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segunda-feira, 17 de setembro de 2018

CLÃS POLÍTICOS: O VELHO VESTIDO DE NOVO

*Rangel Alves da Costa

O poder apaixona, entranha-se no indivíduo como visgo que nunca parece ter fim. Como se subindo numa escada, jamais a pessoa deseja recuar ou descer, indo sempre dando mais um passo como se não houvesse limites na sua escalada. Bem assim acontece no poder político. O visgo da política é tamanho que se entranha no sujeito de tal forma que de repente ele não sabe mais se é gente ou se é partido, se é humano ou apenas a incessante busca de poder.
E algo que enraíza. Raiz que vem de baixo e vai pra cima. Quando a raiz do alto vai quebrando, já vem mais raiz lá de baixo. E assim de gerações a gerações. Político há que nunca foi filho de família, mas apenas filho de político. Político há que cresceu sendo ensinado a ser apenas político. Toda formação que consegue é apenas para adornar seu currículo politiqueiro ou para ser melhor justificado perante o seu eleitor. Então logo se diz que nasceu com sangue para a política.
Não nasce com sangue para a política, recebendo apenas transfusão ao longo do tempo. Como o avô ensinou o filho a ser político, assim faz o pai com relação ao seu escolhido para herdar a linhagem do poder. Muitas vezes, o herdeiro não precisa fazer esforço algo para ter seu nome reconhecido em pleitos futuros. Nem precisa. É a herança que vai afastando o nome próprio para impor somente o nome familiar. Assim são os clãs do poder, do mando, da continuidade, do enraizamento.
O próprio nome clã já indica já traduz a linhagem familiar, o parentesco, uma ancestralidade que vai guiando as gerações. Mesmo que não dependa da consanguinidade para sua existência, a sua valoração está exatamente na força que o clã possui perante a vida social. Na política, o clã implica na existência de famílias que desde muito possuem poder político perante sua comunidade. Mas também a formação de novas gerações de políticos com base na força eleitoral de seus familiares.
Os clãs políticos sempre existiram e por muito tempo continuarão cavando, forçando e até impondo, seus espaços de poder e no poder. Mesmo com os adeuses dos patriarcas e matriarcas, ou mesmo com seus herdeiros passando a servir somente como escudos de força, suas proles sempre sentem a necessidade de dar continuidade aos poderes oriundos das raízes familiares, dos nomes e sobrenomes.
Como dito, os clãs políticos continuam existindo. Nesta eleição, por exemplo, muitas são as descendências pleiteando a manutenção do poder e da força familiar. Muitas vezes, apenas jovens inexperientes, sem qualquer passagem pela vida partidária, mas que são lançados não por prestígio ou reconhecimentos próprios, e sim pela raiz familiar ou pela força do nome dos pais.
Daí surgirem situações interessantes. Muitos destes candidatos parecem não ter nem nome próprio, pois sempre lançados e trabalhados como candidatos “filhos de fulano ou beltrano”. Na certeza de que o nome sozinho do candidato não possui força suficiente para ser reconhecido e votado, então o que se tem é uma enxurrada de Pascácio filho de Pascánio, Geromeu filho de Baromeu, Crisosto neto de Crisostino. Uma estratégia mais que eficiente para dizer quem está por trás daquela candidatura.
A verdade é que o poder político oriundos dos clãs familiares possui longas raízes históricas e ainda se alastra por todo lugar. São verdadeiras dinastias que basicamente procuram formar os seus muito mais para a vida política do que para a pública. Geralmente são proles endinheiradas, com formação superior ou em vias de graduação e que, mesmo distanciadas do povo, por este é reconhecido via raízes familiares ou pelo poder exercido pelos seus escudos. Como se diz, são jovens fabricados para a política, moldados para serem herdeiros de verdadeiros currais eleitorais.
A história política sergipana está repleta de casos assim, com exemplos bons e outros nem tanto. Sem citar nomes, antigos senhores foram alavancando o nome de suas proles e em suas cadeiras deixaram políticos habilidosos, inteligentes, honrados, alcançando os mais patamares na vida política. Já outros, mesmo com os pesos da linhagem familiar, não conseguiram vingar. Daí a certeza que não basta a força do clã ou o prestígio familiar, mas principalmente que o seu herdeiro aprenda a se situar no meio político e mostrar que sua capacidade vai além de sua raiz.
Temeroso é. Há sempre a incerteza se um jovem inexperiente na política vá algum dia se afastar de seu escudo e caminhar com os próprios passos. Contudo, o mais temeroso é que o jovem político sequer tenha voz e vez de ação. Uma vez eleito pelo clã, daí em diante servirá apenas como enfeite. Dificilmente terá força suficiente para tomar decisões por conta própria. E então estará exemplificado o novo revestido do velho. Ou seja, o mandato é do jovem eleito, mas o mando político continuará sendo de seu escudo, daquele escudo paterno que o elegeu.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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LAMPIÃO EM JUAZEIRO DO NORTE / CEARÁ.


Por Geraldo Antônio De Souza Júnior

Fotografia da Família Ferreira registrada na cidade de Juazeiro do Norte/CE em março de 1926. 

Fotografia registrada pelo fotógrafo Lauro Cabral em março de 1926 na ocasião em que Lampião esteve em Juazeiro do Norte/CE a convite do deputado Floro bartolomeu, braço político e armado do Padre Cicero Romão Batista, para ingressar nos Batalhões Patrióticos formados para dar combate à Coluna de revoltosos militares liderados por Luiz Carlos Prestes e Miguel Costa. Coluna Prestes.

Lampião recebe a polêmica patente de "Capitão" dos Batalhões Patrióticos e segue com seus homens no encalço da Coluna, porém ao chegar no estado de Pernambuco seus antigos inimigos não reconheceram a sua patente de Capitão e o receberam ao velho e bom estilo... ou seja... na bala. Devido ao não reconhecimento de sua "autoridade" por parte de seus inimigos, Lampião decide abandonar a legalidade e retorna, dessa vez fortemente armado e com todas as forças, para o cangaço.

No dia 26 de novembro desse mesmo ano Lampião e seu bando derrotariam uma numerosa Força Policial Volante pernambucana na Serra Grande (Serra Talhada / Flores / Calumbi) e logo em seguida enviaria ao Governador de Pernambuco uma carta desafiadora propondo a divisão do estado.

A ousadia de Lampião provocou a ira das autoridades e fez com quê fosse intensificada a sua "caçada" por parte das policias. A intensa e incessante perseguição policial dizimou parte do bando cangaceiro e forçou Lampião a deixar o estado de Pernambuco e atravessar no mês de agosto de 1928 para o estado da Bahia, onde adentrou com um reduzido número de homens.

Anexada a essa matéria está uma fotografia da família "Ferreira" tirada em março de 1926 em Juazeiro do Norte/CE.

Vamos as identificações.

Em pé da esquerda para a direita:

1 - Zé Paulo (Primo)
2 - Venâncio Ferreira (Tio)
3 - Sebastião Paulo (Primo)
4 - Ezequiel Ferreira 
5 - João Ferreira
6 - Pedro Queiroz (Esposo de D. Mocinha)
7 - Francisco Paulo (Primo
8 - Virgínio Fortunato da Silva (Casado com Angélica Ferreira)
9 - Zé Dandão (Agregado da família)

Sentados da esquerda para a direita:

10 - Antônio Ferreira (Irmão de Lampião)
11 - Anália Ferreira (Irmã de Lampião)
12 - Joaninha casada com João Ferreira irmão de Lampião.
13 - Dona Mocinha (Maria Ferreira) irmã de Lampião
14 - Angélica Ferreira irmã de Lampião (Companheira de Virgínio Fortunato)
15 - Lampião (Virgulino Ferreira da Silva)

Entre os nove irmãos de Lampião dois estão ausentes nessa fotografia, são eles: Levino Ferreira da Silva, morto no ano de 1925 durante um confronto entre o bando de Lampião e as Volantes comandadas pelos Sargentos paraibanos José Guedes e Cícero Oliveira, que posteriormente durante o confronto tiveram auxílio dos pernambucanos e Virtuosa Ferreira da Silva.

https://cangacologia.blogspot.com/2018/09/lampiao-em-juazeiro-do-norte-ceara.html

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ANGICO NO CARIRI CANGAÇO EM MANHÃ MEMORÁVEL NO CAFÉ PATRIOTA

Por Manoel Severo
Manoel Severo, curador do Cariri Cangaço abre a manhã de Angico no Café Patriota
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Em mais uma manhã espetacular, a parceria Cariri Cangaço e Café Patriota proporcionou a Fortaleza a aguardada apresentação do Vídeo-documentário "Angico 80 Anos" do documentarista e Conselheiro do Cariri Cangaço, Aderbal Nogueira. Por longas e intrigantes 3 horas os convidados do Cariri Cangaço puderam conhecer mais de perto tudo o que cercou o ultimo dia de vida do Rei dos Cangaceiros numa manhã dedicada à memória do Mestre Jonas Luis da Silva, de Icapuí. "Para nós do Cariri Cangaço é uma grande honra dedicar esta manhã aqui no Café Patriota ao amigo mais que querido, um grande ser humano, um Mestre:Jonas Luis  da Silva, de Icapuí".

"Este documentário não contém uma unica intervenção de pesquisadores ou dos produtores; contém inteiramente depoimentos daqueles que estiveram lá, no fatídico 28 de julho de 1938 e vivenciaram na Grota do Angico o último ato de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião" confirma o produtor do documentário Aderbal Nogueira.
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 Anapuena Havena e as Boas Vindas ao Cariri Cangaço
Manoel Severo apresenta Régis Frota
Régis Frota, presidente da Academia Cearense de Cinema
Documentarista Aderbal Nogueira apresenta Angico:80 Anos...
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Mais uma vez os convidados do Cariri Cangaço lotaram todos os salões do Café Patriota, "observamos que o Cariri Cangaço é uma verdadeira família e além da maravilhosa manhã de conhecimento vivenciamos uma verdadeira festa e congraçamento, é uma honra o Café Patriota receber o Cariri Cangaço" revela sua proprietária, empresária Anapuena Havena. "O grande intuito da parceria Cariri Cangaço-Café Patriota é justamente possibilitar ao maior número de pessoas a possibilidade de aprofundar o estudo e o conhecimento desta temática tão forte e tão capilar para nossa gente, que é o Cangaço, como também outras temáticas que versam sobre a história e os principais personagens de nosso sertão. Nas duas primeiras palestras, em agosto e agora em setembro trouxemos Lampião, em Outubro será a vez de Fideralina Augusto Lima, em Novembro Padre Cícero e assim por diante, estamos muito felizes pelo espetacular acolhimento do público da capital cearense à nossa iniciativa" comemora o curador do Cariri Cangaço Manoel Severo.
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Um público de mais de 80 pessoas compareceu à manhã Cariri Cangaço-Café Patriota. O debate ficou a cargo dos pesquisadores; Manoel Severo, Aderbal Nogueira e Ângelo Osmiro. A presidente da Academia Lavrense de Letras, Cristina Couto, o presidente da Academia Cearense de Cinema, Régis Frota, o secretário de cultura de Crato, Wilton Silva, os pesquisadores Lívio Ferraz e Lynda Veríssimo, Tomaz Cisne, Comendador Mariano, Afrânio Gomes, Ezequias Meneses, Edílson Filho, Alberto George, Cláudia Carvalho, Beto Souza, José Roberto Braga, Malvinier Macedo, Leo Henriques, Daniel Catunda, Lurdinha Linhares e Rosa Firmo estavam entre os presentes.
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Manoel Severo e o Debate: Angico no Café Patriota
Ângelo Osmiro: Presidente do GECC e Conselheiro Cariri Cangaço
Aderbal Nogueira, Manoel Severo e Ângelo Osmiro
Secretário de Cultura de Crato, Wilton Silva, Edílson Junior e na esquerda, Presidente da Academia Cearense de Cinema, Regis Frota e escritora Cláudia Carvalho
Ingrid Rebouças, Dra Maria Amélia, Manoel Severo e Comendador Mariano
Ingrid Rebouças, Manoel Severo, Ana Pinto Albuquerque, 
Aderbal Nogueira e Sandra Cordeiro
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Por mais de tres horas foi possível passar pelos principais pontos e polêmicas que envolveram o cerco, o combate e a morte de Virgulino Ferreira da Silva e Maria Bonita. A manhã começou com a tradicional boas vindas pelo Café Patriota através de Anapuena Havena para em seguida termos as palavras do Presidente da Academia Cearense de Cinema Régis Frota, que ressaltou a importância dos vídeos documentários; em seguida Manoel Severo contextualizou o cenário e as circunstâncias do episódio Angico para na sequencia Aderbal Nogueira apresentar o Documentário "Angico-80 Anos", ao final da apresentação, Aderbal Nogueira, Manoel Severo e Ângelo Osmiro formaram uma "bancada" para responder as perguntas dos convidados que lotavam o espaço cultural e gastronômico. 
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 Brener Cavalcante e Manoel Severo
Ruy Gabriel e Cristina Couto
 José Roberto Braga, Arnaldo Nogueira, Manoel Severo e Beto Souza
 Dr Lino Máximo e Manoel Severo
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"Quem teria sido realmente o grande herói de Angico? O tenente João Bezerra? O aspirante Ferreira de Melo? O soldado Antônio Jacó, conhecido por Manel Véi? Para mim o grande herói de Angico foi mesmo Virgulino Ferreira da Silva, que há 72 atras armou esse labirinto que é Angico e que até os dias de hoje não conseguimos sair dele...Vocês podem até achar que é uma bobagem o que eu digo, mas velho acaba ficando mesmo meio bobo e abestalhado, rsrsrs"
Alcino Alves Costa em depoimento a Manoel Severo no ano de 2010 em uma das visitas do Cariri Cangaço ao Angico 
no município de Poço Redondo, Sergipe...
Alcino Alves Costa é o autor da festejada obra,
"Lampião, Além da Versão:Mentiras e Mistérios de Angico"

Manoel Severo, Ingrid Rebouças e Aderbal Nogueira
Dr Lino Máximo, Manoel Severo, Alberto George e Aderbal Nogueira
Manoel Severo e Cláudia Carvalho
Manoel Severo e pesquisador Fred
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Presenças ilustres como o professor Joélcio Alves, dos empresários Jório Silveira, Marciano Silva, Carlos Manso, Dra Maria Amélia, Eveline Correia, Brener Cavalcante, do cineasta Ricardo Meira Arruda, Paulo Victor Gadelha, Radialista Roberto Gomes, Dr Lino Máximo e Lorena; ilustres componentes do Instituto Patriota; representados entre outros por, Sandra Cordeiro, Ana Pinto Albuquerque, Marcelo Filho e Arnaldo Nogueira; além de Magno Carvalho, Daniel Cruz, Ricardo Alan, Carlos Guillard, Felipe Mafuz e Ruy Gabriel formavam dentre outros a qualificada platéia do Cariri Cangaço-Café Patriota.
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Joélcio Alves e Manoel Severo
 Rosa Firmo, Lourdinha Linhares, Manoel Severo e Malvinier Macedo
Teresinha Silva, Jório Silveira, Marciano Silva e Eveline Correia
Lynda Veríssimo, Lívio Ferraz e Manoel Severo
 Manoel Severo e Carlos Manso
 Manoel Severo e José Roberto Braga
Manoel Severo e Ricardo Meira Arruda
Dra Maria Amélia, Maristela Mafuz e Ingrid Rebouças
Dona Lenilse e Daniel Catunda
Leo Henriques, Manoel Severo e Magno Carvalho
Felipe Mafuz, Afrânio Gomes, Beto Souza e Tomaz Cisne
Marcelo Filho, Aderbal Nogueira e Ana Pinto Albuquerque

"Esta manhã de 15 de setembro foi espetacularmente especial, nossa segunda agenda no Café Patriota reuniu mais uma vez um extraordinário e qualificado público numa demonstração inequívoca da grande força da temática e da credibilidade de todo o Cariri Cangaço. O Café Patriota em si já é uma iniciativa coroada de êxito, proporcionando o equilíbrio perfeito entre a máxima gastronomia e o que temos de melhor em nossa cultura e historia, estão de parabéns os amigos Lincoln e Anapuena Havena, sensacionais. Sem dúvidas estamos particularmente muito felizes por essa nova empreitada que já demonstra seu grande sucesso na capital cearense. E para os amigos de Fortaleza o Cariri Cangaço está firmando mais uma grande parceria, desta vez com o Náutico Atlético Cearense através de seu Presidente, amigo Jardson Cruz, vem ainda muita coisa boa por aí, aguardem..." revela um entusiasmado Manoel Severo.

Flagrantes de uma manhã especial,
Parceria Cariri Cangaço-Café Patriota:ANGICO...


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Cariri Cangaço e Café Patriota apresentam:
Angico, 80 Anos - Um vídeo de Aderbal Nogueira
15 de Setembro de 2018
Café Patriota, Fortaleza, CE

https://cariricangaco.blogspot.com/2018/09/angico-no-cariri-cangaco-em-manha.html

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