Seguidores

quinta-feira, 19 de abril de 2018

A POLÍCIA CASTIGOU A FAMÍLIA DE DADÁ EM BUSCA DE CORISCO

https://www.youtube.com/watch?v=WIuLLnGRjQU

Publicado em 2 de set de 2013

Em busca do cangaceiro Corisco, a polícia castiga o irmão de Dadá, que tinha sido levada pelo bando. Quem conta essa cruel história é Dona Joana, irmã de Dadá.
Categoria
Licença
Vídeos de origem


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

A MORTE COMANDA O CANGAÇO (1961) | COMPLETO

https://www.youtube.com/watch?v=5IxwCnoX9hM
Publicado em 8 de nov de 2014
A história de um dos cangaceiros mais temidos e respeitados de todos os tempos.
Categoria
Licença
Licença padrão do YouTube
Música
"Bicho de 7 Cabeças" por Zé Ramalho ( • )

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

LIVRO “O SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO”, DE LUIZ SERRA


Sobre o escritor

Licenciado em Letras e Literatura Brasileira pela Universidade de Brasília (UnB), pós-graduado em Linguagem Psicopedagógica na Educação pela Cândido Mendes do Rio de Janeiro, professor do Instituto de Português Aplicado do Distrito Federal e assessor de revisão de textos em órgão da Força Aérea Brasileira (Cenipa), do Ministério da Defesa, Luiz Serra é militar da reserva. Como colaborador, escreveu artigos para o jornal Correio Braziliense.

Serviço – “O Sertão Anárquico de Lampião” de Luiz Serra, Outubro Edições, 385 páginas, Brasil, 2016.

O livro está sendo comercializado em diversos pontos de Brasília, e na Paraíba, com professor Francisco Pereira Lima.

Já os envios para outros Estados, está sendo coordenado por Manoela e Janaína,pelo e-mail: anarquicolampiao@gmail.com.

Coordenação literária: Assessoria de imprensa: Leidiane Silveira – (61) 98212-9563 leidisilveira@gmail.com.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

LUIZ DE CAZUZA E AS RELÍQUIAS DO CANGAÇO - FERRADURAS DA FAMÍLIA FERREIRA

Por João de Sousa Lima

João de Sousa Lima e Sandro Lee
 Em 2003 o Grupo Folclórico Os Cangaceiros de Paulo Afonso, grupo fundado no dia 02 de fevereiro de 1956 foi se apresentar em Serra Talhada, mais precisamente no Sítio Passagem das Pedras, lugar onde nasceu Lampião.
Um dos componentes do Grupo era Sandro Lee.
Sandro sempre foi um dos mais paramentados cangaceiros culturais, entre seus apetrechos portava uma antiga "garruncha", arma popularmente conhecida como: "Dois tiros e uma carreira".
dentre as personalidades que estavam na festa, se encontrava Luiz de Cazuza.
Luiz se mostrou interessado na antiga arma de Sandro  e o jovem acabou presenteando o distinto senhor com a velha pistola. Luiz de Cazuza, diante da gentileza do cangaceiro fictício, foi em sua residência e pegou algumas ferraduras que havia pertencido a família "Ferreira", família que deu o mais famoso cangaceiro para a história do Nordeste, Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião..
As ferraduras eram coisas comuns dentro da família de Lampião, que antes de ser cangaceiro, seu pai tinha tropa de burros e a família trabalhava com almocrevaria, transportando algodão, peles e outras coisas, contratados por terceiros.
agora em 2018, Sandro Lee me presenteou com as antigas ferraduras e as peças estarão expostas futuramente no Museu do Nordeste.

Ferraduras da família Ferreira


pregos usados na ferradura

http://joaodesousalima.blogspot.com.br/2018/02/luiz-de-cazuza-e-as-reliquias-do.html

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

COMO FOI FEITO O HOMEM

Clerisvaldo B. Chagas, 19 de abril de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.883 

     Quando giramos por algumas religiões espalhadas pelo mundo, sempre notamos algumas diferenças. E quando se fala da criação de mundo, de como surgiu o homem e a mulher, surgem opiniões interessantes que passam para a tradição de cada povo.
ÍNDIO GUARANI. FOTO: (BLOG DA FOLHA).
As opiniões estão em todas as partes, mesmo nas aldeias indígenas ou negras africanas. Mas a beleza dessas narrativas chama atenção pelo lado poético. Assim apresentamos no momento um texto sobre o assunto, para sairmos da rotina de tantas notícias péssimas. Vejamos abaixo:
“O Criador, cujo coração é o Sol, tataravô desse Sol que vemos, soprou seu cachimbo sagrado e da fumaça desse cachimbo se fez a Mãe Terra. Chamou sete anciões e disse: ”gostaria que criassem ali uma humanidade”. Os anciões navegaram em uma canoa que era como uma cobra de fogo, pelo céu. E a cobra-canoa levou-os até a Terra. Logo ali depois colocaram os desenhos-sementes de tudo o que viria a existir. Então eles criaram o primeiro ser humano e disseram: “Você é o guardião da roça”. Estava criado o homem. O primeiro homem desceu do céu através do arco-íris em que os anciões se transformaram. Se nome era Nanderuvuçu, o nosso pai antepassado, o que viria a ser o Sol. E logo os anciões fizeram surgir das águas do grande rio Nanderykeicy, a nossa Mãe Antepassada. Depois que eles geraram a humanidade, um se transformou no Sol, a outra na lua e são nossos tataravôs”.
     JECUPÉ, Kaka Werá. A terra dos mil povos: história indígena contada por um índio. São Paulo. Petrópolis, 1998. P. 5. (Série Educação para todos).


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

DA MARANDUBA A JUAZEIRO (UMA INCRÍVEL E INACREDITÁVEL HISTÓRIA CANGACEIRA)


*Rangel Alves da Costa

Certamente haverão de dizer que o relato abaixo não passa de invencionice, de história pra boi dormir. Mas tudo bem, melhor assim, pois tantas mirabolâncias já foram ditas sobre o cangaço que é até difícil acreditar onde termina a verdade e começa a lorota. Mas é verdade o que vou contar, vez que acredito em quem me contou. Então rumbora.

Naqueles idos de 32, ano do famoso Fogo da Maranduba, em cujo mês de janeiro as volantes comandadas pelo baiano tenente Liberato de Carvalho e pelo pernambucano Manoel Neto, arremeteram contra o bando de Lampião acoitado nos arredores da Fazenda Maranduba, sendo aquelas derrotadas pela astúcia estratégica do Capitão, o até agora pouco conhecido aconteceu. E com consequências realmente inacreditáveis.

Pois bem. Rumbora. Àquela época as terras da Fazenda Maranduba, na povoação sergipana e sertaneja de Poço Redondo (então distrito de Porto da Folha), pertenciam à família Soares, tendo sua matriarca Dona Maria da Invenção Soares o seu comando, ainda que sua residência familiar fosse situada em Curralinho, nas beiradas do Rio São Francisco. Sua residência ficava numa das esquinas da Rua da Frente, defronte ao rio, nas proximidades da capelinha de Santo Antônio.

Era, na verdade, uma vida dividida entre Curralinho e Maranduba, passando temporadas num ou noutro lugar. Mas seus filhos homens, dentre os quais Lé Soares, Pedro Soares, Josias Soares e Antônio Soares, nomes ainda hoje afamados pelo tino vaqueiro e pelas proezas na lida da terra e do gado, geralmente permaneciam mais tempo na propriedade familiar, na Maranduba. Não se sabe muito bem se já eram conhecidos de Lampião e seu bando, mas a verdade é que no dia do famoso fogo, a 9 de janeiro, um dos filhos de Dona Invenção estava no lugar errado e na hora errada. Seu nome: Antônio Soares.

Quando Lampião chegou às terras da Maranduba o sol já estava alto. Depois de pernoitar nos arredores da Fazenda Queimada Grande (sem saber que a volante de Liberato de Carvalho estava por perto, pois o comandante baiano havia passado a noite na casa da fazenda, de propriedade de seu irmão Piduca da Serra Negra), o bando seguiu em direção às terras de Dona Invenção, certamente apenas como passagem rumo aos limites baianos. A parada foi para o descanso e o preparo do regabofe. Os cangaceiros sequer imaginavam que em tão pouco tempo seriam surpreendidos não por uma tropa volante, mas por duas. 

Estrategicamente precavidos, espalhados debaixo de umbuzeiros, encobertos por tufos de matos e arvoredos sertanejos, mesmo assim foram surpreendidos com os assombros que começaram a surgir nas sombras distantes: os homens das volantes. Corre e corre, toma posição defensiva e de ataque, protege-se, espera-se um momento ideal para atacar. Só havia um problema: Antônio Soares estava ali. O filho de Dona Invenção estava reunido com um dos grupos cangaceiros debaixo de um umbuzeiro quando as volantes chegaram. Foi quando Maria Bonita gritou: “Corre Tonho Soares!”.

O grito de Maria Bonita e o eco do nome Tonho Soares tiveram consequências devastadoras. Aquele nome seria cobrado muito caro pelas volantes, principalmente pelo ódio escorraçado e derrotado do comandante Liberato de Carvalho. E assim porque, não conseguindo superar e vencer as forças cangaceiras, o comandante baiano prontamente lançou seu ódio sobre a família Soares, dona da Maranduba. Acreditava-se que a presença de Antônio Soares junto ao bando era a comprovação de que a família dava apoio e guarida ao bando do Lampião.

Com efeito, assim que Liberato de Carvalho chegou a Curralinho transportando em redes os feridos da batalha, a primeira providência tomada foi mandar que seus comandados prendessem todos os filhos de Dona Invenção. Mas queria um troféu chamado Antônio Soares. Este, porém, não estava. Fugindo da batalha foi parar nas terras de Canindé. Os irmãos Soares então foram levados presos em canoas até Canindé, mas forçosamente liberados após não terem encontrando a caça maior. Aqueles não interessavam, apenas Antônio, aquele mesmo avisado por Maria Bonita: “Corre Tonho Soares!”.

E daí em diante entra o fantástico da história. Avisado do ocorrido, Antônio Soares permaneceu escondido na mata por mais de ano. Todo rasgado, faminto, barbudo e cabeludo, parecendo um bicho. Comia do que encontrava no mato e do bicho que conseguia matar. Calçava chinelo feito de couro de boi morto na caatinga e adormecia nos escondidos. Até que um dia recebeu uma inesperada visita. Avistou um pássaro estranho pairando no alto e sentiu algo como uma revelação. Teria que ir urgentemente a Juazeiro do Norte, pois Padre Cícero lhe esperava.

E foi. Andando pelo meio do mato, mas chegou à sagrada terra nordestina já muito entrado o ano de 33. Sem se importar com a aparência que causava espanto às pessoas, postou-se numa praça e ali ficou imaginando o que fazer. De repente viu um padre de batina escura se aproximar e logo percebeu que era o Padre Cícero. As primeiras palavras do padre: “Você é Antônio Soares, não é?”. Espantado com aquele reconhecimento, só tomou prumo de si quando Padre Cícero colocou dinheiro em sua mão e pediu para que providenciasse logo a mudança naquela aparência, comprando roupa, fazendo o cabelo e a barba e se alimentando.

Depois disso, já no encontro marcado para o dia seguinte, ouviu do padre: “Tome aqui esse dinheiro e agora já pode retornar. Tem dinheiro suficiente para que dê esmola a quem precisar até a chegada ao seu destino. Mas não vá para outro lugar. Volte para as terras de onde veio, para a casa de sua família”. Então Antônio Soares retornou a Maranduba e nela viveu sem ser mais incomodado por ninguém.


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

IGREJA DE SÃO VICENTE-MOSSORÓ/RN


A igreja que serviu de tocaia na resistência ao bando de Lampião.

Foto Marcos Leonardo

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=451027692000976&set=gm.2035315663352276&type=3&theater&ifg=1

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

LAMPIÃO TENTA SE ENTREGAR À JUSTIÇA


Por Anildomá Willans de Souza

Em março de 1924 – na Terra de Catolé, em Vila Bella – num tiroteio com a polícia, Lampião tem o pé seriamente ferido e teve de ser carregado dum jumento para a fazenda Saco dos Caçulas, na Paraíba, onde recebeu os cuidados dos doutores Severino Diniz e José Cordeiro, da vizinha cidade de Triunfo, em Pernambuco.

Depois desse ferimento os rastejadores facilmente identificavam o bando de Lampião, pois o pé esquerdo deixava a pegada muito torta.

Durante vários meses de tratamento, correndo o risco de ter a perna amputada, o corpo se debilitando em consequência das infecções, o mal estar dominando a si e aos que cercavam, com a vida num fio da navalha, não morrendo graças ao empenho dos dois médicos, fez com que mergulhasse numa carrasca depressão e em seguida, na fase final da cura, refletisse na possibilidade de entregar-se à justiça.

Expôs a pretensão ao Estado-Maior do bando – inclusive, por esse tempo, sua irmã mocinha e seu tio Venâncio, estavam presentes – e concordaram imediatamente alguns acertos, que passava pelo fato de muitos cangaceiros terem inimigos pessoais, fora da polícia.

O que fazer, então?

As autoridades viabilizarem condições dos cangaceiros saírem da região para tentar a vida noutras paragens. Não tinham como ficar nos sertões, onde os oponentes eliminariam na primeira esquina.

A próxima peça desse quebra-cabeça seria o padre José Kehrle, sacerdote alemão, que há quase dois anos assumira o paroquiado de Vila Bella e era amigo e confidente de Lampião.

Enviou uma carta ao jovem sacerdote, declarando seu desejo e as condições, incluindo garantia de vida para todos. E, por fim, combinar com o major Teófanes Tôrres, que indicaria as próximas etapas.

Ao receber a notificação do padre, o major esbravejou, dizendo que era muita petulância dos bandidos.

Pouco a pouco o oficial foi cedendo aos argumentos do religioso e por fim arrematou:

- É incrível como o senhor sabe onde essa gente se esconde! Se eu perguntar, com certeza, vai responder que como sacerdote não pode romper o sigilo ou confissão, por princípio da Igreja. Tudo bem! Mas avise ou mande avisar a Lampião que pra ele e seus irmãos eu garanto vida. Mas não a dos cabras!

Sem mencionar uma sílaba, o padre retirou-se.

Um mês depois, após a celebração da missa, num lugarejo denominado São João dos Leites, o vigário foi almoçar na residência de um fazendeiro chamado José Josino, e encontrou Lampião, um pouco magro, bem recuperado, numa cadeira e com a perna atirada sobre um tamborete, também convidado da casa e aguardando para fazerem a refeição juntos.

Enquanto preparavam a mesa, a conversa não podia ser outra.

O reverendo deu o retorno do oficial.

- Fico pesaroso com isso! – desabafou Lampião.

O clérigo então tentou remendar, procurando uma solução:

- Lampião, se você e seus homens quiserem, poderemos ir para Recife e acertaremos com o chefe da polícia em pessoa.

A esta altura, a comida estava posta na mesa e alguém veio avisar os convidados e a conversa foi interrompida.

Durante os comes e bebes, após um longo silêncio, lampião proferiu seu veredicto sobre o caso:

- Se vou pra Recife, me matam no meio do caminho. Não vou trair os amigos que estão comigo no balseiro. Agora tenho certeza de que é mais digno morrer de arma em punho do que desmoralizado no xadrez. Seja lá o que Deus determinar pra mim. E continuou sua saga sangrenta.

SOUZA, Anildomá Willans de. Nem herói, nem bandido. [S.l.]: GDM, 2007. (Transcrição).

Página de Joel Reis

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1747686691962886&set=gm.804654049743541&type=3&theater&ifg=1

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

TRIO MOSSORÓ E O SERESTEIRO COCOTA: PERSONALIDADES MARCANTES NA HISTÓRIA DA MÚSICA MOSSOROENSE ADÉLIA AZEVÊDO


Da Redação ANNA JAILMA

A família do comerciante Messias Lopes de Macedo e senhora Joana Almeida Lopes, formada por 16 irmãos, deu origem ao Trio Mossoró, que marcou época nos anos 60 cantando e encantando Mossoró e todo o País.

Entre os 16 filhos, destacaram-se Ozéas Lopes, Hermelinda e João Batista, que, juntos, formaram o Trio Mossoró, e Francisco Almeida Lopes, conhecido como Cocota, significativa presença nas noites mossoroenses como seresteiro.

O primeiro a tornar-se conhecido entre os filhos do comerciante Messias foi o Ozéas Lopes, que trabalhava na rádio Tapuyo, destacando-se como sanfoneiro.

Em 1959 surgiu a oportunidade de Ozéas criar um trio de forró. Apoiado financeiramente pelo próprio pai, partiu Ozéas para o Rio de Janeiro.

Em 1960, já trabalhando nas rádios Mayrink Veiga e Nacional, no Rio de Janeiro, Ozéas Lopes convidou os irmãos João Batista e Hermelinda para ingressarem na carreira artística, efetivando o trio forrozeiro que teria o nome de Trio Mossoró, numa referência à cidade e ao rio Mossoró.

A partir disso, os irmãos Hermelinda e João Batista viajaram ao Rio de Janeiro, dando início à formação do Trio Mossoró, com Ozéas na sanfona, Hermelinda no triângulo e João Batista no zabumba.

Em 1962, houve a gravação do primeiro disco, intitulado “Rua do Namoro”, desencadeando o sucesso do grupo.

Com a gravação do segundo disco, “Quem foi vaqueiro”, em 1965, o trio foi vencedor do troféu Elterpe, que, naquela época, era o prêmio de maior importância da Música Popular Brasileira (MPB).

A premiação ocorreu no Palco do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, tendo como sucesso premiado a música “Carcará”. O grupo gravou 9 discos e conseguiu marcar época levando a música nordestina e o nome de Mossoró por todo o Brasil.

Em visita à terra de Santa Luzia, o Trio Mossoró foi recebido com manifestações calorosas.

Em 1963, o Trio Mossoró voltou pela primeira vez à terra de Santa Luzia, tendo se apresentado no adro da Catedral, no pátio do antigo Clube Ipiranga e no Colégio dos Padres, onde funciona o Banco do Brasil.

O retorno à Mossoró ocorreu mais uma vez em 1972, quando o trio visitou a cidade na ocasião do bi-centenário de sua fundação.

Os artistas foram recepcionados com calorosas manifestações populares, incluindo faixas de saudações, expostas nas principais ruas mossoroenses.

Era a gratidão e admiração de Mossoró explícitas nas ruas.

Na ocasião, houve missa festiva em Ação de Graças pelo sucesso alcançado, celebrada na Catedral de Santa Luzia pelo bispo diocesano Dom Gentil Diniz Barreto e o Trio Mossoró recebeu troféu de reconhecimento pelo nome de Mossoró ter sido divulgado em todo o País no âmbito musical.

Mas justamente em 1972 houve a separação do grupo, quando cada um dos irmãos buscou carreira solo.

Recentemente, as cantoras Marinez e Margarete Menezes regravaram músicas do Trio Mossoró, comprovando o valor artístico-cultural desse grupo para a história da música no País.

HOJE, 29 ANOS DEPOIS - A partir da separação do trio, em 1972, Ozéas Lopes assumiu o nome artístico de “Carlos André” e atingiu o ápice do sucesso nacional em 1974, vendendo 1 milhão de discos.

Atualmente, Carlos André reside em Recife. “Carlos André está residindo em Recife, no Estado de Pernambuco. Não abandonou a carreira artística, continua lançando CD’s e também atua como produtor musical”, informou Marcelo Lopes, sobrinho dos artistas do Trio Mossoró.

Segundo pesquisa recente da pesquisadora e promotora da Justiça, dra. Maria da Conceição Medeiros, Hermelinda chegou a gravar 13 discos e chegou a adotar o nome artístico de Ana Paula, cantando músicas românticas.

Em 1989, a cantora Ana Paula voltou a gravar com seu nome original de Hermelinda e gravou “Meu jeitinho de ser” (1989), “Buli com tu” (1990), “É mole ou quer mais?” (1991) e, finalmente, em 1999, uma valiosa coletânea com todos os sucessos da artista em carreira solo, intitulada “O melhor de Hermelinda”. Artistas nacionalmente conhecidos como Elba Ramalho, Dominguinhos, Trio Nordestino, Três do Nordeste e Eliane gravaram composições de Hermelinda, destacando-se “Toque do Fole”, gravado por Elba; “Moça do Recife”, gravado pelo grupo Três do Nordeste e as composições “Beijo Molhado” e “Meu Doce”, gravadas por Eliane.

Atualmente, Hermelinda encerrou a carreira artística e reside em João Pessoa, casada com o músico Bastinho Calixto.

João Batista, que tocava no zabumba do Trio Mossoró, continuou no Rio de Janeiro, dedicado a representações de equipamentos de som e à realização de shows fechados em restaurantes e hotéis cinco estrelas, sendo conhecido como “João Mossoró”. “João Batista permanece na carreira artística, inclusive, lançou 2 CD’s ultimamente no Rio de Janeiro e, segundo ele, não tem o sucesso de antes, mas dá para viver da arte”, disse Marcelo Lopes.

Cocota seresteiro - Foto gentilmente cedida a mim pelo poeta Kydelmir Dantas

Cocota: seresteiro que dá saudade

Nas décadas de 50 e 60, as noites mossoroenses eram embaladas pela voz marcante do seresteiro Cocota, que pelas ruas de Mossoró interpretava músicas românticas, satisfazendo os boêmios da noite e pessoas que, mesmo em casa, ouviam com prazer seu canto.

Com talento nato para a música, Cocota era frequentador do Bar Pinguim, e com voz e violão abrilhantava as noites da Mossoró de outrora, por ser amante das músicas românticas, sobretudo das canções de Lupicínio Rodrigues como “Nervos de Aço” e “Esses Moços”, famosas na década de 40 e gravadas nos anos 50 por cantores como Emilinha Borba, Ângela Maria e Cauby Peixoto.

Segundo informações de José Messias Lopes, irmão de Cocota, fornecidas ao pesquisador Raimundo Soares de Brito, em 1979, Cocota é definido como “pessoa bastante relacionada nos meios boêmios como afamado seresteiro”. “Ele nunca gravou discos, era funcionário da Petrobras e cantava pelo prazer de cantar”, definiu o pesquisador Raimundo Soares de Brito, que tem preservada em acervo a história do povo desta terra de Santa Luzia.

Um fato marcante ocorrido na história de Cocota foi durante a visita do cantor Vicente Celestino, famoso nos anos 50.

Na ocasião o cantor refugiou-se no Grande Hotel, recusando o assédio dos fãs, mas não resistiu ao canto de Cocota e curvou-se na janela, contemplando a expressão do seresteiro mossoroense.

Em 12 de fevereiro de 1961, Cocota foi assassinado a tesouradas, aos 26 anos de idade, em Mossoró, por motivos até hoje mal definidos.

Como forma de preservar na memória do povo mossoroense a personalidade marcante do seresteiro, familiares de Cocota, unidos a amigos e populares, tiveram a iniciativa de homenageá-lo com a criação da Praça dos Seresteiros, às margens do Rio Mossoró.

O irmão Ozéas Lopes, do Trio Mossoró, homenageou Cocota na composição Praça dos Seresteiros, destacando “Mossoró ainda chora / Com saudade do seu cantador / Quantas noites de seresta, quantas festas ele animou /Sua voz, que beleza! / Era como bem-te-vi / cantava para todos nós / Dava gosto a gente ouvir...” Hoje, 40 anos depois, Cocota está eternizado na memória do povo de Mossoró, como seresteiro de timbre inesquecível, mas a Praça dos Seresteiros ainda deixa muito a desejar.

Até hoje, início do novo milênio, infelizmente não foi edificado estátua de Cocota, como forma de eternizar essa personalidade marcante da década de 50 em Mossoró.

Fica nesta reportagem a indignação pelo descaso à memória de Cocota e à Praça dos Seresteiros.

Publicado pelo jornal O Mossoroense em 2001
http://www2.uol.com.br/omossoroense/2101/cultura.htm

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

VOCÊ É NOSSO CONVIDADO ESPECIAL...! CARIRI CANGAÇO FORTALEZA 2018 DIA 28 DE ABRIL.



20h00min – Cine Teatro São Luiz
Praça do Ferreira, Centro

20h10min - Roda de Conversa com o Diretor
DANIELL ABREW
FRANCISCO REGIS FROTA ARAUJO
ADERBAL NOGUEIRA
jonasluis DA SILVA, de ICAPUÍ

20h:45min - Exibição do Filme
"Onde Nascem os Bravos"
DANIELL ABREW

Fortaleza-CE.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10215452387480046&set=a.2349756420531.144129.1148719856&type=3&theater&ifg=1

http://blogdomendesemendes.blogspot.com