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sábado, 8 de fevereiro de 2014

2ª Parte "Mentiras e Mistérios de Angico"

 Por: Aderbal Nogueira

Segunda parte de 'Mentiras e Mistérios de Angico', só que dessa vez outro assunto muito polêmico - "Ezequiel"- Irmão de Lampião que, segundo a história foi morto em combate. 

Mas toda história tem fatos e versões e uma delas diz que Ezequiel não morreu em combate e sim, várias décadas depois. 

Aqui, amigos pesquisadores e remanescentes da época do cangaço tratam o assunto segundo seus estudos e conclusões. Não emito opinião em meus trabalhos muito embora as tenha, claro. 

Espero mais uma vez elucidar para uns ou complicar ainda mais para outros ou então deixar como está a história oficial. Divergência de opinião sobre Cangaço, Política, Religião, Opção Sexual, etc, não valem mais que uma amizade. 

Que fique apenas no bom debate. http://youtu.be/ipD7Cy4DrQg

Clique nos links.  
Se eles não funcionarem, leve-os ao google.


http://www.youtube.com/watch?v=ipD7Cy4DrQg&feature=youtu.be

 Enviado pelo cineasta e pesquisador do cangaço Aderbal Nogueira

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Qual a origem do nome Lampião?

Outro material do acervo do Doizinho Quental


Segundo Bezerra Maciel:

“Com o lenço prendia Virgulino a tecla do gatilho à alavanca de manejo do rifle, unindo-os de modo que, em cada movimento da alavanca, o pino do percutor ( agulha ), liberto, picotava a cápsula fulminante, por si mesmo, sem necessidade de se acionar a tecla. Transformado deste modo o rifle ( cruzeta ou papo amarelo )  de repetição, em arma semi - automática, isso porque não dispensava o manejo da alavanca para colocar o cartucho na câmara.

Virgulino manejava com tanta rapidez a alavanca do rifle assim peiado, que os tiros se sucediam formando uma tocha na boca do cano. Ora, contam-se os tiros pelos clarões sucessivos na boca do cano. Impossível contar os de Virgulino. Era um clarão só, aturado, permanente!

Quando ele, perto da casa-quartel de Sinhô Pereira, ali em São Francisco, fez a experiência pela primeira vez, era noite.

Sinhô Pereira, entusiasmado de admiração, exclamou:

- “Isso é um Lampião da Vila Bela! “

Algazarra da cabroeira toda em torno de Virgulino, que teve de repetir a demonstração.

Um dos cabras, Fiapo, embasbacado, deixara cair do beiço o cigarro que fumava, e gritou:

- “Acende, de novo, o lampião, para eu achar meu cigarro”.

E o nome pegou. Do rifle para  Virgulino.

Ao deixar a vila levava a alcunha.

- “Meu nome é Virgulino, Apelido Lampião”.

Segundo...

“A origem do apelido Lampião foi a seguinte:

Ao ser admitido no grupo de Sinhô Pereira, perguntaram-lhe que título de recomendação apresentava para fazer parte o seu nome. Respondeu apenas, parco de frases como é, que no seu rifle, no tiroteio da noite anterior, jamais faltara o clarão.

Ao ouvirem esta bazófia os comparsas, entre eles os célebres Baliza e Cajueiro, gritaram: - temos agora o Lampião! Não haverá mais escuro entre nós! Temos agora o Lampião!

E daí por diante Virgulino Ferreira passou a se conhecido pela luminosa alcunha.”

ADENDO:

 Luiz Conrado de L. e Sá, primo do Sinhô PereiraIn -  Fundação Casa da cultura S. Talhada

Não querendo contrariar o que escreveu o escritor Bezerra Maciel, afinal, eu não sou autoridade no que diz respeito a cangaço, mas leia o que disse o cangaceiro Sinhô Pereira, em uma entrevista que cedeu ao seu primo, Luiz Conrado de Lorena e Sá, sobre o apelido de Lampião.

Lorena - Por que Virgulino Ferreira da Silva ganhou o apelido de Lampião?
 
Sinhô Pereira - Num combate, à noite, na fazenda Quixaba, o nosso companheiro Dê Araújo, comentou que a boca do rifle de Virgolino mais parecia um lampião. Eu reclamei, dizendo que munição era adquirida a duras penas. Desse episódio resultou o Lampião que aterrorizou o Nordeste.

Mesmo eu não sendo uma autoridade sobre os estudos do cangaço, eu acredito mais no que disse o Sinhô Pereira, que no período em que isto aconteceu, ele era o chefe de Lampião. blogdomendesemendes
 
Qual o pé baleado?

Outro fato muito conhecido da vida de Lampião foi o do ferimento do seu pé, em 1924. Poucos escritores coincidem quando se referem a este caso. Vejamos  o que fala Rodrigues de Carvalho em seu famoso livro "Serrote Preto" na pag.  224 2ª Edição: "Esconderam-se a fim de tratar do ferimento que Lampião recebera no pé esquerdo, em tiroteio travado com elementos da família Gomes Jurubeba. Ou  mais precisamente com Odilon Flor, o seu inimigo mais acirrado dentre os membros da aguerrida família."

Já no livro  "De Virgulino a Lampião" de Vera Ferreira e Antônio Amaury, Edição de 1999, no capítulo "Lampião ferido no pé" está registrado: "Nessa mesma época, por pura coincidência o Major Theóphanes Ferraz Torres estava convocando soldados de várias localidades para formar uma volante destinada a combater os cangaceiros.

Quatro desses soldados convocados pelo major estavam em viagem para apresenta-se quando, de repente, toparam com Lampião e seus companheiros. O início da troca de tiros foi imediata. Logo aos primeiros disparos Lampião foi ferido no pé direito, ao mesmo tempo em que seu jegue era mortalmente atingido, tombando e prendendo a perna ferida de Lampião sob seu pesado corpo."

Site: www.kantabrasil.com.br/Lampiao.../Lampião%20e%20outras%20Históri...‎

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Os velhos exemplos

Por Rangel Alves da Costa*


Por mais que muitos pretendam sepultar de vez o passado, considerar toda coisa antiga como ultrapassada e achar o novo como se sobrepondo a tudo, nunca será demais lembrar que o moderno, em muitos aspectos, se mostra bem menos admirável que o antigo.

Nem será preciso ir buscar em baús os exemplos da validade das coisas tidas como ultrapassadas. Os costumes, as virtudes, o respeito devotado ao próximo e mesmo pequenas ações cotidianas, exemplificam bem como o velho continua imponente diante da fragilidade do novo.

Ora, será que a modernidade, para ser aceitável, desumanizou o homem, afastou-lhe a ética, o senso moral e os bons costumes? Será que para ser tido como moderno o indivíduo tem de atropelar seu convívio cotidiano, não considerar o próximo, principalmente o mais velho, com o devido respeito?

É bem velho, porém sem igual em virtude, em honradez, em jeito respeitoso de ser, o cumprimento, o trato diferenciado que se deve devotar a determinadas pessoas pela idade ou parentesco. E de igual idade chamar o mais idoso de meu avô ou minha avó, meu tio ou minha tia. Será que se tornou feio fazer isso hoje?

Verdade é que a grande maioria dos viventes do mundo novo, progressista e tecnologicamente inatacável, acolheu a ciência em detrimento da religião. Desatenciosamente ou não, negligentemente ou não, mas a verdade é que foi afastando de si um de seus aspectos humanos mais importantes: o temor.

O homem que teme se impõe limites. E nestes limites sabe muito bem utilizar o novo sem deixar de lado o seu lado humano ciente de que é tão frágil quanto o pó que mais tarde se tornará. Vive-se a modernidade sem afastar-se das lições primordiais da vida, e estas, por surgirem graciosamente aos homes de consciência, servirão para impedir as desastrosas rupturas.


Contudo, as engrenagens do progresso parecem impor ao indivíduo modos de pensar e agir que o afastam cada vez mais daquelas lições básicas e dos princípios morais e éticos condutores da vida. Talvez por envergonhamento, mas a verdade é que fazem de tudo para esconder aquilo que de mais humano há em seus corações.

Daí que dificilmente um jovem é encontrado lendo a Bíblia numa praça, discutindo os evangelhos com amigos, tecendo considerações sobre o pecado e outros descaminhos da vida. Não sei se continuam acreditando num Deus único e verdadeiro, não sei se ainda serão capazes de se ajoelhar em contrição, não sei se ainda rezam pedindo proteção divina.

A fé, a religiosidade, a oração, a promessa, a conduta moral, a honradez, o respeito ao próximo e a si mesmo, talvez sejam coisas velhas demais para serem consideradas pelos habitantes do mundo novo. Mesmo que estes sigam por outros caminhos, em busca de deuses impossíveis de alucinações verdadeiras, verdade é que jamais poderão afirmar que os seus avôs ou seus pais estejam errados nos seus jeitos de agir, de acreditar e de conviver.

Agem de modo totalmente diferenciado, mas sabem que as velhas lições possuem suas razões e suas validades em todos os caminhos e momentos da vida. Talvez não lembrem mais das virtudes humanas, dos pecados capitais nem dos mandamentos cristãos e da igreja, mas não possuem forças para contradizê-los nem compará-los com o que acreditam. E porque sabem da perenidade daqueles ensinamentos.

Nesse passo, duvido que o novo afirme que os costumes e hábitos antigos perderam suas razões de ser. Não fazem como antigamente, não se veem agindo normalmente ao tentar ser como seus velhos familiares, e por isso mesmo se espantam quando avistam alguém tirando o chapéu para cumprimentar, ajuda uma idosa atravessar uma rua, dá um simples bom dia ou boa tarde.

Que espanto seria receber uma carta marcada com beijo ou até mesmo ser agraciado com um bilhetinho de amor. Nunca mais cartilha, nunca mais tabuada, nunca mais desenhar a letra por cima do caderno de caligrafia. Hoje tudo está diferente e fazem tudo diferente. Mas essas pequenas coisas continuam com o dom de molhar os olhos de saudades.

Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com 

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Antonio Galdin lança o livro de Forquilha a Paulo Afonso.


Livro de Forquilha a Paulo Afonso – lançamento 27 de Fevereiro, 19 horas, no CPA- Clube Paulo Afonso.

O livro De Forquilha a Paulo Afonso – Histórias e Memórias de Pioneiros, o mais novo lançamento de Antonio Galdino, contêm  a mais completa pesquisa sobre os pioneiros da cidade, muitos dos seus personagens que lhe deram vida.

São mais de 450 páginas, sendo 30 em cores, no formato 22,5 X 16,5, em papel especial, com cerca de 200 fotos, históricas e mais recentes, de Paulo Afonso, de Glória e de personagens que compõem a história.

A história de todas as gestões do município e da Câmara de Vereadores. Os bastidores da emancipação política. Os aspectos históricos, geográficos, econômicos e culturais e a história de Abel Barbosa, este também em versos de cordel.

O lançamento acontecerá dia 27 de Fevereiro, às 19:30 horas, no Clube Paulo Afonso.

Quem desejar fazer a sua reserva antecipada é só enviar um email para:

professor.gal@gmail.com, informando o endereço completo, e os contatos por telefone e email. Não mandem nenhum dinheiro agora.

Um grande abraço para todos. Espero vocês no lançamento do livro:  

De Forquilha a Paulo Afonso - Histórias e Memórias de Pioneiros - no CPA, 27/02/2014 - 19:30h.
Contatos: professor.gal@gmail.com; Tel 3282-0046 (Galcom); 9234-1740(TIM), 9968-
2263(vivo).

http://www.joaodesousalima.com 
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