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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Nossos vizinhos, Personagens do cangaço na região de Paulo Afonso

Por: João de Sousa Lima

Paulo Afonso foi uma das regiões mais visitada pelos cangaceiros e muitos remanescentes permaneceram ainda na região depois que o cangaço foi extinto.
Pedro Silvestre (o senhor com a bengala) foi um dos maiores coiteiros de Lampião. Ele residia no povoado Lagoa do Rancho e foi um dos que  enterrou o cangaceiro Sabiá, morto por Lampião.
Arlindo Grande também foi  coiteiro e a residência dos seus pais foi um dos lugares onde eram realizados os famosos bailes do cangaço, no povoado Várzea.

O soldado volante Teófilo Pires do Nascimento foi um dos maiores perseguidores do cangaço e foi ele quem matou o cangaceiro Calais.
No centro da foto o senhor Antonio Chiquinho, construtor da Lagoa do Mel, local onde Lampião matou 16 soldados e nesse mesmo tiroteio perdeu seu irmão mais novo,  Ezequiel.
Antonio foi quem enterrou Ezequiel e depois foi forçado pela policia a desenterrá-lo. Faleceu  recentemente com 106 anos de idade residindo ainda no povoado Baixa do Boi.
O soldao Antonio Calunga e Ozeias (irmão de Maria Bonita) dois remanescentes das lutas cangaceiras em Paulo Afonso.
O cangaceiro Alecrim. Seu nome era Pedro Rimualdo e foi da volante, preso por Lampião foi salvo da morte pelo primo Ângelo Roque e foi forçado a ser cangaceiro. Viveu sempre no seu local de origem: o povoado Sítio do Lúcio.

Fontes pesquisadas:

Nos tempos de Lampião - Curiosidades do Orkut

Conta-se que ele havia decidido atacar o município de Custódia, próximo à cidade dos Siqueira Campos. O cangaceiro mandou um garotinho até a cidade para verificar quantos soldados havia no quartel ou na delegacia. Ao voltar, o menino anunciou: “No quartel, só tem cem”. Temeroso com o grande número de macacos, maneira pela qual chamava os guardas, Virgulino desistiu da invasão. O que ele não sabia é que Cem era o apelido do único soldado presente no quartel naquele dia''
Trecho do livro ''Flores, Campos, Barros e Carvalho'' - Maria Stella Siqueira Campos

Nomes dos cangaceiros que morreram na Grota de Angico

Por: Ivanildo Alves da Silveira

Os nomes dos cangaceiros colocados na famosa fot das onze cabeças, foram feitos muito rápido, ou seja, sem um estudo comparativo, sem oitiva de ex-cangaceiros, ex-coiteiros etc.. Por isso que há essa divergência.



Os nomes dos que morreram que mais se aproxima da realidade, são esses colocados na placa existente em Angico.

Aderbal e Alcindo

O escritor Alcindo Alves (autor de vários livros sobre o cangaço; ex-prefeito por 03 vezes da cidade de Poço Redondo/SE), foi quem colocou a respectiva placa naquele local, após fazer uma pesquisa e estudos de identificação dos aludidos cangaceiros. Portanto, é a classificação que mais se aproxima da realidade. Mas, há, ainda, divergências.

Um abraço.
IVANILDO SILVEIRA
Colecionador


Em busca de uma Polícia verdadeiramente cidadã

Por: Archimedes Marques
Vários fatores contribuem para o aumento desenfreado da violência e criminalidade no nosso país que traduz a crescente sensação de insegurança existente, contudo, o ponto nefrálgico de cobrança do povo em geral, é sempre a Polícia.
Realmente parece ser a Polícia a única responsável pela segurança da população, mas não é. Em verdade, apenas tem a instituição policial a função mais árdua de todas, porque atua na prevenção e na repressão ao crime, na garimpagem de criminosos e na execução da lei penal, a fim de torná-la efetiva ao exigir o seu cumprimento objetivando auxiliar a Justiça penal a solucionar os diversos conflitos inerentes.
A nossa Carta Magna vigente estabelece que a segurança pública é dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, assim, como pode ser percebido, a chamada Constituição cidadã, alicerçada no binômio direito e responsabilidade, embora imputando ao Estado o encargo principal, chama a população à co-participação para tão importante situação.
Atualmente, porém, é lugar comum a atribuição de culpa exclusiva ao Estado, mais de perto à Polícia, pela situação vexatória na qual nos encontramos. Fala-se sempre no direito à segurança, o que é correto, mas nunca na responsabilidade de todos no que tange ao tema. Aqui, mais uma vez, o pensamento liberal parece ser reinante, pois o direito é alardeado, enquanto a responsabilidade, esquecida.
Além da responsabilidade esquecida, para complicar ainda mais a situação, o povo generaliza que a Polícia é ineficiente, corrupta e corruptível, que todo policial é ignorante, arbitrário e irresponsável, quando na verdade, de uma maneira geral, tais entendimentos não passam de pensamentos ilógicos e insensatos, pois a Polícia também evoluiu com o tempo, não estagnou como continuam em teimar com tais concepções retrógradas.
A questão da violência policial de outrora que ultrapassaram todos os limites dos direitos do cidadão quando da ditadura militar que assolou o país por muito tempo, trouxe pechas marcantes e desagradáveis para a Polícia atual, pois daí nasceu o estigma da expressão polícia-repressão que foi passando de geração até os nossos dias. Repressão esta que não era em sentido de reprimir o crime e sim como sinônimo das atrocidades que ocorriam nos porões dos departamentos policiais, através das práticas de tortura e até desaparecimento de opositores ao regime do governo ditatorial. Pessoas não criminosas, e sim revoltosas, quedaram violentadas nos seus direitos fundamentais nas mãos da polícia ditatorial, da polícia-repressora, que ao invés de ser o órgão de conservação e garantidor da paz e da tranqüilidade pública, na verdade era o braço humano utilizado pelo governo nessas práticas covardes.
Esta espécie de tatuagem ideológica ainda não fora removida da mentalidade do nosso povo. Diminuída, humilhada, submetida, à polícia só restaram as críticas, as denúncias, as desconfianças, os despojos, o lixo proveniente das duas décadas do golpe militar.
O conjunto das regras que garante a segurança e a  ordem  que rege os atributos da Polícia se confundem com esses problemas citados e cria os preceitos verdadeiros de que vivemos  uma atividade desprezada, uma função incompreendida, uma trajetória ilógica, uma vida atropelada dentro de uma classe  tão humilhada.
Repensar esses conceitos irracionais é resgatar o próprio bem estar da coletividade. É lutar para que haja uma maior união e interatividade entre o povo e a sua Polícia. É sonhar que um dia haja a confiança do cidadão nas ações da sua Polícia. É ter esperança que em breve a sociedade possa ter a Polícia como sua amiga, como sua aliada no combate ao crime e no cumprimento das leis.
A Polícia cidadã, acima de tudo, é a guardiã da sociedade e da cidadania. No seu cotidiano o policial investiga, protege o bem, combate o mal, gerencia crises, aconselha, dirime conflitos, evita o crime, faz a paz e regula as relações sociais. O policial é também o sustentáculo das leis penais e deve seguir sempre o princípio primordial de jamais colocar as conveniências da sua carreira acima da sua trajetória moral.
Entendemos então que a Polícia cidadã que nasceu com a atual Constituição e ainda não se firmou apesar de mais de duas décadas de existência e tentativa, é o elo de boas ações que estabelece um sincronismo entre o seu labor direcionado verdadeiramente a serviço da comunidade.
Concluímos assim, que remediando esses males elencados, com a ajuda e a conscientização de todos os segmentos possíveis, teremos então uma Polícia verdadeiramente cidadã saída da teoria para a prática, que por certo alcançará os seus objetivos com mais presença para oferecer uma conseqüente melhor segurança pública para a sociedade.

Delegado de Polícia no Estado de  Sergipe, Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Segurança Pública pela UFS.
archimedes-marques@bol.com.br

Enviado pelo autro: Dr Archimedes Marques 

O JAGUNÇO E O PADRE

Por: Rangel Alves da Costa
Rangel Alves da Costa

O JAGUNÇO E O PADRE
Já perto de morrer de morte natural, pela velhice e enfraquecimento normal das forças do corpo, vez que diziam que ele era homem de sete vidas, o encanecido jagunço recebeu no seu casebre a inesperada visita do também provecto sacerdote. Acredite se quiser, mas eram amigos de muito tempo, o homem da hóstia e o da escopeta.
Mesmo naquela idade, andando quando muito de bengala pelos arredores do casebre de barro batido na ripa, de olhar profundo, entristecido, porém numa vivacidade que parecia estar sempre procurando o inimigo ou aquele que ia derrubar em seguida, de tocaia, da qual era especialista.
Ainda era temido, fazia muita gente mudar de rota pra não passar na sua malhada, na sua cancela. Mas não que o pudesse encontrar nas moitas de arma pronta e dedo no gatilho pronto pra disparar, mas pela história que contavam a seu respeito. E eram tantas e tão assustadoras que davam até pra arrepiar.
Ora, falar em jagunço era lembrar de outros tempos, um tempo de mando, de sangue, de covardia, de muitas mortes encomendadas, tanto de inocente com de cabra da mesma laia do chefe do pistoleiro. Mesmo não tendo nem mais resquícios do que haviam sido, o coronelismo e a jagunçada foram elementos inseparáveis na história colonizadora do nordeste.
E ali ainda morava um velho jagunço, um pistoleiro de não se sabe nem quantas mortes pelas costas. Aos olhos das pessoas comuns, falar em jagunço era se ter em mente apenas um assassino a sangue, um sanguinário matador, alguém que fazia o serviço de tocaiar vidas por dois contos de réis.
Mas não. É quase isso, mas não somente isso. Jagunço é a denominação que se dava, em tempos idos, ao sertanejo que prestava proteção ao líder politico ou coronel e, através do uso de armas e de estratégias matutas, elimanava os desafetos do seu chefe. No mesmo sentido, era aquele que servia de guarda-costas a fazendeiros ou poderosos e, sob suas ordens, fazia o trabalho sujo de matar inimigos.
Muitos eram homens de bem, pais de família, trabalhadores, muito conhecidos na região, mas por qualquer circunstância da vida cometiam crimes. Pobres, sabendo que sem a proteção do coronel seriam presos, então corriam pra propriedade do homem. De certo que não pegavam pena nenhuma, mas também tinham que fazer, dali por diante, o que o coronel mandasse. E o que ele mandava todo mundo já sabe, que era resolver na bala aquilo que a palavra não dava jeito.
Êta vida, meu Deus, tanto fazer, tanto matar por nada. Mas o que seria do jagunço se não fosse o desafeto do coronel, do capitão, do senhor de posse e cargo, pra matar de tocaia, deixar o bicho espumando estrebuchado no chão, cravejado de bala e sangrando até pelo canto do olho? Aquele derrubado não era ninguém, era apenas mais um, mesmo que mais tarde ficasse dilacerado por ter matado um conhecido.
E lá pelas tantas, depois de ter oferecido a terceira dose de pinga ao sacerdote, e logicamente derramado goela adentro outras três, o velho profissional da pistolagem sertaneja dizia calmamente:
Ser jagunço era ruim, coisa ruim demai, mai tomem era bom, bom de não ter medo de nada, nem da puliça nem das autoridade, e tudo pruquê ficava portegido pelo mandante. Na casa grande do coroné pé de pessoa num entrava se num fosse chamado. E se forsse pa fazê pregunta a seus home corria o risco de nem vortá pra dizer que num pôde.
Certa feita coroné Torquato me encomendou a morte do coroné Totonho. Quano soube da estóra, coisa que segradaro por lá, o coroné Totonho me mandou chamá e me ofereceu o dobro pra matá o coroné Torquato. Acabei num recebeno dinhero nem de um nem de outo, poi matei na hora o coroné Totonho só pruquê pensou que eu era home de me vendê. Adespoi o coroné Torquato num quis me portegê e tive de desabar no mundo. Todo mundo sabia que foi ansim, mai num foi não. Fiquei dois dia tocaiando o coroné, nos escondido das moita, até que passou num alazão e dei cabo dele. Ficou lá estirado, com o charuto ainda aceso no canto da boca...
E o velho sacerdote perguntou do que ele mais se arrependia. E o quase centenário jagunço nem vacilou na resposta, e disse:
Inté hoje só me arrepeno de uma coisa, que foi de num ter matado vosmicê, seu pade safado. À moda daquele pade lá do Juazeiro, me encomendou tantas morte e nunca me pagou uma sequer. Ganhano dinhero do coroné Salú, viveno do licor dele, mandava matá em nome do home e adespoi dizia que ia me pagá. Inté hoje, e tarvez ainda fosse tempo de lhe tocaiar e matá um pade veiaco safado...
E o sacerdote, um tanto quanto assustado, levantou um pouco e disse que era também pra isso, pra lhe pagar, que tinha ido até ali. E puxou do bolso dois crucifixos de ouro, colocando-os nas mãos do homem. E disse que o outro era apenas pra ele guardar e entregar somente quando se encontrassem depois da morte, pois tinha certeza que iam para o mesmo lugar.
Poeta e cronista
e-mail: rangel_adv1@hotmail.com

Hoje, dia da Santa Catarina



Neste dia 25 de Novembro, lembramos a vida desta santa que é inspiradora e protetora de um Estado brasileiro: Santa Catarina. Nascida em Alexandria, recebeu uma ótima formação cristã. É uma das mais célebres mártires dos primeiros séculos, um dos Santos Auxiliadores. O pai, diz a lenda, era Costes, rei de Alexandria. Ela própria era, aos 17 anos, a mais bonita e a mais sábia das jovens de todo o império; esta sabedoria levou-a a ser muitas vezes invocada pelos estudantes. Anunciou que desejava se casar, contanto que fosse com um príncipe tão belo e tão sábio como ela. Esta segunda condição embargou que se apresentasse qualquer pretendente.

"Será a Virgem Maria que te procurará o noivo sonhado", disse-lhe o ermitão Ananias, que tinha revelações. Maria aparece, de fato, a Catarina na noite seguinte, trazendo o Menino Jesus pela mão.

- Gostas tu dele - perguntou Maria.
- Oh, sim.
- E tu, Jesus, gostas dela?
- Não gosto, é muito feia.

Catarina foi logo ter com Ananias:

- Ele acha que sou feia - disse chorando.
- Não é o teu corpo, é a tua alma orgulhosa que Lhe desagrada -  respondeu-lhe o eremita.

Este instruiu-a sobre as verdades da fé, batizou-a e tornou-a humilde; depois disto, tendo-a Jesus encontrado bela, a Virgem Santíssima meteu aos dois o anel no dedo; foi isto que se ficou chamando desde então o "casamento místico de Santa Catarina". Ansiosa de ir ter com o seu Esposo celestial, Catarina ficou pensando unicamente no martírio.

Conta-se que ela apresentou-se em nome de Deus, diante do perseguidor, imperador Maxêncio, a fim de repreendê-lo por perseguir aos cristãos e demonstrar a irracionalidade e inutilidade da religião pagã. Santa Catarina, conduzida pelo Espírito Santo e com sabedoria, conseguiu demonstrar a beleza do seguimento de Jesus na sua Igreja. Incapaz de lhe responder, Maxêncio reuniu para a confundir os 50 melhores filósofos da província que, além de se contradizerem, curvaram-se para a Verdade e converteram-se ao Cristianismo, isto tudo para a infelicidade do terrível imperador.

Maxêncio mandou os filósofos serem queimados vivos, assim como à sua mulher Augusta, ao ajudante de campo Porfírio e a duzendos oficiais que, depois de ouvirem Catarina, tinham-se proclamado cristãos. Após a morte destes, Santa Catarina foi provada na dor e aprovada por Deus no martírio, tendo sido sacrificada numa máquina com quatro rodas, armadas de pontas e de serras. Isto aconteceu por volta do ano 305. O seu culto parece ter irradiado do Monte Sinai; a festa foi incluída no calendário pelo Papa João XXII (1316-1334).

Santa Catarina de Alexandria, rogai por nós!
portal/canais/liturgia/santo/index.php?dia=25&mes=11

AS MARCAS DA PASSAGEM DE LAMPIÃO – A HISTÓRIA DA CAPELINHA DA SERRA DA VENEZA

Por: Rostand Medeiros

Um dos aspectos mais interessantes da história da passagem do bando do cangaceiro Lampião pelo Rio Grande do Norte, entre os dias 10 e 14 de junho de 1927, não aponta apenas para os relatos de lutas, resistências, arroubos de valentia, covardias, ou sobre o alivio em relação à fuga dos cangaceiros. Foi possível encontrar em alguns locais, interessantes situações originadas pelo medo da passagem de Lampião, que geraram manifestações que se perpetuam até hoje.
Capela da Serra da Veneza - Foto - Rostand Medeiros
Comento especificamente sobre uma ermida encontrada no alto de um promontório denominado Serra da Veneza, próximo ao sítio Garrota Morta, na fronteira entre os municípios de Antônio Martins e Pilões. Nesta elevação granítica, que segundo o mapa da SUDENE chega a atingir a altitude de555 metros, existe uma capela edificada em razão do medo provocado pela passagem do bando.
Primeiramente havíamos recebido uma informação que este pequeno templo fora erguido pelo fazendeiro Manoel Barreto Leite, conhecido na região como “Seu Leite”, proprietário de um sítio conhecido como Veneza e localizado próximo a esta serra. Esta informação dava conta que todos os anos, a família do proprietário rural mandava rezar uma missa como forma de marcar mais um aniversário da libertação de Barreto do julgo do bando. Tanto a construção da capela como a missa rezada anualmente eram parte de uma promessa que devia ser cumprida pela família Leite.
Na tarde do dia 11 de junho de 1927, um sábado, quando empreendia uma viagem, na altura do sítio Corredor, a cerca de dez quilômetros de sua propriedade, o fazendeiro Manoel Barreto Leite, foi capturado pela fração do bando comandado por Sabino. Sua libertação foi orçada em cinqüenta contos de réis. O mesmo só foi libertado em Limoeiro, atual Limoeiro do Norte, no Ceará, após a derrota do bando em Mossoró.
Manoel Leite era um homem conhecido na região, que possuía bons recursos financeiros e extremamente respeitado, por esta razão a existência da capelinha branca no alto da serra homônima de sua propriedade, ficou associada a uma promessa feita pelo fazendeiro seqüestrado.
Mas conforme seguíamos o trajeto, ao perguntarmos sobre este caso, percebemos o desconhecimento das pessoas da região em relação a esta versão. Buscamos apurar os fatos e no sítio Garrota Morta localizado nas proximidades desta serra, encontramos uma senhora chamada Maria Eugenia de Oliveira que esclareceu a verdade sobre esta capela. Esta senhora, pequena na estatura, mas é forte, voluntariosa, possui uma voz firma e olha direto no olho do interlocutor. Maria Eugenia não é daquelas de ficar em casa vendo novelas, já está na faixa dos cinquenta anos, mas todo santo dia trabalha voluntariamente como animadora da congregação católica local. Participando ainda como catequista e ministra da eucaristia.
Dona Maria Eugênia de Oliveira - Foto - Rostand Medeiros
Há alguns anos atrás, por sua própria iniciativa, em meio a este trabalho religioso ela iniciou uma pesquisa histórica com as pessoas mais idosas da sua região, onde apurou entre outras coisas a origem dos nomes dos logradouros, as histórias relativas as famílias da região e os fatos históricos mais representativos do lugar. Mesmo anotando estas informações em um caderno simples, através de sua louvável e comovente iniciativa foi possível conseguir as informações sobre a origem desta capela.
Segundo Maria Eugenia foram as idosas moradoras conhecidas como “Francisca do Uru” e “Francisca da Garrota Morta”, que lhe narraram os fatos que a comunidade local considera um verdadeiro milagre.
Na noite de 10 de junho de 1927, quando Lampião e seu bando se aproximavam da fazenda Caricé, a cerca de oito quilômetros da Garrota Morta, em meio às terríveis notícias, três fazendeiros da região procuraram refúgio junto às rochas da base desta elevação. Essas famílias eram comandadas respectivamente por Manoel Joaquim de Queiroz, proprietário do sítio Garrota Morta, Vicente Antônio, do sítio Cardoso e Francisco Felix, que habitava na pequena zona urbana que formava a Vila de Boa Esperança, atual cidade de Antônio Martins. Na época da passagem de Lampião, todo este vasto sertão pertencia a área territorial do município de Martins.
Durante o período que lá permaneceram, as três famílias não se encontraram e sequer se viram em nenhum momento. Em meio à aflição, estes homens solicitaram junto ao mesmo santo, São Sebastião, que os protegessem contra a ação dos cangaceiros.
No dia posterior o bando chegou próximo a Serra da Veneza. Os cangaceiros ainda palmilharam algumas casas edificadas dentro dos limites da propriedade Garrota Mortas, mas não chegaram próximo aos esconderijos no pé da serra.
Em meio ao sentimento de alivio que crescia, as três famílias que não se viam choravam de alegria e rezavam agradecendo. O mais interessante, segundo Maria Eugenia, mesmo sem existir nenhuma espécie de combinação, os três homens elegeram a mesma penitência; galgar a Serra da Veneza, erguer um oratório e ali depositar uma imagem em honra a São Sebastião.
Logo os fazendeiros e seus familiares foram a Vila de Boa Esperança a treze quilômetros da serra. Como muitos moradores da região, eles foram agradecer na capela do lugarejo, edificada em honra a Santo Antônio, o fato de nada de pior haver ocorrido. Neste local os três homens se encontraram, eram amigo, e logo debatiam sobre os fatos vividos. Para surpresa de todos os presentes, compreenderam que havia ocorrido uma interseção divina com relação a eles terem tido as mesmas idéias e os mesmos pensamentos.
O ponto branco no meio da Serra da Veneza é a capelinha - Foto - Rostand Medeiros
Em pouco tempo eles adquiriam conjuntamente uma pequena imagem de São Sebastião e logo galgavam a Serra da Veneza, para unidos edificarem um pequeno oratório. A ação dos três fazendeiros e as estranhas coincidências chamaram a atenção das pessoas na região. Outros penitentes passaram a subir a serra para pagar promessas. Mais algum tempo a comunidade da Garrota Morta já organizava uma singela procissão e não demorou muito para que o pároco local também viesse participar. Com o passar do tempo começou a ocorrer a participação de pessoas de outros municípios.
Em 1948, vinte e um anos após a passagem de Lampião e seu bando e do pretenso milagre, treze famílias da comunidade ergueram treze cruzes, formando uma via sacra entre a base da serra e o local do oratório. Cada uma destas cruzes tinha dois metros de altura e continha uma placa da família doadora. Percebendo o crescimento desta manifestação, conjuntamente estas pessoas deram início a construção da atual capela, em meio a uma intensa confraternização.
A capela foi construída em um ponto mais abaixo em relação à posição original do antigo oratório. Uma nova imagem de São Sebastião foi levada em procissão e se uniu a que ali havia sido colocada primeiramente.
Serra da Veneza - Foto - Rostand Medeiros
Atualmente a participação popular só cresce. A cada dia 20 de janeiro, inúmeros ex-votos são colocados como pagamento de promessas, velas são acesas e fiéis de vários municípios vêm participar subindo a serra. Em meio a um intenso foguetório, sempre as primeiras horas da manhã, um público que atualmente gira entre 400 e 500 pessoas, comparece ao sítio Garrota Morta e com a tradicional fé característica do nordestino, sobrem a serra. Entre as atrações do evento, sempre ocorrem apresentações de violeiros, que declamam em verso os medos e o pretenso milagre que envolveu as três famílias. Apesar da área onde a Serra da Veneza está situada não pertencer mais territorialmente a Martins, a capelinha está sob a jurisdição da Paróquia de Martins, que tem a frente o padre Possídio Lopes.
O sítio Garrota Morta esta localizado na área territorial do município de Antônio Martins, as margens da estrada que liga as cidades de Pilões e Serrinha dos Pintos. O dia da nossa visita a região estava particularmente quente, em meio a uma região já bem quente. Além do mais eram uma hora da tarde e nosso tempo era curto. Mas sei que vou voltar e subir esta serra.
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Extraído do blog: "Tok de História",
do historiógrafo Rostand Medeiros

KU KLUX KLAN-RACISMO LEVADO ÀS ÚLTIMAS CONSEQÜÊNCIAS

Por: Rostand Medeiros

A segregação racial nos EUA foi levada ao extremo com a criação da Ku Klux Klan. Organização racista, criada em 1865, busca a supremacia branca empregando a violência, seu membros se enquadram no famoso padrão WASP (White, Anglo-Saxon and Protestant).
M.Ouriques
kkk
Antes mesmo de falar de racismo nos Estados Unidos, acredito que, é importante que se tenha claro que o racismo brasileiro se insere em um contexto histórico bem diferente. Longe da idéia de que no Brasil tivemos uma escravidão adocicada como já disse Gilberto Freyre, é de senso comum que houve a coerção em qualquer época ou lugar que se tenha empregado a escravidão. Pois bem, a escravidão no nosso país fugia, por vezes, da linha da cor. Explico: muitos negros forros tornaram-se senhores de escravos ou ainda traficantes, possivelmente até enriquecendo-se com esta atividade. Que fique enfatizado, este é um traço da sociologia histórica brasileira e não se encontraria tais acontecimentos pelas bandas do Tio Sam.
Mas e aquela dúvida? Porque no Brasil o racismo é algo por vezes velado, onde as pessoas envergonham-se de assumir tal preconceito e nos EUA ele chegou a este ponto:da criação de uma organização extremista que eliminam negros e que contou com o apoio de governos estaduais e por muito pouco não tornou um partido político?
Talvez a resposta esteja nas condições que foi gestada a abolição por lá e no Brasil. Nossa abolição, assinada em 1888, foi tecida pelo alto, pelas mãos da elite política brasileira, com a constante pressão da Inglaterra desde o primeiro quartel do século XIX.
A abolição nos EUA deu-se de uma maneira muito diversa: foi obtida numa guerra civil, e no fim desta foram suspensos os direitos políticos dos brancos sulistas, conforme afirma Ronaldo Vainfas.
Pois bem, durante o período pós-guerra surgiu no Tennessee em 1865, a Ku Klux Klan, apadrinhada por governos estaduais, principalmente do sul do país. Espalhavam-se pelo país cartazes em bares, em bancos de praça, em banheiros: “Only for black people”, “Only for White people”.
A princípio o Klan queria tirar todos os direitos adquiridos pelos cidadãos negros, como de votar. Para alcançarem seus objetivos, a violência foi ( e talvez ainda seja, pois a organização ainda mantêm-se viva) utilizada levando por muitas vezes, a morte destes cidadãos.
Com a crise de 1929 e o advento da II Guerra a popularidade da organização cresceu a ponto de organizarem-se passeatas em prol dos WASP. Eram simpatizantes do nazismo e do antissemistismo. No seu auge a KKK chegou a abarcar algo em torno de 4 milhões de membros, hoje conta com mais ou menos 3 mil homens.
Foi por muito custo que durante a década de 1960 os negros americanos uniram-se para derrubar este sistema que se infiltrou por todo o país. Vale aqui recordar do movimento liderado por Martins Luther King e seu famoso discurso: “I have a dream” e das políticas de ação afirmativa do governo nos anos 1970.
Ku Klux Klan rally, Gainesville, Flórida, 31 de dezembro de 1922
Felizmente, na terra brasilis, não tivemos exemplos deste tipo. Ao menos o terror racista nós não importamos.
“Eu digo a você hoje, meus amigos, que embora nós enfrentemos as dificuldades de hoje e amanhã. Eu ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano.Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença – nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais.Eu tenho um sonho que um dia nas colinas vermelhas da Geórgia os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos desdentes dos donos de escravos poderão se sentar junto à mesa da fraternidade.Eu tenho um sonho que um dia, até mesmo no estado de Mississippi, um estado que transpira com o calor da injustiça, que transpira com o calor de opressão, será transformado em um oásis de liberdade e justiça.Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje” (Martin Luther King, 1963)
VAINFAS, Ronaldo. Racismo à moda americana. In: FIGUEIREDO, Luciano (org) A era da escravidão. Rio de Janeiro: SABIN, 2009.

Fonte

O fenômeno Bullying pode gerar malefícios irreparáveis e crimes diversos.

Por: Archimedes Marques
 
Na trajetória da vida nos deparamos com situações inusitadas e surpreendentes. Em algumas delas podemos agir, interferir e até mesmo remediar algo de errado, porém noutras, apenas lamentar.
Dia desses, em visita a cidade de Salvador, fui ao Mercado Modelo e ali nas suas imediações um fato ocorrido me chamou atenção para o termo inglês conhecido por Bullying, cujos atos decorrentes são antigos, mas que no presente tempo com a propagação das ações inerentes trás imensa preocupação para os educadores, pais de alunos, autoridades diversas e para a sociedade em geral, vez que os seus resultados sempre se esbarram em situações criminosas ou deprimentes, por vezes com malefícios irreparáveis principalmente para as suas vítimas.
O fenômeno Bullying é usado no sentido de identificar ações provindas dos termos zoar, gozar, tiranizar, ameaçar, intimidar, isolar, ignorar, humilhar, perseguir, ofender, agredir, ferir, discriminar e apelidar pessoas com nomes maldosos, que na grande maioria das vezes tem origem nas escolas através dos jovens alunos que assim praticam tais maldades contra determinados colegas que possuem algum defeito físico, assim como, os relacionados à crença, raça, opção sexual ou aos que carregam algo fora do normal no seu jeito de ser.
De volta ao Mercado Modelo, chegava um ônibus de turismo quando diversos vendedores ambulantes assediavam os turistas para venderem os seus produtos, quando apareceu um velho mendigo, barbudo, cabeludo, maltrapilho, imundo, de pés descalços, tipo daqueles cidadãos que vivem ou sobrevivem à espera da morte na miséria absoluta, morando debaixo das marquises das lojas ou dos viadutos que o tempo e a vida lhes deram de presente e, ao se aproximar daquele grupo de pessoas, então um dos vendedores o enxotou em verdadeira humilhação:
- Sai prá lá GAMBÁ que você espanta qualquer um com o seu fedor de fossa insuportável!...
Vendo aquela cena deprimente e desumana me aproximei daquele mendigo que já saía sem reclamar com o “rabinho entre as pernas” para lhe dar um trocado qualquer e então, do seu jeito de caminhar, dos seus gestos com as mãos, de um sinal no rosto e de um tic nervoso a piscar a todo tempo um dos olhos quase já fechado pela amargura do seu viver, o reconheci...
De imediato naveguei pelo túnel do tempo de volta ao passado e aportei em uma Escola da rede pública ali próxima na própria cidade baixa da capital baiana, no início dos anos 70, onde estudei por quase dois anos antes de voltar para Aracaju e, lá encontrei o colega de classe apelidado de GAMBÁ, então perseguido implacavelmente, ofendido na sua cidadania, discriminado pelo seu jeito de ser e humilhado incondicionalmente pela grande maioria dos seus jovens colegas, meninos e meninas com idades aproximadas de 13 e 14 anos.
Aquele jovem que talvez não gostasse de tomar banho ou que talvez não tivesse oportunidade freqüente para tanto, pelo fato de possivelmente morar em alguma invasão desprovida de saneamento básico e, que sempre chegava suado e cheirando mal em sala de aula, talvez pelo provável fato de também não possuir produtos higiênicos na sua casa, logo ganhou de algum colega gaiato o apelido de gambá que nele grudou qual uma sanguessuga a sugar a sua dignidade e, então passou a ser menosprezado e ofendido por quase todos da classe e até das salas circunvizinhas. Por onde passava os alunos tapavam o nariz e na sala de aula sentava na última carteira, isolado de todos. De tanto humilhado e discriminado que era ninguém dele se aproximava, principalmente por receio de também ser hostilizado.
Senti uma fisgada no peito ao me ver também culpado pelo que se transformou o jovem colega conhecido por gambá. Confesso ter sido cúmplice por omissão, não por ação, pois eu também era uma vítima das ações nefastas advindas do Bullying, por ser um menino tímido ao extremo ao ponto de todos os dias entrar calado e sair mudo em sala de aula, então isolado pelos colegas da classe que preferiam lidar com os mais falantes e extrovertidos.
Como vítima parceira de tais ações depreciativas, o certo era eu ter me juntado ao colega gambá, mas não o fiz por covardia, por medo, por receio de ser mais rechaçado ainda pelos demais estudantes e assim sofremos individualmente em proporções diferentes a dor do isolamento e da humilhação naquele interminável ano de 1972. No ano seguinte gambá, após ter sido reprovado com as menores notas da classe em todas as matérias possíveis não mais retornou ao Colégio, enquanto que, para minha alegria logo retornei para o meu querido Estado de Sergipe para crescer e esquecer aquele deprimente, humilhante e sufocante tempo.
Essa triste lição de vida me mostrou o quanto as chamadas inocentes brincadeiras de criança podem ser maléficas para tantos outros, se é que essas ações escolares agora conhecidas por Bullying podem ser consideradas inocentes, vez que para muitos estudiosos no assunto, tais ofensores sofrem de distúrbios psíquico que precisam de tratamento sob pena de explosões mais desastrosas ainda, como de fato vem ocorrendo em muitos lugares.
A agressividade e a violência advindas do fenômeno Bullying assumem além de tudo, o caráter etiológico do violar, não só referente às normas de conduta, a moral e a disciplina, mas principalmente viola os direitos do cidadão relacionados a sua integridade física e psíquica, a sua liberdade de opinião ou sua escolha de vida, a sua liberdade de expressão e até de locomoção, enfim, fere de morte o princípio constitucional da dignidade da pessoa humana em sociedade.
A psiquiatria e a psicologia mostram que além do sofrimento dos jovens vítimas do fenômeno Bullying, muitos adultos ainda experimentam aflições intensas advindas de uma vida estudantil traumática.
Nos últimos anos a população mundial freqüentemente assiste atônita as diversas situações estarrecedoras quase sempre nascidas e advindas do fenômeno Bullying, com agressões físicas e assassinatos por parte de alunos contra os seus próprios colegas, contra professores, guerras de gangues, de torcidas organizadas, de tráfico de drogas com participação de jovens estudantes até mesmo dentro das próprias instalações escolares.
As diversas Escolas espalhadas pelo país, destarte para as situadas nos ambientes periféricos das grandes cidades se tornaram espaço de intolerância, competições absurdas e conflitos de todos os tipos possíveis, em especial para os problemas relacionados às drogas, assim como, para os pertinentes à liberdade sexual, ou seja, para as meninas que não aderem a esse tipo de pratica livre, passando então as mesmas a sofrer diversos tipos de perseguições, em verdadeiras inversões de valores por conta das ações absurdas do fenômeno Bullying.
Ética, solidariedade e humanismo são realmente palavras desconhecidas e perdidas em muitas comunidades de jovens estudantes que as substituem pelo desrespeito e pela afronta ao direito individual do seu colega que pretende prosperar e vencer na vida honestamente, pelo seu próprio esforço e valor.
É preciso dar um basta nestes tipos perniciosos de vandalismo e delitos juvenis. O jovem necessita acima de tudo de limites. Precisa entender os seus direitos e os seus deveres e até onde eles chegam. Precisa de disciplina e autoridade. Precisa entender que todos são cidadãos em igualdade de condições. Entretanto, para que consigamos chegar a tal geração de jovens politizada, só com uma boa educação familiar e escolar é possível alcançar tal objetivo.
Assim, não há como deixar de concluir que estamos diante de um sério problema relacionado às áreas educacional, social, da psiquiatria e de segurança pública, com real tendência para sua resolução na educação preventiva, curativa psiquiatra ou psicológica, por isso, necessário se faz, da consciência absoluta do Ministério da Educação com a elaboração de verdadeiro e efetivo Programa de combate a este grande malefício conhecido por Bullying, tomando por gerentes os bons educadores, estudiosos e pesquisadores no assunto que em alguns Estados brasileiros já se fazem presentes nas suas respectivas secretarias de educação, mas que necessitam, sem sombras de dúvidas, de melhores investimentos financeiros para as suas conseqüentes vitórias que por certo serão galgadas no trabalho junto aos pais de alunos, professores e dos próprios estudantes autores e vitimas do fenômeno.
Além dessa medida, necessário se faz uma batalha mais ampla dentro do Legislativo, até com uma reforma no próprio Estatuto de Criança e do Adolescente com reais modificações e acrescentando-se a esta Lei bons artigos inerentes ao tema para possibilitar ao Estado Nação um melhor campo de atuação, pois é desejo de todos nós vermos os nossos jovens estudantes crescendo e somando-se a construção coletiva e permanente para o pleno exercício da cidadania.
Autor: Archimedes Marques (delegado de Policia no Estado de Sergipe. Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Segurança Pública pela Universidade Federal de Sergipe) archimedes-marques@bol.com.br

Enviado pelo autor: Dr: Archimedes Marques

http://blogdomendesemendes.blogspot.com/ 

GOLPE DE 1964

Por: Rostand Medeiros


IMPOSSÍVEL É FAZER DE CONTA QUE NÃO ACONTECEU

INTERESSE PESSOAL E NÃO COM A HISTÓRIA

Por: José Mendes Pereira

Quem lança no mercado livros que não condiz com a verdade, tem interesse pessoal e não com a história.

Uma pergunta que tenho certeza que todos os escritores, pesquisadores, historiadores e estudantes do cangaço fazem nas suas mentes:

Qual foi a fonte que o escritor Pedro Morais encontrou esta decepcionante história sobre Lampião e Maria Bonita? Nos arquivos dos escritores do cangaço não foi.


Teria sido colhido por pessoas para fazerem gracinhas sem graça com quem não pode se defender? Mas se engaram. Ainda existem familiares de Lampião e Maria Bonita para defendê-los.  


Eu não me lembro em que jornal li sobre um fato que aconteceu entre um político e um repórter, porque já faz muitos anos, e nesse tempo eu não tinha o mínimo interesse por leituras. 

Um político era o grande manda chuva de uma cidade em um dos Estados do Brasil. Ninguém era mais poderoso e considerado o mais importante do que ele.  Todos que se candidatavam  contra ele ou contra o político que ele o apoiava, o seu adversário já sabia qual seria o resultado: Derrota com certeza. 

A melhor maneira de acabar com histórias que foram  fundidas na fornalha da irresponsabilidade sobre o cangaço, é não dar a mínima atenção, e nem participar do lançamento de livros que contrariam a verdade.
POLÍTICO E REPÓRTER
Certo dia um repórter jornalista falou mal de sua administração e mais outras coisas. Sentindo-se atingido, o político deu uma grande surra no repórter. O sindicato da classe revoltado com o que ele fizera com o seu associado, reuniu os membros e juntos combinaram para nunca mais falarem em suas colunas o nome do político  de bem ou de mal. Resultado:
O político caiu de uma vez, nunca mais se elegeu nem para vereador. 

Assim é o que devem fazer os grandes escritores do cangaço, quando aparecer certo tipo de trabalhos  imaginados, fundidos, sonhados, fictícios..., contrariando o que eles já fizeram com tanto amor e com provas concretas, não dar valor de forma alguma, e nem participar de lançamentos de livros mentirosos. 

O tema cangaço está sendo levado pelo vento, alguém quer criar mentiras, no intuito de angariar dinheiro.

Às vezes fico me perguntando: Como é que uma autoridade que muito combateu durante a sua vida jurídica sobre: desonra, desrespeito, calúnia e mais e mais, escreve um livro difamando quem já morreu, quando deveria continuar defendendo a honra de quem quer que seja? Incrível!

Se você quer ler livros com seriedade, escritos pelos melhores escritores e pesquisadores do "Tema Cangaço", entre em contato com o Professor Pereira.


Com ele você irá adquirir as melhores histórias escritas pelos grandes e responsáveis escritores. Histórias que não contrariam as verdades do cangaço, que não difamam, pesquisadas nas fontes, colhidas através de remanescentes e pessoas que participaram diretas e indiretamente do cangaço. Não deixe a sua mente acreditando em coisas ridículas, sonhadas, fictícias, montadas sem nenhuma credibilidade sobre o "Tema Cangaço". Quem escreve afetando a imagem de alguém, não tem nenhum compromisso com a formação de uma nação.

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BOAS NOTÍCIAS SOBRE A QUESTÃO DO LIVRO LAMPIÃO O MATA SETE


Por: Archimedes Marques

LAMPIÃO, O MATA SETE. PRIMEIRA BATALHA GANHA PELA FAMÍLA FERREIRA.


lançamento do livro LAMPIÃO, MATA SETE de autoria do Juiz aposentado Pedro Morais que estava previsto para ser lançado hoje às 18:00 horas na Livraria Escariz do Shopping Jardins da capital sergipana foi suspensa por ordem judicial. Consta que a família FERREIRA, descendente de
Lampião e Maria Bonita teria entrado na Justiça com um pedido de liminar para suspender o lançamento do referido livro, baseada em uma entrevista que o próprio autor do livro teria dado ao jornal CINFORM dando conta que Lampião era gay e impotente sexual, enquanto Maria Bonita era adúltera e que havia um triângulo amoroso com esse casal de cangaceiros com o subalterno cangaceiro
Luiz Pedro, que no caso seria o ativo sexual do trio. Cuja matéria também fora publicada em diversos sites.

Assim, dessa primeira batalha já se fez vitoriosa a família de Lampião e Maria Bonita, pelo menos provisoriamente até que se julgue o Mérito da questão da ação impetrada, a não ser que haja uma liminar derrubando a primeira liminar, mas que de tudo já se preveem que outras batalhas judiciais com certeza virão.
Autor:
Archimedes Marques (Delegado de Polícia no Estado de Sergipe. Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Segurança Pública pela Universidade Federal de Sergipe). archimedes-marques@bol.com.br

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