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domingo, 4 de fevereiro de 2018

ANGICO, POR DURVAL ROSA, SARGENTO ELIAS, VINTE E CINCO E SILA

Material d acervo do pesquisador Sálvio Siqueira
https://www.youtube.com/watch?v=gYL2r8EG84Y&feature=youtu.be

Em toda a historiografia do cangaço existem ‘mistérios’, alguns por falta de documentação, registros, e outros por terem sido ‘inventados’, forjados, tanto por uns como por outros, cangaceiros, volantes e coiteiro.

Um dos motivos das ‘invenções’ ou distorções dos fatos, principalmente sobre o que ocorreu na manhã do dia 28 de julho de 1938, uma quinta-feira, na grota do Riacho Angico, na fazenda Forquilha, no município de Poço Redondo, Sergipe, quando uma tropa volante comandada pelo pernambucano João Bezerra da Silva, surpreende o bando do “Rei do Cangaço”, Lampião, e conseguem a façanha de matarem “ele”, sua “Rainha”, Maria Bonita, e mais nove cangaceiros, seria, ou era, o fator ‘medo’.

O medo foi uma das armas mais usadas no discorrer da saga cangaceira tanto do lado dos cangaceiros e, principalmente, como do lado das volantes. E quem estava com a vida em jogo, logicamente, de tudo fazia para tentar salva-la.

Hoje é diferente. Muita gente quer ser ‘parente’ de cangaceiro sem existir o medo de morrer por isso.

Acima veremos um vídeo/entrevista, para nós um documentário, pois, desta feita várias personagens que vivenciaram o Fenômeno declaram suas versões, produzido pelo pesquisador cearense Aderbal Nogueira.

NÓS, ESTUDANTES DO TEMA CANGAÇO, TEMOS, POR OBRIGAÇÃO, VERMOS TODAS AS VERSÕES REFERENTES AOS FATOS HISTÓRICOS PARA DEPOIS, E SOMENTE DEPOIS, FAZERMOS A NOSSA ANÁLISE GERAL E NOS POSICIONARMOS QUANTO AS OCORRÊNCIAS HISTÓRICAS,EVIDENTEMENTE SEM DISTORCE-LAS NEM QUERERMOS "INVENTAR".

"Versões sobre Angico"

"Durval Rosa, Sargento Elias, Vinte e Cinco e Sila nos narram suas impressões sobre Angico. O amigo e fundador da SBEC, Paulo Gastão, esteve presente durante a gravação desses depoimentos e sua participação foi fundamental. Com ele cortamos o sertão de ponta a ponta."

https://www.facebook.com/groups/545584095605711/

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INSPEÇÃO DE CAMPO!!!


Material do acervo do pesquisador Joel Reis

Fonte: MACIEL, Frederico Bezerra. Lampião, seu tempo e seu reinado: III - A guerra de guerrilhas (fase domínio). Petrópolis - RJ: Vozes, 1985.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1669827303082159&set=gm.767368483472098&type=3&theater&ifg=1

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TENENTE JOÃO BEZERRA


Tenente João Bezerra



Com um número considerável de combatentes, um plano sagaz e um excelente poder de chefia e liderança fizeram do Tenente João Bezerra o homem que encerraria a vida pregressa de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião. 

Alguns o acusam de "parcialidade" com o bandoleiro, outros de covarde... O certo é que o Tenente João Bezerra fez o que deveria ser feito dentro de suas atribuições militares. Tantos crimes! sequestros, extorsões, e mortes, das mais variadas formas de crueldade. Lampião tombou em virtude de sua má opção de vida. Lampião não tinha nenhuma corrente ideológica para lhe atribuir a ideia de revolucionário.

Tenente João Bezerra, parabéns pelos seus préstimos a pátria.

Adendo:
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a gente às vezes brinca um pouco com o tenente João Bezerra, mas é apenas uma brincadeirinha, seguindo o que Lampião dizia com ele, mas ele merece todos os elogios. Um dia Lampião teria que morrer, e chegou o seu dia que caiu nas balas do tenente João Bezerra. Parabéns, tenente João Bezerra!

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=335275456989333&set=a.281999982316881.1073741828.100015206438730&type=3&theater

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O PARAIBANO QUE INVENTOU A MAQUINA DE ESCREVER PADRE AZEVEDO, 1814-1880.

Por Jerdivan Nóbrega Araujo

Francisco João de Azevedo nasceu na cidade da Parahyba e começou sua vida profissional como tipógrafo. Estimulado pelo pai, exercitou e aprofundou seus conhecimentos de desenho e mecânica em geral. Em 1834 foi levado pelo bispo da Arquidiocese do Recife para o Seminário daquela cidade, onde ordenou-se em 1838. 

Padre Azevedo

A partir de 1844 passou a lecionar no Arsenal de Guerra da Marinha de Pernambuco, onde desenvolveu sua máquina de escrever, toda em madeira, considerada uma invenção revolucionária, a qual foi apresentada e agraciada com medalha de ouro na Exposição Agrícola e Industrial da Província de Pernambuco no ano de 1861. Sua grande chance de patentear o invento seria a Exposição de Londres, em 1862. 

Dom Pedro II

Entretanto, o Imperador D. Pedro II não se motivou a ajuda-lo nesse sentido. O invento ficou esquecido e ele voltou a residir na Paraíba. Existem suspeitas de que o padre foi, posteriormente, sabotado por um amigo americano que roubou os seus projetos e os vendeu nos Estados Unidos, porquanto a firma Sholes & Glidden patenteou em 1874, na cidade de Milwaukee, uma máquina em muito assemelhada ao modelo "Azevedo". O Padre, de caráter simples e despojado de visão patrimonialista, continuou lecionando matemática e geometria na Escola das Artes da cidade de Parahyba até o seu falecimento.

Ele inventou ainda um veículo terrestre movimentado pela força do vento, destinado ao transporte entre Olinda e Recife e uma máquina que aproveitava a força das ondas do mar para aplicá-la ao movimento do navio.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzagueano José Romero de Araújo Cardoso

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25/09/1920 – O ESCRITOR POTIGUAR VINGT-UN ROSADO NASCIA NA CIDADE DE MOSSORÓ/RN.

Por Francisco Veríssimo de Sousa Neto
Jerônimo Vingt-un Rosado Maia

Jerônimo Vingt-un Rosado Maia era filho mais novo do farmacêutico Jerônimo Rosado e Isaura Rosado. Integrante de uma numerosa família, Vingt-un era irmão de famosos políticos mossoroenses, como o ex-governador Dix-Sept Rosado, o ex-deputado federal Vingt Rosado e o ex-prefeito Dix-Huit Rosado.

Concluiu o ensino primário e o ginasial no Colégio Diocesano Santa Luzia, em Mossoró. Formou-se em Agronomia pela Escola Superior de Agricultura de Lavras (atual Universidade Federal de Lavras), no Estado de Minas Gerais.

No ano de 1968, candidatou-se ao cargo de prefeito de Mossoró pela Aliança Renovadora Nacional(ARENA), porém não obteve sucesso, perdendo a disputa para o professor Antonio Rodrigues de Carvalho. Nas eleições de 1972, Vingt-Un foi eleito vereador com 3.797 votos, ocupando uma vaga na Câmara Municipal de Mossoró no período 1973-1977

O maior pesquisador de assuntos sobre a história mossoroense Vingt-un Rosado foi professor em sua terra natal, fundador e diretor da ESAM – Escola Superior de Agricultura de Mossoró(atual UFERSA) e idealizador da Biblioteca Municipal Ney Pontes Duarte, criada por seu irmão, o prefeito Dix-Sept Rosado. Vingt-un foi também sócio do Instituto Cultural do Oeste Potiguar (ICOP), acadêmico na Academia Mossoroense de Letras (AMOL), da qual foi um dos fundadores e criador da Coleção Mossoroense, que possui um enorme acervo de livros de escritores da região.

O escritor e agrônomo Vingt-un Rosado faleceu aos 85 anos em 21 de dezembro de 2005, na cidade de Natal, capital do Rio Grande do Norte e sepultado na cidade de Mossoró, seu local de nascimento.

Foi casado com a assistente social América Fernandes Rosado Maia, com quem teve cinco filhos: Maria Lúcia Fernandes Rosado, Jerônimo Vingt-un Rosado Maia Júnior, Jerônimo Dix-sept Rosado Maia Sobrinho, Lúcia Helena Rosado da Escóssia, Isaura Ester Fernandes Rosado Rolim e Leila Rosado.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzagueano José Romero de Araújo Cardoso


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A GUERREIRA QUE VIVEU NO BRASIL E PREFERIU A MORTE À ESCRAVIDÃO


Dandara foi esposa de Zumbi dos Palmares, o último dos líderes do Quilombo dos Palmares, o maior dos quilombos do período colonial brasileiro. Dandara era uma guerreira negra que dominava técnicas de capoeira e lutava ao lado de homens e mulheres nas muitas batalhas geradas por ataques ao quilombo.

O Quilombo dos Palmares ficava na Serra da Barriga, na então Capitania de Pernambuco, região hoje pertencente ao município de União dos Palmares, em Alagoas. Resistiu por mais de um século e se tornou um importante símbolo da resistência do africano à escravatura.

Não se tem informação se Dandara nasceu no Brasil ou no continente africano, mas ainda menina chegou ao Quilombo dos Palmares. Lá, além de participar dos embates físicos, ajudava na elaboração de estratégias para a resistência do quilombo. Também participava de atividades cotidianas, como a caça e a agricultura. No quilombo era praticada a policultura de alimentos como milho, mandioca, feijão, batata-doce, cana-de-açúcar e banana.

Os ataques a Palmares teriam se tornado frequentes a partir de 1630, com a invasão holandesa. Segundo a narrativa em torno de Dandara, ela teria tido importante papel no rompimento do marido com seu antecessor, Ganga-Zumba, primeiro grande chefe do Quilombo dos Palmares e tio de Zumbi. 

Em 1678, Ganga-Zumba assinou um tratado de paz com o governo de Pernambuco. O documento previa que as autoridades libertassem palmarinos que haviam sido feito prisioneiros em um dos confrontos. E também a liberdade dos nascidos em Palmares, além de permissão para realizar comércio. Em troca, a partir dali, os habitantes do quilombo deveriam entregar escravos fugitivos que ali buscassem abrigo.

Dandara e Zumbi foram contra o acordo, que não previa o fim da escravidão, só a liberdade para poucos. Ganga-Zumba acabou sendo morto por um dos palmarinos contrários à sua proposta.

Dandara e Zumbi tiveram três filhos. Dandara se suicidou em 6 de fevereiro de 1694, quando foi presa. Jogou-se de uma pedreira direto para um abismo. Preferiu a morte a voltar a ser escrava.

http://observatorio3setor.org.br/noticias/dandara-guerreira-que-viveu-no-brasil-e-preferiu-morte-a-escravidao/

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TEXTO E FOTO DE RICARDO BELIELL.


Em Piranhas, cidade na ribeira do São Francisco que ganhou fama ao expor nos degraus da prefeitura as cabeças dos onze cangaceiros mortos em Angico, ainda é possível, em dias calmos, longe do alvoroço das hordas de turistas de ocasião, imaginar-se vivendo o cotidiano do povoado em tempos lampeônicos. Por essas ruas passavam os almocreves e seus jumentos carregados de sacos de farinha e peles de bode para serem vendidas na feira vizinha à estação do trem. Daqui partia a Maria Fumaça, que serpenteando o rio chegava até Volta do Moxotó e Jatobá levando gente e mercadorias. De longe chegavam as canoas de tolda e os vapores que avivavam a praia com velas abertas e nuvens de fumaça negra sopradas das chaminés de suas chaminés. É uma das poucas cidades nordestinas em que se preservou um conjunto arquitetônico histórico e original e por isso se transformou em ambiente cenográfico de filmes e novelas. 

No casarão da família Rodrigues, o austero Celso Rodrigues, espalha velhas fotografias sobre uma grande mesa de madeira e me conta as aventuras de seus antepassados na velha Piranhas. Seu pai, Chiquinho Rodrigues, um importante comerciante e eminência política na cidade, resistiu à bala aos cangaceiros que a invadiram em 1936. "Os cangaceiros foram atacados de manhãzinha nas proximidades da fazenda Picos. O Gato, marido da cangaceira Ignacinha, que foi presa com a perna quebrada por um balaço, julgou que tinha ficado viúvo. Que ela tinha morrido. Então Gato juntou-se a Corisco. Fizeram um total de vinte e três cangaceiros e vieram atacar Piranhas, dizendo que vinham buscar a esposa do tenente Bezerra pra ficar no lugar da mulher dele. Fizeram logo uma jura lá na fazenda dizendo que todo mundo que pegassem que fosse de Piranhas iam matando. Mataram logo dois lenhadores nas imediações do riacho Pau de Arara. E de lá vieram, chegaram na Cachoeirinha atacaram a família. Mataram mais sete pessoas. Um vaqueiro, Emídio Anjo, por sinal era compadre de meu pai, veio avisar aqui. Meu pai estava na bodega com outros amigos. Aqui na entrada de Piranhas eles prenderam mais dois. Um cidadão que ia pro terreno e outro rapaz que tiraram de dentro de casa. Eles mataram esses dois homens porque na outra rua meu pai atirou neles lá do comércio e aí fechou o tiroteio. Meu pai tinha um rifle em casa e estava com um outro rapaz que trabalhava com ele, de nome Joãozinho Marcelino, que também estava com outro rifle. Devia ter uns dez rapazes armados aqui. Se supõe que a bala que matou o Gato tenha saído da casa do seu Correinha, mas meu pai cortou com mais de cem tiros aquela tropa e dizem que foi ele quem matou o cangaceiro. Outros falam na Cyra, mulher do Bezerra, que atirou da janela da casa, mas ela era muito delicada pra acertar um tiro". A empreitada fracassada comandada por Gato e Corisco não teve a participação de Lampeão, que quando soube do fiasco comentou irritado com a tropa ineficiente: "Serviço besta da peste".

Trecho do livro "Memórias Sangradas", de Ricardo Beliel e Luciana Nabuco, a ser lançado.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10214044845062739&set=a.10213243561551152.1073741868.1459931398&type=3&theater&ifg=1

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31 DE JANEIRO 1951, O MOSSOROENSE DIX-SEPT ROSADO É ELEITO GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE.

Por Francisco Veríssimo de Sousa Neto

31 de janeiro de 1951, o mossoroense Dix-Sept Rosado é eleito governador do Estado do Rio Grande do Norte.

Jerônimo Dix-Sept Rosado Maia, ex-prefeito de Mossoró/RN, candidatou-se ao cargo de governador do Rio Grande do Norte na legenda do Partido Republicano, tendo o natalense Silvio Piza Pedroza como vice.

Dix-Sept foi eleito com 101.690 votos, derrotando o candidato Manoel Varela de Albuquerque(UDN), que logrou 68, 448 votos. Manoel Varela era primo do então governador José Augusto Varela.

Enviado pelo professor, escritor e pesquisador do cangaço e gonzagueano José Romero de Araújo Cardoso

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MORENO II (ANTÔNIO IGNÁCIO DA SILVA)

Por Geraldo Antônio de Souza Júnior

Personagem de destaque da história cangaceira. Um Cabra que ingressou ainda jovem no cangaço para se proteger das perseguições policiais e de seus inimigos pessoais, que por sinal não eram poucos. Segundo o pesquisador e escritor Magérbio Lucena em determinado momento da história mais de mil pessoas procuravam Moreno para matá-lo. Ainda segundo Magérbio Lucena esse número de pessoas correspondia apenas aqueles que se situavam na região sul do Cariri cearense.

Fato é que esse Cabra atravessou todo o período em que esteve no cangaço lampiônico sem levar um único tiro sequer.

Quando perguntado sobre o número real de pessoas que foram por ele assassinadas durante o cangaço, Moreno apontava sempre o total de vinte e uma vítimas, mas deixava em aberto esse número ao afirmar que alvejou muitos durante confrontos e que não soube posteriormente se sobreviveram ou não.

Acredita-se, portanto que esse número de vítimas citado pelo ex-cangaceiro Moreno chegue ao dobro ou até mesmo ultrapasse.

O tempo se encarregou de aliviar a gravidade de seus crimes, mas não apagou e nem apagará seus feitos das páginas da história, onde essa e as gerações vindouras de estudiosos terão a oportunidade de conhecer a saga desse implacável e temido cangaceiro, membro do bando de Lampião.

Ao observarmos a fotografia anexada a essa matéria percebemos claramente que mesmo apesar da idade avançada de Moreno II na ocasião em que foi feito o registro fotográfico a prepotência e a altivez do antigo Cabra de Lampião é óbvia e perceptível e ao que parece não foi aplacada pelo tempo. Deixando transparecer pelo semblante que o antigo cangaceiro permanecia ali preso naquela “velha roupagem”, mas disposto a fazer tudo novamente se assim fosse preciso.

Sua morte ocorrida no dia 06 de setembro de 2010, quando contava com a idade de 100 anos, foi seu ingresso definitivo na história do cangaço nordestino brasileiro. Morreu para a vida e nasceu para a história.


https://cangacologia.blogspot.com.br/2018/02/cangaceiros.html?spref=fb

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