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domingo, 18 de janeiro de 2015

LAMPIÃO A RAPOSA DAS CAATINGAS

Por Antonio José de Oliveira

Na realidade Pesquisador Mendes, o livro LAMPIÃO: A RAPOSA DAS CAATINGAS oferece total segurança nas informações, por ser fruto de um trabalho minucioso e didaticamente perfeito, realizado em profundidade durante onze anos de pesquisa.


Posso afirmar sim, uma vez que tive o prazer de lê-lo por completo. O autor desenvolveu uma ampla pesquisa de campo, além da bibliográfica e documental. 

Autor deste livro José Bezerra Lima Irmão e o escritor João de Sousa Lima

Não conheço pessoalmente o Bezerra Lima, mas pelo que pude interpretar na leitura do seu livro, trata-se de um escritor que, na medida do possível buscou a "verdade verdadeira". Acredito Mendes, que esta segunda edição irá logo desaparecer das prateleiras das livrarias, e ele terá que partir para uma TERCEIRA ETAPA.

A 2ª edição continua sendo vendida através dos endereços abaixo:

josebezerra@terra.com.br

(71)9240-6736 - 9938-7760 - 8603-6799 

Pedidos via internet:

Mastrângelo (Mazinho), baseado 

em Aracaju:

Tel.:  (79)9878-5445 - (79)8814-8345

E-mail:   lampiaoaraposadascaatingas@gmail.com 

Clique no link abaixo para você acompanhar tantas outras informações sobre o livro.

http://araposadascaatingas.blogspot.com.br 

ANTONIO CONSELHEIRO E CANUDOS

Por José Romero Araújo Cardoso

Queridos e estimados amigos Mendes Pereira e Pereira Lima, boa tarde:
Encontrei na net, em pdf, o livro ANTÔNIO CONSELHEIRO E CANUDOS, organizado pelo grande Ataliba Nogueira.

A versão em pdf é muito grande, mais de 22 mil Kbites, motivo pelo qual converti de pdf para word, intuindo mandar para vocês.

Tenho esse programa no meu computador, o qual converte de pdf para word.

Em anexo segue o livro ANTÔNIO CONSELHEIRO E CANUDOS.

Forte abraço!
José Romero Araújo Cardoso

Link para contato - 26,00

http://www.livrariaphylos.com.br/?74,3962,brasiliana-antonio-conselheiro-e-canudos-ataliba-nogueira.html


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EXPOSIÇÃO VIRTUAL - OBJETOS DO CANGAÇO


Entre os vários objetos da época do cangaço pertencentes ao acervo pessoal do Dr. Antônio Amaury Corrêa de Araújo, um em especial, chamou-me a atenção.

Esse objeto é na verdade uma caixinha feita e trabalhada em couro que era utilizada presa ao cinto (cinturão) de seu proprietário e que servia para guardar pequenos objetos... no caso do dono dessa, para transportar fumo, papel, isqueiro, fósforo e etc...

Essa caixinha de couro, segundo o Dr. Antônio Amaury, pertenceu ao Capitão Virgulino Ferreira (Lampião)... o maior de todos os cangaceiros, e que lhe fora presenteada por um antigo coiteiro, durante uma de suas dezenas de viagens que fez ao Nordeste em busca da história do cangaço.

Essa relíquia histórica, acredito eu, que seja desconhecida, até mesmo de muitos que pesquisam e estudam a sério o assunto.

APRECIEM...
Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador)

Fonte: facebook

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OS SERTÕES: AS PRÉDICAS DE ANTÔNIO CONSELHEIRO E A POESIA DE CANUDOS - PARTE I

Por Aleilton Fonseca

Antônio Conselheiro, "documento vivo de atavismo"

Em Os sertões (1), no capítulo intitulado "O homem", Euclides da Cunha caracteriza a figura de Antônio Conselheiro e, em função de sua imagem, analisa as prédicas e a poesia de Canudos. Sua abordagem da vida religiosa concentra-se sobretudo em avaliar as práticas dos canudenses como sendo determinadas pelo fanatismo conduzido pelo Conselheiro. Já os versos encontrados, que tematizam a Guerra, são vistos como "pobres papéis" que registrariam o efeito das prédicas do beato. Dessa forma, para que se compreendam as observações de Euclides sobre as prédicas e sobre a poesia canudense é preciso observar alguns aspectos da análise que ele faz do Conselheiro.

Euclides da Cunha inicia o capítulo "O homem" discutindo o problema etnológico do Brasil, procurando demonstrar, segundo as teorias raciais correntes no final do século XIX, o processo ainda inconcluso de formação da nossa etnia mestiça, a partir das três raças originais: indígena, africana e européia. Em seguida, procura explicar a gênese do jagunço e descreve o modo de vida do sertanejo, sua cultura e sua personalidade em consonância com o meio físico, com o clima e com fatos históricos da ocupação geográfica, definindo-o como representante de uma sub-raça que seria produto desses condicionantes. Em função disso, procura estabelecer as causas que levariam ao messianismo como expressão de uma religiosidade primitiva que considerava própria de um estádio atrasado de civilização, que estaria então sendo reatualizada pelos canudenses como um fenômeno de atavismo. Assim, os sertanejos comporiam uma sub-raça dentro do processo de miscigenação brasileiro, e que, isolada durante cerca de três séculos, estaria situada à margem do processo civilizatório e do progresso conseguido pela sociedade do espaço litorâneo do país. Sob essa ótica, Antônio Conselheiro emerge como um produto do meio, portador de características determinadas pela hereditariedade, constituindo um documento vivo de atavismo. Euclides afirma: "É natural que estas camadas profundas da nossa estratificação étnica se sublevassem numa anticlinal extraordinária — Antônio Conselheiro".

Com esse epíteto principal, Euclides da Cunha procura traçar as caraterísticas do líder religioso sertanejo, enquadrando-o segundo os conceitos e premissas cientificistas que norteiam sua análise. O beato surge como sendo o falso profeta, um produto do meio, portador de psicose progressiva e consciência delirante:

Todas as crenças ingênuas, do fetichismo bárbaro às aberrações católicas, todas as tendências impulsivas das raças inferiores, livremente exercitadas na indisciplina da vida sertaneja, se condensaram no seu misticismo feroz e extravagante. Ele foi, simultaneamente, o elemento ativo e passivo da agitação de que surgiu. (2)

Para o escritor, Antônio Conselheiro resumia numa individualidade os caracteres negativos da sub-raça, sendo o " falso apóstolo que o próprio excesso de subjetividade predispusera à revolta contra a ordem natural". E assim: "A multidão aclamava-o representante natural de suas aspirações mais altas". Ao traçar o perfil do líder religioso, Euclides destaca-o como uma anticlinal, um "grande homem pelo avesso", uma personalidade forte e carismática resultante do meio social atrasado e formado por homens inferiores, degenerados. Assim, ao lado da descrição "científica", observa-se uma espécie de admiração pelo valor pessoal do pregador, visto como um peregrino, evangelista, "asceta" e "gnóstico bronco" em suas ações edificantes pelos arraiais sertanejos (3).

As prédicas de Antônio Conselheiro, n’Os sertões

Euclides da Cunha informa que, em suas andanças, Antônio Conselheiro levava "um surrão de couro em que trazia papel, pena e tinta, a Missão abreviada e as Horas Marianas" (4). Ao descrever as peregrinações de Antônio Conselheiro e seus seguidores pelas vilas e povoados sertanejos, mostra como o beato detinha o poder de aglutinar pessoas nas pequenas praças, para ouvir suas pregações. A descrição destaca, de certo modo, o aspecto teatral das pregações:

Erguiam-se na praça, revestidos de folhagens, as latadas, onde à tarde entoavam, os devotos, terços e ladainhas; e quando era grande a concorrência, improvisava-se um palanque ao lado do barracão da feira, no centro do largo, para que a palavra do profeta pudesse irradiar para todos os pontos e edificar todos os crentes. (5)

E adiante:

Ele ali subia e pregava. Era assombroso, afirmam testemunhas existentes. Uma oratória bárbara e arrepiadora, feita de excertos truncados das Horas Marianas, desconexa, abstrusa, agravada, às vezes, pela ousadia extrema das citações latinas; transcorrendo em frases sacudidas; misto inextrincável e confuso de conselhos dogmáticos, preceitos vulgares da moral cristã e de profecias esdrúxulas. (6)

As prédicas de Antônio Conselheiro são consideradas por Euclides como extravasamento de sua loucura. Assim, ao longo de sua análise, concatena juízos negativos a respeito do pregador e das prédicas, num quadro em que se ajustam como resultantes da mesma situação de incultura. O beato é visto como um "orador bárbaro", "truanesco", "pavoroso", "bufão arrebatado", enfim um "heresiarca". Enquanto isso, as prédicas são consideradas "truncadas", "abstrusas", "desconexas", "preceitos vulgares", enfim, "insânia formidável". O ensaísta cita algumas passagens das prédicas, as mais truncadas e confusas possíveis, para corroborar as suas afirmações e apontar nelas "a revivescência de aberrações extintas". Os comentários acerca do conteúdo das prédicas são articulados no sentido de mostrá-las como prova do que seria o estádio retrógrado, o atraso cultural dos sertanejos, em sua expressão religiosa. Nota-se, no entanto, que os fatos, na verdade, são arrolados para preencherem um lugar de antemão demarcado na cadeia explicativa euclideana, através de formulações conceituais estabelecidas a priori. Por outro lado, os fatos analisados não foram observados in loco pelo escritor, mas sim informados por "testemunhas existentes". Assim, os comentários e críticas são feitas a partir de impressões de testemunhas que não eram partidárias do pregador. Dessa forma, observa-se que tanto os depoentes quanto o analista observam os fatos de uma posição de fora, submetendo-os a preconceitos e prejulgamentos. Nesse sentido, a abordagem das práticas religiosas dos conselheiristas perde de vista a sua inserção no espaço sertanejo, como uma forma de resistência e como uma alternativa de sociabilidade religiosa. Assim, como líder espiritual de uma "igreja" à margem da instituição religiosa oficial situada nos parâmetros positivistas de civilização, o Conselheiro é visto como "desnorteado apóstolo" em "missão pervertedora" que "reunia no misticismo doentio todos os erros e superstições que formam o coeficiente de redução da nossa nacionalidade" (7).

CONTINUA...


Enviado pelo escritor, professor e pesquisador do cangaço José Romero Araújo Cardoso

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“QUEM PODIA PAGAVA. QUEM NÃO PODIA FICAVA…”

Por Rostand Medeiros

Transcrição Sálvio Siqueira

O ano de 1928 se iniciou e mais cangaceiros chegavam ao Recife.

Em 28 de março, vindo de Rio Branco (atual Arcoverde), chegava a Recife um trem com 15 cangaceiros e uma escolta de 30 policiais.

Na gare da estação desembarcaram Camilo Domingos de Farias, o Pirulito, Antônio Bernardo Silva, Adriel Ananias Pereira, Manoel Othon Alencar, o Seu Né, Benedito Domingos Farias, Manuel Torquato Amorim, Antônio Quelé Bezerra, o Candeeiro, Domingos dos Anjos de Oliveira, o Serra do Umã, Fortunato Domingos de Farias, o Guará, Rufino dos Anjos Oliveira, Manoel Cornélio de Alencar, o Sinhô Piano, José Bernardo da Silva, Antônio Serafim da Silva, o Antônio de Ernestina e Cícero Flor da Silva.


Para quem estava preso os dias passavam lentos, como se passa em todo local de detenção. Para evitar este problema, quem podia tratava de sair da cadeia pelos meios legais.

Este foi o caso do comerciante Emiliano Novaes. Membro de uma proeminente família da cidade de Floresta, tido como amigo e coiteiro de Lampião, consta que chegou a cavalgar de arma na mão ao lado de cangaceiros. No livro de Luiz Bernardo Pericás, “Os cangaceiros: ensaio de interpretação histórica” existe a reprodução de um telegrama policial enviado pelo tenente Sólon Jardim, de Vila Bela para Recife.

Informava o oficial que Emiliano Novaes estava chamando cangaceiros de várias partes para atacar a vila de Nazaré, onde viviam e se concentravam alguns dos maiores inimigos e mais tenazes perseguidores de Lampião.

O grupo de Emiliano Ferraz era superior a 100 cangaceiros e entre suas ações consta que no dia 29 de julho de 1926, no lugar Ingazeira, eles mataram o Soldado Cândido de Souza Ferraz, de número 386, lotado na 1ª companhia, do 3º Batalhão de Vila Bela. Consta que o Soldado Ferraz estava com a saúde debilitada e seguia para o quartel quando foi covardemente assassinado.

Pelo crime Emiliano Novaes foi preso. Mas em agosto de 1928, através do renomado Dr. Caetano Galhardo, seu advogado, conseguiu o desaforamento de seu processo para o município do Cabo, próximo a capital pernambucana. Depois o Dr. Galhardo impetrou uma ordem de habeas corpus. Esta foi julgada em 21 de agosto, sendo o processo anulado “Ab initio” e concedendo a liberdade ao acusado, que foi imediatamente solto.

Já os cangaceiros sem recursos, nem advogados, pagavam seus crimes na cadeia. 

Fonte tokdehistoria.com.br (Publicado em 29/07/2014)
Foto ‘pescada’ no tokdehistoria.com.br(Prisioneiros que trabalhavam na gráfica da Casa de Detenção do Recife- PE)

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EU BRINQUEI COM TODAS AS AUTORIDADES DO BRASIL, PRINCIPALMENTE DA REGIÃO NORDESTE

Por José Mendes Pereira

Vocês do meu sofrido nordeste brasileiro, sabem por que eu, Virgulino Ferreira da Silva, o verdadeiro Lampião, acanalhei um pouco o Brasil? É fácil. Na minha época, as leis que eram criadas no meu Brasil não eram cumpridas com rigor, e cumpria aquele que queria, e só quem saía perdendo, era o homem que andava na linha, que não se envolvia com malandragens, que não roubava, que não matava, que não depredava fazendas, que não estuprava, que não queimava animais, que não invadia vilas e vilarejos...


Lampião e seus comandados

No chão nordestino, de Norte ao Sul e de Leste ao Oeste, Antonio Ferreira da Silva, Livino Ferreira da Silva, Ezequiel Ferreira da Silva, minha cabroeira toda, e eu, fizemos o que bem pensamos fazer, e as autoridades, não sei por qual razão deixaram as nossas desordens acontecerem. E se estavam ganhando com isso, eu não sei. Mas a verdade é que a minha vida de bandoleiro foi um verdadeiro mar de rosas para muitos que não tinham empregos. Quem me perseguia em qualquer lugar, estava ganhando seu soldo dos governos. A minha "Empresa de Cangaceiros Lampiônica & Cia" deu emprego àquela gente do meu torrão sofrido, que vivia passando fome. Eu era perseguido, mas perseguia também, principalmente os policiais que me procuravam por todos os lugares. Eu, às vezes, quando encontrava um deles por aí sozinho, eu mandava um dos meus comandados dar apenas uma carreira nele, e lhe dizia que não o matasse, deixasse ir embora, era o trabalho dele procurar bandidos. Mas se fosse um grupo, aí, a coisa pegava. Aí o tiroteio começava mesmo com gosto de gás.


E durante o período de desordens, matamos, roubamos, cortamos língua de gente, capamos, ferramos mulheres inocentes, açoitamos indivíduos com chicotes, 

Zé do papel ficou sem uma orelha

decepamos orelhas e cabeças de autoridades ainda vivas, e eu, vivi 20 anos fazendo estas desordens, as quais eu as chamo de traquinagens de criança. Se no meu tempo as leis criadas no Brasil fossem cumpridas, eu, Lampião, não tinha feito tantas desordens por onde passei, e quem sabe, talvez nem tinha dado início à vida de cangaceiro. 


Agora você veja bem em outros países por aí, as leis são severas, e além do mais, são cumpridas. Não há choro de ninguém e pedido de clemência por autoridade nenhuma, que faça a lei não ser cumprida. É o caso da Indonésia. Não abre mão para aquele que tentar desrespeitar o seu chão, a sua autoridade, o seu governo. 

Eu sei que eu gostava mesmo era não obedecer ninguém, ficar por cima da lei. Mas, hoje, vejo que não há nada melhor do que a paz, a tranquilidade, a união com todos, amando e sendo amado, sendo respeitado sem nenhum tipo de arma nas mãos, sorrindo ao lado dos amigos, da família, participando das festividades do lugar, sem ter que olhar para todos os lados, com medo que alguém vem em direção para vingar algo. 

Eu, Virgulino Ferreira da Silva o incrível Lampião, aconselho a todos aqueles que pensam, ou já estão no mundo do crime: "saiam dessa imediatamente e cuidem de formar uma família, porque não existe nada melhor do que ser feliz, ser do bem, ser uma ovelha do rebanho de Deus. Ser cangaceiro do Diabo é a coisa pior que existe em todo o universo. Existem dois caminhos: O bem e o mal. Então o caminho do bem é mais fácil para seguir viagem em direção à casa do grande poderoso, que é Deus.

Eu, Virgulino Ferreira da Silva - o incrível Lampião.

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CALDEIRÕES DE PEDRAS DO RASO DA CATARINA

Amplie a imagem para você curtir a beleza deste caldeirão

Esses caldeirões são formações rochosas que represam a água das chuvas servindo como um reservatório natural do precioso liquido.

No passado Cangaceiros e Policiais Volantes saciavam suas sedes e enchiam seus cantis nesses caldeirões para seguirem viagem embaixo do sol escaldante que o Raso da Catarina proporciona, àqueles que ousam a desafiar sua seca e extensa vastidão.

Nas quebradas do Sertão...

Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador)

Fonte: facebook
Página:  Geraldo Júnior

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