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domingo, 20 de janeiro de 2013

Notícias de Lampião

Por: Cley Scholz

lampião

Virgulino Ferreira da Silva, o conhecido Lampião (1898-1938), com um exemplar do jornal O Globo em 1933. Abaixo, o cangaceiro que gostava de dar entrevistas aparece ao lado da companheira  Maria Bonita segurando um exemplar do jornal A Noite de 1936.

lampiao

O Acervo Estadão tem muitas referências sobre Lampião e seus cangaceiros, como a que aparece abaixo, da edição de 24 de junho de 1927.

LAMPEAO

Veja o original AQUI.
Abaixo, a morte de Lampião no dia 29 de julho de 1938.

lampeaomorte

Veja o original AQUI.
Mais sobre Lampião AQUI.

http://blogs.estadao.com.br/reclames-do-estadao/?s=1933&submit=OK



Que venham estas fantásticas Mulheres ao Cariri Cangaço 2013 !!!


Amigo Severo, conte comigo!!!
Gostaria de fazer uma homenagem a Alcino, certo?
Abraços,
Luitgarde Barros
Rio de Janeiro

Estou muito feliz em saber que este ano teremos o Cariri Cangaço, é um evento cultural que nos faz crescer muito em conhecimento e convívio  Já irei me programar com certeza. Um grande abraço a família Cariri Cangaço
Isabel Barroso -
Joinville - SC

Querido amigo Manoel Severo, foi com imensa alegria que recebi o Cariri Cangaço 2013. Você sabe o quanto eu amo esse evento, de paixão, e vocês sempre gentis e atenciosos com a família Moreno. Se Deus quiser, eu e João Souto estaremos aí. Um grande abraço em toda família Cariri Cangaço.
Neli Conceição - Belo Horizonte - MG

http://cariricangaco.blogspot.com 


Dominguinhos é transferido de Recife para São Paulo


Transferência foi feita a pedido da família e o tratamento do músico será coordenado pelo oncologista que o acompanha desde o diagnóstico de um tumor pulmonar

O cantor, compositor e sanfoneiro José Domingos de Moraes, o Dominguinhos, internado desde o dia 17 de dezembro no Hospital Santa Joana, no Recife (PE), foi transferido no dia 13 para o Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, informou o hospital pernambucano.

A transferência foi feita a pedido da família e, a partir de agora, o tratamento do músico será coordenado pelo oncologista que o acompanha desde o diagnóstico de um tumor pulmonar, há seis anos.

O Hospital Santa Joana informou que o quadro clínico de Dominguinhos encontrava-se estável, "semelhante aos dias anteriores, com infecção controlada, em ventilação mecânica". O artista inicialmente foi internado no Centro de Terapia Intensiva (CTI) com um quadro de infecção respiratória e arritmia cardíaca. Na última semana, ele havia apresentado melhora no controle da arritmia devido ao uso de medicação venosa.

De acordo com o boletim do Hospital Santa Joana, divulgado na manhã deste domingo e assinado pelo coordenador do CTI, Odin Barbosa da Silva, as medicações e o marca-passo permanecem. 

http://www.gazetadopovo.com.br/

Um cadáver pede para permanecer repousando no Cemitério São Sebastião em Mossoró

Por: José Mendes Pereira

Rodolfo Fernandes de Oliveira que no dia 13 de junho de 1927 era prefeito de Mossoró, foi o idealizador da resistência contra o bando de Lampião que tentou invadir a cidade. Infelizmente existe um grande desprezo ao nosso herói. Até mesmo o túmulo do ex-prefeito, lá no cemitério São Sebastião, está necessitando de uma limpeza urgente

Professor Francisco Borges - Jardim de Piranhas

A Prefeitura Municipal de Mossoró deve mandar gravar o seu nome, data de nascimento e falecimento, cujos, não se encontram para pesquisas. Limpar pedras, placas e colunas que sustentam a cobertura que protege o seu busto. 

Um homem que organizou um batalhão de resistentes civis contra o bando de Lampião, hoje é simplesmente um cadáver que repousa em seu túmulo desmoronado. Infelizmente, Rodolfo Fernandes de Oliveira faleceu duas vezes em Mossoró. A primeira: “MORTE NATURAL”. A segunda: “DESPREZO”, por não ser lembrado na cidade em que prestou os seus serviços e combateu o perigoso bandido Lampião. 

No meu entender, a Prefeitura tem obrigação: manter no cemitério os túmulos limpos e bem cuidados, principalmente aqueles que os familiares desprezaram por uma razão qualquer. Até porque os túmulos bem conservados ficarão mais bonitos para quem os visita. 

Túmulo de Rodolfo Fernandes - Acervo do pesquisador Ângelo Osmiro

Se Rodolfo Fernandes de Oliveira tivesse nascido no berçário “ROSADO”, seu nome estaria gravado em tudo que era de lugar, até mesmo nas palmeiras. Mas como não nasceu seu nome desapareceu do túmulo.

Não sou contra a família Rosado, pois se não fosse ela, Mossoró não teria dado um enorme pulo para o desenvolvimento. Mas é necessário que zele pelo ex-prefeito que protegeu Mossoró dos absurdos de Lampião.

Se nós analisarmos cuidadosamente, Rodolfo Fernandes de Oliveira morreu para sempre, no dia 16 de outubro de 1927, quatro meses depois da invasão de Lampião a Mossoró, restando apenas o seu túmulo desprezado e mal cuidado.

Parabéns ao escritor e poeta Kydelmir Dantas, pela firmeza nas suas respostas. 
Publicado no blog "Lentes Cangaceiras"

http://lentescangaceiras.blogspot.com.br/

Caraúbas - Lançamento do livro 63 Verões Depois = Cassiano Hipólito

Por: Kydelmir Dantas

63 Verões de Cassiano
Kydelmir Dantas

Após morar tanto tempo fora de sua terra natal, ele voltou pra contar e deixar história. Nos rastros de RAIBRITO e Câmara Cascudo, Cassiano Fernandes passa ser mais um daqueles abnegados que se envolvem na pesquisa e não pára. Ao visitar as terras onde nasceu cresceu e viveu, até o início da fase adulta, redescobriu e desencantou-se com o que viu:
Indeciso sem saída
Pra minha terra voltei.
Retornei a Caraúbas
aqui chegando, fiquei.
Envolto em desenganos,
Amargurei abandonos,
De muitas propriedades.
O aposentado voltou,
A carcaça não o privou
De mostrar cumplicidades. (CF).

Foram quase 2 mil km nos caminhos do município; visitando fazendas tradicionais e encontrando-as abandonadas ou ‘tomadas’ pelos projetos de assentamentos... Muitos deles sem perspectivas de vida honrosa. A maioria sem produzir sequer o de comer. Famílias dependentes de bolsas assistenciais.
Que nem na musica SERROTE AGUDO (José Marcolino – Luiz Gonzaga), encontrou-as iguais, como se fosse uma premonição escrita a tanto tempo – gravada no LP Ô VÉIO MACHO; 1962; RCA victor - e hoje tão real:
Serrote Agudo
(José Marcolino - Luiz Gonzaga)

Passando em Serrote Agudo
Em viagem incontinente
Vendo a sua solidão
Sai pesando na mente

Eu vou fazer um estudo
Prá contar a miúdo
Quem já foi Serrote Agudo
Quem está sendo no presente

Já foi um reino encantado
Foi berço considerado
Quem conheceu seu passado
Acha muito diferente

Aonde o touro em manada
Berrava cavando o chão
Fazendo revolução
Nos tempos de trovoada

Dando berros enraivado
Por achar-se enciumado
Do seu rebanho afastado
Vacas que lhe pertenciam.

A sombra do Juazeiro
Já lhe esperando o vaqueiro
Com seu cachorro trigueiro
Como seu grande vigia.

Vaqueiros e moradores
Encantos, belezas mil
Onde reinavam os fulgores
De um major forte e viril.

Rico, porém animado
Fazia festa de gado
Onde o vaqueiro afamado
Campeava todo dia,

Hoje sem Major sem nada
Só se ver porta fechada
Não se vê mais vaquejada
Não reina mais alegria.

Vai Cassiano trilhando os caminhos do passado, para que as futuras gerações conheçam a história de seus ancestrais da terra das caraubeiras... Também quase desaparecida naquelas paragens. E segue o ICOP sendo bem representado na terra de Delby, Raibrito e companhia.
Mossoró, RN – janeiro de 2013.
(*) Pesquisador e escritor. Sócio do Instituto Cultural do Oeste Potiguar – ICOP.


Sócio do ICOP lançará seu mais novo livro no próximo sábado ((19/01/13).

63 Verões Depois de Cassiano Hipólito Fernandes  será lançado na
Festa de São Sebastião de Caraúbas - RN.
data: 19 janeiro de 2013
Local: Feirinha de São Sebastião
Hora: 10:00h da manhã.

Participações especiais: Caçula Benevides - Gianini Alencar - Dorgival Dantas


Enviado pelo autor: Kydelmir Dantas
(*) Pesquisador e escritor. Sócio do Instituto Cultural do Oeste Potiguar – ICOP.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com 


Globalização e cultura local

Por: José Romero Araújo Cardoso

O impulso à globalização teve ênfase quando das grandes navegações marítimo-comerciais, mas a forma como esta se apresenta na atual conjuntura  teve sua proeminência quando das decisões contidas na reunião de cúpula ocorrida no ano de 1944 em Bretton Woods, subúrbio de Washington D. C., na qual ficaram definidas as prerrogativas que alicerçaram uma nova ordem econômica global.

A mudança do padrão-ouro para o padrão-dólar norte-americano e instigar a expansão do capitalismo industrial antes concentrado quase integralmente no primeiro mundo, para espaços selecionados da periferia foram importantes mudanças econômicas que se refletiram na divisão internacional do trabalho.

A globalização em curso exponencializou a revolução técnico-científico-informacional, cujo fundamentalismo encontra-se no consumo cada vez mais intenso, responsabilizando-se pela disponibilidade de bens que cotidianamente se tornam mais sofisticados, em razão da forma como a concorrência entre as grandes empresas se processa de forma mais intensa.

Para garantir o consumo dos bens e serviços oferecidos pelas grandes empresas que impulsionam o processo de globalização da economia mundial, necessita-se que certos impecilhos sejam removidos ou minimizados. A cultura local é um exemplo da preocupação sempre presente nas pretensões de maximização de lucros e minimização de custos.

Não interessa à globalização que a continuidade das tradições inclusas na cultura de cada povo tenha sua permanência assegurada, pois isso representa prejuízos incalculáveis para os grandes empresários. A mídia tornou-se instrumento eficaz no processo vertiginoso de aculturação, adotando filosofia baseada em atender os interesses do grande capital.

A postura assumida por Mahatma Gandhi quando contestou pacificamente o império inglês, resultando na independência da Índia, instigando a população daquele país a confeccionar suas próprias vestimentas, como faziam os antepassados, representa ameaça extraordinária aos propósitos da globalização.

O modus vivendi dos países ricos que mantém bases militares em países do oriente médio também é encarada como um grande risco à permanência de tradições milenares embasadas nos princípios do islã, respondendo em parte pelos embates que vem marcando o choque entre as duas culturas.

A globalização necessita desestimular as tradições nordestinas e gaúchas para poder se afirmar em suas metas econômico-financeiras, pois a cultura local preservada significa estorvo aos interesses matematicamente calculados.

Enquanto o gaúcho estiver louvando os cantadores dos pampas e o nordestino cultuando a arte de Luiz Gonzaga, consumindo chimarrão com churrasco e a tradicional buchada que surgiu com o inicio da colonização da hinterlândia nordestina o sono dos grandes empresários estará ameaçado, pois a ideia de acumulação permeia as ações do processo produtivo sofisticado que se contrapõe às formas quase artesanais das culturas locais.

A condição sine qua non para que a globalização se imponha, formando uma aldeia global, está no desestimulo das formas originais de cada região que em um processo histórico legaram todo um cabedal de práticas culturais que caracterizam o gênero de vida das pessoas espalhadas pelo planeta Terra.

(*) José Romero Araújo Cardoso, geógrafo, professor-adjunto da UERN

Enviado pelo autor: Romero Cardoso

http://blogdomendesemendes.blogspot.com