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quinta-feira, 19 de junho de 2014

Entrando na relação de minha família com o Cangaço. José Felipe dos Santos (Zé de Capitulina) é meu tio Bisavô. Meu "Santos" vem dele.





Fonte: facebook

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A “LEI DO DIABO”


Para que se possa compreender o alcance e o que representou a chamada “Lei do Diabo” como instrumento de repressão do Governo de Pernambuco no combate a Lampião, tem que se analisar o que significou a participação dos coiteiros durante o ciclo do cangaço.

Generalizando-se, pode-se afirmar que “ser coiteiro para a polícia é servir-lhe um copo d’água numa rápida parada de uma marcha incessante; é vê-lo passar ao longe e, não ir, pressuroso, delatá-lo; é topá-lo na estrada e responder as perguntas que lhe forem feitas; é, enfim, todo aquele que voluntária ou involuntariamente tenha com ele o mais leve contato”. 

Deixando de lado as diversas categorias em que podem ser classificados os coiteiros, tais como, o involuntário, o vingativo e o comerciante, nota-se que, no caso específico de Lampião, os coiteiros, no geral, deram-lhe uma sustentação logística admirável.

Outro fator que facilitou enormemente o relacionamento de Lampião com o povo sertanejo foi o cultivo da palavra empenhada, sob quaisquer circunstâncias, Lampião elevou este fator cultural a um nível da lei que cumpriu ao longo de sua vida. Se alguém lhe fizesse um favor, mesmo que indiretamente, “essa pessoa jamais sairia das profundezas do seu coração rude de cangaceiro maldito. Para Virgulino, seus amigos não tinham defeitos, como seus inimigos não tinham virtudes. Com os primeiros, era de uma lealdade canina; com os últimos, de uma crueldade feroz”.

Em contrapartida, a política de repressão estatal sempre foi pautada por uma ação violenta contra a população civil, pobre e indefesa. Alguns historiadores chegam mesmo a afirmar que o abuso das volantes militares encarregadas de combater Lampião constituiu-se num dos principais fatores de transformação de pacatos agricultores em violentos cangaceiros ou em perigosos coiteiros. Em outras palavras: a violência e a arbitrariedade policial produziam a metamorfose de transfigurar simples cidadãos em inimigos do Estado.

Quando um agricultor ou vaqueiro era seviciado pelas volantes, era natural que a honra ultrajada fosse a qualquer custo. O ódio do sertanejo, com sua honra e dignidade pisoteada por botas dos militares, fazia com que este esquecesse “muitas vezes a afronta que Lampião lhe fez, bandeia-se para o seu lado e quando não cangaceiriza, transfigura-se em coiteiro perigoso, servindo como espião, auxiliando-o com víveres, dando-lhe abrigo em sua casa, dificultando a campanha de vários modos”.

Não foi somente a Força Pública de Pernambuco que se destacou na tarefa de provocar transtornos entre os integrantes da população civil. A Policia de Alagoas, Ceará e Bahia também tornaram-se tristemente célebres pelas cenas de violência e arbitrariedade praticadas contra o povo sertanejo. Nestes Estados os membros das forças militares “portavam-se como legítimos facínoras, perversos e sádicos. 

Humilhando, estuprando, aterrorizando e até mesmo assassinando fria e covardemente! Agiam como o vilão com o poder na mão e a certeza da impunidade. Até parecia que espalhar a desordem, o pânico e a violência fosse a sua finalidade ou objetivo. Se se disser que as forças da polícia que o governo enviava aos sertões em perseguição aos cangaceiros, eram, de muitos casos, piores que estes, não estaremos exagerando”.

A formulação da política repressiva do Estado de Pernambuco, no que se refere ao combate a Lampião, teve dois autores: Gilberto Freyre e Antônio Silvino, um sociólogo em busca da fama e um prisioneiro em busca da reabilitação. Meta comum aos dois: o fim de Lampião.

Gilberto Freyre, na condição de Chefe de Gabinete de Estácio Coimbra,encarregou-se de formular um ambicioso plano de repressão ao cangaço, baseando-se numa “aguda análise social do problema”.

A Antônio Silvino, um ex-cangaceiro, se celebrizou nos sertões nordestinos, entre 1900 e 1914 e que estava cumprindo pena na Casa de Detenção do Recife, é atribuído a paternidade do plano de combate ao cangaço, a pedido do Chefe de Polícia do Governo de Pernambuco, Eurico de Sousa Leão. Sendo do conhecimento do Chefe da Polícia que Antônio Silvino, um profundo conhecedor da geografia e da mentalidade do sertanejo, estaria disposto a colaborar com a polícia na tarefa de erradicar o cangaço em Pernambuco convocou-o ao seu Gabinete. O ilustre prisioneiro, lisonjeado pela confiança nele depositada, não hesitou em ajudar a polícia. No próprio Gabinete do Chefe de Polícia formulou o seu plano, cujas linhas mestras eram as seguintes: que o Chefe de Polícia, Eurico de Sousa Leão, chamasse à capital “o Comandante das forças volantes em Vila Bela, dando ordem de chamar todos os coiteiros do bandido à sua presença e perguntasse aos mesmos, se queriam ingressar na polícia como sargentos, cabos e soldados para perseguir os bandidos. Os que não quisessem nem uma coisa, nem outra, prendesse e mandasse imediatamente para a Casa de Detenção e outros fosse enterrados nas caatingas do sertão”.

Numa sociedade, como a sertaneja, onde a lealdade e a palavra empenhada fazem parte de um sistema de valores cultivados, de geração em geração, o plano de Antônio Silvino teve um efeito devastador. A traição foi elevada à categoria de virtude e a hipocrisia à norma nas relações pessoais. O povo, na sua sabedoria, apelidou o plano de Antônio Silvino como a “LEI DO DIABO”. Os efeitos desta “Lei” não demoraram a aparecer: desapareceu os amigos coiteiros do bandido, ficando assim a correr dias e noites, sem encontrar um abrigo, sem ver os velhos amigos que se tornaram inimigos”. 

Fonte Sertão Sangrento: Luta e Resistênci
Jovenildo Pinheiro de Souza

Fonte: facebook

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o cangaço - entrevista...


Neste último sábado (14/06/2014) tive o prazer de conhecer pessoalmente a amiga Gilaene (Gila) Souza Rodrigues filha do ex casal de cangaceiros Sila e Zé Sereno.


Além de Gilaene (Gila) o casal de ex cangaceiros, após o cangaço, tiveram outros dois filhos, Wilson Ribeiro e Ivo Ribeiro (falecidos).

Durante a visita tive acesso a vários materiais e equipamentos que pertenceram ao famoso casal de cangaceiros do bando de Lampião e que em breve, estaremos publicando as imagens em nossas páginas. Além das imagens obtivemos ainda uma super entrevista em primeira mão com a única filha ainda viva de Sila e Zé Sereno.

Meus agradecimentos à amiga Gilaene (Gila) Souza Rodrigues e família pela receptividade e atenção a mim dispensada.

Geraldo antônio de Souza Júnior (administrador)


Fonte: facebook
Página Geraldo Júnior

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"DOMINGUINHOS, O NENÉM DE GARANHUNS"


O livro "DOMINGUINHOS, O NENÉM DE GARANHUNS" de autoria do professor Antonio Vilela de Souza, profundo conhecedor sobre a vida e trajetória artística de DOMINGUINHOS, conterrâneo ilustre de GARANHUNS, no Estado de Pernambuco.

Adquira logo o seu através deste e-mail: 
incrivelmundo@hotmail.com

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Cariri Cangaço Piranhas 2014


A Seleção Cariri Cangaço presente na Semana do Cangaço no Cariri Cangaço Piranhas 2014 já começa a ser formada, só falta você. Confirme sua presença e esteja em um dos mais festejados eventos do Gênero; em uma das cidades mais bonitas do Brasil e com a marca Cariri Cangaço.

No próximo MOSAICO de confirmações certamente teremos você !
Cariri Cangaço Piranhas 2014

24 a 27 de Julho
Piranhas, Alagoas - Brasil

Presenças Confirmadas: 

Manoel SeveroJairo Luiz AderbalLívioArchimedes Marques e Elane, Neli Conceição, Caçula AguiarJoão De SousaSousa NetoPaulo Gastão, Jadilson Ferraz, Francisco Pereira, Benedito Vasconcelos, Gilmar Teixeira, Antonio VilelaWescley Rodrigues, Jaqueline Rodrigues, Jorge Remígio, Luiz Carlos Salatiel.

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O cangaço em foco


Emily Bulhões bisneta dos cangaceiros Corisco e Dadá.


Valdeci Britto filha do tenente João Bezerra e dona Cyra Bezerra. João Bezerra foi o homem que pôs fim a vida do bandido mais famoso do Nordeste Brasileiro, o rei Lampião.


Fran filha do senhor Neco de Pautilha falecido recentemente.

Fonte: facebook
Página: Paulo George

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VEJAM APRECIADORES DO CANGAÇO, O DEPOIMENTO DO EX-CANGACEIRO BALÃO, QUE ESTEVE EM ANJICOS.


Fonte: facebook
Página: Paulo George

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Coronel Manoel Martins Chaves: “O Feitosa, O Chefe dos Feitosa ou O Grande Cangaceiro”

Por: Heitor Feitosa Macedo
Gustavo Barroso

Como a maioria dos estudiosos do cangaço, Gustavo Barroso dedicou-se à análise de tal fenômeno observando-o a partir do século XIX, ou seja, considera, implicitamente, que o seu objeto de estudo tenha nascido das relações sociais estabelecidas no início de 1801 em diante. E isto pode ser facilmente observado quando o autor trata do combate ao protecionismo dado aos cangaceiros pelos coronéis no Ceará, fazendo menção apenas aos fatos ocorridos já no referido século. Ainda, relativamente ao assunto, Barroso diz que por volta de 1808 o Coronel Manoel Martins Chaves fora preso pelo governador João Carlos Oyenhausen e Grevenburg, acusado pela morte do Juiz Ordinário Antonio Barbosa Ribeiro.

Ao tratar do assunto Gustavo Barroso batizou Manoel Martins Chaves de “O Grande Cangaceiro”. O episódio envolvendo o Coronel Manoel Martins Chaves foi relatado no começo do século XIX pelo inglês Henry Koster, sendo seguido e copiado por seu conterrâneo Robert Southey. As histórias contadas por estes dois escritores, disseminadas pela Europa, foram colhidas poucos anos depois do ocorrido. Sendo notória a referência feita ao Coronel Manoel Martins Chaves como “O Feitosa” ou “O Chefe dos Feitosa”.
  

De fato, essa ideia de o Coronel Manoel Martins Chaves ser um Feitosa propagou-se entre o povo e pelos anos seguintes como uma verdade absoluta, conforme registrado no diário do médico-botânico Francisco Freire Alemão, que esteve no Ceará entre os anos de 1859 e 1860. Na verdade, o Coronel Manoel Martins Chaves não era um Feitosa, mas primo, pois antes das famílias Martins Chaves (ou Araújo Chaves) e Feitosa migrarem das margens do Rio São Francisco em direção ao Ceará, já estavam entrelaçadas consanguineamente.O  parentesco se deu da seguinte forma. O primeiro Manoel Martins Chaves (português) teve duas filhas, uma chamada Ana Gomes Vieira, que casou com o Capitão da Vila de Penedo, João Álvares Feitosa (português), e outra chamada Nazária Ferreira Chaves, que se casou com o português Antonio de Sousa Carvalhedo.Este último casal gerou o Capitão-mor José de Araújo Chaves, avô do Coronel Manoel Martins Chaves (o segundo do nome),mencionado por Gustavo Barroso. 

A amizade entre as duas famílias era intensa, daí surgindo muitos casamentos e uma imbricada parentela. A confusão entre ambas seria inevitável, principalmente pelo fato de a única filha do Coronel Manoel Martins Chaves (2º) ter se casado com um Feitosa, o Major José do Vale Pedrosa. Destaque-se que a história muitas vezes se torna uma grande vilã, eivada de injustiças, principalmente quando se socorre unicamente da tradição oral ou de documentos tendenciosos, como ocorreu com o Coronel Manoel Martins Chaves. Este, preso por um crime que não cometeu, não teve oportunidade do contraditório e da ampla defesa, vindo a morrer em situação deplorável nas enxovias do Limoeiro. 

Tudo por uma questão de política criminal e autopromoção de seu algoz, afilhado da rainha Maria I. Ressalte-se que o dito coronel fora preso juntamente com um de seus sobrinhos, Francisco Xavier de Araújo Chaves, acusado do mesmo crime, voltando este ao Brasil em 1810, no mesmo ano em que nasceu um de seus netos, o Brigadeiro Sampaio, herói da Guerra do Paraguai e Patrono da Arma de Infantaria do Exército Brasileiro, o qual, por ironia do destino, quando criança, fora apaixonado pelo cangaço. A história é paciente, demorada e cheia de surpresas, tendo como maior virtude a força de desmentir os homens, impondo novas versões aos velhos fatos.

Heitor Feitosa Macedo

Fontes:
http://estoriasehistoria-heitor.blogspot.com.br
http://cariricangaco.blogspot.com

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Vem aí o Cariri Cangaço Piranhas 2014 !


Cariri Cangaço Piranhas 2014 !
Dias 24 a 27 de Julho
Piranhas, Alagoas - Brasil

Aguardem Programação Oficial...


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