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domingo, 17 de junho de 2018

ABC DO SERTÃO (LEGENDADO).WMV

https://www.youtube.com/watch?v=6CSTAaVREtg&feature=youtu.be

Publicado em 18 de abr de 2011

UMA MÚSICA DE LUIS GONZAGA TENDO COMO FUNDO ALGUMAS FOTOS SUAS E DA CIDADE DE EXU-PE
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Música neste vídeo
Música
Artista
Luiz Gonzaga
Álbum
Days To Come
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SME (em nome de 2015 REs & LEs); UBEM e 2 associações de direitos musicais.

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LIVROS


O livro "O Patriarca: Crispim Pereira de Araújo, Ioiô Maroto" de Venício Feitosa Neves será lançado em no próximo dia 4 de setembro as 20h durante o Encontro da Família Pereira em Serra Talhada.

A obra traz um conteúdo bem fundamentado de Genealogia da família Pereira do Pajeú e parte da família Feitosa dos Inhamuns.

Mas vem também, recheado de informações de Cangaço, Coronelismo, História local dos municípios de Serra Talhada, São José do Belmonte, São Francisco, Bom Nome, entre outros) e a tão badalada rixa entre Pereira e Carvalho, no vale do Pajeú.

O livro tem 710 páginas. 
Você já pode adquirir este lançamento com o Professor Pereira ao preço de R$ 85,00 (com frete incluso) Contato: franpelima@bol.com.br 
fplima1956@gmail.com

http://lampiaoaceso.blogspot.com.br/2016/08/novo-livro-na-praca_31.html

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ANÁLIA FERREIRA IRMÃ DE LAMPIÃO

Por Geraldo Junior

Anália Ferreira irmã de Lampião em entrevista concedida ao jornalista Melchíades da Rocha enviado do Jornal A NOITE (Rio de Janeiro/RJ) logo após a morte de Lampião ocorrida no dia 28 de julho de 1938 na Grota do Angico em Sergipe, fala que sente profundamente a trágica morte do irmão, mas que por outro lado alegra-se por ter encerrado definitivamente a carreira de crimes do irmão cangaceiro.

Geraldo Antônio de Souza Júnior

 https://cangacologia.blogspot.com/search/label/Grota%20do%20Angico

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PRAZER EM CONHECER: LAMPIÃO ACESO ENTREVISTOU O PESQUISADOR E ESCRITOR ANTONIO VILELA.


Por Kiko Monteiro
Kiko Monteiro é o da direita

Vilela é de fato O cangaceiro evangélico. Codinome batizado pelo amigo Kydelmir Dantas. Um pesquisador que tomou uma vertente diferente, mais pessoal, optando explorar um capitulo pouco conhecido da saga de Lampião quando esse atuou no agreste pernambucano.


Seu mais novo trabalho apresenta cangaceiros e volantes que até ontem não sabíamos que existiam.

Vilela resume seu abraço no cangaço.

"A SBEC, esta maravilhosa confraria que reúne os melhores pesquisadores do país me acolheu em 2006, porem meu interesse e minhas andanças começaram em 1975 quando iniciava namoro com uma cidadã da terra da resistência, uma potiguar de Mossoró. E durante minhas visitas à Mossoró conheci a cadeia onde foi aprisionado o Jararaca. E aquela história me prendeu também. Começo a buscar a bibliografia e em 1997 inicio de fato minha pesquisa de campo no sentido de investigar e conhecer lugares e personagens. 

Meu maior incentivador a botar no papel o resultado destas andanças e leituras foi meu filho Lincoln. Eu costumo chamar meu primeiro livro de "um acidente de percurso", mas graças a Deus, um acidente que me trouxe e tem trazido muitas alegrias. 

Olha nós aqui desfrutando desse evento magnífico?"
 
Então apresente suas crias! 

Então, temos aí "O incrível mundo do cangaço vol. 1" lançado em 2006 que já está em sua 4ª edição saindo mais uma fornada este mês. E o lançamento que estou divulgando aqui no Cariri "O incrível mundo do cangaço vol. 2". É diferenciado, pois estou apresentando volantes e cangaceiros desconhecidos. Por exemplo, um que foi citado pelo seu conterrâneo Optato Gueiros em sua obra "Lampeão, memórias de um oficial de volantes" "oPaizinho Baio". Optato o considerou o Lampião do agreste e eu precisava saber quem foi este homem. Paizinho Baio era natural de Brejão de Santa Cruz, distrito de Garanhuns hoje emancipado como Brejão.

Visitando estas cidades por sorte ou ironia do destino eu consegui localizar parentes do Paizinho Baio. Como sabemos não é tarefa fácil são poucas pessoas com capacidade de aceitar e admitir que o parente foi um criminoso... Quer mais coincidência? Descobri que o meu vizinho era neto do Paizinho, me refiro a seu "Nezinho Baio" que me prestou grandes informações sobre ele e sua família. Então graças a este amigo ampliei meu trabalho. Hoje quando colegas de pesquisa ouvem falar sobre este cangaceiro ou sobre os militares Caçula e José Jardim lembram-se de Vilela.

Livro Preferido de outro autor? 

Parafraseando Chacrinha eu quero dizer que também vim pra confundir enquanto muitos criticam achincalham o padre Frederico Bezerra Maciel eu o exalto seus livros com admiração. Porque digo isto, se nós analisarmos os seis volumes de seu trabalho"Lampião, seu tempo e seu reinado" vemos a fantástica cronologia, e em especial os detalhes da localização geográfica de cada lugar em mapas o que ninguém havia feito antes. As trajetórias, os combates, até o alimento consumido pelos cabras estão detalhados em sua obra.

Qual é o primeiro título recomendado para um calouro?

Guerreiros do sol de Frederico Pernambucano de Mello.

Com quantos personagens desta história você teve contato? 

Posso até nomear: Candeeiro, Vinte e Cinco, Aristéia, Durvinha, Moreno e Sila.

Do time dos volantes eu estive pessoalmente com o tenente João Gomes de Lira; Teófilo Pires; Neco de Pautila; sargento Elias Marques; cabo "Grilo" o soldado que enterrou Lampião. Pelo menos os eu me recordo no momento. Coronéis eu não conheci nenhum, já Coiteiros eu estive com vários, mas por questões de ética eu não citarei os nomes. É bom dizer que mantive e mantenho certa amizade com todos.

Qual destes contatos foi, ou foram, os mais difíceis?

Parece mentira, mas foi com dona Expedita Ferreira Nunes, filha de Lampião que mora na sua capital, encontrei empecilhos, mas acabei conseguindo e afirmo que é uma pessoa atenciosa fina e carinhosa.

Qual o contato que não foi possível e lhe deixou de certo modo frustrado? 

Duas decepções. Uma foi com o Pedro de Tercila na ocasião em que fui a Olho D'água do Casado cidade em que ela morava em Alagoas e chegando lá recebo a noticia de que ele tinha falecido há três dias. E a maior delas: Não ter conversado com João Bezerra que viveu os últimos anos de sua vida e faleceu em Garanhuns, minha terra. Isso precisamente no ano de 1970. Eu um rapazola trafegava pelo comercio de minha cidade de vez em quando ouvia as pessoas exclamarem como quem aponta um artista - olha lá, o homem que matou Lampião! - eu olhava pra ele, mas aquilo não me interessava de jeito nenhum hoje penso com remorso poderia ter tirado pelo menos uma foto com o homem.

Com quem gostaria de ter conversado?

Com "a sussuarana" e ex cangaceira Dadá. Tive tal oportunidade sabendo que ela morava em Salvador, mas não criei a situação. Confesso que até pagaria com prazer pra obter uma entrevista com a mesma. Considero que o surgimento de Dadá foi um divisor de águas no cangaço.

Qual é o seu capitulo preferido?

Ah! com certeza e aconselho que nos aprofundemos mais e mais no cangaço no agreste pernambucano. Mais uma palhinha: No agreste vocês vão explorar a fazenda Riacho Fundo na cidade de Águas Belas, um dos coitos mais seguros de Lampião. Poucos foram os pesquisadores que estiveram lá. Inclusive em janeiro passado eu levei o Severo e a sua esposa Danielle pra conhecer as belezas daquele local.

Um cangaceiro (a)?
Durvinha.

Um volante?

 Este que se destaca, Alfredo Cavalcante Albuquerque de Miranda, o tenente Caçula.

Um coadjuvante? 

Tenente José Jardim.

Uma personagem secundária? Parecia ter bom papel mas não passou de figurante.

Apesar de ser meu amigo o Sr Manoel Dantas Loiola ex cangaceiro Candeeiro é um cabra introspectivo, bastante retraído, não satisfez muitas das minhas principais curiosidades, aliás, minhas e de outros que o procuram. Ele esconde algo que talvez leve pro túmulo e no mais porque não fica clara a sua importância e seu relacionamento com o rei do cangaço.

Geralmente todo pesquisador é colecionador qual é o foco de sua coleção?

Igual ao compadre João de Sousa Lima... dou o que não tenho pra conseguir fotografias. Seja da volante, cangaceiros, coronéis e de quaisquer personagens. E possuo arquivos raros já impressos em meu novo trabalho. A começar pela capa de meu livro que quebra um protocolo de se aplicar sempre a estampa de um cangaceiro. Eu optei em ilustrá-la com três fotos de policiais inéditas o Caçula e o Jardim (José Jardim) além da volante do Manoel Neto. Ao lado de Manoel Neto aparece uma figura nuca antes comentada, lutei e consegui identificá-lo, trata-se do "Canfifim" que foi cangaceiro de Lampião depois se alista na volante e passa a ser um dos rastejadores do bravo nazareno. Então minha coleção de fotografias modéstia a parte é vasta e rica.
Parte do seu museu iconográfico.

Entre as peças tem alguma relíquia?

Uma foto de Manoel Heráclito volante à serviço de Manoel Neto. Esta foto me foi cedida pela senhora a qual a foto foi dedicada, Adélia Correia, por acaso sua ex namorada, na ocasião em que eu fui entrevista-la na cidade de Inajá/PE. Dona Adélia foi tesoureira da prefeitura na gestão de Manoel Neto. Ela está inclusa no nosso primeiro livro. Não coleciono acessórios nem tampouco armas. Este tipo de objeto eu aceito e deixo nas boas mãos do confrade João de Sousa Lima que em breve estará com seu museu em Paulo Afonso.

Nós que gostaríamos de ver um filme que retratasse um cangaço autêntico, fiel aos fatos, sem licença poética, erro primário enfim sem exagero da ficção lamentamos a eterna necessidade de se ter finalmente uma produção digna da saga, de preferência um épico ou uma trilogia, enquanto isto não foi possível qual a película mais lhe agradou?

Baile Perfumado. Fiel a biografia de Benjamim Abraão.

Eleja a pérola mais absurda que já leu sobre Lampião?

Lampião: cada um conta uma! Ainda não é exatamente esta, porque já ouvi muita coisa absurda. Mas lembro com certo desdém pelo teor da informação, esta é uma daquelas que você pode ouvir na sua cidade, foi o seguinte: Certa vez eu estava escrevendo o rascunho de meu primeiro trabalho e sai na porta de casa pra respirar e aproxima-se uma senhora que me diz - olha Vilela, Lampião esteve pessoalmente na fazenda do meu avô!!! Eu, naturalmente me interessei pelo fato e perguntei a esta senhora qual a localização desta propriedade e ela diz que era em Quipapámata sul de Pernambuco, Ora, pelas minhas pesquisas Lampião só vai até uma localidade chamada Mimosinho a 6 km de Garanhuns.

O pior vem agora, a mentira que eu escutei recentemente, mês passado, durante uma exposição fotográfica no festival de inverno de Garanhuns. Um cidadão afirmou categoricamente que Lampião foi até Maceió, pegou um avião e foi assistir a um jogo de futebol no Maracanã.

Maceió ele até foi... Depois de morto, avião acho que nem de longe ele contemplou, e assistir futebol? Maracanã? Um estádio que foi inaugurado em 1950? 

Se algum pesquisador sem critérios ouviu esta mesma conversa já deve ter publicado em algum folheto.

Diante de tantas polêmicas surgidas posteriormente a tragédia em Angico alguma chegou a fazer sentido, levando-o a dar atenção especial ex.: "Ezequiel não morreu e reaparece anos mais tarde", "João Peitudo, filho de Lampião", "O Lampião de Buritis" e "a paternidade de Ananias"?

O enigma do Angico não é nenhum destes. É a morte do soldado Adrião Pedro de Souza. Uma trama ainda a ser desvendada por um de nós pesquisadores. Só darei uma dimensão para analisarmos desde já e todos hão de convir com a inversão de valores, vejamos: 11 bandidos mortos e depois homenageados como heróis com uma grande cruz de ferro por "João Bezerra", entre aspas claro, pela razão de ser ele o responsável pela tropa. E Adrião é simplesmente ignorado! O que teria feito Adrião para cair na vala dos esquecidos?.

E Lampião: morreu baleado ou envenenado?
Veneno!!!

Não precisa detalhar, mas em que assunto ou personagem está trabalhando ou qual gostaria de estudar para a publicação desta pesquisa. Enfim qual a próxima novidade que teremos em nossas estantes?

Estou iniciando mais uma nova e apurada pesquisa sobre Lampião em Pernambuco. Trarei à tona fatos igualmente desconhecidos sobre o Rei do cangaço no meu Estado. 

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O SENADOR MARCO MACIEL LENDO AS HISTÓRIAS DE MARIA BONITA


Por João de Sousa Lima

Durante visita do senador Marco Maciel ao Stand da BODEGA, em Petrolina, Pernambuco, o senador aproveitou para conhecer um pouco mais da história do cangaço.

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LOUIS JACQUES BRUNET: O FRANCÊS AVENTUREIRO EM SUAS EXPEDIÇÕES CIENTÍFICAS.


Por Clemildo Brunet

Louis Jacques Brunet o francês e médico naturalista da cidade de Moulins, quando aportou aqui no Brasil em 1852, não era nenhum desconhecido na França, sua intenção inicial seria explorar a flora e a fauna dos países da América do Norte. Era uma viagem que pretendia fazer com um amigo na qual lhe custaria uma fortuna. De repente num lance de aventura resolveu embarcar no primeiro navio à vela com escala por Pernambuco. Descendo em terra, deixou-se seduzir pela paisagem pernambucana, renunciando dessa forma outras regiões que pudesse conhecer.

Ele foi contratado em 1853, pelo presidente Sá e Albuquerque para “observar a posição geográfica dos principais pontos da Província; direção, curso, volume, temperatura das águas, sua composição química, quando elas apresentam propriedades particulares; estado higrométrico e temperatura da atmosfera. Inclinação e declinação da bússola, suas variações diárias”. Segundo o escritor José Américo, o plano foi sugerido naturalmente pelo francês e, comportava uma série de observações que, nem todas, com algumas reservas, só tiveram início, na Paraíba, decorridos mais de 50 anos.

"Em fins de 1852, chegou a Areia, em missão exploradora, o naturalista francês Louis Jacques Brunet, homem de grande ilustração e amigo de Leverrier, de Lamartine, de Dumas pai e outras celebridades da ciência e das letras. Ouvindo falar tanto e com tamanha admiração do pequeno Pedro Américo, quis conhecê-lo pessoalmente e foi procurá-lo à casa paterna.

Brunet e o jovem Pedro Américo (Gravura)

“Tinha o precoce desenhador menos de dez anos; sua timidez habitual cedeu prestes o lugar à confiança que lhe inspiraram as maneiras insinuantes e as palavras bondosas do sábio explorador, assim como ao interesse que, no seu juvenil espírito, despertou uma pequena coleção de gravuras - cópias de quadros célebres -, que lhe mostrara o estrangeiro, e que ele pôs-se a contemplar cheio de pasmo.

"Depois de examinar atentamente diversas paisagens e retratos feitos pelo pequeno, quis o Sr. Brunet certificar-se da verdadeira habilidade deste, para o que, fê-lo desenhar, do natural, um chapéu, uma espingarda e diversos outros objetos, que Pedro Américo reproduziu fielmente. Então, manifestou o naturalista o desejo de levá-lo em sua companhia como auxiliar, cujo concurso ser-lhe-ia precioso para os estudos que ia empreender.

Como era natural, sentiu-se o Sr. Daniel Eduardo lisonjeado, mas de certo não acreditaria na sinceridade daquela proposta se, poucos dias depois, não fosse consultado pelo presidente da Província, Dr. Sá e Albuquerque, a respeito do seu consentimento na nomeação de Pedro Américo para desenhador da comissão exploradora, da qual era chefe aquele distinto naturalista.

Quando Pedro Américo soube da notícia e do consentimento paterno, - diz Luís Guimarães Júnior - sentiu-se crescer cinco palmos, de súbito. - Explorar a província!, exclamava ele consigo, sem poder dormir uma hora, na véspera da partida. Ver árvores que nunca vi; grotas escuras e cheias de rumores desconhecidos; pássaros novos, cantos, harmonias, borboletas, mistérios da natureza luxuosa e esplêndida! - No desempenho dessa missão, que durou vinte meses, atravessou, com o Sr. Brunet, que se tornara seu amigo e apreciador, toda a província da Paraíba e parte das de Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Piauí.
O Museu de História Natural do Ginásio no Recife considerado um dos melhores no ensino secundário do Brasil, foi organizado por Louis Jacques Brunet, professor da 2ª cadeira de ciências naturais.


Museu de História Natural Louis Jacques Brunet – Centro de Ensino Experimental Ginásio Pernambucano – CEEGP. (Foto) -Coleções nas áreas de arqueologia, Botânica, Geologia e Zoologia, organizadas pelo naturalista e professor francês Louis Jacques Brunet, em 1861. Visitas por agendamento. Rua da Aurora, 703, Santo Amaro – Recife/PE. Fones (81) 3303-5315 / 3421-7427.

Durante os dois anos que precederam seu convite para participar do corpo docente do Ginásio (chamado à época de Ginásio Provincial), Brunet viajou pelo interior dos estados de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, coletando amostras de espécimes nativas. Em outubro de 1855, Brunet foi nomeado como professor da 2ª cadeira de Ciências Naturais, ficando a seu cargo toda a estruturação desta disciplina, assim como a organização do gabinete de Ciências, fundado em 22 de outubro de 1855 (recebendo, a princípio, as próprias coleções coletadas pelo naturalista em suas expedições). Segundo o professor, o ensino das Ciências deveria ser composto de lições práticas e objetivas, no qual os alunos pudessem contemplar o objeto estudado.

Então, em um ofício de sete de abril de 1856, Brunet sugeriu uma mudança na grade de estudo (o 1º ano estudaria Zoologia, o 2º Botânica e o 3º Mineralogia e Geologia). Devido aos incentivos recebidos, tanto pelo regedor do Ginásio como pelo governo imperial de D. Pedro II e o de Barbosa Lima (Grande entusiasta das ciências) é deste último que vai partir a idéia de se criar um Museu de Ciências Naturais, o primeiro de Pernambuco e do Norte/Nordeste.

Anos se passam e o Ginásio é uma referência na educação do Norte/Nordeste brasileira, e com a entrada de outro francês, em fins da década de 1960, para o corpo docente, responsável pela cadeira de história natural e pelo seu gabinete, Armand François Gaston Laroche, vai com sua paixão pela Arqueologia, contribuir com espécimes pré-históricos encontrados no município de Belo Jardim – PE, que vão configurar como os mais importantes do museu, durante os anos de 1970 –1978, período no qual o professor Laroche trabalhou em suas pesquisas. O Gabinete de Ciências se destaca como um dos locais de referência para pesquisas científicas no estado.

No Boletim Informativo de nº 37 ano IV – Edição Especial, da Sociedade Paraibana de Arqueologia com sede em Campina Grande – PB, consta a seguinte referência ao cientista Francês.

Quem de fato primeiro registrou para a história os sedimentos cretáceos do Rio do Peixe foi o naturalista francês Louis Jacques Brunet, que em 1854 coletou amostras de calcário no Vale. Não há referências de Brunet sobre as pegadas fósseis, no entanto dificilmente tais registros escapariam ao espírito científico atilado deste pioneiro que dominava com muita perícia as áreas da geologia e da paleontologia. Na verdade, muito pouco do que Brunet anotou em suas expedições científicas pelo Nordeste chegou até nós, além de fragmentos de seus escritos e algumas citações de estudiosos da época. No entanto uma coisa é certa: Brunet passou um considerável tempo no vale do Rio do Peixe em estudos, pois foi nesta região que encontrou a senhora Custódia de Sá, com quem se casou.

Segundo a história, Louis Jacques Brunet nasceu na França, por volta de 1811. Já viúvo quando chegou ao Brasil e trazia em sua companhia o filho Charles Theobald Brunet, oficial reformado do Exército francês. A sua chegada a Paraíba em junho de 1853 foi comunicada ao Ministro do Império pelo Presidente da Província Antonio Coelho de Sá e Albuquerque que o apresentou como “naturalista de bastantes conhecimentos e habilidades viajando a própria expensa”. Logo o Governo Imperial apressou-se em contratá-lo para as expedições científicas.

A chegada a Souza é um capítulo a parte ligada intimamente a tradição daquele município. Contam que após um dia de fatigantes caminhadas, deparou-se-lhe o panorama da Várzea dos Martins. Confinaram-se a alma e o corpo no anseio de alento reparador e ali resolveu demorar-se para repouso. A presença do estrangeiro fez com que os vizinhos afluíssem para ali. Os olhos de Brunet, afeitos à beleza natural que o circundava, não foram indiferentes à graça da mulher sertaneja que o empolgou de tal maneira pelos seus atrativos, pois, ao deixar a família que o abrigara, já estava socialmente ligado a ela por um compromisso de casamento.

Tendo que se ausentar de Souza foi para Assu, onde realizou pesquisas mineralógicas que lhe deram o mérito de precursor da exploração de gesso, o que atualmente se constitui num dos fatores econômicos do engrandecimento de Mossoró. Explorou ainda o interior cearense, preso a sua atividade não deu conta do tempo para chegar a Souza e cumprir com a palavra empenhada com relação à data que havia marcado o casamento. Nem por isso deixou de cumprir o prometido, casando-se por procuração no dia 04 de novembro de 1854, com Custódia Francisca de Sá Barreto, tendo como procurador o deputado provincial Comandante Superior José Gomes de Sá Júnior parente da noiva.

Ao retornar a Souza o naturalista francês integrou-se a comunidade, como médico, atendendo com a sua terapêutica esdrúxula à enorme parentela, procurando cada vez mais firmar os laços em família, casou o filho Charles com a cunhada, Francisca Gertrudes de Sá Barreto. Deste casamento veio a perpetuação da geração que se espalhou por diversos municípios sertanejos.

Quanto a Louis Jacques Brunet atraído pelas informações das lendárias minas de prata do sertão baiano, abandonou o solo onde fora adotado. Contudo, levou na naturalidade da mulher e dos filhos a perpétua lembrança de seu nome. Pouco se sabe sobre o fim de seus dias, a não ser a versão de que se findara no Peru.

O filho Charles ficou preso à terra sousense, em cujo seio repousou para a eternidade, deixando a filharada que se desenvolveu dando maior amplitude ao apelido; dentre eles, o Dr. Manuel Brunet, o primeiro sousense que se formou em Engenharia Civil e foi Diretor de Obras Públicas em Pernambuco, onde seu nome é lembrado como o pioneiro da cultura agavieira.

Segundo o escritor e pesquisador Vingt-Um Rosado, “Os Brunet nordestinos e brasileiros são uma conseqüência da Expedição de 20 meses, descendentes todos do filho de Louis JacquesBrunet, Charles Gilbert Teobald Brunet, chegado da França em data posterior a 1854”. Os dados genealógicos extraídos do “Família Nóbrega” de autoria do agrônomo Trajano Pires da Nóbrega, (saudosa memória) registra nomes dos descendentes do filho do naturalista francês. Entre muitos outros descendentes, constam:

Olindina Ramalho de Sá Brunet casada com Julio Rabelo de Sá nascido em 29-10-1885 e falecido em Pombal a 30-07-1934, pais de: Napoleão Brunet de Sá nascido em 17-11-1906, comerciante em Pombal, casado com Maria de Sá Brunet, filha de Carlos Rabelo de Sá e D. Hercília Umbelina de Sá. Pais de: Clovis Brunet de Sá, Carlos Brunet de Sá, Claudio Brunet de Sá, Claudete Brunet de Sá e Clemildo Brunet de Sá.

Louis Jacques Brunet nascido em Moulins em 1811 era Professor de História Natural e Música em Bazas (1835) chegando a Pernambuco em 1850 casado com Custódia Francisca de Sá Brunet, nascida em 1832, em segundas núpcias. (anotação de Lucien Pouessel)

Olívio Montenegro, em uma carta a Vingt-Un Rosado fez essa observação: “Sobre Brunet li muita coisa, mas em mensagens do governo, relatórios e outros papéis que rebusquei em arquivos do próprio ginásio e nos arquivos também da Assembléia Estadual, e ainda na Biblioteca Pública... Aliás muitos desses papéis já se esfarelavam só em pegá-los”. E arrematou: “Isto é muito do Brasil: O maior desprezo por todas as coisas que interessam à cultura, que toquem a inteligência do homem. Sobretudo em círculos oficiais”.

(pesquisa e adaptação: 2ª Edição - Louis Jacques Brunet Naturalista Viajante - Vingt-Un Rosado, Antonio Campos Silva e outras fontes).

Natal, 17 de março de 2010.

*RADIALISTA.


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e Gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso


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COMO CONVIVER COM O IDOSO


Ivone Boechat

1-     Nunca pergunte a um idoso: qual é o segredo de viver tanto assim? Porque a pessoa não vai lhe convencer ou vai dizer que não sabe a resposta. Quem vai adivinhar como se vive anos e anos, com tanta virose, corrupção, mentira, tapeação, bala perdida, exploração... ruindade!

2-     Nunca telefone ou visite um idoso entre 12:00h e 16:00h. TODO idoso gosta de descansar nesse período sagrado.

3-     Jamais conte um problema ao idoso. Ele vai poder ajudar? Também não seja o problema do idoso: é covardia. Ele não vai ter como se defender.

4-     Nunca interfira na decisão do idoso: se ele decidiu ser enterrado ou cremado. Não fique reclamando do preço da cremação, do túmulo... Nem fique agourando e perguntando o que a família deve escrever por cima do túmulo.

5-     Nunca diga ao idoso: essa história você já me contou dez vezes. Diga a ele que a história é interessante e o ajude a resumi-la. Ele vai entender que a história é conhecida!

6-     Não estimule o idoso a se lembrar de um fato que lhe cause sofrimento. Desvie sempre a tristeza para o lado bom de tudo.

7-     Não explore a disponibilidade do idoso, lembre-se que ele já trabalhou muito e hoje não tem mais resistência, saúde e vigor para tomar conta de problemas e cachorros... dos outros. Deixe em paz o cartão bancário com o pagamento da minguadíssima aposentadoria. Vai à luta!

8-     Mude o canal da TV quando o assunto é desgraça!

9-     Ao visitar o idoso, leve algo que lhe faça bem à saúde: boa conversa, estímulos, boas notícias... palavras cruzadas, linha para crochê... uma fruta que ele possa consumir... um livro. Nas festas de aniversário e Natal, seja criativo! Chega de tanto pijama, sabonete e chinelo.

10- Lembre-se: a pessoa idosa tem todo direito à felicidade e não vai ser você que vai atormentar os derradeiros dias da vida de ninguém. Exercite a gratidão, o perdão, a solidariedade e chega de despejar lixos de traumas, tristezas antigas e carências na caçamba emocional que a vida cismou de colocar na porta de quem lutou tanto para resistir às intempéries. 

Enviado pela autora Ivone Boechat

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CONHEÇA TUDO SOBRE BRASIL E ARGENTINA

https://www.youtube.com/watch?v=WQNSw16ZZQw

clique no link abaixo e conheça toda história desta duas seleções da América do Sul:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Argentina-Brasil_em_futebol

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PIONEIROS ADOLFO MEIA-NOITE


por Yoni Sampaio

Em 1877, quando Antonio Silvino tinha apenas 2 anos de idade, Adolfo Meia-Noite já dominava a região como cangaceiro. Ele com seus dois irmãos Manoel e Nobelino, por uma questão de honra, tiveram que se armar contra o desafeto conhecido como padre Quaresma (apelidado de padre, não se sabe por quê) - um comissário de polícia, subdelegado naquela época. A razão dessa animosidade: uma paixão amorosa.

Adolfo era o galã da vila, disputado pelas garotas da localidade e, por inveja, o subdelegado traiçoeiramente o prendeu na localidade Varas, enviando-o à Ingazeira.

Como não havia segurança nas cadeias daquela época, é colocado em um tronco. Quinze dias se passaram sem que seus familiares soubessem, porque o mesmo se achava incomunicável.

Através de um conhecido foram informados que Adolfo tinha sido fichado como ladrão de cavalo e que, se não o libertassem, ele iria morrer. A essa altura Adolfo não sabia qual a razão de estar preso, até que o tenente responsável por sua prisão lhe disse:

- Você conhece Padre Quaresma?

- Sim, disse o preso.

- Pois ele mandou um presente.

Ele respondeu:

- Nada tenho a receber de um homem que me botou aqui sem eu merecer.

Então o tenente lhe deu vinte lapadas com uma vara de espichar couro. A partir daquele momento ele ficou sabendo por quem e por que estava preso. E veio o desejo de vingança que tanto prejuízo causou a si e à família.

A partir daí a vingança prevaleceu, sendo o comissário a primeira vítima e, em consequência, sua família se viu obrigada a se mudar.

Por mais de cinco anos Adolfo e seus cangaceiros dominaram o Pajeú. Não só por esse trio era formado o grupo; Oiticica - cangaceiro de destaque - que também era seu parente, tombou em combate contra os “Quicés” que moravam no sítio Tamanduá e foram testemunhas contra Adolfo, quando foi preso. Nesse combate os ‘Quicés’ perderam dois membros da família. Eram eles parentes de Praxedes José Romeu, muito valente. Sob o comando de Praxedes cercaram a fazenda Volta e, por não encontrarem Adolfo, assassinaram o seu irmão Pacífico, que além de criança era retardado. Daí por diante o “granadeiro” falou.

Adolfo chegou a comandar dez cangaceiros. Não se registrou nenhuma Vila ou Cidade que ele não tivesse assaltado. Mas, ainda se vê no distrito de Jabitacá suas tradicionais trincheiras construídas de pedras soltas. As que mereceram mais atenção foram as da serra do Brejinho.

Sobre aos nomes dos seus cangaceiros pouco se sabe, a não ser o de “Manoel do gado”, antigo marchante; e Almeida, filho natural da serra da Colônia, assassino frio que matou um primo do sítio Extrema por uma simples rapadura.

Adolfo não estava presente e censurou essa atitude. Era Almeida de inteira confiança do chefe. Num certo dia pediu para visitar a família e quando retornou vinha “peitado” para matar Adolfo. Mas, foi mal sucedido, ganhando a morte pela infidelidade. Adolfo foi considerado a ovelha negra da família.

Outra versão sobre Adolfo Meia-Noite - “Era considerado um homem manso e romântico. Seu grande pecado foi a paixão que tinha pela prima, filha de um rico e poderoso fazendeiro daquelas ribeiras que, não achando ser o negro merecedor da donzela, mandou prendê-lo e açoitá-lo ao tronco colonial.

Quando foi liberado do castigo, seu pai, sabendo do ocorrido, recusou-lhe a bênção porque ele não havia lavado sua honra com o sangue do tio. Na mesma noite, Adolfo esgueirou-se para dentro da casa do tio e o matou, fugindo em seguida para o vale do Rio Pinheiro. Como havia matado pessoa influente na região, virou foragido da justiça tendo que passar o resto de sua vida a fugir da polícia, levando consigo os irmãos Manuel e ‘Sinobileiro’.

Apesar de ter se tornado cangaceiro, Meia-Noite era tido como homem justo e pacífico. Isto ficou evidenciado num episódio em que ele e seu bando prenderam o negro Periquito, que levara consigo alguns bens do seu patrão.

O bando pressionava Periquito, querendo o dinheiro que este levava, quando Adolfo colocou-se contra aquela situação, dizendo aos companheiros:

- Vocês não vêem que se ele leva dinheiro, este não lhe pertence?

E dirigindo-se ao escravo pergunta:

- Levas dinheiro contigo?

- Sim, senhor - respondeu periquito.

- Levo 500 mil réis do Sr. Paulo Barbosa.

Ao ouvir esta resposta o bando se excita, mas o cangaceiro os repele:

- Vá embora. Se precisar de alguma quantia, irei tomá-la do seu senhor, e não de você, que não é dono, pois se eu o fizer, certamente seu amo não irá acreditar na sua estória, e irá castigá-lo."

Adolfo morreu na Paraíba, em confronto com a polícia.

O cangaceiro era neto do inglês Richard Breitt, traduzido logo pela gente da terra como Ricardo Brito, (embarcadiço, que chegando ao Recife, com 11 anos, no início do século XIX, internou-se pelo interior, no lugar Volta e não mais regressou. Ligou o seu destino ao de uma sertaneja, da família Siqueira Cavalcanti, conforme informações, e, segundo outras, a uma descendente do mameluco Amorim, que provinha dos índios da serra de Jabitacá. Richard Breitt depois de muitos anos foi convidado a regressar a sua terra, Londres, para receber grande fortuna, de herança que lhe pertencia. Por amor à família tudo renunciou. Chegou a ir até o porto da capital, mas lembrando os filhos, foi tirando os troços de volta já na hora da partida). Chegou à decadência devido a um dos seus netos - o temido Adolfo Rosa Meia-Noite (filho de sua filha Riqueta com Leandro) ter se tornado cangaceiro.

Fonte: "Jabitacá" - Dois documentos para a sua história (Yoni Sampaio);
Pescado no açude: Afogados da Ingazeira

Já eu adquiri este no blog do Kiko Monteiro: 
http://lampiaoaceso.blogspot.com/search/label/Adolfo%20Meia%20Noite

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PROFESSOR BENEDITO VASCONCELOS PARTICIPOU DA I FEIRA DE LIVROS DE AUTORES CEARENSES, EM FORTALEZA.



Ontem, dia 16 de junho de 2018 (sábado), o Prof. BENEDITO VASCONCELOS MENDES participou, expondo três de seus livros, da I FEIRA DE LIVROS DE AUTORES CEARENSES, que ocorreu nas instalações do Shopping Center Um, de 9 às 19 horas. 


Esta feira foi organizada pelo escritor Ex-Governador Gonzaga Mota, proprietário da "Livraria de Autores Cearenses". 


Após visitar a referida feira, o Prof. Benedito teve a oportunidade de convidar diversos Escritores Cearenses, para participar da XIII JORNADA CULTURAL DO MUSEU DO SERTÃO, que irá ocorrer em Mossoró, no próximo dia primeiro de setembro.


EVENTO: I Feira de Livros de Autores Cearenses
DATA: 16 junho 2018 (sábado)
LOCAL: Shopping Center Um (Fortaleza)


HORÁRIO: 09 às 19 horas

https://www.facebook.com/benedito.vasconcelosmendes


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PROJETO “POR ARES NUNCA DANTES NAVEGADOS” PRESTA HOMENAGEM AOS PIONEIROS DA AVIAÇÃO GAGO COUTINHO E SACADURA CABRAL

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O lançamento do projeto se dará na Unibes Cultural, Sao Paulo, em 18 de Junho próximo, em evento que terá short talks na mesa “Os Inovantes dos Ares: do Sextante ao GPS” e concerto com o grupo português Senza, com abertura do show pelos brasileiros Luísa Lacerda e Quarteto Geral.

Em 1922 o geógrafo Gago Coutinho e o piloto aviador Sacadura Cabral protagonizaram aquela que permanece como um dos maiores, senão o maior, feito da aviação mundial. A bordo do Lusitânia, um hidroavião monomotor, realizaram a primeira travessia aérea do Atlântico Sul, voando de Lisboa até o Rio de Janeiro com a até então inédita navegação por instrumentos.
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Sacadura Cabral e Gago Coutinho em 1922 – Fonte – https://gagocoutinho.wordpress.com/
Para celebrar a inédita e audaciosa empreitada, e ainda para homenagear o povo e a nação portuguesa, destacando sua histórica contribuição no desenvolvimento da aviação, Rita Figueiredo França idealizou o projeto “Por Ares Nunca Dantes Navegados”.
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Hidroavião monomotor FAIREY F III-D MKII – Coleção do autor
A partir de agora e até 1922, ano do centenário da pioneira aventura de Gago Coutinho e Sacadura Cabral, o projeto vai realizar em diversas cidades brasileiras e também no Exterior uma grande variedade de eventos de natureza cultural, histórica e científica. O lançamento oficial do projeto “Por Ares Nunca Dantes Navegados” acontecerá na segunda-feira 18 de Junho, tendo como palco a Unibes Cultural – em evento integrado ao “Experimenta Portugal”, circuito cultural luso-brasileiro do Consulado Geral de Portugal em São Paulo.
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Trajeto do épico voo de 1922 – Fonte – http://gagocoutinho.wordpress.com/
O evento terá, às 18 horas, no Auditório da Unibes Cultural, as short talks “Os Inovantes dos ‘Ares: do Sextante ao GPS”, mesa de debates em que se homenageará a memória dos heróis portugueses Gago Coutinho e Sacadura Cabral e do brasileiro Alberto Santos Dumont, o pai da aviação, e se discutirá o é o desenvolvimento tecnológico aeronáutico, com percepções de tecnologias futuras.
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Como foi retratado por uma revista um dos momentos do voo – Fonte – http://gagocoutinho.wordpress.com/
Na ocasião será prestada homenagem ao Dr. Ozires Silva, celebrando a vida do engenheiro aeronáutico que fundou a Embraer e sempre esteve dedicado à causa da aviação brasileira. A abertura das short talks estará a cargo de Paulo Lopes Lourenço, Cônsul Geral de Portugal em São Paulo. Participarão da mesa Ozires Silva, Ricardo Magalhães, Cláudio Lucchesi e um representante da Embraer ainda a ser designado – todos eles especialistas em questões aeronáuticas. Ozires Silva, engenheiro aeronáutico formado pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica, é, pode-se dizer, um brasileiro que já nasceu com asas. Foi co-fundador e presidente da Embraer, presidiu também a Petrobras e a Varig e foi ministro da Infra-Estrutura e ministro das Comunicações do Brasil. Por sua inestimável contribuição ao desenvolvimento da aviação brasileira, Ozires Silva será especialmente homenageado pelo projeto “Por Ares Nunca Dantes Navegados”.
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O Voo dos portugueses sobre os Penedos de São Pedro e São Paulo – Fonte – http://gagocoutinho.wordpress.com/
Já Ricardo Magalhães é entusiasta e estudioso da 1ª Travessia Área do Atlântico Sul e de assuntos ligados à aviação. É vice-presidente do Instituto Alberto Santos Dumont, foi curador do Museu Aeronáutico da Base Aérea de Santos e atua como palestrante sobre a Santos Dumont e temas aeronáuticos.
Cláudio Lucchesi é jornalista e pesquisador da aviação. Criador da revista ASAS, é autor de diversos livros e publisher de obras históricas da aviação mundial em edições inéditas no Brasil. Condecorado pela Força Aérea Brasileira, Marinha do Brasil e Polícia Militar do Estado de São Paulo, é colaborador emérito do Exército Brasileiro, já tendo voado em cerca de 100 diferentes tipos de aeronaves.
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Logo depois das short talks, o evento terá às 20 horas, no Teatro da Unibes Cultural, um concerto reunindo grupo português Senza, além de Luísa Lacerda e Quarteto Geral, em uma celebração musical de Brasil e Portugal. O projeto “Por Ares Nunca Dantes Navegados” terá, ainda em 2018, várias outras atividades, entre elas uma exposição de arte, seminários histórico-científicos e novos concertos musicais. SERVIÇO – A Unibes Cultural fica na Rua Oscar Freire 2.500, Sumaré, São Paulo-SP.
PARA SABER MAIS VEJA – https://tokdehistoria.com.br/2011/12/26/1922-as-comemoracoes-em-natal-para-a-primeira-travessia-aerea-do-atlantico-sul/
Extraído do blog Tok de História do historiógrafo Rostand Medeiros
http://bogdomendesemendes.bogspot.com