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terça-feira, 19 de julho de 2011

Projeto Editorial do Centenário

Por: Renato Cassimiro


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              É com prazer que encaminho a vocês o convite para o lançamento de parte da Coleção Centenário, parte do Projeto Editorial do Centenário, que coordenei com o apoio financeiro do BNB, em homenagem ao primeiro Centenário do Município de Juazeiro do Norte.
             Em 29 de setembro serão lançados outros 5 volumes e 100 folhetos de cordel (50 clássicos e 50 inéditos).
              Relação das Obras a serem lançadas em Juazeiro do Norte no dia 19 de Julho de 2011, dentro das comemorações do Centenário.

Reedições:

             Joaseiro do Cariry , Joaquim Marques Alencar Peixoto; Padre Cícero, Pessoas, Fotos e Fatos, Walter de Menezes Barbosa.

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Lançamentos Inéditos:

Memórias de um Romeiro, Odílio de Figueiredo Filho; Odílio Figueiredo, Um Juazeirense de Expressão; e De D. Bosco a Padre Cícero; Vera Odísio Siqueira.

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Textos Acadêmicos (Dissertações de Mestrado e Teses de Doutoramento): A Construção de Práticas e Saberes em Saúde dos Romeiros de Padre Cícero, Anair Cavalcante; Sob o Signo da Fé e da Mística, Anna Christina Carvalho; Amália Xavier e a Escola Rural de Juazeiro, Delane Lima Nogueira; O Teatro de Deus; Edianne dos Santos Nobre; Os Caminhos da Terceirização em Juazeiro do Norte, José Carlos dos Santos; A Cidade do Padre Cícero, Maria de Lurdes Araujo; Entre Chegadas e Partidas, Maria Paula Jacinto Cordeiro; O Lavrador, Mirelle Araujo da Silva; Para Onde Sopra o Vento, Renata Marinho Paz; Padre Cícero e a Nação Romeira, Therezinha Stella Guimarães.


 

Cordialmente,


Renato Casimiro
 
Trasladado do blog: "Cariri Cangaço"

Do Cangaço ao seringal.


Ex-aliado de Lampião diz que Maria Bonita tinha ciúme e fazia intriga

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Maria Bonita e Lampião
Foto do arquivo: "João de Sousa Lima"
          
            Um dos homens de Lampião que escaparam do cerco de Angicos foi Manoel Dantas Loiola, o Candeeiro. Aos 94 anos, ele vive em Buíque, sertão pernambucano. Vestindo camisa comprida, conta sua história, sentado num sofá da sala de uma casa simples. Reclama de Maria Bonita. “Ela não gostava da minha aproximação de Lampião”, relata. “Só vivia fazendo intriga. Mas o chefe confiava em mim.”


Seu "Nezim". Foto NE10 UOL

         Após o cangaço, Candeeiro foi para a Amazônia trabalhar em seringais e só voltou mais tarde para o sertão. “Nunca esqueci aquele dia em Angicos. Passei muito tempo sem contar essa história”, diz. “Lampião foi alerta do que a volante estava na região, mas não deu importância.” 
          A fuga de Candeeiro do acampamento de Angicos foi uma das maiores proezas da região. Faz calor no sertão.
              Um dos filhos do ex-cangaceiro diz, baixo, que o pai jamais tira a camisa comprida. Ela esconde a marca de bala de Angicos no braço esquerdo.
Adendo



              Aristéia e Candeeiro ainda são viventes. 

http://www.interjornal.com.br/fotos/imgnot_11169466_1_norm.gif
            
              O Sargento Antonio Vieira faleceu dia 20 de dezembro de 2010, um dia após a publicação desta matéria no Estadão.



Blog: "Lampião Aceso"

Documentário sobre o Padim


Padre Cícero, O patriarca de Juazeiro
Curta-metragem de 9:36 min
Material original 11 min (1955 / 1972)

Direção: Alexandre Wulfes


Seu Antonio da Piçarra


           O fazendeiro Antonio Leite Teixeira, ou simplesmente seu Antonio da Piçarra, no Ceará, durante 15 meses foi um dos maiores coiteiros de Lampião. Mas as amizades foram cortadas, quando Lampião o acusou de traidor.


             O motivo foi que Lampião e seu bando estavam acoitados próximo à barreira do açude de seu Antonio. De repente a  polícia  apareceu na fazenda.
           Seu Antonio preocupado, mandou um portador até ao açude, com um recado, comunicando a Lampião que a polícia estava em sua casa, e ele procurasse fugir imediatamente dali. 
           Lampião não gostou, pois ele achava que seu Antonio tinha chamado a polícia

 
Foto do blog "Cariri Cangaço"
          
           Este é o famoso banco que Lampião gostava de se sentar quando chegava à casa de seu Antonio da Piçarra, feito no ano de 1882, segundo informação do filho do fazendeiro.


O que foi "A chacina da tapera"


Por Kiko Monteiro


              Esse foi um dos atos de violência de Lampião que teve mais repercussão em todo estado de Pernambuco. Também a ocasião em que o Rei do Cangaço fora enganado por um "amigo" chamado Horácio Cavalcanti de Albuquerque o Horácio Novaes ou Horácio Grande, devido a sua estatura física.
              Horácio era membro de uma família honrada do Pajeú, mas se tornou um jagunço muito perigoso.
              No ano anterior Horácio roubou doze animais da fazenda dos Gilo e foi vendê-los em Lavras da Mangabeira cidade do estado vizinho, Ceará. Os ofertou para um coronel chamado Raimundo Augusto Lima (Foto).

           
             Este coronel também foi prefeito da cidade de Lavras e em 1927, ano seguinte, deu combate contra Lampião no distrito do Tipi em Aurora-Ceará (domínios do nosso confrade José Cícero).

José Cícero, com o ex-Jogador missãovelhense
Raimundo Pio(no centro) e Zé Jorge à direita.

             Lampião que planejava saquear Lavras estava acoitado na fazenda Tipi cujo os donos eram inimigos declarados do Clã lavrense. Então, por que esperar? - Almoçar o inimigo antes que ele nos jante! Decidiu o Coronel. E, assim foi feito. Sem perda de tempo Raimundo Augusto reuniu seus cabras e arrojou-se de surpresa sobre o bando facinoroso. Após breve combate Lampião e os do seu bando fugiram, deixando no local da refrega armas, mantimentos e vários cavalos utilizados pelo bando, e enfim o que não puderam conduzir.
             Mais tarde ciente do crime e fazendo justiça o Coronel Raimundo devolveu os animais ao seu legítimo dono. Estes ao saberem da transação incriminaram Horácio espalhando pela região sua fama de "ladrão de cavalos".
             Sabe-se que no sertão e principalmente no bando de Lampião, admitia-se assassinos de toda espécie, mas ladrão e ainda mais de cavalo? Era algo abominável.
              Horácio se sentido "humilhado" por Manoel prometeu vingança. E concretizou seu desejo depois de se unir a caterva de Virgulino. Durante os meses em que Horácio e Lampião andaram juntos, Horácio procurou envenenar seu companheiro contra os Gilo.
              O golpe de Horácio contra os Gilo foi uma carta, escrita pela mulher como se fosse pelo chefe da família, endereçada a Lampião, o conteúdo da carta não só o insultava, como ainda colocava em dúvida a sua coragem.
              A resposta da calúnia resultaria em um ataque, como desforra, esta vingança se concretizou às 04:00hs da manhã, num sábado, quando Lampião e Horácio, acompanhados de um grande número de asseclas abriram fogo contra a casa dos Gilo, onde estavam umas doze pessoas, entre estas Manoel Gilo, o homem que tinha acusado Horácio Novaes de roubo de mulas e burros de sua propriedade, e por essa acusação, o mesmo foi condenado.
             Também estavam dois de seus irmãos, seu pai o Sr. Donato, sua mãe e diversos outros parentes da família.
              Os Gilo resistiram bravamente, tinham sido prevenidos de que este ataque estava sendo tramado, e a luta durou muitas horas, neste ínterim, alguns cangaceiros foram colocados ao longo da estrada que passava pela casa dos Gilo, de modo a interceptar todos os que se dirigiam a feira de Floresta, impedindo assim, que qualquer socorro pudesse ser dado a família assediada.
               Por volta das 10:00hs, quando cessou o fogo de dentro da casa, o mais velho dos Gilo (o único homem ainda vivo na casa) saiu e enfrentou os cangaceiros.

Lampião

               Lampião puxou do bolso a carta que ele acreditava ser do homem à sua frente, e começou a lê-la, Sr. Donato protestou e negou a autoria, acrescentando que não sabia ler e nem tão pouco escrever. Lampião, conforme dizem, estava propenso a acreditar na sua inocência, foi quando Horácio, que estava perto, levantou a pistola, atirou na testa, matando seu inimigo.
              Ao todo, morreram treze pessoas na fazenda Tapera – Vila de Floresta, naquele dia, e conforme disseram as testemunhas, os corpos estavam espalhados por toda a casa, das 12 pessoas presentes, só não morreu a mulher de Gilo, e o único da família que escapou a exterminação foi o mais moço, ainda quase um menino, que tinha ido ao Ceará comprar açúcar, e portanto, estava ausente quando ocorreu o morticínio.
              Duas pessoas que não pertenciam a casa também morreram, outras duas, uma tinha sido detida na estrada e a outra, um soldado da polícia de Floresta, que chegou depois do tiroteio.

 
            
             Manuel Neto, que se recuperava de ferimentos no combate de Caraíbas.” correu até a cidade para pedir ajuda ao capitão Muniz de Farias que já tinha ciência das ameaças de Horácio contra Manoel Gilo. Muniz simplesmente recusou envolver seus homens.
            Diante da recusa do capitão Manoel seguiu acompanhado de poucos homens precisamente dez dos bravos Nazarenos que dispunha, ainda trocou tiros contra "uma centena de bandidos", perdeu dois companheiros, e teve que recuar. Não por temer o grande inimigo, mas devido a sua condição física comprometida pela hemorragia de seus ferimentos.
              Depois de tudo consumado, “chegou ainda ali por perto o capitão Muniz de Farias, com grande contingente de força policial, mas nada mais fez a não ser, após informado da situação, regressar para Floresta, deixando de seguir no encalço do grupo, como desejava e pedia o bravo e destemido anspeçada Manuel Neto.
              Lampião, reconheceu o erro de ter apoiado o fascinara na sua vingança, e não confiando mais em Horácio, apenas expulsou-o do bando.
              Horácio com medo de futuras retaliações fugiu deixando família e teve seu paradeiro desconhecido pelo resto de seus dias.

Fontes do texto:

Leonardo Ferraz Gominho, "Floresta uma Terra - um Povo".
Antonio Amaury e Vera Ferreira "De Virgolino a Lampião".
Blog do Sanharol


Extraído do blog: "Lampião Aceso"