Seguidores

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

ABSOLVIÇÃO DO CANGAÇO

Por Rangel Alves da Costa*

Consta dos autos da História que Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião, em companhia de um bando de cangaceiros, praticaram os crimes incursos no códice criminal sertanejo: homicídios tentados e consumados, estupros, infanticídios, ameaças, roubos, extorsões, perturbação à paz pública, violação da propriedade alheia e formação de quadrilha, dentre outros tipos penais. Ofertada denúncia, a acusação conclamou pela condenação. Em alegações finais, a defesa pugnou pela absolvição ante a realidade fática, enquanto o órgão acusador reiterou pela condenação ante a induvidosa materialidade dos crimes praticados pelo bando comandado pelo também conhecido como Capitão Lampião. Passo a decidir.

Segundo os termos da acusação, Virgulino Ferreira da Silva, durante cerca de vinte anos, sempre acompanhado de um bando descontínuo de cangaceiros, assolou todo o sertão nordestino com a prática das mais insidiosas e perversas ações. Cita o estado de terror perpetrado nas localidades por onde passava, matando e violando inocentes, extorquindo oprimidos e poderosos, roubando e incendiando propriedades, sendo algoz de sangue de qualquer um que pela frente encontrasse. Por sua vez, a defesa não somente se contrapôs às acusações como justificou as ações de Lampião e seu bando às luzes das excludentes de criminalidade, apontando a legítima defesa e o estado de necessidade.

Nesta seara, afirma a defesa que Lampião e seu bando, ao invés de serem apontados como agentes do crime, teriam que ser vistos como pessoas que viviam continuamente sendo perseguidos pela polícia volante, não lhes restando alternativa senão atacar, como meio defensivo, para sobreviver. Acentua que motivados por uma causa justa, pois numa luta iniciada pela inação do próprio Estado na defesa das classes mais empobrecidas e pela sua inércia ante as injustiças praticadas pelos poderosos, o que alguns sertanejos fizeram foi reunir interesses de oprimidos para confrontar os opressores, até mesmo o Estado enquanto polícia.

Acentua ainda a defesa que não se pode ter como prática deliberadamente criminosa uma atitude meramente defensiva, legitimando a reação contra os constantes e contínuos ataques das volantes. Ou a reação se dava na medida do ataque ou todo o bando seria exterminado no primeiro confronto. E por que a polícia tanto perseguia Lampião e seu bando, indaga a defesa. E responde: Por que o Estado não via Lampião como criminoso comum, mas como aquele que podia arregimentar forças poderosas ao seu objetivo de luta, como coronéis, políticos, autoridades e latifundiários, e assim confrontar as próprias forças estatais. E o Estado não queria correr o risco de ter um Nordeste com força independente.


Após demorada apreciação dos autos, resta salientar, de antemão, a prejudicialidade no julgamento de tal processo sem que se traga aos autos os demais partícipes nos crimes descritos na fase inquisitorial e que, após instrução com nítido prejuízo para a defesa, chegou-me conclusos para julgamento. Há de se indagar se somente Lampião e seu bando deveriam sentar no banco dos réus quando é do conhecimento de todos que outras pessoas, espalhadas nos diversos grupos conhecidos como volantes, e agindo em nome do Estado, praticaram os mesmos crimes, senão com maior perversidade no modus operandi.

Por mais que se considerem os elementos de prova trazidos aos autos pela acusação, seria julgar com imparcialidade apenas parte de um grupo maior que atuou durante anos por todo o sertão. Ademais, com maior requinte nas ações e brutalidade nos atos cometidos, tem-se conhecimento que a denominada volante não só espalhou o terror pela terra sertaneja como fez do já desvalido sertanejo o mais humilhado dos homens. Basta uma rápida conversação com o homem das terras matutas para saber quem ele acusa como verdadeiro malfeitor, violento e sanguinário. Quem sofreu na pele as agruras de haver caído nas ensandecidas mãos da volante, certamente que não dirá que fora Lampião e seu bando aqueles que fizeram abordagens e trataram o homem com desmedida fúria.

Urge considerar acerca das práticas criminosas imputadas a Virgulino Ferreira da Silva e seus comandados. Aquele certamente era um mundo de guerra, de violência, de perseguições e combates. E não há guerra sem violência, até mesmo contra pessoas que apenas habitavam pelos caminhos e proximidades dos homens das caatingas, bem como cidades e povoações. Há de observar-se que o bando de cangaceiros não chegava àquelas localidades fartos de comida e bebida, limpos e contentes, descansados e desapressados. Chegavam geralmente com feras em fuga. E o que faz uma fera ante a negativa de sua pretensão? Logicamente que ataca, agride, provoca situações angustiantes. Porém há de se considerar o contexto da ação e não apenas a violência como ato premeditado.

Não se lança, aqui, conclusões pessoais do julgador, ainda que este se baseie no livre convencimento pelo bojo das provas trazidas aos autos, mas violência premeditada era aquela praticada pelo Estado, através de sua polícia. Contudo, o que se está julgando é o denominado cangaço, tendo como réus Lampião e seu bando, e não a volante que fazia parte da outra face de uma mesma moeda. E não se pode julgar com imparcialidade quando algozes de maior monta sequer são trazidos à condição de réus.

Ademais, seriam muitas atenuantes em favor de Virgulino Ferreira e seu bando, principalmente porque os aludidos crimes praticados pelos cangaceiros se revestem de motivações sociais e até morais, bem como por injustas agressões do Estado-vítima. Neste aspecto, não se pode duvidar acerca das opressões, das perseguições, das imposições desmedidas e das violências praticadas pelo Estado e seus protegidos. O cangaço não foi fruto nem do desejo de Lampião nem qualquer outro chefe de bando, mas do próprio poder que fez transformar em fera aquele tido como verme e que achava manter sob sua sola.

Sem maiores delongas, mesmo considerando a prejudicialidade no julgamento, principalmente pela ausência do Estado-polícia no banco dos réus, absolvo o cangaço das acusações que lhes são imputadas, pelos seus próprios fundamentos.

Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

LAMPIÃO MODERNO - CARIRI CANGAÇO 2015


Homenagem mais que justa ao pesquisador e colecionador do cangaço Dr. Ivanildo Alves da Silveira, membro conselheiro da Confraria do Cariri Cangaço, e atuante em nossos encontros bem planejados pelo Curador Dr. Manoel Severo e demais Conselheiros.

Tivemos o privilégio de assistir no encerramento desse grandioso evento que se deu na cidade de Juazeiro do Ceará, essa sua especial declamação com o poema de Carlos Araújo, cujo título é  "Lampião Moderno" - mais que contundente para esses dias de corrupção que nós brasileiros estamos vendo.

http://meneleu.blogspot.com.br

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

MAIS UM LIVRO SOBRE CANGAÇO ESTÁ NO FORNO...!


"Histórias de Cangaceiros e Coronéis" a ser lançado breve, muito breve. Ou não. 
Autor Honório Medeiros.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

GENEALOGIA DA FAMÍLIA PEREIRA DO PAJEÚ


Um excelente livro de Genealogia da Família Pereira do Pajeú, de Juarez Pereira Valões. 347 páginas.

Pedidos e informações: 
franpelima@bol.com.br

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

A VOLTA DO REI DO CANGAÇO


O livro custa 45,00 Reais, e basta clicar no link abaixo e pedir o seu.

http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-638907377-a-volta-do-rei-do-cangaco-_JM

MAIS PONTOS DE VENDA EM CAPOEIRAS

Amigos, nosso trabalho, A VOLTA DO REI DO CANGAÇO, além vendido direto por mim, no MERCADO ALMEIDA JUNIOR, também pode ser encontrado na PAPELARIA AQUARELA, ao lado do Correio, também na PANIFICADORA MODELO, com Ariselmo e Alessilda e no MERCADO POPULAR, de Daniel Claudino Daniel Claudino e Gicele Santos.

Também pode ser encontrado com o Francisco Pereira Lima, especialista em livros sobre cangaço.

franpelima@bol.com.br

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

JACKSON DO PANDEIRO E SUA ESPOSA ALMIRA CASTILHO CANTANDO 'BAIÃO', DE LUIZ GONZAGA EM RITMO DE CANGAÇO. QUE RELÍQUIA!



Jackson do Pandeiro e sua esposa, Almira Castilho cantando "Baião", de Luiz Gonzaga. Que relíquia!!!

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

13 DE JUNHO DE 1927 - O DIA EM QUE LAMPIÃO ATACOU MOSSORÓ - 13 DE JUNHO DE 2009

Por Geraldo Maia do Nascimento

Na tarde do dia 13 de junho de 1927 quando Lampião tentou saquear Mossoró, uma forte chuva começa a cair, comprometendo o desempenho dos cangaceiros e tornando mais tétrico o ambiente. Lampião segue em direção ao cemitério da cidade enquanto que Massilon procura os fundos da casa do prefeito. 

O cangaceiro Massilon

O cangaceiro Colchete tenta revidar os tiros lançando uma garrafa com gasolina contra os fardos de algodão que servem de trincheiras para os defensores, na tentativa de incendiá-los. Nesse momento é atingido por um tiro, caindo morto. Jararaca se aproxima do corpo, com o intuito de dar prosseguimento ao plano do comparsa morto e é também atingido nas costas, tendo os pulmões perfurados. 

Sabino Gomes
               
No mesmo instante, os soldados entrincheirados na boca do esgoto começam a atirar, encurralando os cangaceiros. Os defensores dominam a situação e não resta outra solução aos facínoras se não abandonar a cidade. A ordem de retirada é dada por Sabino que puxando da pistola dá quatro tiros para o alto. É o fim do ataque. 

Lampião

Não foi um combate longo; iniciou-se as quatro horas da tarde, aproximadamente, sendo os últimos disparos dados por volta das cinco e meia da mesma tarde. Lampião havia fugido, deixando estirado no chão o Cangaceiro Colchete e dando por desaparecido o Jararaca, que depois seria preso e justiçado em Mossoró. Mas com medo da revanche dos bandidos, os defensores permaneceram de plantão toda a noite, só descansando no outro dia, quando tiveram certeza que já não havia mais perigo.
               
Quando lembramos esses fatos, ficamos pensando que tragédia poderia ter acontecido se a cidade não houvesse sido esvaziada a tempo. Quantas mortes poderiam ter havido se a população tivesse permanecido na mesma. Só Deus pode saber.
               
Depois do acontecido, a população começa a voltar para casa. É outra batalha para se conseguir transporte, juntar os parentes, desentocar os objetos de valores que tinham ficado escondidos e tantas providências mais, que só quem viveu o drama poderia contar.
               
13 de junho, dia de Santo Antônio. Um dia que ficou marcado para sempre na história de Mossoró. 

Todos os direitos reservados

É permitida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, desde que citada a fonte e o autor.


Autor:
Geraldo Maia do Nascimento

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

DOCUMENTO HISTÓRICO


Patente de Coronel concedida ao senhor Manoel Pereira da Silva Jacobina "Padre Pereira" pai de Luiz Padre e tio do célebre cangaceiro Sinhô Pereira.

Padre Pereira, como assim era conhecido, foi assassinado no dia 15 de outubro de 1907 e esse acontecimento foi o motivo para a entrada de Sinhô Pereira e Luiz Padre, para o Cangaço.

Fotografia do acervo principal: Sousa Neto
Fonte: facebook


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

RESGATANDO A HISTÓRIA

Por Emerson Monteiro
Laílson Feitosa, Manoel Severo e Emerson Monteiro no Cariri Cangaço 2015

O Cariri Cangaço, movimento cultural de resgatar a história do feudalismo nordestino pelos caminhos de interpretação consistente, eis o que sintetiza o empenho dessas personalidades, sob a coordenação do pesquisador Manoel Severo, que fazem o esforço de seguir as mesmas estradas percorridas pelos cangaceiros, andanças de conhecer os meandros de um tempo que ficou relegado ao ostracismo do segundo plano, estigmatizado na memória brasileira. 

Através da aproximação de estudiosos que buscam resquícios derradeiros do que acontecera no Nordeste à época dos bandoleiros armados e perigosos, mineradores de fina estampa viajam e trocam opiniões e dados, resgatam filmes, fotografias, histórias orais, publicações esquecidas, entrevistam personagens que ainda guardam lembranças das famílias, jornais, revistas, depoimentos, Trabalham, pois, a função de recolher e avaliar pedaços abandonados do confronto entre caboclos e senhores que forma as origens da cidadania do Sertão brasileiro, passados já quase cem anos das tais ocorrências, eis resumo do que executam agora os membros dessa instituição, no afã de ampliar a panorâmica apenas conhecida através da versão dos vitoriosos.

 Emerson Monteiro em sua Conferencia no Memorial Padre Cícero - Cariri Cangaço
Edição de Luxo: Ano V

Neste ano de 2015, o Cariri Cangaço já realizou atividades nalgumas das comunas que foram palco de refregas do passado carrancista e violento, romantizado e estigmatizado nas memórias das gentes. O grupo, formado por nomes da cultura de todo território nacional, soma escritores, conferencistas, artistas plásticos, cineastas e fotógrafos, professores, médicos, sacerdotes, advogados, donas de casa, estudantes, todos aficionados apreciadores da literatura interiorana, empenhados na identificação dos segredos marcados de sangue, pó e sacrifícios humanos; e formula itinerários que evolvem também a fé da nossa gente. Por conta disso, chegou ao Cariri central, cidades de Crato, Juazeiro do Norte, Missão Velha e Lavras da Mangabeira; reuniu seus membros e moradores do lugar na firme intenção de conhecer in loco a essência da epopeia que investiga há 15 anos, desta vez aprofundando o papel do padre Cícero Romão Batista no desenrolar da cena dessa história tão rica e apaixonante.

Somadas visitas aos sítios históricos, palestras e divulgação de publicações, esse grupo tratou de interagir com os intelectuais das localidades, deixando bem viva a disposição honesta de encontrar o sentido da missão que abraça focada na verdade do povo, sob a consciência de novas teses e valores clássicos.

Emerson Monteiro, Pesquisador e escritor
Painelista do Cariri Cangaço - Edição de Luxo - Ano
Memorial Padre Cícero, Juazeiro do Norte
25 de setembro de 2015

http://cariricangaco.blogspot.com

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

GERALDO FERRAZ DE SÁ TORRES FILHO - ENTREVISTADO

por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Nome:   GERALDO FERRAZ DE SÁ TORRES FILHO
Cidade: RECIFE 
País: BRASIL

O livro que foi autografado na BIENAL PE foi THEOPHANES FERRAZ TORRES. A PRISÃO DO CANGACEIRO ANTÔNIO SILVINO E O JÚRI DO SÉCULO, segundo número da Coleção Pernambuco no Tempo do Cangaço.

Tema do conteúdo que escreve:
       
A temática é o Ciclo Histórico do Cangaço, com ênfase a briosa atuação de um dos mais destacados militares pernambucanos, durante o combate ao banditismo, reinante nas décadas de 10 e 20 do século passado, e, em especial, uma biografia do primeiro Rei do Norte, capturado, ferido, em 29 de novembro de 1914, pelo então alferes Theophanes Ferraz Torres.

Divulga Escritor - O que o motivou a participar da BIENAL PE?

Geraldo Ferraz - Além de a BIENAL ser um excelente Farol Literário, informo que já venho participando desde o ano de 2005 (Quinta Bienal Internacional do Livro de Pernambuco), oportunidade em que fui palestrante com a temática: A situação da pesquisa histórica em Pernambuco. Palestras e lançamentos de outros livros foram realizados nos demais encontros.

Divulga Escritor - Em que momento se sentiu preparado para publicar um livro?

Geraldo Ferraz - O meu primeiro livro, em dois volumes, Pernambuco no tempo do cangaço (Antônio Silvino, Sinhô Pereira, Virgulino Ferreira “Lampião”. Theophanes Ferraz Torres, um bravo militar (1894/1933), foi um trabalho de pesquisa de 15 anos. O Mestre Frederico Pernambucano de Mello, prefaciador do trabalho, me orientou a parar minhas pesquisas e publicar, logo, aquelas 1.024 páginas. Com o passar do tempo, segundo ele, as novas informações colhidas deveriam subsidiar uma nova edição, revista e ampliada. Devido aos altos custos para editar uma nova edição, decidi atender outra grande sugestão/desafio de Frederico Pernambucano, que me disse: “Convém que Geraldo, cumprido o dever que se assinou no tocante à vida do avô, ponha seu instrumental investigativo a serviço do levantamento do triênio de ouro da ação policial em Pernambuco,...”. Assim surgiu a ideia de criar a Coleção Pernambuco no Tempo do Cangaço, que teve para o seu o primeiro número, a biografia do desconhecido cangaceiro, Dé Araújo, um parente de Theophanes que estava do outro lado da lei.

Divulga Escritor - O que mais o encanta na área literária?

Geraldo Ferraz - O encanto pela leitura. Desde que tomei meus primeiros contatos com o universo das letras, no início da década de 60, me apaixonei e passei a “devorar” qualquer tipo fonte que fosse testemunho oral da palavra escrita. Resolvida a “fome literária”, passei a estudar a História do Ciclo do Cangaço, incentivado pela visita da escritora Aglae Lima de Oliveira, em meados da década de 60, do século passado, na cidade de Gravatá/PE e pela leitura do extraordinário trabalho do Mestre Frederico Pernambucano de Mello, Guerreiros do Sol. No ano de 1984, após notar a ausência e a necessidade, imperiosa, entre historiadores, estudantes, pesquisadores e curiosos no tema Cangaço, em se obter dados concretos e organizados sobre os difíceis anos do banditismo no Nordeste, e, principalmente, das enormes dificuldades que se tinha para combatê-lo, decidi que era a hora em estabelecer uma cronologia histórica e dividi-la com meu público leitor.

Divulga Escritor - Conte-nos um pouco sobre o seu novo lançamento, o livro “Theophanes Ferraz Torres. O centenário da prisão do cangaceiro Antônio Silvino e o Júri do Século.”

Geraldo Ferraz - Neste trabalho, onde se enfatiza a vida e o centenário da prisão do cangaceiro mais famoso da época, tratado pela imprensa daquela época como o Rei do Norte, ou seja, o primeiro Rei do Cangaço, o leitor tem a oportunidade de confrontar-se com duas figuras antagônicas (Silvino e Theophanes), entre outras centenas de personagens que forjaram a verdadeira saga do povo nordestino, no final do século XIX até a primeira década do XX, tudo isto dentro de uma atmosfera histórica totalmente diferente da que vivemos na atualidade. Demonstra-se, sobretudo, o caráter do jovem oficial que realizou tão importante prisão (com 19 anos) e a sua meteórica ascensão na iniciante vida militar na então Força Pública de Pernambuco.


Divulga Escritor - Onde podemos comprar  o seu livro?

Geraldo Ferraz - Através do e-mail: geraldoferraz@uol.com.br
Site para mais informações: www.geraldoferraz.net.br

Divulga Escritor - Quais os seus principais objetivos como escritor?

Geraldo Ferraz - Divulgar para o mundo lusófono a temática que abracei, com muito carinho literário, mostrando a autentica saga do nosso povo.

Divulga Escritor - Como você vê a Bienal Internacional do Livro de Pernambuco para o desenvolvimento literário pernambucano?

Geraldo Ferraz - Excelente oportunidade para discutirmos o que produzimos e aprender, mais, com os outros profissionais, em uma atualização constante e muito saudável para o universo das letras.

Divulga Escritor - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor sua trajetória literária. Agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?

Geraldo Ferraz - Leiam bastante, cercando-se, sempre, de fontes seguras de leituras confiáveis, para não prestarem um desserviço à história do nosso povo. Desejando que todos possam usufruir deste grande encontro das letras em nossa terra, só me resta dizer que aproveitem bastante e usufruam de um boa leitura

Participe do projeto Divulga Escritor

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

OUTRAS PEÇAS DO MUSEU DO SERTÃO EM MOSSORÓ - FERRO DE ENGOMA

Por Benedito Vasconcelos Mendes

Os antigos ferros de engomar roupa utilizavam carvão em brasa no seu interior, para mantê-los quentes, o que necessitava que a engomadeira ficasse sempre abanando o suspiro do ferro (orifício por onde penetrava o ar comburente), para alimentar a combustão do carvão.


Existe um modelo de ferro de engomar, de tamanho pequeno, que não tinha depósito para carvão, pois ele era colocado sobre a trempe do fogão à lenha para esquentar. Este tipo de ferro ainda hoje é usado, não mais para engomar roupa, e sim para engomar a superfície de queijos de manteiga, nas cozinhas de queijo das fazendas sertanejas. C

om o passar do tempo, foram surgindo novos tipos de ferro de engomar, usando diferentes fontes de energia para aquecê-los: ferro ao gás (gás Butano), ferro ao vapor (vapor d’água) e, por último, o ferro elétrico. Tanto os antigos ferros à brasa, como os atuais ferros elétricos, possuem vários modelos. 

No passado, quando ainda se usava ferro à brasa, surgiu um tipo de ventoinha para substituir o abano no processo de atiçar o fogo no interior do depósito de carvão (bojo) do ferro.

Informação do http://blogdomendesemendes.blogspot.com:

O Museu do Sertão na "Fazenda Rancho Verde" em Mossoró não pertence a nenhum órgão público, é de propriedade do seu criador professor Benedito Vasconcelos Mendes.

Quando vier à Mossoró procure visitá-lo, pois são mais de 5 mil peças para os seus olhos verem.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com