuquerque, da 7ª Vara Cível de Aracaju (SE), proibia a publicação e comercialização do livro “Lampião – o Mata Sete”, de autoria do juiz aposentado Pedro de Morais, onde o autor afirma que
o rei do cangaço mantinha uma relação homoafetiva com o cangaceiro
Luiz Pedro, e que o mesmo também seria namorado de
Maria Bonita – formando assim o primeiro triângulo amoroso do cangaço. A ação judicial foi movida pelos seus descendentes, obviamente ofendidos por Lampião ter sido chamado de gay e Maria Bonita ter sido literalmente associada ao impagável bordão de
Valéria, personagem do programa Zorra Total (“ai, como eu tô bandida!”).
Sem entrar no imbróglio jurídico/erótico e nem aí para as preferências sexuais dessa rapaziada, comecei a pensar numa idéia que poderia dar uma bela literatura de cordel, que seria uma peleja entre o capitão Bolsonaro (sim, ele é capitão da reserva do Exército) e o temido capitão Virgulino, elevado a patente a pedido de seu
“padim” Padre Cícero, para combater a Coluna Prestes.
O local do embate seria o Raso da Catarina, esconderijo de Lampião e octógono perfeito para confrontos de cabras que não têm medo da morte nem da sobrancelha arqueada de Dilma. E lá, o velho caçador de boiolas - sabiamente disfarçado de cangaceira - se entrosaria no bando e ganharia a simpatia de Lampião, dividindo com ele alforjes, perfumes e punhais. Plano perfeito.
Só que, numa noite de Lua cheia, Zóio de Lume (era assim que Lampião o chamava por conta de seu olhar de rolinha-fogo-pagô) exageraria na cachaça, dormiria mais cedo e acordaria com uma estranha ardência lombar inferior a lhe incomodar.
Na dúvida se teria sido o peba na pimenta ou algo do tipo “valha-me Deus, será?”, um desconfiado Bolsonaro voltaria para Brasília e nunca mais homofobizaria ninguém. Já o Capitão Virgulino, coitado, uivaria apaixonado, toda vez que a Lua do Raso prateasse sua saudade sem fim.
Enviado pelo escritor e pesquisador do cangaço João de Sousa Lima

Boi No Pasto, uma mensagem contra Lampião

Por: João de Sousa Lima
[Imagem+218.jpg]

Essa é a Estação Telegráfica em exposição no Museu Delmiro Gouveia e que recebeu a mensagem: Boi No Pasto! Se referindo a presença do cangaceiro Lampião nas proximidades de Piranhas, local de onde veio a mensagem.


A bela peça encontra-se em perfeito estado de funcionamento e é uma das grandes atrações e uma das maiores relíquias do Museu Delmiro Gouveia.


CONVITE

Por: Capitão Jorge Alfredo Bonessi

CONVITE
 Aos meus amigos e amigas, estudantes do tema cangaço, repasso um CONVITE do nosso MESTRE MAIOR da Cultura e do Cangaço,
Dr. Frederico Pernambucano de Mello, que muito nos honrou com essa nobre empreitada de repassá-lo. Solicito ampla difusão e divulgação  - saúde a todos
Bonessi 
SEGUE:
Caro Bonessi,

Invoco os seus poderes de comunicador extraordinário, em favor da difusão do convite anexo.

O diferencial da palestra é que, nesta, irei revelar a origem do apelido


Maria Bonita, segundo colhi do velho jornalista


Melchiades da Rocha, em 1983, no Rio de Janeiro, sendo ele o primeiro repórter da grande imprensa brasileira a chegar à


grota do Angico em 1938, a serviço do jornal carioca A Noite e da revista A Noite Ilustrada.

Agradeço a colaboração.
Abraço cordial
Frederico

Enviado pelo escritor e pesquisador do cangaço
Capitão Alfredo Bonessi

CONVIVENDO COM A HISTÓRIA (Crônica)

Por: Rangel Alves da Costa
Rangel Alves da Costa

CONVIVENDO COM A HISTÓRIA
Rangel Alves da Costa 
Verdade é que tudo é História. Perto ou longe de cada um, e dependendo da situação, o segundo passado ou o que irrompe agora, poderá ter a característica de fato histórico. Contudo, sempre na dependência de o acontecimento ser valorado como tal. Às vezes, somente muito depois é que isto ou aquilo é considerado de relevância.
Assim, queira ou não, cada um vive um percurso histórico, faz História, é ator nesse intrincado universo de acontecimentos. Aquilo que conhecemos por fato histórico, com seus vultos, datas, episódios, faz parte dessa construção imperceptível do dia a dia, vez que dificilmente alguma coisa surge com feição de acontecimento histórico relevante.
Votar é um acontecimento histórico, como também uma formatura ou a fundação de uma empresa. Mas não tem, contudo, o peso, por exemplo, o peso de participar de uma revolta ou revolução, de lutar para a derrubada de um corrupto ou um ditador, de viver na pele um tempo de dor por alguma grave crise econômica. Aí se diz que viveu e conviveu com a História, foi personagem atuante.
Contudo, nem todos sabem nem valorizam a História nem procuram tirar proveito da riqueza histórica que está diante de si. Verdade é que a importância dos fatos, das pessoas e situações só são reconhecidas – e valorizadas ou não – quando tudo passou ou alguém deixou de estar presente, morreu. Ora, muitas vezes uma lenda histórica vive bem ao lado e ninguém dá a mínima importância.
Ali na outra rua mora um poeta famoso, imortal acadêmico, pessoa simples e humilde, acessível e bom proseador. Talvez ninguém se interesse muito em ir até sua residência, perguntar se está com saúde, disposto a uma palavrinha, dialogar com a sabedoria poética por alguns instantes. Ele já está velhinho e mais tarde, quando a morte brincar com a sua imortalidade, certamente saberá pela imprensa o desaparecimento de um grande homem e vai se perguntar por que não aproveitou melhor o seu convívio.
É sempre assim. As pessoas existem, são importantes demais enquanto seres humanos, tanto pelo nome como pelas realizações, e até surgem as oportunidades de conhecê-las em vida, de ladear seus caminhos, de conviver brevemente, mas só vai achar que deveria ter feito mais, partilhado mais, quando estas partem e passam a representar a memória histórica.
Nunca tive a oportunidade de conhecer Jorge Amado pessoalmente. Não haveria oportunidade melhor de dizer apenas que ainda hoje convivo com seus meninos grapiúnas, com seus coronéis e jagunços emancipando o mundo através da tocaia e da bala; de asseverar que de vez em quando me vejo entrando nos bataclãs da vida de charuto na boca, dialogando suores sexuais com prostitutas do recôncavo; dizer que ainda ouço os batuques nos terreiros, vejo a lindeza das mães e pais-de-santo, sinto o cheiro álacre das ladeiras cimentadas com o sangue negro guerreiro.
E Jorge, o bom Amado, é desse tempo, dessa vida de ontem e que agora se faz uma saudade imensa. Ainda que não tivesse acesso ao escritor como tenho com tantos outros personagens que somente serão importantes mais tarde, desde já tudo parece um tempo perdido demais nessa vida ao não perceber outro tipo de convivência que é preciso ter com tudo que seja História. O povo, a gente mais simples, tudo é histórico demais para ser relegado.
Gostaria de ter convivido com Lampião sim, fosse numa condição de cangaceiro ou não, como volante ou não. E quem teve a oportunidade de partilhamento do chão e da vida sangrenta queimada de sol, certamente que imaginaria o nome do homem como marco infinito da História. Ainda assim não valorizou aquela oportunidade porque o ser humano sempre descuida em dar a importância devida aos momentos mais importantes na vida. E por isso mesmo, por não ter o cuidado de aprofundar a amizade, restará apenas um tênue conhecimento de como a pessoa era, para mais tarde, infelizmente, inventar e dizer sobre o outro aquilo que sabe não ser verdade.
Não tive a honra de conhecer o Capitão, porém me foi dado o prazer de conhecer e conviver com pessoas muito ligadas a ele. E mais uma vez me penitencio por não ter buscado nessas fontes amigas muito mais do que o quase nada conseguido. Conheci e convivi com os coiteiros Durval Rodrigues,
Mané Félix e Adauto Félix; sentei muitas vezes no colo de Adília, conversando inocentes proezas; avistei Sila muitas vezes em casa, entrando e saindo num convívio quase familiar.
Mas sobre tais fatos falarei depois. Antes, porém, tenho a dizer que a História, através dessas pessoas, passou ao meu lado e me chamou ao convívio mais profundo. Não aproveitei porque a vida também é feita de oportunidades perdidas e do muito não realizado que faz tanta falta.
Poeta e cronista
e-mail: rangel_adv1@hotmail.com

Ângelo Osmiro e as controvérsias de Sila...

Por: João de Sousa Lima

Durante a noite Cariri Cangaço - GECC, tendo como personagem principal a ex-cangaceira Sila; o pesquisador e escritor Ângelo Osmiro, um dos expoentes do debate; nos trouxe um apanhado de registros que se encontram nos diversos livros que contaram com a colaboração da mesma; na oportunidade do debate o trabalho apresentado por Ângelo acabaria sendo um dos pontos referenciais e que agora transcrevemos abaixo:

"Angicos, eu sobrevivi" Autor: Sila

PÁG. 25: SILA DIZ QUE ZÉ BAIANO A PROCUROU, ENTRETANTO FOI MORTO, E EM SEU LUGAR APARECEU ZÉ SERENO. (MOTIVO: MORTE DE ZÉ BAIANO)
PÁG. 26: DIZ QUE NÃO FOI A FESTA (ORGANIZADA PELOS CANGACEIROS); EM OUTROS LIVROS DIZ QUE DANÇOU A NOITE TODA COM LUIZ PEDRO.
EM “SILA UMA CANGACEIRA DE LAMPIÃO” DIZ QUE ZÉ SERENO FOI SEU “PAR INSEPARAVEL” DURANTE O BAILE.
PÁG. 27: CONTA EPISÓDIO DO ENCONTRO, ONDE CAIU NO RIACHO, FICOU TODA MOLHADA. O ENCONTRO SERIA COM ZÉ SERENO. EM “SILA NO DIVÔ CONTA O MESMO EPISÓDIO SENDO O PERSONAGEM ZÉ BAIANO (PRIMEIRO ENCONTRO)
PÁG. 28: “[...] RESPONDI-LHE QUE SÓ POSSUIA VESTIDOS NA BAGAGEM”; SILA EM VÁRIOS DEPOIMENTOS, DIZ QUE FOI (PARA O CANGAÇO) SOMENTE COM A ROUPA DO CORPO.
PÁG. 29: “SENTIA-ME COMO EM OUTRO MUNDO. TRISTE, ISOLADA DE MINHA FAMÍLIA, DESILUDIDA E AMEDONTRADA, POR NÃO CONHECER TODA AQUELA GENTE ESTRANHA...”
PÁG. 30: “[...] MULHERES, APENAS DUAS: NENEN E EU. NOVO TEMPO, MERGULHÃO, MARINHEIRO ERAM OS TRES NOVOS CANGACEIROS”. (NENEN MORREU LOGO NOS PRIMEIROS DIAS, SEUS IRMÃOS SÓ ENTRARIAM DEPOIS)
PÁG. 38: REPETE INFORMAÇÃO ACIMA (DESTA VEZ EM UM ENCONTRO NA CASA DE UM COITEIRO)
PÁG.53: “[...] NO MEIO DOS CANGACEIROS PASSARAM A ME CHAMAR MARIA BONITA”. PALVRAS DE MARIA BONITA PARA SILA, SEGUNDO ELA.
PÁG. 54: DIZ QUE O GRUPO ESTAVA CONSTITUIDO DE CINCO PESSOAS.
PÁG. 60: AINDA CONTANDO A MESMA HISTÓRIA DIZ QUE O GRUPO ERA CONSTITUIDO DE 10 PESSOAS.

“Gente de Lampião, Sila e Zé Sereno” 
Autor: Antônio Amaury


PÁG. 50: AMAURY NARRA ENCONTRO DE SILA COM OS CANGACEIROS: “OCORREU O ENCONTRO COM ZÉ BAIANO, ELE FICOU DE VOLTAR PARA PEGÁ-LA, NESSE INTERIM FOI MORTO EM ALAGADIÇO E SERENO VOLTOU E PEGOU SILA” CONTINUA AMAURY: “POUCOS MESES DEPOIS EM FINS DE 1936 OU EM JANEIRO DE 1937 OS IRMÃOS DE SILA RESOLVERAM ENTRAR NO GRUPO DE CANGACEIROS”.
PÁG. 107: “A ESCURIDÃO DA NOITE ENVOLVIA AS DUAS; [...] SOMENTE SE AVISTAVA PONTOS VERMELHOS DE CIGARRO QUE AS DUAS FUMAVAM”. JÁ SERIAM MAIS DE 21:00 HORAS QUANDO FORAM DORMIR”
PÁG. 108:“[...] SILA CORRIA JUNTO COM CANDEEIRO”. “[...] A MULHER DE CAJAZEIRA, ENEDINA, JUNTOU-SE AO GRUPO QUE FUGIA”

"Sila, uma cangaceira no divã" Autor: Daniel Lins

Daniel Lins
PÁG. 13: A PRÓPRIA SILA SEGUNDO DANIEL FALA VEZ QUE NASCEU EM 1919 E OUTRA EM 1924.
PÁG. 16: SURGE UMA TERCEIRA DATA DITA POR SILA, EM ENTREVISTA: “EM 1927, AOS SEIS ANOS”. ENTÃO AÍ TERIA NASCIDO EM 1921.
PÁG. 23: DIZ TER APENAS DEZ ANOS QUANDO O PAI MORREU.
PÁG. 35: “[...] AOS TREZE ANOS, SILA CONHECE AS PRIMEIRAS EMOÇÕES”; DIZ SILA: “ERA BASTANTE DESENVOLVIDA PARA MINHA IDADE; MAS O OLHO DE MEU PAI ESTAVA PRESENTE EM TODOS LUGARES”. (O PAI NÃO TERIA MORRIDO QUANDO ELA TINHA DEZ ANO?)
PÁG. 36: “[...] AOS DOZE ANOS DE IDADE OUVI FALAR DO CANGAÇO. MEU PAI TEMIA OS CANGACEIROS, UMA VEZ INFORMADO QUE O BANDO ESTAVA PRÓXIMO DE POÇO REDONDO, ESCONDEU TODOS OS FILHOS, PROTEGENDO-NOS CONTRA QUALQUER PERIGO”
PÁG. 93: “NINGUEM ROUBAVA, PEDIA. NINGUEM ENTRAVA NA CASA DOS OUTROS PARA ROUBAR”. “EU PESSOALMENTE AJUDEI MUITOS POBRES”.
PÁG. 97: “CANDEEIRO PEDIA-ME PARA NÃO DEIXÁ-LO ALI. BALEADO NA PERNA O CANGACEIRO IMPLORAVA AJUDA”.

“Sila memórias de guerra e paz" Autor: Sila

PÁG. 19: SILA DIZ QUE NÃO ACEITOU AS JÓIAS QUE ZÉ BAIANO A PRESENTEOU. (EM OUTROS LIVROS DISSE QUE RECEBEU)
PÁG. 20: DIZ QUE ZÉ SERENO VOLTOU NO DIA SEGUINTE. (EM OUTROS LIVROS DIZ CERCA DE UM MÊS) REVELA O MOTIVO DE ZÉ BAIANO NÃO LEVÁ-LA E SIM ZÉ SERENO; FOI UM DESENTENDIMENTO ENTRE OS DOIS. (EM OUTROS LIVROS DIZ QUE NUNCA SOUBE O MOTIVO)
PÁG. 24: DEIXA EVIDENTE QUE OS IRMÃOS NÃO A ACOMPANHOU DE IMEDIATO.
PÁG. 29: “EU NÃO TINHA NENHUMA NOTÍCIA DOS MEUS FAMILIARES” (EM OUTROS LIVROS TAMBÉM DIZ QUE  OS IRMÃO ESTAVAM COM ELA?)
“[...] IAMOS PARA POÇO REDONDO E ENCONTRAMOS MEUS IRMÃOS. ELES DISSERAM A JOSÉ QUE ESTAVAM SENDO PERSEGUIDOS PELOS SOLDADOS DESDE QUE EU ENTRARA NO BANDO” JOSÉ RESPONDEU: “SE VOCÊS QUISEREM ENTRAR PARA O CANGAÇO, ENTREM”.
PÁG. 30: “LAMPIÃO DIRIGIU-SE A ELES E DISSE: DU FICA SENDO CHAMADO NOVO TEMPO, GUMERCINDO MERGULHÃO E ANTÔNIO DE MARINHEIRO”. FIQUEI MUITO SATISFEITA DE AGORA EM DIANTE TER MEUS IRMÃOS JUNTO DE MIM”
 
PÁG. 33: “ZÉ RUFINO DA POLÍCIA SERGIPANA”.
PÁG. 50: "SILA DIZ QUE ZÉ SERENO ACABARA DE CONHECER PEDRO DE CANDIDO E NA MESMA PÁGINA DIZ QUE ZÉ SERENO “NÃO GOSTAVA DAQUELE COITEIRO”.
PÁG. 51: "PEDRO DE CANDIDO VOLTOU AO COITO DIA 16 DE JULHO (DEVE SER ERRO DE IMPRESSÃO)"
PÁG. 52: REPETE A HISTÓRIA DA LUZ
PÁG. 57:“FOI LIDO UM OFÍCIO DO PRESIDENTE GETULIO VARGAS DECLARANDO ANISTIA A TODOS OS CANGACEIROS QUE SE ENTREGASSEM (NA CIDADE DE JEREMOABO)”.
PÁG. 59:REPETE HIST. OFÍCIO DE ANISTIA.
PÁG. 89: “FOMOS LANÇAR NO JUAZEIRO DO PADRE CÍCERO, LUGAR QUE LAMPIÃO TANTAS VEZES ANDOU”.

“Sila uma cangaceira de Lampião" 
Autor: Israel Araujo e Sila
  PÁG. 21: “AOS NOVE ANOS PERDI MEU PAI”  ( TAMBÉM DIZ QUE PERDEU AOS 10, AOS 9 E AOS 13 AINDA ESTAVA VIVO) PÁG. 27: “ZÉ SERENO MEU PAR INSEPARAVEL”  (NO BAILE DE DESPEDIDA) (EM OUTRAS OBRAS DIZ SER LUIZ PEDRO)
“PÁG. 28:DIZ QUE SEUS IRMÃOS A ACOMPANHARAM DESDE O PRIMEIRO DIA.(EM OUTRAS OBRAS: MESES DEPOIS OU DIAS DEPOIS)
PÁG. 36: TENENTE ZÉ RUFINO DA POLÍCIA DE SERGIPE.


PAG. 42: EM CONVERSA COM MARIA BONITA ELA TERIA DITO SER CHAMADA MARIA DÉA; QUANDO ENTROU NO GRUPO PASSOU A SER CHAMADA MARIA BONITA.  REUNIÃO COM CHEFES DE GRUPO COM A PRESENÇA DE ZÉ SERENO E ZÉ BAIANO EM NOVEMBRO DE 1936, ZÉ BAIANO FOI ASSASSINADO NO DIA 07 DE JULHO DE 1936.
PÁG. 43: O CORONEL NOGUEIRA QUERIA SE APOSSAR DAS TERRAS DE ZÉ FERREIRA, DAÍ VIRGULINO ENTROU NO CANGAÇO          
PÁG. 57: “LAMPIÃO INVADE NAZARÉ E QUEIMA AS CASAS DOS NOGUEIRA”
PÁG. 59: “[...] A POLÍCIA CERCOU A CASA DO PAI (ZÉ FERREIRA) JUNTAMENTE COM ZÉ SATURNINO A MÃE DE VIRGULINO NÃO SUPORTA E MORRE DO CORAÇÃO”.
PÁG. 64: “APÓS A MORTE DE LAMPIÃO OS COMPANHEIROS SOBREVIVENTES ESCOLHERAM ZÉ SERENO PARA COMANDANTE”
PÁG. 70: “[...] BOTEI O FUZIL NO OMBRO, CARTUCHEIRA ENTUPIDA DE BALAS E TOQUEI...”  (ARMA GRANDE) PÁG. 73: “[...] DESCANSEI O FUZIL NO MEU COLO...”
PÁG. 75: “[...] DEI UM SALTO E ARREBENTEI A CORONHA DO MOSQUETÃO NA CABEÇA DO SOLDADO”.
PÁG. 76: “COSTUMEIRAMENTE PASSAVAM ALGUNS DIAS CONOSCO, LUIZ PEDRO, NENEN E ZÉ BAIANO”. (NENEN NÃO MORREU NOS PRIMEIROS DIAS?)
MORTO LAMPIÃO, ZÉ SERENO ASSUME O COMANDO DE 200 HOMENS, INCLUSIVE CORISCO E DADÁ, “APESAR DE ESTAREM AFASTADOS DE LAMPIÃO POR DIVERGENCIAS”.


PÁG. 77: IDENTIFICA ADÍLIA COMO ENEDINA.
PÁG. 80: CONFESSA TER PRESENCIADO EXECUÇÃO
PÁG. 96: “[...] O SOL DESBANCAVA NO HORIZONTE QUANDO MARIA BONITA ME CHAMOU PARA TROCARMOS DOIS DEDOS DE PROSA...”
PÁG. 98: “[...] CAMINHEI EM DIREÇÃO A TOLDA, VI  NOVAMENTE A MESMA LUZ...”“[...] SE EU LHE HOUVESSE FALADO SOBRE AQUELA LUZINHA, TUDO TERIA SIDO DIFERENTE”.
 “UM PRIMEIRO TIRO ECOOU MATANDO UM COMPANHEIRO”.
“SEGUREI NA MÃO DE ENEDINA E ARRASTEI PARA O MEU LADO”.
“[...] CANDEEIRO BALEADO NA PERNA, PEDIR-ME QUE NÃO O DEIXASSE
ALI, O CANGACEIRO IMPLORAVA AJUDA”.


PÁG. 102: ENTREGAS: DULCE, ADÍLIA E EU PERMANECEMOS EM
JEREMOABO. (ADÍLIA DIZIA TER SE ENTREGADO EM PROPRIÁ-SE).
PÁG. 118: EM ENTREVISTA PERGUNTOU AO IRMÃO JOÃO PAULO: “VOCÊ FICOU TRISTE QUANDO MARINHEIRO, NOVO TEMPO E MERGULHÃO SAIRAM PARA NOSSA COMPANHIA?

Ângelo Osmiro
Presidente do GECC, Sócio da SBEC
Conselheiro Cariri Cangaço
http://cariricangaço.blogspot.com/

Observação:
Devido problemas "Internet", por mais tentativas que eu fiz não consegui uma boa postagem, ficando algumas fotos e parágrafos fora da estética. 
 Desculpem-me.

Dr. Lamartine Lima e suas considerações sobre a matéria de Sérgio Dantas


Por: Dr. Lamartine Lima

Caro João de Souza Lima,
O nosso Sérgio Augusto de Souza Dantas mais uma vez nos dá provas de seus cuidados nas pesquisas que faz. Achei muito interessante as suas comparações e análises. Como você sabe, desde o ano de 1963 trabalhei com as cabeças de
Lampião, Maria Bonita,
Corisco (também o seu braço direito fraturado), Azulão, Maria de Azulão (ela teve outros apelidos), Zabelê e Canjica, e somente em duas delas encontrei fraturas cominutivas no crânio: em Lampião e em Zabelê. Quando, em 2001, exumei a cabeça de Lampião, já quase consumidas todas as partes moles pela hidrólise do carbonato de cálcio com o qual fora coberta em 1968, apareceram claramente os fragmentos das fraturas múltiplas e irregulares, que realmente comprometeram toda a estrutura do crânio, como refere Sérgio, o que comprova a ação de elementos contundentes e ainda podendo-se verificar sinais de perfuro-contusâo no lado direito da mandíbula e da base craniana fragmentada, compatível com lesão causada por tiro de fuzil, felizmente restando indene a parte do osso occipital onde estão as cristas cruciformes que formam a Torcular de Herófilo, sem a fosseta de Lombroso, o que prova aquele assassino contumaz não apresentar a famigerada marca do "criminoso nato", mais uma vez desacreditando a teoria do mestre italiano da Antropologia Criminal. Mestre Estácio de Lima, de quem fui Assistente durante muitos anos, fez com que os cangaceiros que estavam cumprindo sentença judicial na antiga Penitenciária do Engenho da Conceição, entre eles, parece-me, Volta Seca, Passarinho, Deus-te-guie, Balão, Saracura e Labareda (deste eu conheço o original do documento por ele firmado), vissem e declarassem se realmente aquela era ou não a cabeça de Lampião, e todos a reconheceram como sendo daquele seu chefe de bando. 
Abraço atencioso do
Lamartine Lima 
Enviado pelo escritor e pesquisador do cangaço João de Sousa Lima