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terça-feira, 30 de julho de 2024

NOSSOS POETAS.

Por Jornal O Mossoroense


 DESTAQUES

Nossos poetas: José Di Rosa Maria

José Di Rosa Maria é o nome artístico de José Ribamar de Carvalho Alves, criado em 2018 em homenagem a sua mãe Rosa Maria da Costa, que antes assinava seus trabalhos com o nome de José Ribamar ou José Ribamar Alves.  Poeta repentista, cordelista, cantador profissional, declamador, músico e escritor de bancada nascido em 16 de março de 1962, na fazenda Solidão, em Caraúbas/RN.

obrenome Carvalho” só há em sua documentação, equívoco de cartório. Avós paternos: Francisco Alves da Silva e Maria Ferreira Alves; Avós maternos: Vicente Cabral da Costa e Sofia Maria da Conceição.

Criou-se no sítio Boa Vista, Severiano Melo/RN. José Di Rosa Maria é casado com Rita de Oliveira Carvalho, com quem tem quatro filhos e seis netos. Têm, dentre outras obras, os livros Espelho de Carne e Osso (2011), Chorando na Chuva (2012), Pela Vida do Planeta (2014), Solidão Noturna (2015) e Glosas & Trovas (2020). José Di Rosa Maria, mora em Mossoró-RN, desde março de 1998.

CAUSA FEMININA

Acorda Brasil, acorda,
Precisamos combater
A violência doméstica
Que não para de crescer;
Contra quem sofre e se cala,
Temos que erradicá-la
Para a mulher não sofrer.

Aderimos à campanha
De nome Agosto Lilás;
Que enfrenta e denuncia
Aquele agressor que faz…
A mulher pedir clemência,
Que por ter deficiência
Sua dor dói muito mais.

A deficiência física
Deixa a mulher vulnerável,
E nesse caso tem homem
Que se dar por imprestável,
Humilha a própria mulher,
Agride, faz o que quer,
Mas não quer ser responsável.

O MENDIGO DA PONTE

O fadário tacanho tem deixado
Macambúzio meu débil coração
Como um louco ou um réu trancafiado
Na senzala da triste indecisão.

Foi meu sonho esplêndido transformado
Em angústia, fracasso e solidão.
Muito ínfimo, tão só e revoltado,
Vejo-me neste ermo, ainda em vão.

Vivo e durmo à beira do perigo.
É meu brado de mísero entregue aos ventos,
Esta vida que levo de mendigo.

Debaixo da ponte, é de lamentos;
Quando a ponte se for, adeus abrigo;
Quando a morte vier, adeus tormentos.

SOU

Sou o Everest da filosofia
Dos homens de bem que só Deus enxerga,
A torre dos sonhos quem ninguém enverga,
O mar do querer, que não se esvazia,
A flor que se abre nos braços do dia
Lançando perfume nos lábios do ar,
O vento que dorme nas mãos do luar
Deixando o silêncio reinar no espaço,
Pra noite escutar os versos que faço
Na hora que o mundo não quer escutar.

Sou a voz da chuva que acorda o grão
Que dorme por baixo da fronha da terra,
O grito do tempo que desperta a serra
Pra escutar óperas na voz do trovão;
Sou o mel do beijo que adoça a paixão
Da alma da vida, na luz do sonhar,
O pranto da nuvem ao se desfiar,
O eco dos anjos que a Deus pedem tanto
Pra noite escutar os versos que canto
Na hora que o mundo não quer escutar.

Sou a maestria das aves canoras
Que suavemente na sua inocência,
Nos cipós da doce magnificência
Gorjeiam na vinda das cândidas auroras;
Sou a solidão noturna das floras
No ápice da calma das águas do mar,
Sou o pensamento que pra viajar
Não pega carona nos sonhos de amigo,
Mas pede pra noite ouvir o que digo
Na hora que o mundo não quer escutar.
https://www.omossoroense.com.br/nossos-poetas-jose-di-rosa-maria/
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MONUMENTO

 Clerisvaldo B. Chagas, 30 de julho de 2024

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3. 079

IGREJINHA/MONUMENTO EM SANTANA DO IPANEMA, 2013. (FOTO: B. CHAGAS/ LIVRO 320, ICONOGRÁFICO AOS 230 ANOS DE SANTANA DO IPANEMA).

Felizmente o quarteto arquitetônico do Bairro Monumento continua sendo preservado em Santana do Ipanema. Nesse contexto avulta-se a Igrejinha defronte ao antigo Ginásio Santana erguida para marcar o início do Século XX. Foi construída pelo saudoso padre, ex-prefeito, ex-governador em exercício, Capitulino de Carvalho. Como era um marco de século em forma de igrejinha, foi também dedicado à nossa Senhora Assunção e que ainda não tinha a sua imagem para entronizar na igreja. Foi inaugurada com a imagem de Nossa Senhora de Fátima, provisoriamente, até a chegada da titular. Tempos depois chegou a imagem de Nossa Senhora Assunção, vinda de Portugal através de navio, foi de Maceió a Viçosa, de trem e veio para Santana em lombo de jegue ou de burro, devidamente encaixotada.

Na época, no local só havia mato, pois, a saída para Maceió era pela Maniçoba. Em 1938, a igrejinha/monumento ficou famosa no mundo inteiro por ter sido lugar de exposição das cabeças de onze cangaceiros trucidados na fazenda Angicos, em Sergipe, inclusive Lampião e Maria Bonita. Repórteres do Brasil inteiro vieram dar cobertura ao evento. Na ocasião, houve muitos discursos, Bebidas, farras, desfiles, feriados e bandas de músicas nas ruas. Não encontramos registro de data oficial de Bairro Monumento, entretanto, quando o casario tardio subiu a ladeira principal naquela direção, o povo passou a chamar aquela região de Bairro Monumento, devido a igrejinha/monumento.

A histórica igrejinha, portanto, é a primeira relíquia dos anais do município, no bairro, ainda hoje intacta, pomposa, singular e poderosa “Rainha do Bairro Monumento”. Mais antigo de que ela, seria somente o cemitério que fora construído perto do final do Século XIX, porém demolido na década de 40. Ficava a cerca de 200 metros do lugar onde foi construída a igrejinha. Apesar da imagem ter percorrido o mundo, em 1938, ficou quieta e esquecida. Não sabemos de nenhum arquiteto, de nenhum estudioso e nem de nenhuma jornalista de gabarito desses tempos modernos que tenha projetado a histórica igrejinha de Nossa Senhora da Assunção para conhecimento de todo o nosso Brasil.

Salve o belo! Salve a criatividade feliz!



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DIVA HUMANA

Por José Di Rosa Maria

Saibas que és uma rosa
No jardim da minha vida, 
Além de linda, cheirosa, 
Por mim jamais esquecida. 

Eu desejaria ter-te 
Para poder abraçar-te, 
Mas não queria perder-te 
Porque nasci para amar-te. 

Não tens o mérito de Santa, 
Mas tens fragrância de flor. 
És a sereia que canta 
Nos verdes mares do amor. 

Quisera te ver querer-me 
Em teus braços cativantes, 
E a sós ver-te fazer-me 
Feliz por alguns instantes. 

Diva humana, tu és 
Atraente como os mares, 
Ser que me curva a teus pés, 
Origem dos meus cantares. 

Fizeste-me gostar de ti, 
Adoro-te de mil maneiras. 
Pra amar-te estou aqui, 
Embora tu não me queiras. 

Torno-me meigo e galante 
Por teus lábios tão risonhos. 
Sinto-me feliz diante 

De ti, mulher dos meus sonhos. 

José Ribamar Alves
Mossoró-RN- 2017

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MEU FILHO JOSÉ MENDES PEREIRA FILHO COM O ADVOGADO, ESCRITOR E PESQUISADOR DO CANGAÇO FRANCISCO HONÓRIO DE MEDEIROS FILHO.

 Por José Mendes Pereira

Bastante elogiado por pesquisadores nacionais e estrangeiros, o escritor Billy Jaynes Chandler (escritor norte-americano com livros lançados sobre o cangaço brasileiro), é o resultado de uma vida dedicada à pesquisa.

Leia o que o escritor escreveu sobre BILLY JAYNES CHANDLER?

EU ERA DOIDO PRA SABER: POR ONDE ANDAVA BILLY JAYNES CHANDLER...

Por Honório de Medeiros 

https://www.escavador.com/sobre/3826116/francisco-honorio-de-medeiros-filho

Em uma quinta-feira do mês de setembro de 2015, publiquei um artigo em meu blog, cujo título é o seguinte: "WHERE IS BILLY JAYNES CHANDLER?"clique aqui para ler.

Nele, eu e minha filha, Bárbara de Medeiros, contávamos o resultado de uma procura intensa por notícias acerca do grande escritor americano que viveu no Brasil e nele escreveu alguns dos clássicos da literatura sertaneja nordestina.

Billy Jaynes Chandler é um dos mais importantes escritores acerca do cangaço e coronelismo, fenômenos ligados entre si e característicos de uma certa época da história recente do Brasil. Suas obras Lampião, o Rei dos Cangaceiros, e Os Feitosas e o Sertão dos Inhamuns, são canônicas, seminais, inigualáveis. Recentemente meu filho, que mora no Canadá, por lá adquiriu o Lampião traduzido para o inglês.

Passaram-se os anos, e nada. Nenhuma notícia...

No início deste agosto, quase três anos depois, mais precisamente dia 8, postaram o seguinte texto no espaço reservado aos comentários ao blog (as traduções a seguir são de Bárbara de Medeiros):

 “Ginny disse...

I was googling my uncle and found this blog from back in 2015. I am Billy Jaynes Chandler's niece”.

 “Estava pesquisando o meu tio no Google e encontrei esse blog de 2015. Eu sou a sobrinha de Billy Jaynes Chandler”.

Eu não li essa postagem. Ocupado com outros interesses, havia deixado o blog um pouco de lado.

Por sorte nossa, Ginny também escrevera para meu email:

“I read uncle bill your blog, translated in English, and it put a smile on his face. He is now 87 and has lost his Portuguese language and has some memory issues. He told me it was ok to reach out to you.
Ginny Petersen”.

“Eu li o seu blog para o tio Bill, traduzido para o inglês, e isso colocou um sorriso em sua face. Ele tem agora 87 anos e perdeu seu conhecimento da língua portuguesa e tem alguns problemas de memória. Ele me disse que era ok eu entrar em contato com você.”

Eu e Bárbara não conseguíamos acreditar. Ficamos muito felizes. Bárbara ficara contagiada com minha admiração por Chandler. No domingo, dia 11, mesmo mês, tratamos de responder:

“I am very happy to know that he’s alive! I hope he is well, despite the memory problems. He is a true icon for us Brazilians, who study cangaço and the local culture. Do you know if he has written anything else? I’m sending you a picture of myself with my copy of his book, now a rarety over here. If possible (and I completely understand if any of you don’t feel comfortable) could you send me a picture of him? My daughter helped me a lot in my researches and would love to see it. Thank you for reaching out!”

“Eu estou muito feliz em saber que ele está vivo! Eu espero que ele esteja bem, apesar dos problemas de memória. Ele é um verdadeiro ícone para nós brasileiros que estudamos cangaço e a cultura local. Você sabe se ele escreveu mais alguma coisa? Estou enviando uma foto minha com a minha cópia de um de seus livros, que se tornou uma raridade por aqui. Se possível (e eu entendo completamente se vocês não se sentirem confortáveis) você poderia enviar uma foto dele? Minha filha me ajudou muito nas pesquisas e adoraria vê-lo. Obrigada por nos contactar!”

Ginny voltou a fazer contato:

“He did not write any more books, 4 books altogether. I recall while I was growing up, his visits to Brazil. Here is a picture of him last year just after his 86 birthday”.

“Ele não escreveu mais livros, foram quatro ao todo. Eu lembro quando estava crescendo, das suas visitas ao Brasil. Aqui está uma foto dele do ano passado, logo após seu 86º aniversário.”

Nós: “Thank you so much! He looks great! Do you think I could write a follow-up to my article, now that you have given me the great news that he’s alive? I’d simply mention you have reached out! Maybe I could use the picture? Only if you allow me, of course. Once again, thank you so much for this exchange of messages, you have no idea how much it meant to me and my daughter”.

“Muito obrigada! Ele parece ótimo! Você acha que eu poderia escrever uma continuação do meu artigo, agora que você me deu a ótima notícia que ele está vivo? Apenas se você me permitir, claro. Mais uma vez, muito obrigada por essas mensagens, você não tem ideia do quanto significa para mim e para minha filha!”

Ginny:“You are more than welcome to do a follow-up. Your question to “where is Billy Jaynes Chandler” has been answered. He lives in Miami, Florida with his sister. :) I wish you could talk with him, he just doesn’t remember much, but has strong memories, although unclear, of his time in Brazil.
Take care to you and your daughter”.

“Sinta-se à vontade para fazer uma continuação! Sua pergunta ‘Onde está Billy Jaynes Chandler’ foi respondida. Ele mora em Miami, Flórida, com sua irmã. :) Eu gostaria que você pudesse falar com ele, ele apenas não se lembra de muita coisa, mas tem fortes memórias, apesar de incertas, do seu tempo no Brasil. Lembranças a você e sua filha!”.

Olha o homi ai!

Chandler. Hoje, com mais de 86 anos. 

Imagem gentilmente cedida por Ginny Petersen, sobrinha sua.

Muito obrigada Ginny. Estamos enviando esse artigo para você e fazendo a postagem no blog, para que quem puder tenha conhecimento dessa notícia.

Ficamos maravilhados em saber que Chandler está vivo. Torcemos por ele, desejamos que fique muito bem, e lhe enviamos um grande abraço aqui do Nordeste do Brasil, do Sertão que ele conheceu.

Uma pescaria muito feliz no Blog do confrade Honório . 

http://honoriodemedeiros.blogspot.com/

Já eu fiz a pescaria no blog do Kiko Monteiro. 

http://lampiaoaceso.blogspot.com/search/label/Billy%20Jaynes%20Chandler

http://blogdomendesemendes.blogspot.com