Por Geraldo Maia do Nascimento
Na tarde do dia 13 de junho de 1927 quando Lampião tentou saquear Mossoró, uma forte chuva começa a cair, comprometendo o
desempenho dos cangaceiros e tornando mais tétrico o ambiente. Lampião segue em
direção ao cemitério da cidade enquanto que Massilon procura os fundos da casa
do prefeito.
O cangaceiro Massilon
O
cangaceiro Colchete tenta revidar os tiros lançando uma garrafa com gasolina
contra os fardos de algodão que servem de trincheiras para os defensores, na
tentativa de incendiá-los. Nesse momento é atingido por um tiro, caindo morto.
Jararaca se aproxima do corpo, com o intuito de dar prosseguimento ao plano do
comparsa morto e é também atingido nas costas, tendo os pulmões perfurados.
Sabino Gomes
No
mesmo instante, os soldados entrincheirados na boca do esgoto começam a atirar,
encurralando os cangaceiros. Os defensores dominam a situação e não resta outra
solução aos facínoras se não abandonar a cidade. A ordem de retirada é dada por
Sabino que puxando da pistola dá quatro tiros para o alto. É o fim do ataque.
Lampião
Não
foi um combate longo; iniciou-se as quatro horas da tarde, aproximadamente,
sendo os últimos disparos dados por volta das cinco e meia da mesma tarde.
Lampião havia fugido, deixando estirado no chão o Cangaceiro Colchete e dando
por desaparecido o Jararaca, que depois seria preso e justiçado em Mossoró. Mas
com medo da revanche dos bandidos, os defensores permaneceram de plantão toda a
noite, só descansando no outro dia, quando tiveram certeza que já não havia
mais perigo.
Quando
lembramos esses fatos, ficamos pensando que tragédia poderia ter acontecido se
a cidade não houvesse sido esvaziada a tempo. Quantas mortes poderiam ter
havido se a população tivesse permanecido na mesma. Só Deus pode saber.
Depois
do acontecido, a população começa a voltar para casa. É outra batalha para se
conseguir transporte, juntar os parentes, desentocar os objetos de valores que
tinham ficado escondidos e tantas providências mais, que só quem viveu o drama
poderia contar.
13
de junho, dia de Santo Antônio. Um dia que ficou marcado para sempre na
história de Mossoró.
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Autor:
Geraldo Maia do Nascimento
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