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quinta-feira, 14 de março de 2024

HOJE, TAMBÉM É MEU DIA.

Por José Di Rosa Maria

Hoje, também é meu dia!

Minha fiel dedicação à Literatura de Cordel,

tem sido constante!

Que os mortos & vivos me perdoem!

No dia que bajular, for dignidade,

deixarei de fazer o que faço!

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ESCREVER É ISSO

Escrever é dar de Si

O que o leitor merece.

Se esmerar num poema,

Se redimir numa prece,

Mas sem abrir mão daquilo

Que a mão de Deus oferece.

É amontoar palavras

E fazer o povo ler,

Acreditar no que faz

Com orgulho pra viver,

Sem ser capaz de querer

Desistir do que quer ser.

É arrancar das palavras

O melhor que elas têm.

Se deixar ser escrevendo

Confundido com alguém

Que nunca se deixou ser

Inferior a ninguém.

É fazer o mundo ver

Em você um escritor

Capaz de fazer o povo

Erguer as mãos em favor

Da existência na terra,

Da justiça e do amor.

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Estrofes de um poema meu:

(José Di Rosa Maria)

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PRODUTORES DO DOCUMENTÁRIO...

Por Guilherme Velame Wenzinger

Produtores do documentário "Memória do Cangaço", de Paulo Gil Soares junto a Zé Rufino e o cabo Bem-Te-Vi. José Rufino atento para ver o poder de tiro do rapaz. Quem segura a arma meu ver é o diretor do documentário, Paulo Gil Soares, mas pela qualidade da foto não posso afirmar. Ano 1964.

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DADÁ E ZÉ RUFINO JUNTOS.

Por Helton Araújo

No dia 31 de maio de 1968, na cidade de Jeremoabo, Bahia, aconteceu um dos reencontros mais fantásticos da história do cangaço. Dadá vai até Zé Rufino, algoz de seu companheiro Corisco. Notem que Zé Rufino já estava bem debitado de saúde.

Alguns meses depois desse encontro, Zé Rufino viria a óbito devido a um ataque cardíaco, em 20 de fevereiro de 1969, curiosamente data de seu aniversário de 63 anos.

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Qual sua opinião sobre essa dupla histórica do cangaço?

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MOÇA DE CIRILO DE ENGRÁCIAS E RICARDO PONTARIA.

Por Guilherme Velame Wenzinger

Recorte detalhado: Moça de Cirilo de Engrácia e o cangaceiro Ricardo Pontaria. 1936, por Benjamin Abrahão.

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O PESQUISADOR DO CANGAÇO E OS VELHINHOS.

 Por José Mendes Pereira

Pesquisador do cangaço Francisco das Chagas do Nascimento

O pesquisador do cangaço Francisco das Chagas Nascimento andava de mata adentro quando se deparou com um velhinho com mais de 110 anos de idade. O pesquisador perguntou-lhe para onde ele estava indo, vez que a sua idade e seu porte físico ofereciam perigos, por ele estar no meio daquela mata, totalmente desacompanhado.

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O velhinho disse-lhe que não se preocupasse, aquele seu caminhar já era de longos anos, uma obrigação que tinha, todos os dias, naquele horário, ele saía da sua residência para visitar o seu papai e a sua mamãe em sua casa.

- Mas quantos anos o senhor tem? – Perguntou-lhe o pesquisador.

- Eu tenho 110 anos já vividos com muita saúde diante do “Pai, do Filho e do Espírito Santo”.

O pesquisador duvidou que ele com aquela idade toda era muito difícil ainda ter pai e mãe vivos. E perguntou-lhe o seguinte:

- O senhor me deixa ir à sua companhia até à casa dos seus pais para que eu os conheça?

- Não seja por isso, senhor! Desejar conhecer os meus pais para mim é uma grande honra. Eles estão bem velhinhos, mas tudo que se dizem eles ouvem e entendem muito bem.

E se abalaram os dois em busca da casa dos pais do velhinho. Ele sempre à frente do pesquisador. E ao chegar, entraram, e, lá estava a velhinha de cócoras ao chão. O pesquisador a cumprimentou e ela sem se levantar do chão o recebeu muito bem com risos, até fantasiada dos anos já vividos. 

https://br.pinterest.com/pin/735634920404218538/

A velhinha ainda andava, mas com um pouco de dificuldades. Ali, conversaram um bom tempo. Ele fez uma porção de perguntas em relação de tantos anos vividos. Ela só o respondendo.

https://www.tudodesenhos.com/d/homem-deitado-na-rede

Terminou com esta pergunta:

- Quantos anos a senhora tem?

- Completos eu tenho 130 anos. – Disse a velhinha com alegria de vida e mais esperança de dias que iriam vir.

E virando-se para o velhinho o pesquisador perguntou-lhe:

- Agora onde está o seu pai que eu quero o cumprimentar?

- Ele está lá dentro do quarto...

E saiu levando o pesquisador para conhecer o seu papai. E ao entrar no quarto o pesquisador viu que o velhinho não estava mentindo. Dentro de uma rede o seu pai permanecia deitadinho, ali, só o caquinho de gente, mas lúcido, capaz de um só pulo se levantar da rede a qualquer momento. E logo o pesquisador perguntou:

- Quantos anos o senhor tem?

E se sentando na beira da rede, respondeu-lhe:

- Eu tenho 140 anos e sou o caçula da família. O meu irmão mais velho tem 147 anos de idade, e ainda trabalha na roça com muita lucidez.

- E o que faz com que uma pessoa viva tantos anos assim?

- Para se viver bem meu filho, existem várias maneiras que levam o homem/mulher viver muitos anos.

- O senhor pode exemplificar alguns? – Perguntou-lhe o pesquisador.

- Não seja só por isso..., casar para ter um cônjuge que lhe dê carinho, afeto e amor, que cuide bem e que o zele. Digo casar no sentido de casal, não casamento religioso e nem diante da justiça, aliás, dois amores que se gostem, porque o ser humano se não for zelado pelo seu parceiro morrerá mais cedo. Se o cônjuge falecer não fica chorando por muito tempo. A vida não admite que se chore em exagero por quem se foi e não voltará mais. Cuida de arranjar outro cônjuge o quanto antes para substituir o que se foi. Ninguém é insubstituível. Na terra o único homem que é insubstituível é o Jesus Cristo.

- Sim senhor! - O pesquisador ouvia o velhinho com atenção.

- Não fumar - continuava o ancião - não beber bebidas alcoólicas de forma alguma. Não perder noites de sono no trabalho e nem em farras. Para ter um corpo saudável tem que o deixar descansar muito. Ter fé em Deus e ajoelhar-se sempre diante dele para agradecer o que ele tem feito por você. Só compre se puder pagar, senão irá perder sono e isto diminui dias de vida. Não comer alimentos enlatados ou congelados, porque alimentos enlatados e congelados já estão vencidos para serem consumidos e contêm uma porção de bactérias. Beber água potável porque ela mata os germes. A água gelada não mata os germes do corpo do homem e o que ela faz é conservar os germes vivos, principalmente água mineral. Ter sempre alguns amigos sem exagero. O homem sem amigos é como um lobo solitário, estressado, triste e morrerá mais cedo.

- Estou entendendo bem, fez o pesquisador.

- Não deixar de comer pelo menos um ovo cozido por dia, dizia o velhinho - beber a água de um coco e leite de qualquer fêmea quadrúpede diária. Ver o nascer do sol todas as manhãs e ao entardecer, o seu desaparecimento no horizonte e admirá-lo. É a maior beleza da criação de Deus. Sempre que puder faça uma visita ao mar e veja que maravilha o Deus criou. Não usar armas como defesa. A arma encoraja o homem e poderá ter um fim triste. Comer com farinha rapadura preta do Cariri. Comer carne de sol. Levantar cedo e receber o sereno da madrugada. Não duvidar e nem teimar com ninguém. A teimosia estressa, e se estressa, poderá causar mortes.

Ponte de trem sobre o rio Mossoró - Imagem da internet

Em frente a casa dos velhinhos passava um rio e mantinha uma porção de água corrente. O pesquisador querendo ver se o velhinho teimava, disse:

- Interessante! Todos os rios que eu os conheço descem as águas de ladeira para baixo. O seu rio senhor, sobe de ladeira acima.

- Sim senhor, o daqui da minha propriedade é assim como o senhor afirma.

O velhinho não teimou de jeito nenhum. Concordou a mentira com o pesquisador.

Informação: 

Este pesquisador do cangaço Francisco das Chagas do Nascimento (de Porto do Mangue e radicado em Mossoró por muitas décadas), foi o primeiro que me fez entrar de uma vez para acompanhar o rei do cangaço o capitão Lampião em suas andanças na caatinga do nordeste brasileiro. Emprestou-me livros e me indicou os blogs mais famosos do cangaço.

Com estas informações, me tornei cangaceirólogo, e presto uma homenagem a ele com este meu simples texto.

O segundo foi o  poeta, professor, escritor, pesquisador do cangaço, gonzaguiano e do Trio Mossoró Kydelmir Dantas de Oliveira.