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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Grandes mestres de Mossoró

Professora Dagmar de Miranda Filgueira

Professora Dagmar de Miranda Filgueira

Professor Felipe Caetano de Oliveira

Professor Felipe Caetano de Oliveira

Professora Inalda Cabral Rocha

Professora Inalda Cabral Rocha

Professor Pe. Sátiro Cavalcanti Dantas

Professor Padre Sátiro Cavalcanti Dantas

Professor Josafá Inácio da Costa

Professor Josafá Inácio da Costa

Este foi meu professor no curso de letras, na FURRN - atualmente UERN; lecionava língua Latina.

Professora Marieta Lima 

Professora Marieta Lima

As fotos foram extraídas deste site:

COTIDIANO

Por: David de Medeiros Leite

Escrito pelo poeta, professor da UERN, advogado, David de Medeiros Leite, dedicado ao meu pai, 


Pedro Nél Pereira

COTIDIANO - (Português)

Seu Procópio tomava café,
dona Toinha rezava com fé, 
e o velho Chico cheirava rapé.

O louro sabido aboiava a rês,
ciscava o terreiro, a galinha pedrês;
e no banho de rio, cajarana de vez.

Nascimento trazia o pão, 
Sebastiana catava o feijão,
e Pedro Néo gritava o leilão. 

COTIDIANO - (Espanhol)

El señor Procopio tomaba café, 
señora Toña rezaba con fé,
y el viejo Chico aspiraba rapé.

El loro listo arreaba el ganado, 
la gallina pedrés escarbaba la tierra,
y en el baño del rio saboreábamos cajarana casi madura.

Nascimento traía el pan,
Sebastiana escogia las alubias,
y Pedro Néo subastaba las ofrendas. 


Extraído do livro "Incerto Caminhar"
Autor: David de Medeiros Leite 
Edição - Bilíngue - Português e Espanhol
Ano de publicação: 2009

Críticas à ação em Pinheirinho chegam até da ONU


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A tragédia em Pinheirinho não apenas deixou indignados os defensores de direitos humanos no Brasil. Chamou a atenção, inclusive, da Organização das Nações Unidas. O organismo internacional publicou um relatório especial sobre o desastroso caso de reintegração de posse em Pinheiro, em São José dos Campos (SP) em 22 de janeiro.

O texto - que se baseia nos direitos universais à moradia - pediu às autoridades brasileiras que encontrem uma solução pacífica e apropriada, incluindo alternativas de moradias aos desalojados.

Segundo o documento da ONU, o desalojamento de 6 mil pessoas usou de força excessiva, a qual se traduziu, além da “aplicação de  gás lacrimogêneo e balas de borracha contra os moradores, em 20 moradores feridos – um gravemente – e trinta presos”.

Moradores vulneráveis a outras violações de direitos humanos

De acordo com o documento, o local ainda se encontra sob o cerco policial e a ninguém é permitido entrar na área. “A situação atual dos desalojados é muito preocupante; sem alternativas de moradias, essas pessoas estão vulneráveis a outras violações de direitos humanos”, atesta o relatório que conclama as autoridades do Estado de São Paulo a suspenderem as ordens de despejo e a ação policial no local.

“A suspensão da ordem de reintegração de posse deverá permitir às autoridades reatar negociações com os moradores de forma a achar uma solução pacífica e definitiva ao caso, em concordância plena com os padrões internacionais de direitos humanos”, conclui o documento.

Foto: Daniel Mello/ABr.

Enviado por Roberto Evangelista


Existia amor no cangaço?

Por: Professor Mário Hélio

Este é um comentário do Professor Mário Hélio sobre o artigo da professora Eloisa Farias



Professora Eloisa, é sempre maravilhoso ver as talentosas mulheres sentando à mesa desse blog para os debates e reflexões sempre extraordinárias, como a senhora e 


Juliana Ishiara, outra grande e valorosa colaboradora, e ninguém melhor para falar das coisas do coração do que as mulheres, saudações de um romeiro cangaceiro.
Professor Mario Hélio
Juazeiro do Norte
Ceará


É óbvio que existiu amor no cangaço...

Por: José Cícero
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Este é um comentário do pesquisador do Cangaço, José Cícero, sobre o artigo da


pesquisadora Eloisa Farias.


É óbvio que existiu Amor no Cangaço... Ora bolas, o Cangaço foi um fenômeno social que não fora desprovido de nenhuma forma de sentimento, notadamente por envolver seres humanos. E como tal, esteve revestido do velho dualismo: Amor e ódio. Não fosse o sentimentalismo amoroso que soprepôs os corações e a carne dos cangaceiros, talvez não tivesse ocorrido o ingresso do sexo feminino naquele meio. E o amor que seguramente um dia existiu no Cangaço, creio que foi muito além da questão de gênero puro e simples.
O companheirismo e a fidelidade de alguns comandados para com o seu comandante, o capitão Virgulino pode igualmente ser considerado como uma forma de amor. E por que não?


Na literatura cangaceira há, por assim dizer, provas incontestes deste fato. De resto, urge que se diga que o Amor como um dos sentimentos mais sublimes e subjetivos da humana raça, torna-se no mais das vezes, difícil de explicá-lo com meras palavras, assim como compreendê-lo no seu devido grau com verdade absoluta, sobretudo pelo seu caráter intrínseco e particulamente complexo.(do Blog do Cariri Cangaço).

(...) "O amor é um sentimento tão fenomenal e grandioso que como tal, não há como defini-lo simplesmente com palavras. Além do que, definir o Amor seria limitá-lo... eis aí a evidencia maior da sua impossibilidade, posto que o Amor é tão somente algo por demais ilimitável. Presumo entretanto, que a melhor maneira de se tentar compreender o amor; seria de fato senti-lo na sua dimensão mais forte e verdadeira. Como uma força subjetiva, surreal e transcendente... creio assim portanto, que o Amor também compôs o intrincado cenário existencial-humano do Cangaço."(do facebook do CC).


Achar que Maria Déia (Bonita) não amou Lampião isso seria uma ilação das mais inseguras. Há muitas formas de amor e de amar, posto ser este um sentimento (como já disse) dos mais subjetivos que há muito movem os seres humanos pela história afora.

E no cangaço não foi diferente. O diabo é que muitas das causas e razões que levaram homens e mulheres a optarem pela vida cangaceira, quer seja, o ódio, o medo, o desejo de aventura ou ainda por instinto de pura sobrevivência, bem como de vingança; terminaram fazendo com que estas pessoas vivessem uma lida de imensas contradições sentimentais. Dentre outras coisas...

De sorte que o fenômeno do Cangaço, assim como nenhuma outra luta da história esteve imune a estes sentimentos superlativos a que convencionamos até hoje denominar de Amor. O depoimento da cangaceira Durvinha relacionado a Virgínio e Moreno não invalida a concepção do amor cangaceiro, isto é, evidencia por outro lado que ela viveu sim, um tipo de amor, diria não correspondido. Há, por fim diversas maneiras de se amar. E ambas valem a pena, inclusive no contexto do cangaço. E por que não?!

José Cícero -

Aurora - CE.
www.blogdaaurorajc.blogspot.com

Aristeia: Preciso lembrar-me dela assim

Por: João de Sousa Lima

Preciso lembrar-me dela assim

Passou em minha vida feito um raio, rápido, clareando forte, facho de luza incandescente, marcante, inconfundível, esse raio era uma garota, ela foi assim, chamava-se Aristeia Soares de Lima, uma menina que conheci já beirando os 100 anos de vida; Acostumamos-nos em tal magnitude que só em ouvir as vozes distinguíamos entre tantos: Vivemos um grande amor, um amor de amigos, de irmãos.

Como raio luminoso que passou rápido, cortando o tempo, nosso tempo, ela deixou na retina dos meus olhos um “Encadeamento Eterno”, luz daquelas que passam deixando sua claridade feito tatuagem na pele que não se apaga.


Ela se foi na imensidão, cruzou meu espaço e sumiu, sem antes clarear, com sua luz seguia um sorriso, a bondade, o carinho, seus beijos doces acompanhados sempre de um tímido sorriso de felicidade que a todos contagiava.


Mais os raios da vida as vezes apagam, deixam de iluminar nossas vidas, eles adormecem no desconhecido dos nossos sonhos: Minha amiga passou, sua luz ficou opaca, perdeu brilho, flama pequena na caverna escura da minha alma. A tristeza pode-se dizer  é a parte escura da luz da existência.  


A lembrança de tua imagem  vem sempre acompanhada de um filete de luz, então lembrarei de você assim: Luz que não se apaga, sorriso no rosto, nossos momentos, as viagens, o cansaço dos longos trajetos e mesmo assim um sorriso sempre marcante e quando nos apartávamos por alguns instantes vinha sempre a cobrança: “ CADÊ JOÃO”?

Tivemos segredos trancados no cofre da leal amizade e até hoje dou risadas lembrando sua observação quase advertência: João tira fogo sem fuzil!

Preciso lembrar-me de você assim: Como raio luminoso que cruzou e clareou minha vida!

Sua luz deixou marcas, iluminou a alma, refletiu no coração. Brilho que ficou mesmo depois de tua partida. Agora entendo serem eternas as luzes da amizade, compreensão colhida nas lembranças dos bons momentos  que juntos transpusemos. Sua luz foi réstia dos fulgores celestes, divinais fachos que entram na essência do nosso amor de amigos. Foi bom te amar e lembrarei sempre dos teus meigos beijos e tentarei sempre entender como é que das árduas batalhas das caatingas pôde surgir tão extraordinária criatura. Sentirei saudades tua, sempre.


Mesmo nas tormentas, quando as penumbras do tempo forem atenuadas pela claridade dos raios, sei que estarás lá, clareando, dando visibilidade aos dissabores do coração, tu serás chama que arde, pois o AMOR é fogo que queima e não se vê. Tua luz permanecerá em mim feito tatuagem que não sai, será como chama que queima o pasto de minhas lembranças eternas, eu terei saudades tua, lembrarei teu beijo, tua imagem, teu sorriso.

Ela foi um raio que passou em FLASHS que eternizaram as imagens  no peito que guarda as lembranças dos amigos que amamos em nossas existências.

Extraído do blog do escritor João de Sousa Lima

INFORMAÇÃO DESAGRADÁVEL

Jesuíno Brilhante

Em dezembro de 1879, na região das Águas do Riacho de Porcos, Brejos da Cruz, na Paraíba, Jesuíno foi atingido no braço e no peito, sendo levado, agonizante, por seus amigos. Morreu no lugar chamado "Palha", onde foi sepultado.

Em 1883, o Dr. Francisco Pinheiro de Almeida Castro visitou o túmulo do bandido e trouxe a caveira do cangaceiro para Mossoró. Após sua morte, a caveira de Jesuíno foi levada para o Grupo Escolar "30 de Setembro". No ano de 1924, a caveira foi transferida para a Escola Normal.

Hoje se encontra perdida. Irresponsável ou não?


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

O POLÍTICO PERFEITO (Crônica)

Por: Rangel Alves da Costa*
Rangel Alves da Costa

O POLÍTICO PERFEITO

Política interiorana é coisa pra rir e chorar ao mesmo tempo, principalmente se diz respeito aos tempos mais antigos, quando as leis pareciam não alcançar aqueles espertos politicalhos e nem se falava em punição por crime eleitoral, prestação de contas ou qualquer coisa parecida. A lei era sempre ditada pela liderança mais forte e que fosse correligionário das malfadadas forças coronelistas do poder estadual.

 Casos de politicagens existem que se tornaram verdadeiro folclore, hoje repassado de boca em boca como se ontem tudo fosse o maior absurdo. Parecem não enxergar bem o que se faz no presente. O que se fazia ontem ainda não está de todo esquecido e desconsiderado em sua prática. Pelo contrário, continuam fazendo às escondidas e só não fazem mais e abertamente com medo de serem flagrados.

Verdade é que a maioria dos políticos de hoje ainda segue as lições de antigamente, de outros tempos onde o pleito eleitoral ou o ato de votar era apenas uma parte menos importante diante do que já havia sido vergonhosamente trabalhado, urdido, comprado, forjado. Talvez sigam mesmo as valiosas práticas eleitoreiras levadas a cabo por um tal político perfeito que havia por lá.
   
 Esse político perfeito fez história pela sua canalhice eleitoreira, ainda que seu currículo tenha sido até de melhor aroma do que muitos que hoje se dizem honestos. Daí que contam que numa dessas regiões sertão adentro havia essa genialidade política. Maior líder de suas fronteiras, não havia oposição que o superasse nas urnas. Já havia sido vereador e prefeito uma tantas vezes e tentava sentar na cadeira do legislativo estadual.

Possuía estratégias políticas mais que inteligentes, ainda que com feições coronelistas, clientelistas e assistencialistas. Coronelista porque se firmava com voz inflexível perante as autoridades com quem tratava, fosse delegado, juiz, deputado e até governador. O respeito que impunha o fazia temido demais. Contudo, o que mais pesava era o balaio de votos que possuía e transferia um a um, no contadinho.

O clientelismo dele era mais que original. Procurava saber direitinho quem da região ainda não lhe havia pedido algum favor, ainda não havia batido à sua porta para precisar disso ou daquilo. Se soubesse de algum nome que ainda não havia se submetido, então logo providenciava para que o outro entrasse em desgraça e ficasse totalmente è mercê de sua diabólica benevolência. Resolvido o problema, o cabra não havia mais como deixar de ser seu eleitor. Ele e a família em peso. O cabresto já havia sido lançado e não tinha mais jeito de sair daquele pasto.

O homem era também um desavergonhado assistencialista. Dificilmente havia na região uma pessoa que não estivesse usando uma dentadura, um óculo de grau, uma muleta, uma cadeira de rodas, uma peruca, que já não tivesse receita despachada, conta de mercearia paga, frente de casa pintada, roupa do corpo doada. Quem morresse faria uma falta danada pelo voto a menos, mas a família não deixaria de ter o caixão adequado. Depois se discutiria os termos da doação.

Não somente isso, pois a visão do político era tamanha que até contava com uma peculiar rede de assistência social, contando esta com parteira diuturnamente, arrancador de dentes, benzedeira, rezadeira, catimbozeira, pai e mãe de santo, vidente, forrozeiro e muito mais. Do que precisasse e lá estava o homem para servir. Dizem até que escondia nas suas terras gente muito perigosa, matadores e ladrões, e até contava com jagunços de prontidão para atender às necessidades dos amigos eleitoralmente mais poderosos.

Sua casa vivia cheia de gente necessitada ou porque já estava viciada em pedir pacote de sal e açúcar, e isso pra dizer o de menos. Todo dia mandava matar um animal diferente para encher a barriga de quem chegava por ali dizendo que estava com as tripas roncando. Um dia era um porco, noutro um carneiro ou ainda não sei quantas galinhas e capões. Tinha vez que mandava derrubar um boi e ainda assim não dava pra quem queria.

Mas o homem quase não tinha paz com tanta gente ao redor. Se por um lado havia a mendicância generalizada, de outro estavam os imprestáveis que tinha de suportar a qualquer custo. Eram dezenas de fofoqueiros, bajuladores, puxa-sacos, carpideiras da desgraça alheia, pessoas que iam ali contar mentira sobre os adversários para ver se amealhavam simpatia. Ele ouvia tudo e não dizia nada, mas depois ordenava investigação e se fosse mentira mandava dar uma surrada bem dada no mentiroso.

Tinha gente especialmente para viver de caderninho à mão para tomar nota do nome das pessoas que chegavam ali. No povoado tal tantos eleitores, na rua de cima e na rua de baixo mais tanto, lá pelas bandas do vai quem quer mais outro tanto, e assim por diante. Pelas estatísticas sempre atualizadas, não havia como não sufragar de goleada. Ainda assim tomava outras precauções, que era mandar distribuir dinheiro em notas só pela metade. A outra metade só depois do voto e da vitória.

Mas um dia aconteceu o impensável. O velho coronel, o pai dos pobres, o benfeitor, foi traído pelo povo e tal traição confirmada nas urnas. No povoado tal foi uma decepção, na rua de cima e na rua de baixo tomou de lavagem, e no restante o mesmo fracasso eleitoral. Por que tanto prestígio político tornado em nada de uma hora pra outra? Alguém haveria de perguntar.

Ora, aconteceu apenas o que sempre acontece quando se trata de povo eleitor. Quanto mais recebe mais trai, quanto mais é ajudado mais deixa de reconhecer o apoio dado, quando mais o político lhe compra o voto mais ficará sem este. E depois da derrota aquele velho político repensou suas estratégias e resolveu que seria o pior de todos, que perseguiria, faria maldades com todo mundo, mandaria passar o chicote.

E assim fez. E nunca mais perdeu uma eleição.


Rangel Alves da Costa* 
Poeta e cronista
e-mail: rangel_adv1@hotmail.com
blograngel-sertao.blogspot.com

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Vilela em as Duas Faces do Cangaço...

Por: Antonio Vilela

"Amigos do Cariri Cangaço, estou muito empenhado no meu próximo trabalho, preliminarmente: As Duas Faces do Cangaço; ainda não determinei o título em definitivo, mas será sobre o Adrião,tenho noticias bombásticas
que irão abalar este mundo do cangaço."

Abraço,
Antônio Vilela


Existia amor no Cangaço?

Por: Maria Cícera Linhares

Este é um comentário de Maria Cícera Linhares sobre o artigo do escritor e pesquisador do cangaço


Alcino Alves Costa.


A ilusão do cangaço pode ser constatada ainda hoje; porque será que o cangaço que acabou ha mais de 80 anos ainda desperta tanto interesse nas pessoas? Pensando bem, o artigo do escritor 


Aderbal Nogueira tem muito sentido, as mocinhas daquela época também viviam a ilusão do cangaço, a libertação da vida sob o julgo dos pais, numa sociedade pra lá de machista e patriarcal, além do desejo contido de viver aventuras, dinheiro, poder, um sem fim de ilusões que povoavam a cabeça dessas meninas-moças; amor pode até ter havido, mas na maioria acho que foi mesmo ilusão. 

Parabéns a cariri cangaço pelo debate de alto nível engrandecendo a história do nordeste e do cangaço com pesquisadores sérios e comprometidos com a verdade.
Maria Cícera Linhares
Juazeiro do Norte
Ceará

http://cariricangaço.blogspot.com