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quarta-feira, 30 de agosto de 2017

RAUL, SATUBA E ROSINA

Por Clerisvaldo B. Chagas, 30 de agosto de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.726

“Sou fervoroso adepto da vida na roça. Desde cedo, corpo e alma dediquei-me à plantação, a criação e aos livros. Viver, como ora vivo, em contato direto com a Natureza, ouvindo canto de pássaros livres da floresta, à noite, o sussurro do Ipanema no declínio poético de suas cheias, aspirando o cheiro que se exala da floração dos arbustos que cercam a minha casa e bordam, ainda, as margens do rio, tudo isso, francamente, me parece o sopro de Deus-Vivo embalando a minha própria existência, e o mundo santo da espiritualidade. Sou, portanto, um homem feliz”.

RIO IPANEMA. Foto: (Clerisvaldo B. Chagas).
Certa vez encontrei esse personagem no livro de Raul Pereira Monteiro, “Espinhos na Estrada”, publicado em 1999. Referindo-se aos seus costumes de criança, Raul fala das caminhadas que fazia para vê as borboletas esvoaçantes da periferia de Santana do Ipanema. Curioso em vista de alguns boatos, lá no rio, no lugar Volta do Ipanema, resolve desvendar o mistério de um ser solitário chamado Satuba. Descobrindo que Satuba não era assustador como imaginava, mas sim, um doce roceiro intelectualizado e poético que lhe relata o motivo de viver solteirão. Fala do único amor da sua vida com a desastrada Rosina, rompido por ele mesmo. Raul conversa bastante com Satuba.
Adepto também das caminhadas no entorno da minha cidade, fui à Volta lembrar o Satuba apaixonado de cerca de meio século atrás. Nada encontrei que tivesse a menor relacionamento com o roceiro. Nada de Raul para apontar o dedo para algum sítio daqueles e afirmar: “Era ali a morada do romântico”. E assim os sertões estão cheios de histórias esquisitas, algumas capturadas por escritores tão sensíveis quanto os atores naturais encontrados nas quebradas.
      A simplicidade da história bem conduzida faz o pequeno ficar grande na Literatura. Vejamos o desfecho do caso, novamente passando à palavra ao autor:

“No caminho de casa, eu disse de mim para mim, baixinho, mentalmente mesmo, como se temesse fosse o meu pensamento interceptado por alguma viva alma. ‘Fique tranquilo, Satuba’. Eu também sou um covarde – não tive a coragem de lhe transmitir esta outra mensagem, tão sincera, do meu espírito. Você não é como disse, privilegiado nem homem feliz, sob nenhum aspecto. Você é, isso sim, um triste apaixonado”.

http://clerisvaldobchagas.blogspot.com.br/2017/08/raul-satuba-e-rosina.html

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DESMUNDO

*Rangel Alves da Costa

No mundo do Desmundo, o mundo existente só tem razão de ser quando o seu povo já perdeu o poder de contradizer ou contestar o que está revirado de pés à cabeça. Chega um tempo em que a sociedade se torna tão alienada, tão submissa e escravizada perante determinadas situações, que nem o fogo queima mais a pele nem a ponta de espinho fere mais o pé. O que doer na alma se esta moldada à aceitação do sofrimento?
É que o povo cria mundos estapafúrdios e vai se acostumando com o extravagante, com o grotesco, até com a incoerência e a irracionalidade. Quando não é um mundo criado pelo próprio povo, o mesmo passa a ocorrer pela aceitação ou pela assimilação. Significa dizer que de repente aquilo que seria absurdo perante outros mundos e outras realidades, afeiçoa-se ao cotidiano, ao dia a dia de aceitação e de subserviência ou que foi concebido com validade ou simplesmente imposto.
Desmundo, pois, é o mundo desse mundo já chegado ao fim pela perda absoluta de reconhecer-se em seus valores ou de buscar na anormalidade sua normalidade. Desmundo é fim de mundo, mas um estágio final perceptível apenas pelos que estão de fora ou ainda não foram inseridos naquela realidade. Eis que dentro desse mundo revirado, tosco, às avessas, os sofrimentos são como suspiros de amor e as dores da alma são apenas prazeres predestinações. Talvez algo parecido com um país que sequer se reconhece mais.
Quando Maurício Babilonia apareceu e foi logo de porta adentro, trazendo um buquê de flores para Meme, e atrás de si um bando de borboletas revoava em manto, ninguém disse nada, pois tudo tido como normal. Quando a bela Remedios subiu aos céus num sorriso satisfeito como se viva estivesse, ninguém disse nada, pois tudo tido como normal. Nada de anormal parecia acontecer em Macondo durante os Cem Anos de Solidão.
O anormal ou o avesso em tudo, sempre será visto como normal onde o seu povo assimila tal realidade. Não há espanto nem surpresa se o mundo revirado pareça estar na posição mais correta. Assombro causará se outra forma de repente surgir para dizer que não é assim, que tudo está errado, que tudo tem de ser diferente. É como se os valores reencontrados já não servissem perante os conceitos perdidos.
Quando a cidadezinha de Manarairema passa a ser acometida por estranhíssimos acontecimentos, como a repentina chegada de homens amedrontadores e carrancudos pelos arredores, mas principalmente quando um monte de cachorros e bois invade a cidade e não quer convívio pacífico com ninguém, o espanto de primeiro momento foi dando lugar à aceitação. Sabia que não podiam fazer nada, pois fazendo parte das surpreendentes coisas da vida. Depois, tanto os carrancudos como a matilha foi embora e tudo pareceu ter voltado à normalidade. Mas aquele mundo criado por José J. Veiga em A Hora dos Ruminantes já não era o mesmo.
Tudo surpreende no realismo fantástico de Gabriel Garcia Márquez e de José J. Veiga, mas nada surpreende ao mundo criado. Nada parece assustar, nada parece assombrar, nada parece amedrontar. Quando os mortos ressurgem em Antares, na obra Érico Veríssimo, é como se aqueles fantasmas apenas tomassem o lugar dos apáticos da sociedade, dos vivos omissos e negligentes com a situação política e social de então. Surpreende ao leitor, mas não ao contexto ficcional.
Ora, normal que um cachorro seja um ser social e um homem apenas um bicho que late e ruge. Normal que um filho saudoso do pai vá ao mundo dos mortos enquanto o falecido faz o caminho inverso e no desencontro nada mais possa ser feito, ficando um no lugar do outro. Normal que a moça só seja ouvida e compreendida em silêncio, pois se abre a boca e fala ninguém entende nada. Normal que o cego ensine aos de luz no olhar as cores do arco-íris, vez que estar de olhos abertos não significa a percepção de nada. Tudo normal.
Entretanto, se patriarca dos Buendía ouvisse que existe um mundo real onde tudo é diferente, logo diria: Desmundo! E na sua exclamação o desconhecimento de que pudesse existir um mundo tão distanciado daquele de Meme, de Mauricio, de Amarante, da bela Remedios, dele próprio, José Arcadio Buendía. Mas um mundo de Maria, de Tonho, de Zé, de Zefinha, de Bastião, de Lúcia, de Minervina. E todos vivendo acorrentados e constantemente ameaçados por feras da pior espécie: a fera da política, a fera do poder, a fera do mandato, a fera do autoritarismo, a fera do mando.
“Ah, então aqui é o paraíso!”, diria o transtornado senhor de Macondo. Realmente, em comparação a Desmundo, eis que Macondo parece mesmo um paraíso. Lá, naquela fantasia atabalhoadamente cativante, apenas normalidades avessas, porém sem serem tão vergonhosas, estapafúrdias e repugnantes, como a desse Desmundo afeiçoado a país. Sim, um país que chegou ao seu desmundo na mais melancólica realidade.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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A PARAÍBA, QUE NÃO PARA DE ME SURPREENDER

Por W. J. Solha

Clique no link abaixo: 

http://josemendespereirapotiguar.blogspot.com.br/2017/08/a-paraiba-que-nao-para-de-me-surpreender.html

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SENSACIONAL Entrevista de José Francisco sobre o Cangaço - Uma testemunha ocular..! Informações importantes....Confira..!

Acervo do Voltaseca Volta
https://www.youtube.com/watch?v=M9EcuSBjnd8&t=97s

Entrevista de José Francisco sobre o Cangaço - sem edição

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/

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MORTE DA CANGACEIRA NENÉM | Verdade ou Mentira?…

https://www.youtube.com/watch?v=8_GEkH6QwYQ&feature=youtu.be&fref=gc&dti=545584095605711

https://www.facebook.com/groups/545584095605711/?multi_permalinks=885723291591788&notif_t=like&notif_id=1504030413387341

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ROMANCE ESCRITO POR UM CEARENSE, EM 1878, SOBRE UM FATO PERNAMBUCANO..

Por Heitor F. Macêdo

Romance escrito por um cearense, em 1878, sobre um fato pernambucano. Trata-se de uma das onze obras de Tristão de Alencar Araripe Júnior, neto do mártir republicano Tristão de Alencar. Nesta, o movimento tido por Sebastianista, ocorrido em São José do Belmonte-PE, de 1836 a 1838, é escrito por talentoso literato. Vale a pena conhecer um movimento de resistência indígena no semiárido nordestino de forma romanceada. 


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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UMA PEQUENA HISTÓRIA DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL EM NATAL

Rostand Medeiros – Escritor e membro do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte – IHGRN

Como um simples informe sobre a venda de material militar usado pelo Exército Brasileiro e publicado logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, pode conter interessantes informações sobre este período da nossa História


A história é construída a partir das evidências do passado, utilizando as fontes existentes. Em um trabalho que se realiza sempre distanciado do período dos acontecimentos focados.

E em uma busca como essa os pequenos detalhes de fontes mais amplas poderiam ajudar a conhecer a história de uma região e dos acontecimentos de uma determinada época?

Com certeza!

São pequenas peças que surgem e se unem a outras informações e que ajudam a formar um interessante quebra cabeças. Tudo isso só aumenta o conhecimento.
Aqui trazemos o exemplo de um simples informe sobre a venda de material militar usado pelo Exército Brasileiro em Natal, dois anos após o fim da Segunda Guerra Mundial.

Parnamirim Field – https://catracalivre.com.br

Na sexta-feira, 30 de maio de 1947, surgiu nos jornais da capital potiguar uma nota informando que o comando do 1° Grupo do 3° Regimento de Artilharia Antiaérea, colocava a venda em hasta pública doze caminhões da marca “Thornycroft”. O negócio seria efetuado na sede da unidade militar naquele mesmo dia, as nove da manhã. As máquinas foram consideradas “sucatas” e avaliadas em Cr$ 8.000,00 (Oito mil cruzeiros). A nota era assinada pelo 1° tenente José do Patrocínio Nogueira, da arma de Intendência.

Mas o que isso tudo significava?

Como todos nós sabemos o Brasil havia participado da Segunda Guerra Mundial, sendo Natal a cidade mais militarizada do país. Na verdade a mais militarizada da América do Sul.

Nos primeiros anos da década de 1940 o Exército Brasileiro deslocou, ou criou, algumas unidades militares para proteger a cidade e a região de algum ataque das potências do Eixo. Entre estas unidades estava o 1° Grupo do 3° Regimento de Artilharia Antiaérea, ou 1/3° RAAAe.

Flak 88 – Fonte – http://www.goodfon.ru

Esta unidade militar do Exército Brasileiro foi criada em 1940 e tinha sua sede na cidade de Santa Cruz, Rio de Janeiro. Como principal armamento o 1/3° RAAAe possuía os canhões antiaéreos 88 mm C/56, da fábrica Krupp, de Essen, Alemanha. Esse é o conhecido e temido Flak 88 (Flugabwehrkanone 88), provavelmente a peça de artilharia mais lembrada da Segunda Guerra Mundial. 

A primeira vez que o Flak de 88 milímetros combateu foi em 1936 na Espanha, durante a Guerra Civil que arrasou aquela nação. Devido à sua alta velocidade e um projétil pesado e eficiente, esta arma provou ser não apenas uma excelente arma antiaérea, mas também um assassino de tanques. O governo de Getúlio Vargas havia adquirido dos germânicos várias destas peças, quando as nossas relações diplomáticas ainda eram normais com aquele país que se tornou nosso principal inimigo durante a Guerra.

Flak 88 do 1/3° RAAAe , estacionada provisoriamente nas dependências do antigo 16° Regimento de Infantaria, atual 16° Batalhão de Infantaria Motorizada, no bairro do Tirol, Natal.

Em Natal o 1/3° RAAAe chegou nos primeiros meses de 1942 e tinha seu aquartelamento onde atualmente se encontra as edificações e estruturas do 17° Grupamento de Artilharia de Campanha (17° GAC), na região do atual bairro de Santos Reis e próximo a foz do rio Potengi.

Medo da guerra em Natal – Informe dos militares publicado em fevereiro de 1942 sobre como deveria ser a ação da população de Natal no caso de um ataque aéreo.

O 1/3° RAAAe  possuía duas baterias de tiro, com quatro canhões Flak 88 cada uma. Uma destas unidades ficava protegendo Parnamirim Field de algum improvável ataque aéreo e as outras quatro ficavam na área da praia de Santa Rita, pertinho das dunas de Genipabu. Nesta última posição estes canhões protegiam a pequena área urbana da capital potiguar, a Base Naval de Natal (então em construção) e a área da base de hidroaviões da Marinha dos Estados Unidos (US Navy) no salgado rio Potengi. Esta última unidade militar era oficialmente denominada pelos americanos como Naval Air Facility-Natal (NAF-Natal), mas que se notabilizou entre os natalenses como “Rampa”, pelas rampas de acesso utilizadas para a retirada e entrada de hidroaviões no rio.

A Rampa na época da Segunda Guerra.

Já os canhões Flak 88 desta unidade provavelmente eram rebocados pelos caminhões Thornycroft. Estes por sua vez eram caminhões de fabricação inglesa, de três toneladas, do modelo Thornycroft Tartar 6, fabricados em 1937, ou 38, pela empresa Thornycroft Steam Carriege and Van Comapany, de Basingstone, condado de Hampshire, sudeste da Inglaterra. 

O Exercito Brasileiro adquiriu doze unidades desse modelo apenas com os chassis, fabricando localmente as carrocerias de madeira. Estas máquinas robustas foram importadas para transportar originalmente doze canhões St. Chamond, de 75 mm, modelo 1922, fabricados pela empresa Sheneider-Creusot, da comuna de Le Creusot, sudeste da França.

Caminhão Thornycroft Tartar 6 e canhão St. Chamond, de 75 mm, modelo 1922, em desfile no Rio de Janeiro- Foto – Hart Preston – Fonte – LIFE Collections

O interessante é que estes caminhões ingleses não rebocavam os canhões franceses, mas os transportavam nas carrocerias, no “lombo”, como se dizia. Por isso as suas carrocerias eram estendidas para transportar o canhão, que era relativamente pequeno, e mais seis soldados.

Outra imagem dos caminhões Thornycroft Tartar – Fonte – webkits.hoop.la

Como esses caminhões provavelmente circularam rebocando os Flak 88 na área da praia de Santa Rita, ou na região da praia do Forte, conforme podemos ver na foto abaixo, fica muito fácil para um potiguar entender porque estes caminhões foram vendidos como “sucatas”!

Bateria de canhões de 88 mm na paraia do Forte, Natal.

A alta salinidade existente nas águas do nosso litoral, que tanta dor de cabeça trás aos proprietários de veículos em Natal e região nos dias atuais, bem como a precariedade das estradas, devem ter deixado os caminhões ingleses só o caco.  

Infelizmente não consegui encontrar detalhes do comprador destas “sucatas”.
Para finalizar a análise deste simples anúncio de venda, eu não descobri muita coisa sobre o 1° tenente José do Patrocínio Nogueira.

José do Patrocínio Nogueira , na foto com a patente de tenente-coronel da arma de Intendência – Fonte – haydeeferreira.blogspot.com.br

Mas através das informações do site http://haydeeferreira.blogspot.com.br, mantido pela sua sobrinha, a arquiteta piauiense Haydée Ferreira, e de outras fontes, eu soube que o tenente José do Patrocínio Nogueira iniciou sua carreira na Escola Militar Preparatória de Fortaleza, Ceará, em 1942 (Junto com o potiguar José Gurgel Guará), onde depois foi encaminhado para Natal. Na sequência serviu em Belém e Belo Horizonte, foi professor do Quadro do Magistério Militar do Exército, chegou a coronel em 1972 e faleceu em 2001 em Fortaleza.

Estas até podem não ser informações de relevo, substanciais. Mas é assim, sem nunca desprezar as pequenas peças do quebra-cabeça, que é feito o estudo da História.

https://tokdehistoria.com.br/2017/08/27/uma-pequena-historia-da-segunda-guerra-mundial-em-natal/

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CENTRO HISTÓRICO DE POMBAL/PB CRÉDITO DAS IMAGENS: José Tavares de Araújo Neto






Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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NO DIA DO VAQUEIRO, A HOMENAGEM AOS ANTIGOS VAQUEIROS DA RIBEIRA BELMONTENSE

Por Valdir José Nogueira / pesquisador e escritor

A foto mostra vaqueiros da Ribeira de Belmonte que tomaram parte em 15 de agosto de 1926 na pega do boi “Ponta de Fogo” do Caminho Novo, cujo dono era o major Quinca Leonel, que também aparece na foto totalmente paramentado com o seu famoso gibão de couro. 

Dentre os vaqueiros que participaram do evento e que consta na foto estão: Né Baía, Joaquim Geraldo, João Damião, Joaquim David, Totônio, Dodô, Donato Moura e Severiano David. Por trás dos vaqueiros estão: Cazuza Alencar (José Alencar de Carvalho), Seulino Terto (Acelino Donato de Moura) e Silvestre filho de João Velho.

ADENDO - http://blogodmendesemendes.blogspot.com

A primeira foto lembra um pouco (só um pouquinho) esta de Lampião e seus cabras, todos montados em cavalos.Mas o leitor pode dizer que não tem nada a ver. Cada um de nós ver as coisas de formas diferentes.

Adquiri no facebook, página do Voltaseca Volta pesquisador do cangaço, publicado no grupo Lampião, Cangaço e Nordeste

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CANGAÇO - O NORDESTE NO CINEMA BRASILEIRO

Do acervo do pesquisador do cangaço Ruy Lima

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CANGACEIROS CARIRI


Grandes Momentos precisam ser celebrados com Grandes Personalidades... De 12 a 15 de Outubro temos um espetacular compromisso, nas terras sagradas de Floresta com o Centenário de Nazaré o Cariri Cangaço se rende a fibra, a coragem e o destemor de todo um povo e para COMEÇAR...

Marilourdes Ferraz - Marcos De Carmelita - Cristiano Ferraz - Helena Câncio não será necessário dizer muita coisa! Cariri Cangaço Floresta -Centenário de Nazaré.

12 a 15 de Outubro de 2017
TEM CORAGEM DE PERDER ???

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O DESTINO TRÁGICO DE ROSINHA DE MARIANO

Por Paulo George Pereira

No dia 29 de outubro de 1936, morre o valente cangaceiro Mariano. Sua companheira Rosinha, mesmo grávida, consegue fugir com os companheiros no meio da caatinga, à procura do coito onde estava o grosso do bando, nas proximidades de Poço Redondo-SE. 

Lampião estava acoitado no Riacho Craibeiro, quando eles chegaram um ou dois dias depois. Lavandeira, Zabelê, Criança, Quixabeira, Diferente e Santa Cruz foram relatar o que aconteceu ao chefe Lampião, e Rosinha aos prantos, foi se juntar às outras mulheres do bando. Lampião já sabia de tudo, pois um coiteiro já tinha lhe dado a notícia.

Dias depois, debaixo de uma barraca coberta com couro de bode no pé da serra dos carneiros, Rosinha pariu uma menina, e Lampião mandou entregar ao vigário de Pão de Assucar-AL.


Rosinha estava desesperada, sem saber o que fazer, as outras mulheres já tinham costume da vida cangaceira, Rosinha não... entrou no cangaço por amor ao seu homem, não tinha medo de nada ao seu lado, agora Mariano morto, o cangaço era um mundo estranho. Estava decidida a sair do bando, mais sabia que Lampião não iria aceitar, afinal de contas, ela sabia de muitos segredos, sua saída colocaria em risco a vida dos outros companheiros. Rosinha foi falar com Lampião. Disse que queria visitar sua família, que morava na beira do rio São Francisco, na Fazenda Capoeiras. 

Lampião pensou, pensou e disse: "- rosa, rosa... tu sabe que num gosto de gente minha visitar parente, isso é perigoso. Vou deixar que tu vá, faço isso pensando no meu amigo (Mariano), só num demore, mate a saudade e volte com três dias".


Lampião mandou que Criança e outros companheiros acompanhassem Rosinha até a casa do seu pai Lê Soares. O seu pai, não segurou as lágrimas ao ver a filha. Rosinha abraçou o pai, a mãe, os três choraram juntos de felicidade.


Rosinha explicou que o tempo era pouco pra visitá-los, pois Lampião queria que ela voltasse logo. Os cangaceiros voltaram pra o coito, deixando Rosinha com os pais. Passou uma semana e Rosinha não tinha voltado pra o coito.


Lampião já estava impaciente, não sabia o que faria com Rosa (era assim que a chamava), pessoa de sua estima, mulher de um homem que foi um dos seus melhores amigos e luta. Muito sentido e preocupado com a segurança do bando, o capitão tinha decidido: "Rosa tinha que morrer".

Chamou Luiz Pedro e falou de sua decisão. Luiz Pedro concordou dizendo: 

- De fato, se ela não voltou no combinado, teria mandado avisar.

Lampião disse: 

- Vamos fazer assim, voçê espera ainda uns dois dias, antes de matá ela, mais é priciso que nóis saia daqui agora mermo, pruque Rosa pode ser presa e dizer onde nóis estamos.

Ao deixar o coito do Riacho Craibeiro, o bando foi se acoitar no Poço dos Porcos, perto do rio São Francisco e perto também da casa do pai de Rosinha.

Lampião mandou um cabra chamado Zé de Bela acompanhar os passos de Rosinha, sem ela notar, pois Lampião ainda achava que ela voltava.
Mas passou-se uma semana, Lampião não poderia mais esperar, pois já demorava no mesmo lugar. Lampião chamou Luiz Pedro e disse que ele resolvesse aquele caso. 


No outro dia Rosinha se levantou cedo, tomou café e disse ao pai que estava preocupada; sonhou Lampião matando-a. O pai acalmou a filha. Nesse instante, chegou o cangaceiro Elétrico dizendo que tinha ordem de Luiz Pero para levá-la. Apreensiva, Rosinha junta as coisas numa sacola, abraçou os pais, e segue com o cangaceiro. Lampião ao vê-la disse com frieza:

- Rosa purque voçe passou da mia orde, eu num disse pra voçe passar só três dias? ".

Rosinha tremula, disse: 

- É que meu pai tava duente...

- Mintira, Rosa! Voçe sabe que me contam tudo. Luiz Pedro vai com os meninos pegá umas incomendas nos paus pretos, acumpanhe eles.

Sem ter alternativa, Rosinha acompanha os companheiros, no meio do caminho, procurou puxar conversa com eles, mas ninguém lhe dava a atenção. Para eles, qualquer conversa amigável, ia tornar a situação dolorosa. 

Ao passarem pelo Riacho do Quatarvo, perto das Pias das Panelas, Pó Corante se aproximou dela por trás, e atirou em seu ouvido. Rosinha tombou sem vida, sem dar nenhuma palavra..., seu corpo foi enterrado no riacho mesmo, cumprindo assim, o seu trágico destino.


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AGRADECIMENTO E BÊNÇÃO DE FREI DAMIÃO

https://www.youtube.com/watch?v=Izzjh0B7mxA

AGRADECIMENTO E BÊNÇÃO DE FREI DAMIÃO

Publicado em 11 de mai de 2010

Nós católicos, além de dirigirmos as nossas orações a Jesus Cristo, recorremos também à intercessão da Virgem Maria e dos Santos. Podemos fazê-lo?

Os protestantes negam. A Igreja , pelo contrário, nos responde que podemos fazê-lo e com muito proveito.

Eis as provas :

Um justo que mora aqui na terra pode rogar a Deus por nós e alcançar-nos graças.

De fato diz Jesus Cristo: "Orai pelos que vos perseguem e caluniam".
(Mt. 5,44). E São Tiago nos assegura da eficácia desta oração, feita pelos outros, porque a oração do justo muito pode" (Tiago 5, 17). Por isso o Apóstolo S. Paulo sempre se recomendava às orações do fiéis e na sua Epístola aos romanos ( 15, 30 ) dizia-lhes : " Rogo-vos, irmãos, por Nosso Senhor Jesus Cristo e pelo amor do Espirito Santo, que me ajudeis com as vossas orações por mim a Deus".

Ora, se um justo sobre a terra pode rogar a Deus por nós a alcançar-nos graças, muito mais o pode um justo no céu, um santo. Digo " muito mais", porque um santo no céu esta mais unido a Deus pelo vínculo do amor da caridade.

Mas a Virgem e os Santos não ouvem as nossas orações, não conhecem as nossas necessidades, dizem os protestantes.

Por exemplo : alguém aqui pede uma graça à virgem Maria, outros, ao mesmo tempo, pedem outras graças na Europa, na África, na Ásia, na Austrália. Como é que ela pode ouvir estas orações, que lhe são dirigidas de vários pontos da terra ? Seria preciso que se achasse, ao mesmo tempo, na América, na Europa, na África, na Ásia, na Austrália e em toda parte. Ora, em toda parte esta somente Deus.

É inútil, portanto, recorrermos à intercessão da Virgem Maria e dos Santos.

Resposta : É verdade que a Virgem Maria e os Santos não se acham em toda parte ; mas é absolutamente falso que Maria e os Santos não ouçam as nossas orações e não conheçam as nossas necessidades, pois a Bíblia nos ensina que os Santos conhecem os acontecimentos da terra e conhecem até mesmo os nossos pensamentos, desejos e afetos.

Os Santos conhecem os acontecimentos da terra, de fato lemos no Apocalipse ( 2, 26 ) : " Aquele que vencer e guardar as minhas palavras até o fim, dar-lhei poder sobre todas as nações e as governará".

Ora, os Santos venceram na luta contra o demônio, contra a carne, contra as paixões e guardaram até o fim as palavras divinas.

Logo governa as nações, o mundo. E se governam o mundo, é claro que conhecem os acontecimentos do mundo.

Os Santos conhecem até mesmo nossos pensamentos desejos e afetos. De fato, "Os Santos no céu são como os anjos de Deus" (Mt. 22, 30)" eles são iguais aos anjos". (Lc. 20, 36).

Ora, os anjos conhecem nossos pensamentos, desejos e afetos. Logo conhecem também os Santos.

E que os anjos conheçam nossos pensamentos, desejos e afetos é claro pelo testemunho do próprio Jesus Cristo, pois, declara que há alegria entre os anjos de Deus, quando um pecador faz penitencia". (Lc. 15, 10).

A penitencia é um afeto interior da alma e os anjos o podem ver, porque se regozijam quando um pecador faz penitencia. Portanto vêem o que se passa na alma, no coração, daquele pecador.

E o mesmo, repito-o, deve-se dizer relativamente dos Santos, visto que são iguais aos anjos.
E de que maneira os Santos conhecem os acontecimentos, desejos e afetos?

Em Deus. Ele é a própria ciência infinita conhecendo-se a si mesmo, conhece tudo : o presente, o passado, o futuro, ou melhor, não há para ele nem passado, nem futuro, mas tudo é presente.

E entre todos os Santos quem mais pode é, sem dúvida, a virgem SSma. por ser a Mãe de Deus.(Jesus também é Deus)

Portanto, Maria no céu, continua a ser Mãe de Jesus Cristo e Jesus Cristo no céu continua a ser filho obsequioso da Virgem SSma. Se, pois ela lhe pedir graça, misericórdia, é impossível que não seja atendida.

Também nós, ainda que sejamos tão maus, por pouco que amemos nossa mãe, sempre estamos dispostos a favorece-la. Muito mais Jesus Cristo sempre esta disposto a favorecer a sua Mãe, ele que é o mais amante dos filhos.

Mas então dizem os protestantes, como se explica aqueles textos da Sagrada Escritura, em que se afirma que "há um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo?"

É fácil responder a essa objeção. Note-se bem : As graças que nos fazem a Virgem SSma e os Santos, não são deles, e sim de Jesus. É Jesus a fonte de todas as graças; é ele o Pai celestial que nos abençoa e nos salva. Maria e os Santos com a sua intercessão fazem com que essas graças mais facilmente e mais cedo cheguem a nós.

Nas bodas de Caná, Maria intercede e Jesus faz um milagre antes do tempo, a pedido de sua Mãe.

O próprio Jesus disse: "Que queres de mim, mulher? A minha hora ainda não chegou" (João 2,4). Não tinha chegado a hora de Jesus. Ele era totalmente obediente ao Pai, mas realizou o milagre por causa da intercessão de Nossa Senhora."

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FLORESTA NAZARÉ

Por Manoel Severo

Houve uma época em que os compromissos se firmavam no "fio do bigode", houve uma época em que a coragem e a honra de um povo correu o mundo e escreveu o nome deste mesmo povo nos livros de historia do sertão: NAZARENOS !!!

Que venha o espetacular Cariri Cangaço Floresta 2017 - Centenário de Nazaré... IMPERDÍVEL !!!

12 a 15 de Outubro de 2017
FLORESTA-NAZARÉ ...


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