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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Túmulos dos cangaceiros:

Jararaca e Asa Branca

O túmulo de Jararaca à frente, e por trás o de Asa Branca 

Este é o túmulo de Jararaca.

Lembrando ao leitor que o cangaceiro Jararaca foi baleado no dia 13 de Junho de 1927, em Mossoró, e dias depois foi covardemente executado pelos policiais na época. O Jararaca era Pernambucano, lá de Buíque, terra de Manoel Dantas Loyola, o cangaceiro Candeeiro.


O escritor João de Sousa Lima à esquerda, e
o cangaceiro Candeiro à direita

Surgiu um pequeno boato que cabe dentro de um dedal, que o túmulo do cangaceiro Jararaca estava se lascando, assim diziam; mas nada de anormal, apenas foi quebrada uma placa de cerâmica, cuja, se ver.  

José leite de Santana - o cangaceiro Jararaca

Já o cangaceiro Colchete, que foi morto no confronto com os combatentes de Mossoró, foi enterrado neste mesmo cemitério, mas não se sabe aonde é o local de sua sepultura, e até onde eu sei não se tem foto deste facínora.  

  O cangaceiro Asa Branca

O cangaceiro Asa Branca, o Antonio Luiz Tavares que era o seu verdadeiro nome, era  filho de Antonio Luiz e de dona Maria da Conceição. Ele natural de Cajazeiras do Rio do Peixe, no Estado da Paraíba.
  Nasceu no dia 10 de Janeiro de 1902 e faleceu de problemas cardíacos em Mossoró, no dia 02 de Novembro de 1981, sendo que os seus restos mortais repousam também aqui, no Cemitério São Sebastião em Mossoró. 
Ele faleceu de morte natural, e foi um dos que participou da tentativa de assalto a Mossoró. 

Um evento que veio para ficar.

Por: Antônio Vilela
 
Antônio Vilela

O Cariri Cangaço é o maior evento do gênero no Brasil e que cada dia se solidifica. Este evento cada vez mais marca a minha vida através dos ensinos dos grandes mestres;
 
 
Antonio Amaury,
 
 
Alcino Costa,
 
 
Paulo Gastão,
 
 
Honório Medeiros,
 
 
Múcio Prócopio e muitos outros.
 
Em particular o Cariri Cangaço marca cada vez mais a minha vida como pesquisador e escritor, aprendo com o calado
 
 
Tomás Cisne e com o "tagarela" Paulo Gastão, meu mestre.

Destaco pontos importantes desde grande evento; cada vez  que participo aprendo grandes lições para minha vida profissional; a sapiência do amado décano de Poço Redondo Alcino Costa,a elegancia e tranquilidade de
 
 
Geraldo Ferraz,
 
 
a competência do novo Benjamin Boto: Aderbal Nogueira, o charme de "Don João",
 
 
 os enfeitos da cangaceirinha Nely, que anda mais enfeitada do que "Santa Cruz de Beira de Estrada", o carinho que tenho por
 
 
Rubinho Lima,
 
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Kiko Monteiro com o seu Lampião Aceso. Enfim, toda esta moravilhosa família Cariri Cangaço.

O segundo ponto que destaco é a nossa confraria, ou melhor a irmandade existente entre nós através do material do amigo
 
 
Seraine, sempre ofertando seu acervo para todos, e dos abraços sinceros e fraternais que damos e recebemos. Quando estou com vocês esqueço até das minhas amadas Maria e do meu Garanhuns. Não posso deixar de citar o carinho que recebemos das cidades anfitriãs: Crato, Juazeiro, Barbalba, Missão Velha, Aurora, Barro e Porteiras.
Finalmente,não posso deixar de citar a competência e dedicação dos amigos irmaõs
 
 
Manoel Severo e Danielle Esmeraldo.
 
Em Síntese, o terceiro Cariri Cangaço deixou muita saudade e espero com muita ansiedade o quarto Cariri Cangaço 2012. Parabéns Severo, Danielle, cidades anfitriãs e toda equipe Cariri Cangaço 2011.

 
Antonio Vilela de Souza
Pesquisador e escritor
Conselheiro do Cariri Cangaço
Membro da SBEC
 
Publicado no Blog Cariri Cangaço
 


ROUBAM DE TODO JEITO

Por: José Mendes Pereira
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Na década de 40,  para quem não dispunha de recursos, as dificuldades eram assustadoras, onde a maioria dos moradores de sítios, vivia trabalhando com exclusividade para o seu patrão, no intuito de adquirir o pão de cada dia, como diz o sertanejo.  

 Meu pai faleceu no dia 10 de maio de 2011 aos 89 anos e 25 dias.

No ano de 1941, do século passado, o meu pai Pedro Néo Pereira ainda vivia sobre as regras do meu avô, e logo que se casou,  foi  morar nas terras de 


Chico Duarte

Francisco Duarte, conhecido por Chico Duarte, o legítimo pai de



Manoel Duarte, o homem que no dia 13 de junho de 1927, conseguiu balear em Mossoró, o afamado e perigoso  cangaceiro Jararaca, no momento da tentativa de invasão à cidade, comandada por Lampião. 


Posteriormente Chico Duarte faleceu, e a sua enorme propriedade foi dividida com os herdeiros, sendo que o meu pai passou a ser morador de Manoel Duarte, mas permanecendo na mesma casa em que morava.

Os tempos foram se passando e com as suas economias, meu pai comprou uma parte da herança de Luiz Duarte, vulgarmente chamado Lili Duarte, irmão do matador do cangaceiro.

Nesta propriedade, o meu pai dedicou-se por completo à  agricultura, e uma criação de bodes, ovelhas, mais meia dúzia de gado.


Manoel Louredo um senhor que morava às margens do rio Mossoró, sentindo-se sem condições de dar de comer à sua numerosa família, pediu ao meu pai que o deixasse tirar lenha na sua propriedade, pois no momento as necessidades em sua casa eram de lástimas, e que tirando lenha, venderia pelas ruas de Mossoró, para comprar o necessário para sua família.

Meu pai, piedoso, e ciente do que havia passado em terras alheias, concedeu-lhe o pedido, mas lhe dizendo que cortasse só as árvores   mortas,  e as que estavam vivas não as derrubasse.

Pedidos feitos, pedidos cumpridos de ambas as partes.

Duas vezes por semana, mais ou menos, às seis horas da manhã, Manoel Louredo passava na residência do meu pai; tomava uma xícara de café, e se mandava para o mato. À tardinha ele estava de volta, com a carroça lotada de madeira seca.


Tomava mais um cafezinho e tangia o animal em busca de Mossoró. Essa atividade de Manoel Louredo durou mais de três meses, até que certa tarde ele foi flagrado levando cabras entre a lenha.

O que ele fazia?

A criação costumava ruminar nas imediações onde ele tirava a lenha. Ali, ele deu início a viciá-la com milho e pedaços de pão seco de padaria. Pegava um animal, o anestesiava, colocava sob a lenha, protegido por toros travessados, como se fosse um banco, para não prensar o animal. Na frente e na parte trazeira da carroça enchia com pequenos pedaços de lenha, para dar impressão que os toros eram diretos, isto é, de uma ponta a outra.


Certo dia, pegara uma cabra acompanhada de um cabrito. Anestesiou-a, e o pouco que sobrara na seringa, injetou no cabrito. Arrumou-os bem direitinho sobre o lastro da carroça, cuidadosamente colocou os toros por cima dos animais, e deu partida para ir embora.

Como do costume, passou na casa do meu pai; tomou um cafezinho, e quando se preparava para partir em direção a sua casa, o cabrito acordou do sono e tome berro entre a lenha.

- Mas o que significa isso, seu Manoel Louredo? – perguntou-lhe meu pai.

- Não sei! Não sei! – respondeu ele timidamente e já com as pernas tremendo.

Logo o meu pai esvaziou a carroça, e lá estava o roubo do seu Louredo. A cabra gozava de um enorme sono, e o cabrito estava se recuperando da anestesia. Apenas cambaleava entre a lenha.

- Interessante, seu Louredo! Eu tentando lhe ajudar. O senhor está roubando as minhas cabrinhas...,  o senhor retire a lenha de cima da carroça e a arrume aí,... os viventes o senhor os leve para sua casa.

- Mas não são meus, seu Pedro! - disse ele em tom de exclamação.

-E de quem são seu Louredo? – perguntou-lhe meu pai.

- São do senhor, seu Pedro!

- Eram meus, realmente..., mas a partir da hora em que o senhor os colocou sobre sua carroça, que eu não os havia lhe dado, já passaram a ser roubo. E aqui eu não costumo esconder roubo de ninguém. Nem meu se eu roubasse. O senhor vá embora e nunca mais ponha os seus pés na minha propriedade. Mas tem que levar o seu roubo.

Seu Louredo foi obrigado a levá-los, já que o meu pai não os queria mais em suas terras.

Alguns vizinhos presentes queriam que o meu pai o levasse até a delegacia, em Mossoró. Mas ele os convenceu que cadeia não resolveria mal costume de ninguém. Quem tinha força para acabar de uma vez por toda esse ridículo costume, era o larápio, que criasse vergonha e não mexesse mais em nada de ninguém.

Seu Louredo morreu de velho quando morava nas imediações da Ilha de Santa Luzia, bem próximo ao centro da cidade de Mossoró. Nunca mais ninguém ouviu falar de outros furtos praticados pelo velho Louredo.

Minhas simples histórias

O cangaceiro Antonio Silvino

Antonio Silvino - de chapéu

O ex-cangaceiro  Antonio Silvino viveu  os seus últimos dias de vida, na casa da prima Teodulina, na cidade de Campina Grande/PB. Faleceu na manhã do dia 28 de julho de 1944. A causa da morte: "glomérulo nefrite crônica - Uremia" - conforme atestado firmado pelo Dr. Bezerra de Carvalho. Antonio Silvino deixou   oito filhos naturais.


OBS: A FOTO da casa de TEODULINA, exposta, logo acima, foi cortesia do escritor e pesquisador, Dr. Sérgio Augusto de Souza Dantas.


Antonio Silvino é o de cabeça branca, e está apoiado a um bastão

FOTO do monumento, no local da sepultura de ANTONIO SILVINO


Antonio Silvino está enterrado no cemitério Monte Santo, na cidade de Campina Grande/PB

Material adquirido no arquivo do Dr. Ivanildo Alves da Silveira


Se você quer saber mais sobre
Antonio Silvino, acesse este endereço:


MANOEL BENÍCIO - COLECIONADOR ORELHAS CANGACEIROS



Quando a tropa comandada por Raimundo Rangel vinha de São José dos Cordeiros para São João do Cariri, caiu numa emboscada no sítio “Caboclo”. Manoel Benício era Sargento. Meteu-se com indumentária de cangaceiros no meio dos bandoleiros, apresentando-se como sendo do bando. Quando se aninhou entre eles, deu início a uma luta de arma branca. Abateu sete “cabras”, que montavam a emboscada. Manoel Benício, Tenente em 1930, em Princesa, participou de muitos combates e deu fim a muita gente. Guardava orelhas dos cangaceiros que abateu,, em uma redoma de vidro, conservadas em álcool. Tipo franzino e malvado. Morreu aos 90 anos em João Pessoa, como coronel reformado.

Como diz o Kiko Monteiro - Pesquei no Orkut. 

Conselheiros(Volantes e Cangaceiros) do Cariri Cangaço

Conselho Consultivo – Cariri Cangaço- Biênio 2011 / 2013

A primeira reunião do Conselho Consultivo do CC aconteceu no Hotel Pasárgada na cidade do Crato na manhã do último dia 25 de setembro de 2011, logo após o ato de encerramento do III Cariri Cangaço.
Uma série de observações acerca do Cariri Cangaço deste ano foram elencadas pelo coletivo de conselheiros presentes no sentido de que se possa melhorar ainda mais os eventos futuros. Toda a discussão ficou registrada em Ata oficial do encontro, conforme o seu prisidente Manoel Severo.
Confira abaixo a relação completa( e acima fotos) dos integrantes do Conselho, suas cidades e seus respectivos estados. A Saber:
  • PRESIDENTE:
MANOEL SEVERO BARBOSA
  • VICE-PRESIDENTE:
DANIELLE ESMERALDO
  • MEMBROS EFETIVOS:
Antônio Vilela – Garanhuns - PE
Aderbal Simões Nogueira – Fortaleza - CE
Ângelo Osmiro Barreto – Fortaleza -CE
Alcino Alves Costa – Poço Redondo -SE
João Bosco André – Missão Velha - CE
Carlos Elydio Araújo - São Paulo - SP
Geraldo Ferraz - Recife - PE
Honório de Medeiros – Natal -RN
Ivanildo Silveira – Natal - RN
Jairo Luiz – Piranhas - AL
João de Sousa Lima – Paulo Afonso - BA
José Cícero – Aurora - CE
Juliana Ischiara – Quixadá - CE
Alessandro(Kiko) Monteiro – Lagarto - SE
Múcio Procópio – Natal - RN
Napoleão Tavares Neves – Barbalha - CE
Narciso Dias - João Pessoa - PB
Paulo Gastão – Mossoró - RN
Pedro Luiz Camelo– Crato - CE
Francisco Pereira – Cajazeiras – PB.
Renato Cassimiro – Juazeiro do Norte
Hugo Rodrigues – Barbalha
Rodrigo Sampaio - Barbalha


Da Redação:

LEIA MAIS EM:

É chegada a hora de editar os anais do Cariri Cangaço. Por:Daniel Walker

Daniel Walker, por Dario Castro Alves

Acho que já está na hora de se pensar em editar os anais do Cariri Cangaço, pois a produção de conteúdo apresentada nos seminários tem crescido em quantidade e qualidade. A ideia de diversificar os temas sem sair do foco também tem se mostrado eficaz, pois assim abre-se um leque maior de produção literária e científica. Dentre tantos pontos positivos acho que o intercâmbio cultural que se processa entre os participantes deve ser destacado, porquanto isto tem contribuído satisfatoriamente para ampliação dos laços de amizade entre os participantes e difusão dos conhecimentos de cada um fora dos seus lugares de origem.

Como ponto negativo, saliento o seguinte: acho deselegante e antietico um colega apartear um conferencista publicamente para dizer que ele está errado com respeito a alguma informação citada, pois afinal de contas qualquer que seja a informação prestada ela é fruto de pesquisa de campo ou bibliográfica, e nada a impede de ser falsa ou verdadeira. Quem divulga uma informação errada nunca o faz de propósito, mas sempre certo de que a mesma é verdadeira.

Daniel Walker
Juazeiro do Norte


As volantes da Bahia presentes no Cariri do Brasil

Capitão Marins e o papel importante da Policia da Bahia

"As Estratégias do Governo da Bahia Contra a Ação do Banditismo no Sertão", com essa pérola de tema, o Capitão Ramundo Marins, destacado oficial da Polícia Militar da Bahia, abriu o terceiro dia de Cariri Cangaço, no SESC Juazeiro do Norte.

A Conferência abordou de forma didática e reveladora a ação e os caminhos traçados pela força pública baiana para combater o flagelo do cangaço, notadamente a partir de 1929, quando Virgulino Ferreira e mais quatro cabras, historicamente, atravessou o Velho Chico e se preparava para iniciar seu segundo reinado a partir de terras baianas. 

Capitão Raimundo Marins, que na edição 2010 do Cariri Cangaço, já havia participado como um dos moderadores do evendo, este ano de 2011, inaugurou sua participação como um dos mais destacados conferencistas; trazendo à luz dos debates, um tema muitas vezes esquecidos pela literatura especializada.

Manoel Severo e Capitão Marins
Professor Pereira e Fátima Cruz
Alcino Costa, Antõnio Amaury e Carlos Elydio
Família Geraldo Ferraz e Família Archimedes Marques
Alfredo Bonessi, Comendador Mariano e Afrânio

Para o pesquisador Aristides de Farias Brito, "a segurança e a riqueza da pesquisa do Capitão Marins nos chamam a atenção, foi uma palestra iniqualável e estão de parabens", já para o aluno do curso de artes da URCA, Josapha Paixão, "O que vi nesta manhã é praticamente o que não se vê nos livros, a ação da policia, que muitas vezes nos é passada como uma policia volante de corruptos e despreparados, parabens ao senhor Marins pela bela conferencia".

Assessoria de Imprensa e Marketing
Heldemar Garcia

http://cariricangaco.blogspot.com/

A Arte de Dario Castro Alves no Lançamento de Sedição...

O olhar ! Que coisa impressionante os
diferentes olhares...

 Na manhã do Lançamento da minisérie Sedição de Juazeiro, no SESC da Meca Nordestina, pudemos compartilhar várias compreensões sobre aquele episódio épico da história de nosso Nordeste,
Ceará e Cariri...

... e também compartilhar um olhar priveligiado de um grande artista: Dario Castro Alves

O universo das imagens nos trazem a
emoção do artista...na grande manhã do
Cariri Cangaço 2011


Parabéns Dario...