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segunda-feira, 28 de novembro de 2016

CONVITE!


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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TRÊS ANOS DO DESCANSO ETERNO DA MINHA MÃE (MARIA DE LOURDES ARAÚJO CARDOSO, DONA LIA - *POMBAL/PB - 29 DE OUTUBRO DE 1926 - + POMBAL/PB - 28 DE NOVEMBRO DE 2013).

Poe José Romero de Araújo Cardoso

Hoje faz três anos que minha mãe (Maria de Lourdes Araújo Cardoso (Dona Lia), *Pombal/PB - 29 de outubro de 1926 - +Pombal/PB, 28 de novembro de 2013) faleceu em Pombal/PB, vítima de um acidente vascular cerebral violentíssimo. Foram duas semanas de agonia. Ela adoeceu no dia 14 e faleceu no dia 28 de novembro de 2013.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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PROCESSO CONTRA O BANDO DE LAMPIÃO, REFERENTE AO COMBATE DA SERRA GRANDE


ARQUIVO DO MEMORIAL DA JUSTIÇA DE PERNAMBUCO. 

Cx 1017: Pasta Vila Bela - 1928 - Processo RC

A Lista de cangaceiros que faz parte dos autos do processo-crime referente ao confronto da Força Pública de Pernambuco com o grupo de Lampião, no lugar Serra Grande, consta 92 cangaceiros, o libelo-crime acusatório do referido processo faz referência apenas 72 bandidos.

Conforme consta dos autos do processo-crime de Serra Grande, o grupo de Lampião era composto dos cangaceiros: 1. Virgolino Ferreira, vulgo Lampião (chefe do bando), 2. Antônio Ferreira, 3. Vicente Feliciano, 4. Antônio José da Silva (Beija-Flor), 5. Antônio Frazão (Pai Velho), 6. Luiz Pedro, 7. Hermínio Xavier da Silva (Chumbinho), 8. José de Souza (Tenente), 9. João Soares (Jurity), 10. João Mariano (Andorinha),11. Joaquim Mariano,12. Manoel Mariano,13. Severino da Silva,(Nevoeiro,14. Sabino Gomes, 15. Isaias Vieira (Zabelê), 16. Manoel Nogueira, 17. Manoel Marcolino (Bom de Vera), 18. Ignácio de Medeiros (Jurema), 19. Felix Preto, 20. Caetano da Silva (Moreno), 21. João Donato (Gavião), 22. Pedro Gomes, 23. João Henrique, 24. Antônio Rosa, 25. José Lopes da Silva (Mormaço), 26. João Cesário (Coqueiro), 27. Manoel Antônio, 28. Francisco Antônio, 29. José Marinheiro, 30. André Marinheiro, 31. Antônio Marinheiro, 32. Antônio Caboclo (Sabiá), 33. Benedito Domingos, 34. José Angélica, 35. José Generosa, 36. Josias Vieira (Gato), 37. José Luiz (Zé Procópio), 38. José Preto, 39. Cypriano (Cypriano da Pedra), 40. Antônio Coelho , 41. José Pedro da Silva (Barba Dura), 42. José dos Santos (Seu Chico), 43. Jorge Salú (Maçarico), 44.Raymundo da Silva(Aragão, 45. Antônio França, 46. João José da Silva, 47. Nunes Marcelino, 48. Antônio dos Santos (Cobra Verde), 49.Antônio da Silva (Moita Braba), 50. Antônio Mansinho (Cuscuz), 51. Marcelino Nunes da Cruz, 52. Luiz Pedro do Retiro, 53. José dos Santos (Três Pancadas), 54. Nunes Magalhães (Pensamento), 55. João de Brito, 56. Euclydes Bezerra (Criança), 57. Manoel Vieira da Silva (Lasca bomba), 58. Antônio Maneca, 59. João Felix (Gasolina), 60. Urbano Pinto ,61. Antônio de Tal (Romeiro), 62. Genésio de Tal (Genésio Vaqueiro), 63. Vicente Penha (Vicente Preto), 64. Antônio de Tal (Antônio Caboclo), 65. Pedro de Tal (Pedro Quelé), 66.José de Tal(José Vaqueiro), 67.Manoel de Tal (Manoel Boi), 68. Sebastião de Tal (Cancão), 69. Félix de Tal (Matta Redonda), 70. Damásio de Tal (Chá Preto), 71. Domingos dos Anjos Oliveira (Serra de Uman), 72. Antônio de Tal(Machinista), 73. João Marcelino(Vinte e dois), Domingos de Tal,74. Laurindo Soares(Fiapo),75. José de Tal(Tempestade), 76, Curisco, 77. Caracol, 78.Pedro Gomes, 79. Barra Nova, 80. Ricardo de Tal,81.João de Tal, 82. Firmino de Tal, 83. Enock de Tal, 84. Pinica Pau, 85. Azulão, 86. Ezequiel Ferreira, 87. Trovão, 88. José Benedito, 89.Epiphanio, 90. Francisco Miguel(Pássaro Preto), 91.José Leite de Queiroz(jararaca), 92. Albino e outros que não se sabem os nomes.



Página: José João Souza

Grupo: O Cangaço

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SARAH BRASIL O NOVO ÍCONE DA MÚSICA NORDESTINA


Arte e Entretenimento / Com 4 CDs gravados em 2015, Sarah Brasil é considerada o novo ícone da música nordestina. Sarah é compositora desde os 16 anos, com mais de oitocentas composições registradas na Biblioteca Nacional. Como cantora iniciou sua carreira há treze anos, cantando em Alagoas e Pernambuco em várias banda de forró e "Grupo Se Avexe Não", que Sarah Brasil montou em Maceió-AL, onde animava festas e eventos sociais particulares.

Conheça um pouco mais do trabalho dessa artista:

"SAGA DE VIRGULINO FERREIRA O LAMPIÃO" um CD cultural autoral, atualmente transformado em um musical cênico nordestino, um verdadeiro cordel cantado, onde a autora expõe, em verso e prosa, seus mais de dez anos de pesquisa sobre esse ícone da cultura nordestina, que inspira artistas de diversos segmentos.

"ASTRO REI", também autoral, vem no estilo MPB acústico.

O CD de Forró com o título "EU QUERO É CANTAR LUIZ", tem a participação especial de Cezzinha, também com todas as músicas de sua autoria, onde a cantora homenageia o Rei do Baião Luiz Gonzaga e outros nomes da música nordestina.

"SARAH BRASIL E A SINFONIA DA PASSARINHADA" É o título de seu mais novo CD da cantora, trabalho que traz músicas no estilo MPB Nordestino.

Atualmente Sarah Brasil reside em São Paulo, onde vem divulgando seu trabalho e montando o musical acima citado para turnê nacional.
Fonte: Blog do Salatiel Araújo: 


http://www.agenciaoglobo.com.br/dinonews/Default.aspx?idnot=18717&tit=Sarah+Brasil+o+novo+%C3%ADcone+da+m%C3%BAsica+nordestina+

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UM BRINDE AO CARIRI CANGAÇO

José Cícero, Adailton Macedo e Manoel Severo no Cariri Cangaço Aurora 2013

Que bom que AURORA já se inseriu definitivamente na rota de discussões do Seminário Cariri Cangaço; inclusive como protagonista, dado os acontecimentos que até hoje marcam a própria história do Cariri. Trata-se, por conseguinte de um dos eventos privados de cunho colaborativo de maior conceito e relevância no cenário nordestino no que se refere à história, a cultura e outros temas afins que permeiam até hoje o cotidiano do Nordeste brasileiro. Discussões temáticas e visitações técnicas que na sua grande maioria não se passam na mídia convencional que, por uma série de interesses alheios à sociedade foram durante muito tempo colocados à margem da verdade e do nosso dia a dia.

Razão porque o Cariri Cangaço é agora um acontecimento sem fronteiras, cuja missão é fazer com que a geração hodierna possa conhecer, estudar, resgatar a sua própria história. Um verdadeiro grito de "Basta" à chamada memória do esquecimento. Por isso o sucesso. Momento em que centenas e centenas de pesquisadores, estudiosos, acadêmicos, escritores e demais aficionados dos temas sertanejos e nordestino (a exemplo do Cangaço) acorrem todos os anos a este evento singular para prestigiarem de perto todas as discussões pertinentes. Diria, por fim que, cada um que participa do seminário Cariri Cangaço onde quer que aconteça, há de retornar como um pouco mais de conhecimento na bagagem. Eis o grande barato deste evento magno e inteligente, cuja realização não está baseada em nenhuma forma de lucro ou vantagens dos seus idealizadores. 

Caravana Cariri Cangaço no Tipi de Marica Macedo, Aurora em 2013

Que os deuses da sabedoria façam com que Aurora e o Cariri Cangaço consigam prosseguir de lanterna em popa iluminado os caminhos e os rastros da nossa história; prestando assim um imenso serviço a nossa sociedade contemporânea. Notadamente porque a nova geração não há de aceitar tão facilmente, a morte da história. Oxalá!

José Cícero Silva, Secretaria de Cultura e Turismo - Aurora - CE
Pesquisador, escritor, poeta - Conselheiro Cariri Cangaço

http://cariricangaco.blogspot.com.br/2016/11/um-brinde-ao-cariri-cangaco-porjose.html

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JOÃO TUBIBA

Por: José Mendes Pereira

João Tubiba era mossoroense, mas a sua casa era o seu chapéu. Vivia exclusivamente à custa dos seus familiares e de alguns amigos. Nunca fora homem do trabalho, apenas levara a vida fazendo pequenos mandados, levando dos outros alguns recados e objetos daqui para ali. Uma de suas manias era acompanhar defuntos até ao Cemitério São Sebastião em Mossoró. E muitas vezes, nem conhecia a família do morto. O seu desejo era acompanhá-lo até à cova, e lá, fazer o que ele mais gostava. A primeira jogada de barro sobre o morto, tinha que ser feita por ele. Isso era o seu maior desejo.

Geralmente, no velório, João Tubiba servia para pernoitar ali diante do morto, enquanto os familiares procuravam descansar um pouco. Várias vezes, ele fora solicitado para esta finalidade. 

Mas, alguns afirmavam que aquele desejo do João Tubiba permanecer em velórios, era interesse, talvez para ganhar um trocadinho da família. Se era ou se não era, o João Tubiba estava em todos os velórios e enterros. 

Certa noite, enquanto permanecia pastorando um defunto, e já que naquele momento estava só, João Tubiba aproximou-se do caixão, levantou um pano que cobria o sem vida, e lá viu, que em matéria de sapatos, o defunto estava muito bem, obrigado!

Vendo que era um desperdício, e dos maiores, já que aquele par de sapatos iria ser enterrado juntamente com o falecido, e rapidamente fez a troca que antes imaginava. 

Como ninguém ali jamais imaginaria que alguém teria coragem de carregar os sapatos do morto, ele permaneceu a noite toda no velório, com sapatos novos e luxuosos em seus pés.

No dia seguinte, no momento de colocar o caixão dentro da cova, a viúva que desesperadamente chorava ao lado do caixão, pediu que queria ver o seu ente querido pela última vez, abrissem o caixão para as suas últimas despedidas. E de imediato, ela percebeu que o seu ex-marido estava com sapatos velhos. Mas como era um momento triste, ela só levou a conversa adiante, depois de alguns dias.

A partir deste dia, o João Tubiba deixou de participar de velórios, já que o seu interesse era furtar os defuntos. João Tubiba era ladrão de defuntos.

Minhas simples histórias

Se você não gostou da minha historinha não diga a ninguém, deixa-me pegar outro. 

  Todos os direitos reservados

Fonte:

  Autor 
José Mendes Pereira 

  Se você gosta de ler histórias sobre "Cangaço" clique no link abaixo:

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EM NAZARÉ DO PICO - FLORESTA - PERNAMBUCO - DIA 25 DE JULHO DE 2015







Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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OS RASTROS DO CANGAÇO NO TINGUI

Por João de Sousa Lima
Aldiro, João de Sousa Lima, e Lira na Fazenda Craunã, Tingui

     OS RASTROS DO CANGAÇO NO TINGUI.
“A VIOLÊNCIA TANTO CANGACEIRA QUANTO POLICIAL DEIXOU MARCAS PROFUNDAS”.

O cangaço deixou marcas profundas nos povoados Tingui, Cachoeirinha, Riacho Seco e Alto dos Coelhos, em Água Branca, Alagoas. Desde a entrada no cangaço de Manuel Maurício dos Santos, o cangaceiro “Barra Nova”, que teve sua família espancada pela volante policial comandada por Zé Joaquim, até as mortes de inocentes realizadas por cangaceiros, tendo por pretexto apenas o interesse de algum vizinho de roçado que fazia intrigas por coisas banais, como no caso de uma cerca arrombada por animais, um mourão avançado em alguns centímetros de terra, a água de um poço ou barreiro particular ou pela inveja de ver os animais do vizinho se reproduzindo e com o curral abarrotado, tudo era pretexto para desavenças, porém uma das principais causas envolvia namoros, traições e a honra de uma virgem seduzida.

Tudo isso era motivo de fuxico e o fuxico foi uma peste que assolou o Sertão na época do cangaço; Muitas mortes aconteceram motivadas pelo fuxico, conversas muitas vezes infundadas, inventadas por desafetos apenas para prejudicar seus inimigos.
     
Lampião teve vários coiteiros e intermediários na região do Tingui, Cachoeirinha, Riacho Seco e no Alto dos Coelhos, como João Rodrigues de Oliveira “Joãozinho Pedrão”, tropeiro dono da fazenda Zuleiros; os irmãos Belo Salú e Miguel Salú (que depois entrou pro cangaço) Cazuza, Zé Lucas, Louzinho Coelho, Sebastião Vieira Sandes “Santo” (que foi cangaceiro e volante, estava no ataque a Grota do Angico, quando Lampião morreu), Ozório, Antonio Zezé, Ernesto e Nicolau, que era casado com Lídia Gomes. 
     
Mesmo tendo grandes coiteiros nessa região alagoana os cangaceiros atacaram no Tingui, a casa do senhor Lulú e não encontrando o patriarca da família carregaram Manuel  “Neco” Lulú e o levaram até a casa de Antonio Xavier de Carvalho. Na casa de “Xavier” Lampião amarrou Neco Lulú, pendurou no esteio da casa e exigiu dinheiro. O velho Lulú chegando em casa soube que os cangaceiros haviam carregado  seu filho Neco Lulú e pegou um facão e foi resgatar o filho. Na casa do velho Xavier, Lulú falou com Lampião e o cangaceiro disse que só libertaria Neco por dinheiro e Lulú mandou um portador ir até Água Branca buscar emprestado o valor solicitado e quando o portador retornou que o dinheiro foi pago Neo Lulú foi liberado. 

Lateral a casa de Xavier, seu filho Abílio Xavier tinha um armazém e os cangaceiros seguiram pra lá onde encontraram um comerciante de Mata Grande que estava em um caminhão negociando peles e algodão; Os cangaceiros pegaram o caminhão e inventaram de dirigi-lo e saíram da rota apertada e entraram com veículo no mato, batendo em árvores, tocos e pedras danificando o automóvel que foi logo abandonado.
      
Na fazenda Craunã residia o casal Joaquim Antonio de “Oliveira” e Joana Sandes de Oliveira e os filhos José (Duquinha), Manuel, Alcidor, Gonçalo, Natalício, Joaquim, Adecir e Maria. 
Joana estava grávida de José.
     
No passado Joaquim havia namorado com Lídia Gomes e depois acabou casando com Joana, porém Lídia nunca esqueceu essa desfeita e mesmo casada com Nicolau restou essa rixa.
     
Lampião pediu um dinheiro a Oliveira, o coiteiro que foi levar o recado de Lampião foi Antonio Zezé. Chegando a fazenda Craunã Antonio entregou o bilhete com a solicitação de Lampião e Oliveira disse que estava sem dinheiro e pediu pra ele ir buscar depois. Oliveira vendeu uma vaca, juntou um dinheiro totalizando a quantia solicitada por Lampião, comprou uns cigarros e entregou a Antonio Zezé, fazendo o seguinte comentário:

- É duro trabalhar pra dar a quem não trabalha!

Antonio Zezé entregou o dinheiro e os cigarros a Lampião que estava acoitado nas proximidades. Os cangaceiros estavam bebendo e jogando baralho. Lampião começou enaltecendo Oliveira, falando das qualidades dele e dizendo que era um bom rapaz.

Antonio Zezé ouviu calado o comentário de Lampião e depois comentou com Nicolau que Oliveira tinha dito que era duro trabalhar e dar a quem não trabalha. 

Nicolau já tinha ciúmes por sua esposa ter namorado com Oliveira e também havia tido uma discussão por causa da água de um açude que pertencia a Oliveira. Nicolau aproveitou a ocasião e desabafou:

-  É capitão o senhor diz que oliveira é isso  e aquilo mais ele falou que era duro trabalhar e dar pra quem não trabalhava.

Os cangaceiros todos entregues a cachaça, Lampião enfurecido com o comentário pegou as notas e as espetou nos espinhos de um mandacaru e ordenou que  ninguém pegasse o dinheiro.  
D
ia 02 de novembro de 1932, um dia de finados, na fazenda Craunã, a família no alpendre, Oliveira estava com a pequenininha Maria em seu colo e cantando músicas fúnebres; Lampião chegou com mais dois cangaceiros; A aflição tomou conta da família; O casal com os filhos pequenos ficaram frente ao terror. 

Oliveira pediu pra Lampião matá-lo, mais que deixasse seus filhos em paz. Nesse momento foi chegando os filhos José “Duquinha” (com 17 anos) e Manuel (com 15 anos); Lampião pegou a “Mauser” e atirou em Oliveira, depois matou Duquinha e Manuel. Os filhos pequenos viram a triste cena. Lampião fez Joana beber cachaça forçadamente. De repente chegou Belo Salú que havia ouvido os tiros. Belo era irmão do cangaceiro Miguel Salú, e pediu pra que Lampião não fizesse mais nada com a família. Lampião disse que o filho mais velho, chamado Alcidor “Cidô”, teria que morrer, pra que não viesse depois vingar a morte da família. Belo Salú insistiu pra que o cangaceiro não fizesse mais nada, pois Cidô era o mais velho e era quem iria cuidar da família. Lampião atendeu Salú, reuniu os comparsas e ordenou pra que o pequeno Gonçalo Joaquim de Oliveira fosse buscar uns animais na roça para que eles fossem embora; Gonçalo pegou os animais e trouxe para o algoz de sua família; Lampião e os cangaceiros montaram e foram embora. 

Naquela manhã de finados restou a dor, o sangue jorrado na terra sagrada, o dia de finados perpetuado na música fúnebre, na visão horripilante que a morte deixou pelas armas de homens perversos e impiedosos.

Hoje, domingo, dia 27 de abril de 2014, eu, Neli Conceição, Josué Santana e Antonio Lira, tendo a ajuda de Aldiro e Paulo Soares de Oliveira, visitamos  a casa da fazenda Craunã e vimos a capela onde Oliveira, Duquinha e Manuel foram enterrados; três cruzes lembram as três vítimas. Ouvimos os lamentos dos irmãos Gonçalo e Maria, hoje aos 88 e 85 anos de idade, figuras caladas, conversa pouca, dores eternas.

A casa da fazenda encontra-se fechada, suas terras servem para a família plantar e colher, há algo de triste neste chão, mesmo com o  verde apontando e a chuva caindo, uma dor paira no ar, vento gelado açoita as paredes do casarão e da capela, chuva fina molha, enxágua, faz a semente adormecida florescer, florir, mais a tristeza impera, como mágoa que macula a terra em veios permanentes que absorveram sangues de inocentes almas, ensopadas frestas de areias que não cicatrizam as dores de uma família marcada por grande tragédia e nem o tempo é capaz de sarar as feridas do coração que sentiu a dor.......

João de Sousa Lima
Historiador e Escritor

Clique no link para ver todas as fotos.

http://joaodesousalima.blogspot.com.br/2014/04/os-rastros-do-cangaco-no-tinguiouvindo.html?spref=fb

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EU SONHEI COM POMBAL

Por Zé Ronaldo

SE OUTRA VEZ EU NASCESSE
NO LEITO DE UM HOSPITAL
E MINHA MÃE OFERECESSE
O SEU PEITO MATERNAL
E EU ME ABORRECESSE
DA PAPINHA E DO MINGAU.

PEDIA PARA ELA ME DAR
DAS ÁGUAS DO RIO PIRANHAS
DA TERRA DE MARINGÁ
DAQUELA QUE AGENTE BANHA
TENDO MANGA PRA CHUPAR
POIS QUEM MORA AQUI GANHA
MUITA HISTÓRIA PRA CONTAR.

QUERIA EM POMBAL DE NOVO
SER MOLEQUE DOS PEREIROS
ME MISTURAR COM O POVO
PACATO LINDO E ORDEIRO
NAS TRAQUINAGENS TER GOZO
LER A LUZ DE UM CANDIEIRO.

MESMO SENDO UM POTIGUAR
LÁ DO RIO GRANDE DO NORTE
VIM NOS BRAÇOS AINDA MORAR
VIVER E LANÇAR A MINHA SORTE
NA TERRA DE MARINGÁ
QUE ME FEZ UM HOMEM FORTE.

A MINHA MÃE EU PEDIRIA
NUM CHORINHO DE CRIANÇA
QUE ATENDESSE A MINHA ALEGRIA
DESSE A MIM A ESPERANÇA
EM POMBAL EU CRESCERIA
COM AMOR E SEGURANÇA.

LEVANTEI PELA AMANHÃ
DESTE SONHO EU DESPERTEI
E OLHANDO PELA JANELA
ABRI OS BRAÇOS E SOLTEI
" POMBAL MINHA CIDADE BELA
COM VOCÊ ME SINTO UM REI."

Pombal - Paraíba
Pombal - Paraíba
Pombal - Paraíba

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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INTELECTUAIS BAIANOS APROFUNDAM SIGNIFICADO HISTÓRICO DE LAMPIÃO E O CANGAÇO

*Por Jadson Oliveira

De Salvador-Bahia – Como entender hoje, numa realidade social marcada pelo capitalismo neoliberal e globalizado – em crise -, o fenômeno do cangaço que dominou vastas áreas do ainda feudal Nordeste brasileiro de quase 100 anos atrás?

Esta questão deve estar rondando a cabeça de intelectuais baianos que vão discutir na manhã do próximo sábado, dia 26, em Salvador, o significado da ação dos cangaceiros, em particular do grupo mais famoso chefiado pelo temido “capitão” Virgulino Ferreira, o Lampião, conhecido como o Rei do Cangaço e considerado por uns como um reles bandido e por outros como o maior guerrilheiro das Américas.

O debate – no auditório 2 (Mastaba) da Faculdade de Arquitetura da UFBa (bairro da Federação), das 8:30 às 13:30 horas – será feito a partir do livro LAMPIÃO, A RAPOSA DAS CAATINGAS, cujo autor, o sergipano residente na capital baiana José Bezerra Lima Irmão, fará a exposição inicial. 

Trata-se dum “alentado livro que deveria ser do conhecimento do público em geral, pelo que traz, nas suas 740 páginas de pesquisa séria, metódica e permeada de ilações de um seguro teor teórico e senso crítico, a par de um estilo literário simples, escorreito e sem as afetações dos escritos acadêmicos, que muito  proveito decerto traria para leitores de todas as idades, etnias e credos políticos e religiosos”.

Tal avaliação é do professor Edmilson Carvalho, que compõe, junto com Jorge Oliver, a Comissão de Organização do evento. Ele diz ainda que o encontro do sábado é uma grande oportunidade “para um velho sonho, sonhado por quantos se dedicam à pesquisa historiográfica do tema do cangaço, por uma ótica renovada, a saber, inserida num contexto de uma sociedade em crise, na qual os mais diversos segmentos da sociedade jogam suas propostas sobre a mesa para o debate”.

Devem participar da discussão reconhecidos representantes da intelectualidade baiana, alguns deles com vasta bagagem em pesquisas e obras relacionadas com o assunto – e correlatas como é o caso da Guerra de Canudos. Dentre eles, Valdélio Silva, Sérgio Guerra, Oleone Coelho Fontes e José Guilherme da Cunha.

Ao apresentar seu livro no blog araposadascaatingas.blogspot.com.br, o autor diz, em texto datado de abril de 2014, que ele é fruto de 11 anos de pesquisas e mais de 30 viagens por sete Estados do Nordeste. Explica que “analisa as causas históricas, políticas, sociais e econômicas do cangaceirismo no Nordeste brasileiro, numa época em que cangaceiro era a profissão da moda”.

E arremata: “Lampião iniciou sua vida de cangaceiro por motivos de vingança, mas com o tempo se tornou um cangaceiro profissional – raposa matreira que durante quase 20 anos, por méritos próprios ou por incompetência dos governos, percorreu as veredas poeirentas das caatingas do Nordeste, ludibriando caçadores de sete Estados”.

Faz 78 anos que Lampião (teria então 40 anos de idade), sua mulher de apelido Maria Bonita e componentes do seu bando foram mortos. Embora haja controvérsias, a história oficial registra que foram vítimas duma emboscada comandada pelo tenente João Bezerra, da polícia de Alagoas, no local denominado Angicos,  sertão de Sergipe, ao amanhecer do dia 28 de julho de 1938.

*Jadson Oliveira é jornalista

http://midialampiao.com.br/2016/11/23/intelectuais-baianos-aprofundam-significado-historico-de-lampiao-e-o-cangaco/

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O MESTRE E O INIMIGO Nº 1 DE LAMPIÃO


O MESTRE e o INIMIGO Nº 1 de LAMPIÃO!

Após as desavenças e brigas com o vizinho de propriedade "ZÉ SATURNINO", o jovem "VIRGULINO" e seus irmãoS Antonio Ferreira da Silva e Livino Ferreira da Silva, entraram para o bando de "SINHÔ PEREIRA" e, com esse, aprenderam muitas das táticas do cangaço. 

“Não sou cangaceiro por maldade minha, mas pela maldade dos outros” - Disse Lampião quando foi entrevistado pelo jornalista José Alves Feitosa do Jornal “A NOITE”, de Recife-PE. Essa entrevista foi publicada pelo Jornal Cearense “O POVO”, no dia 04 de junho de 1928.

Após a saída de Sinhô Pereira para o centro Sul do país, o jovem Virgolino Ferreira da Silva assume o comando do grupo e, transforma-se no "LAMPIÃO" que castigou 7 Estados do Nordeste Brasileiro.

Fonte: facebook
Página: Sálvio Siqueira
Grupo: Lampião, Cangaço e Nordeste
Ilustrado por José Mendes Pereira

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/?fref=ts

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EM CANINDÉ DO SÃO FRANCISCO - SERGIPE - DIA 26 DE JULHO DE 2015

Por José Romero de Araújo Cardoso





Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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O PAJEÚ FOI BERÇO DO CANGAÇO PARA RENOMADOS CHEFES DE BANDOS CANGACEIROS

Por Sálvio Siqueira

O Pajeú em si, foi berço do cangaço para renomados chefes de bandos cangaceiros, tais como Antônio Silvino, Cassimiro Honório, Sinhô Pereira, Lampião dentre outros, e como tal, tem, ainda, uma rica história para ser descoberta, encontrada, investigada, comentada e contada para futuras gerações.


Dois pesquisadores florestanos, Manoel e Rubelvan Lira, calçaram as alpercatas e colocaram os pés no caminho. Foram visitar e fazerem um estudo de pesquisa de campo na fazenda "baixas", localizada no município de Serra Talhada, local onde ocorreu um acirrado combate entre volantes e cangaceiros do bando de Lampião, promovendo baixas para ambos os lados.


Parabéns senhores, pela iniciativa, além da pesquisa, ter a gentiliza de dividir a mesma, junto as capturas, com a gente.


Por Manoel Serafim

"Eu e Rubelvan Lira estivemos nas Baixas onde ocorreu um terrível combate entre os Nazarenos (11 homens) e o grupo de Lampião (22 homens). Nesse tiroteio tombaram os volantes Inocêncio de Souza Nogueira e Olímpio Jurubeba, além do cangaceiro Manuel de Margarida.

Nas Baixas nós conversamos com o Manoel Isidoro que nos mostrou os escombros das casas e nos relatou a história desse combate."

Olímpio Gomes Jurubeba, morto nesse combate na fazenda "Baixas", é parente de um dos pesquisadores, Rubelvan Lira, filho do inesquecível João Gomes de Lira, de Nazaré do Pico, distrito de Floresta.

https://www.facebook.com/groups/545584095605711/

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