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domingo, 18 de setembro de 2016

C O M U N I C A D O!

Por Benedito Vasconcelos Mendes

Amigos (as), comunico que meu livro "História da Minha Vida Profissional " será lançado em Natal, na Academia Norte-rio-grandense de Letras, às 18 horas, do dia 22 de setembro próximo (quinta-feira). 

Em Teresina-PI, ele será divulgado no Salão Nobre da Academia Piauiense de Letras no dia 15-10- 2016. 

Em Fortaleza, o lançamento será no Clube Náutico Atlético Cearense, no dia 19 de outubro, às 19 horas. Este evento cultural está sendo coordenado pela AJEB-Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil (Coordenadoria do Ceará ), com apoio de diversas Academias de Letras e outras instituições culturais cearenses. 

Em Sobral, o referido livro será lançado no dia 27-10-2011. O livro "História da Minha Vida Profissional" foi apresentado aos leitores, pela primeira vez, no dia 19 de agosto passado, por ocasião da Feira do Livro de Mossoró.

Benedito Vasconcelos Mendes

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NOVO LIVRO NA PRAÇA "O PATRIARCA: CRISPIM PEREIRA DE ARAÚJO, IOIÔ MAROTO".


O livro "O Patriarca: Crispim Pereira de Araújo, Ioiô Maroto" de Venício Feitosa Neves será lançado em no próximo dia 4 de setembro as 20h durante o Encontro da Família Pereira em Serra Talhada.

A obra traz um conteúdo bem fundamentado de Genealogia da família Pereira do Pajeú e parte da família Feitosa dos Inhamuns.

Mas vem também, recheado de informações de Cangaço, Coronelismo, História local dos municípios de Serra Talhada, São José do Belmonte, São Francisco, Bom Nome, entre outros) e a tão badalada rixa entre Pereira e Carvalho, no vale do Pajeú.

O livro tem 710 páginas. 

Você já pode adquirir este lançamento com o Professor Francisco Pereira Lima ao preço de R$ 85,00 (com frete incluso) Contato: franpelima@bol.com.br - fplima1956@gmail.com


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O SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO

Autor Luiz Serra

Serviço

“O Sertão Anárquico de Lampião” (de Luiz Serra, Outubro Edições, 385 páginas, Brasil, 2016)

Valor do livro: R$ 50,00 (Frete fixo: R$ 5,00)
Através do e-mail anarquicolampiao@gmail.com

Informações: Luiz Serra – (61) 99995-8402 luizserra@yahoo.com.br

Assessoria de imprensa: Leidiane Silveira – (61) 98212-9563 leidisilveira@gmail.com 

Um dos pontos de venda avançados no sertão histórico de Cajazeiras, é do professor Francisco Pereira, que envia para todos os lugares. 

O e-mail de base de vendas: "franpelima@bol.com.br" 

Peça logo o seu para não ficar sem ele: Livros sobre cangaço se demorar adquiri-los ficará sem eles, porque são arrebatados pelos colecionadores.

Fontes:



https://tokdehistoria.com.br/2016/08/17/na-capital-federal-lancamento-do-livro-o-sertao-anarquico-de-lampiao-de-luiz-serra/

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LANÇAMENTO EM FEIRA DE SANTANA, DIA 21 DE SETEMBRO DE 2016


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VOLTANDO A NEGROS EM SANTANA

Por Clerisvaldo B. Chagas, 20 de setembro de 2016 - Escritor Símbolo do Sertão Alagoano - Crônica 1.576

Após o trabalho apresentado vê-se que a contribuição afro em Santana do Ipanema, não foi exuberante como na zona canavieira do estado. Mesmo assim foi relevante dentro do aspecto social, apesar do menor número de indivíduos que aqui conviveram.


Enriqueceu sim, a área sertaneja em todos os seus aspectos como as lendas tão bem apresentadas pela tradição, primordialmente na literatura de cordel, do repente da viola, nas histórias das noites de lua, nas ações briguentas do sertão e... Mesmo nas comidas, no pacifismo e no canto lamentoso e apaixonante que fizeram colorir o sertão monótono e tristonho. No surgimento do mulato, o município produziu sua aquarela, surgindo romances de verdade e romances de sonhos no papel rabiscado dos escritores da época, contando as gostosuras de longos momentos de amor.
   
Não é só a quantidade de escravos da zona açucareira que enfeitaram o decorrer da história alagoana. A memória rural africana temperou o nosso sertão nos vários aspectos social, surrealista e humano que cimentaram a base do nosso presente.
   
O sangue derramado também foi vermelho e mesclou-se a tantos outros centros demarcadores que fizeram  deste torrão santanense um motivo a mais de orgulho na história do país. É impossível separar os motivos negros dos motivos brancos, dos motivos ameríndios, dos motivos caboclos nessa caminhada contínua segura e firme do povo de Santa Ana. O Ipanema merece.
   
Recomendamos, portanto, a preservação desses lugares estudados para visitas de escolares, turistas, pesquisadores e curiosos em geral, enriquecendo a Cultura do Sertão.

* Extraído do livro "Negros em Santana", às páginas 47 e 48. 2012. Grafpel.



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LAMPIÃO É NOSSO SANGUE - O DRAMA DE LAMPIÃO ANALISADO POR UM ÂNGULO DIFERENTE.

Por Raul Meneleu Mascarenhas

Nessa reportagem da revista O CRUZEIRO de 26 de setembro de 1953, encontramos uma experiência patrocinada por esse periódico, onde ficou para a história do cangaço. Trata-se da visita do irmão de Lampião às terras de seu passado, tendo contato com familiares de pessoas que traíram seu irmão Lampião, entrando em assuntos que ele preferia não tocar mais, assim como o autor da matéria, em entrevista a familiares, percebeu.

A vida é efêmera e todos nós sabemos disso. Acontece conosco aquilo que o velho adágio popular diz: Quem planta ventos, colhe tempestade." e outro que diz "Colhemos o que plantamos." Isso aconteceu com Lampião. E para lembramos disso, no final dessa reportagem, que nos informa, como o irmão de Lampião, João Ferreira, ao visitar pela primeira e única vez, o local que seu mano tombou, cortar um galho de árvore, fazer uma cruz e fixou-a entre pedras, no local onde jazera o corpo decapitado do irmão, e o repórter perguntar: 

— Enterraram o corpo? 

— Não, a água levou. Respondeu o guia.

Vamos então ler a reportagem de Luciano Carneiro e ver também as fotos que ele próprio tirou:


"LAMPIÃO É NOSSO SANGUE" 

PELA PRIMEIRA VEZ A FAMÍLIA DO "CAPITÃO" VIRGULINO DEFENDE DE PÚBLICO A SUA MEMÓRIA

Jornada sentimental de um irmão de "Lampião" pelas terras que serviram de marco à carreira do "rei do cangaço" — João Ferreira revê o seu berço natal após uma ausência de 37 anos e planta uma cruz onde o mano Virgolino foi morto e decapitado — A outra irmã sobrevivente mora em Alagoas — O CRUZEIRO localiza e fotografa a filha e o netinho de "Lampião" — Deve uma filha envergonhar-se do pai cangaceiro?
Texto e fotos de LUCIANO CARNEIRO 

ESTA reportagem nasceu de um encontro com Rachel de Queiroz. Conversa vai, conversa vem, nossa grande Rachel abriu a bolsa e tirou uma carta para me mostrar "Um primo de "Lampião" foi quem escreveu", ela disse. O primo, Antônio Ferreira Ma-galhães, advogado em Recife, dizia a Rachel, entre outras coisas: "Nós da família Ferreira... não pretendemos justificar ou legitimar os crimes de "Lampião" mas julgamos... lamentável erro de observação... o situar-se Virgolino no plano comum dos malfeitores..."

A carta fascinaria qualquer repórter. Se esse primo achava que "Lampião" não foi um criminoso comum, é que a família Ferreira tinha uma interpretação dos fatos. Nesse caso, por que não se dar a palavra aos Ferreira? Permitir que eles, pela primeira vez, apresentassem o seu lado da história seria colher um elemento valioso para futuras pesquisas históricas.

Mas os parentes de Lampião não gostam de falar. Eles dizem ter uma profunda mágoa de que a figura de Virgolino apareça por aí tão deformada. Além do mais, queixam-se muito do que sofreram por causa do parentesco. Seria melhor não reavivar mágoas. O irmão de Virgolino, João Ferreira, manteve-se até 1953 sem falar a jornalistas sobre o drama da família, revoltado com as perseguições que lhe valeram anos de prisão e até uma condenação à morte.

E ele jamais compactuara com os feitos do irmão. Quando procurei o advogado Ferreira Magalhães em Recife, ele afirmou que preferia que "esse drama fosse esquecido". Disse por que: — Para muitos a vida de "Lampião" foi apenas um rosário de atrocidades. Sua morte: um alívio. Para nós, os parentes. Lampião era também o rapaz ordeiro e trabalhador dos primeiros tempos, lançado ao crime por circunstâncias estranhas à sua vontade. Por isso, enquanto o Nordeste se alegrava com as notícias de sua morte, nós nos ajoelhávamos. Nós perdíamos apenas um parente. Um parente que se pusera fora da lei para vingar injustiças. Havia pois uma divergência de base entre esses dois modos de pensar, acrescentou Ferreira Magalhães. E se eram opiniões inconciliáveis, "para que rememorar a vida heroica mas inglória de "Lampião", erguendo uma controvérsia sobre a sua cabeça insepulta?"

A resistência dos Ferreira à ideia da reportagem terminou por ser vencida e em consequência O CRUZEIRO localizou os dois irmãos sobreviventes de "Lampião", levou João Ferreira aonde "Lampião" nasceu e aonde foi morto, obteve de João a versão dos Ferreira sobre os acontecimentos que lançaram Virgolino ao crime, fotografou em primeira mão a filha e o netinho de "Lampião" e Maria Bonita. 


QUANDO uma volante alagoana matou "Lampião" em 1938 ele usava tudo isso que aparece na página da esquerda: chapéu, óculos, lenço, bornais, cartucheiras, cantil, alpercatas, pistola, punhal e apito. Só a roupa (na foto) não lhe pertencia. O rosto é uma máscara de morte mandada fazer em cera pelo Instituto Histórico de Alagoas, onde estas fotografias foram feitas. 


UMA CABEÇA em bronze de "Lampião" e uma estatueta de cangaceiro trabalhada em madeira — símbolos do drama nordestino focalizado agora nesta reportagem. Foram adquiridos pelo cineasta Lima Barreto.


JOÃO FERREIRA reviu terras que não pisava havia 37 anos, O único irmão de "Lampião" que não ingressou no cangaço vive hoje na cidade de Propriá, no Estado de Sergipe, levando a vida honesta que sempre levou. Sofreu bastante por ser irmão de "Lampião". 


PARA OS OUTROS A MORTE DE "LAMPIÃO" FOI UM BEM, UM ALIVIO.
ESTA REVISTA proporcionou a João Ferreira uma viagem de automóvel que ele jamais sonhara realizar. 
NO ALTO SERTÃO de Pernambuco João abraçou parentes que não via desde os seus quinze anos de idade.

NÃO HAVIA choro quando partia. Estivera ausente 37 anos. E ausência é madrasta de apego. 

JOÃO FERREIRA mandou cortar um galho de árvore e fazer urna cruz. Fincou-a no local onde jazera o corpo do mano. Foi recolher flores silvestres e veio depositá-los ao pé da cruz. Para homenagear o irmão. 
A iniciativa de O CRUZEIRO proporcionou a João Ferreira uma jornada sentimental que ele jamais sonhara realizar esse homem alto, careca, desconfiado, das fotografias ao lado, passou seis dias em cima dum automóvel, varando 2.000 km de Pernambuco, Sergipe e Alagoas. Vocês precisavam ver que arroubos de entusiasmo o alto sertão arrancava de João. Como seus olhos brilhavam. Como o semblante irradiava alegria, pelo menos enquanto ele podia esquecer as razões que o haviam afastado das terras de seu bem-querer. 

No município de Serra Talhada, em Pernambuco, ele abraçou parentes que não via desde os seus 15 anos de idade. E ele agora está com 52 anos. Levado à Fazenda Serra Vermelha, onde nasceu, e onde também nasceu "Lampião", João Ferreira encontrou xique-xique brotando nas ruínas do casarão de sua infância. Voltou-se para mim e disse com desalento: "A vida é assim mesmo..." Há 37 anos não pisava ali. Pensava que ia morrer sem voltar. Conversava (incógnito) com os novos donos da terra, fazia perguntas sobre a vida na fazenda. Tudo agora lhe parecia diferente. Não havia mais aquela atmosfera dos seus tempos de menino, dos seus tempos de rapaz. Não havia mais.


O ADVOGADO pernambucano Antônio Ferreira Magalhães, primo de "Lampião". 

"LAMPIA0" - MOÇO 


Virgolino Ferreira do Sirva aos 26 anos de idade, numa fotografia rara que se encontrava em poder do umas tias, em Pernambuco. Foi nessa época que ele recebeu a "patente" de capitão das mãos de Padre Cícero, do Juazeiro do Norte. Reparar o olho direito cego.


João VIAJANDO de barco, ouvia histórias sobre os últimos dias de "Lampião". À direita, deitado, o primo Manuel. 

EM ANGICO desembarcou para ver a local onde, há 15 anos, o seu mono foi traído, morto e decapitado.

EM DELMIRO, na casa da mana Mocinha, tomou leite no pé da vaca (com farinha). 

EM SERRA Talhada, João Ferreira viu xique-xique brotando nas ruínas do casarão onde "Lampião" nasceu. 


"O CRUZEIRO" DESCOBRE EM ARACAJU A FILHA E O NETO DE MARIA BONITA. NUNCA FORAM FOTOGRAFADOS.

A FILHA, O NETO, E O GENRO DE LAMPIAO, Expedita, ao lado de seu esposo Manuel Messias Neto, segura o filhinho Dejair, de 9 meses de idade, neto de "Lampião". Pelo primeira vez a família posou para o objetiva de um repórter. 


A FILHA DE "LAMPIAO" 

Expedita Ferreira Nunes, que a família Ferreira aponta como única filha deixada por "Lampião" com Maria Bonita, foi localizado pelo repórter em Aracaju. É uma jovem esposa e mãe, com 21 anos de idade. Normal. Bonita. De tez morena. Foi educada por João Ferreira e, seguindo o exemplo de seu tio, não gosta de falar sôbre "Lampião". Mas lê tudo que se pública sobre seu pai e até mesmo o filme "O Cangaceiro" ela foi ver e não gostou. Ela guardava a edição de O CRUZEIRO com a reportagem de João Martins sabre "Lampião". Expedita revê uma fotografia usado por Martins naquela reportagem. 


DIZIA-SE que "Lampião" e Maria Bonita haviam deixado um filho. João Ferreira nega, assinando a declaração cujo "facsímile" estampamos abaixo:


"Declaro ao repórter Luciano Carneiro que a senhora Expedita Ferreira Nunes, de 21 anos de idade, esposa do sr. Manoel Messias Nunes, 4 filha de meu irmão Virgolino Ferreira da Silva, vulgo Lampeão, e de sua companheira Maria Bonita. Quando ela nasceu Virgolino me pediu que eu a fizesse uma mulher de bem. Ele não estava em condições de fazê-lo. Não me consta que alem de Expedita, tivesse havido qualquer filho da união de Virgolino e Maria Bonita. Se houve, se há, eu nunca soube." 

RECIFE, 19 de Agosto de 1953 

OS CORPOS de "Lampião", Maria Bonita e seus nove comparsas haviam ficado realmente no leito seco de um riacho. Uma ligeira camada de terra os cobria. Os urubus descobriram e deram em cima. Veio uma alma piedosa, enxotou-os, foi buscar veneno e o espalhou pelo local com o fito presumível de manter afastados os urubus. Sem poder adivinhar que aquilo fosse veneno, os urubus voltaram à carga. Três ou quatro tombaram ali mesmo. E o próximo visitante que chegou, encontrando os urubus mortos sobre os restos dos cangaceiros, pensou rápido e saiu com a boca no mundo a dizer que "Lampião" não havia sido morto a bala, não. Havia sido envenenado. 

Assim se formam certas lendas no Brasil. Aliás, ninguém pôde atestar se os despojos estavam envenenados ou não. Quando as chuvas chegaram, o riacho ganhou águas e as águas mesmas cuidaram de decompor e destruir o que restava do estado-maior de "Lampião". João Ferreira se esquivava de ouvir essas histórias. Seus anos de vida estavam cansados de ouvir histórias tristes sobre Virgulino. Em vez, ele andava pelo mato a procurar qualquer coisa. Até que voltou, trazendo um punhado de flores silvestres. Aproximou-se da cruz tosca. Que fixara entre as pedras, tirou o chapéu da cabeça e se ajoelhou. Após alguns momentos de reflexão, depositou as flores ao pé da cruz. Para João. A morte perdoara os crimes de Virgulino. Ali ele não era mais o rei dos cangaceiros. Era um finado. Quando João se levantou, alguém identificou entre os presentes o Sr. Oséias Cândido, irmão de Pedro Cândido. 


Pedro Cândido era um fazendeiro que negociava com "Lampião" e foi quem guiou a volante alagoana ao esconderijo de Angico. "Lampião" morreu por causa dessa traição. — Meu irmão — disse Oséias — foi posto num dilema: morrer, ou mostrar onde "Lampião" estava. E contou que o bando foi surpreendido às 5 horas da manhã, quando presumivelmente dormia. João Ferreira ficou ouvindo de longe, como a não querer misturar-se com o irmão de Pedro Cândido. Ficou mudo o tempo todo. Só abriu a bôca no momento em que Oséias contou que Pedro morrera assassinado, em 1942. Quando perguntei a Oséias: "Que é de Pedro?", e ele respondeu: "Mataram", João comentou lá de traz: — Bem feito. E então nos retiramos, deixando a cruz e as flores dentro da paisagem. Voltamos a Piranhas peio Rio São Francisco, à noite, debaixo duma lua cheia linda e comovente. Horas mais tarde, quando os quatro passageiros de nosso carro se jogaram às camas de um hotel em Santana do Ipanema, Manuel Ferreira tirou um livro de sua pasta e pediu que ouvíssemos alguns versos. 

O livro era "Bandoleiros das caatingas", excelente reportagem de Melquiades da Rocha. Os versos, do cantador Zebelé. Versos que nos desviaram o pensamento da lua se derramando sobre o São Francisco, para recordar, mais adiante, aquela cruz e aquelas flores no matagal da Fazenda Angico. Diziam assim: 

Ninguém no mundo se livra
Do gorpe duma traição. 
Inté Jesus foi traído 
Por um judeu sem ação, 
E morreu crucificado 
Sexta-feira da Paixão.
Lá na grata dos Angico, 
No meio da escuridão, 
Cercado por todos lado, 
Ferido de supetão, 
Foi pegado, foi traído. 
O gigante do sertão. 

Era brabo, era marvado
Virgulino, o Lampião, 
Mais era, pra que negá, 
Nas fibra do coração 
O mais prefeito retrato 
Das catingas do sertão 

A viola tá chorando 
Tá chorando com razão 
Soluçando de sódade, 
Gemendo de compaixão. 
Degolaram Virgulino, 
Acabou-se Lampião.

Havíamos atingido Santana do Ipanema, em Alagoas, para investigar o boato de que o vigário local criara um filho de "Lampião". Padre Bulhões não vivia mais, porém sua família podia esclarecer. O saudoso vigário realmente educara o filho de um cangaceiro. Mas filho de "Corisco", não de "Lampião". Retomamos viagem, para descobrir 12 horas mais tarde em Aracaju, a filha de "Lampião" e Maria Bonita. 

Sim, o rei do cangaço deixara uma filha. Dizia-se que era um filho. Esta própria revista recentemente divulgou declarações que defendiam essa versão. Mas João Ferreira não dá fé. Ele sabe apenas que um dia Virgulino lhe mandou uma menininha, com um bilhete para que ele a educasse. "O nome é Expe-dita", dizia o bilhete. 

Expedita, hoje, é ainda uma criança. Mas já mãe. Tem 21 anos de idade, um marido da mesma idade, um filhinho de 9 meses, Dejair. É uma cabocla forte e bonita, que não apresenta qualquer Sinal de degenerescência, nenhuma tara. Em julho de 1938, quando as cabeças de seus pais estiveram no Serviço Médico Legal de Maceió, o exame não denunciara estigmas que caracterizassem "Lampião" ou Maria Bonita como criminoso nato. Não surpreendia, que a filha fosse também normal. — O que tem é gênio forte. Herdou do pai — disse João. Nós a avistamos quando cuidava do filho. Dava-lhe leite em mamadeira, aí pelas 6 horas da tarde. Tinha um semblante tranquilo, os gestos delicados. Parecia feliz. A casinha modesta estava que era um mimo. Havia poltrona na sala, berço no quarto, jogo de panelas na cozinha. Tudo arrumado, tudo limpo que fazia gosto. Expedita dava leite ao nenê enquanto esperava o marido, Manuel Messias Nunes, para jantar, Manuel chegou loga. Tão criança quanto a mulher. Vê-los caducando com Dejair era ver dois meninotes que brincassem de papai e mamãe com um bebê. Educada por João, Expedita sabe porém de quem é filha. Na mesa da sala descobri O CRUZEIRO com a reportagem de João Martins sobre o livro "Lampião" de Optato Guelros. Sinal de que ela não era indiferente ao assunto. Mas que gosta de falar nele, não gosta. Tive de sondar pessoas de sua intimidade para conhecer-lhe as reações ante o tema "Lampião". Ela jamais falaria a um estranho sobre esse caso. Sempre tem medo de que sua condição de filha de "Lampião" atraia vexames para o marido, mais tarde para o filho. Pude colher que, embora evitando conversar sobre cangaceiros, ela devora toda leitura que se refira ao pal. Algo mais: foi ver o filme "O Cangaceiro", de Lima Barreto. Voltou de lá aborrecidíssima" com a deformação do caráter do pai". Pois identificou "Lampião" no personagem central do filme. Expedita, como de resto todo o Nordeste, ligava pouco para o fato de Lima Barreto fazer arte. Queria apenas história. Interpretação honesta dos fatos. E ficou revoltada em ver os cangaceiros só viajando a cavalo, feito "cow-boys" americanos, eles que só atravessavam e caatinga andando com os próprios pés. E revoltada em ver que não davam descanso a seu pai nem depois de morto.

Achei bonito que os Ferreira não se envergonhassem do parentesco com "Lampião". Lembro uma reportagem que fiz no Oriente sobre um australiano que amava uma japona. Proibido de casar, pois a Austrália àquele tempo não queria australiano casado com japonesa, o soldado Frank Loyal Weaver achou que o coração tinha razões mais fortes, e se casou. Foi deportado sete vezes para a Austrália; clandestinamente voltou sete vazes ao Japão. Pois bem: os pais de Weaver, envergonhados, repudiaram o filho, nunca mais quiseram saber dele. 

Quando é que um sertanejo nosso abandonaria o filho por ter casado com quem queria? É como me diziam os primos de João no meio da viagem: "Lampião" é nosso sangue. E sangue é sangue". Achei bonito que os Ferreira reverenciassem o parente morto. Terem a coragem de não negar. A bravura de defender. Lá em Serra Talhada uma senhora me disse: — Meu pai é Antônio Matilde. Ouviu falar nele? Era do bando de "Lampião". Pois olhe: tenho orgulho de ser filha de Antônio Matilde. Então vou renegar o homem que me deu a vida só porque o mundo o condena? E com um ar de desprezo pelo juízo dos homens ela rematou: — Ora, moço, só Deus é o dono do mundo. 

NO CURSO de uma das várias palestras mantidas durante a viagem, na própria fazenda "Serro Vermelha'', onde ele nascera, João Ferreira ouviu expressões incômodas sobre "Lampião" e seus feitos. Ficou firme. Ninguém sabia quem era ele. Os novos senhores da terra o trataram bem, sem saber a quem tratavam. Tudo bem. 

OSÉIAS CÂNDIDO contava por que seu irmão Pedro guiara os matadores de "Lampião" ao esconderijo na grota de Angico. Fora forçado por ameaça de morte. João Ferreira ficou espiando, desconfiado, como o não querer misturar-se com o irmão de quem traíra Virgulino e o empurrara para a morte.

Antônio, o irmão mais velho. Nem os outros irmãos mais velhos, Livino, Virgulino e Virtuosa. Ele, João, era o quinto filho do velho José Ferreira e da "cumadre" Maria José. Abaixo vinham Angélica, Maria, Ezequiel e Anália. A família era grande e próspera. Pai e mãe vivos, nove filhos, gado no campo, terra trabalhada, dinheiro nos baús. Agora, tudo diferente. Por que? — Por que não nos deixaram viver em paz? —perguntou ao ar. 


MOCINHA é a única irmã que restou a João Ferreira. Ela aparece aqui tomando café, sentada, em sua casa de Delmiro, cidade alagoana próximo à Cachoeira de Paulo Afonso. De costas, o marido de Mocinha. 

Deixando a fazenda, João foi abraçar a única irmã que lhe restava, Maria. "Chamo-a de Mocinha", explica. Ela mora em Delmiro, Alagoas, é bem casada e mãe de duas moças e um rapaz. João passou uma noite inteira contando-lhe os detalhes da sua viagem. 

Depois ele atingiu as margens do Rio S. Francisco, tomou um barco e foi à Fazenda Angico. Ver o local onde mataram o mano. Manuel e Antonio Ferreira, os dois primos que o acompanhavam na viagem, alguns tripulantes do barco e gente da vizinhança, seguiram João até a grota famosa onde a volante do capitão Bezerra liquidou "Lampião" em 1938. João olhou em volta sem dizer uma palavra. Então tinha sido aquele o palco da cena final... Botou a mão na mesma pedra onde o pescoço de Virgulino recebeu o golpe do facão. Depois mandou cortar um galho de árvore, fazer uma cruz. E fixou a cruz entre pedras, no local onde jazera o corpo decapitado do irmão. 

— Enterraram o corpo? — perguntei ao guia. 

— Não, a água levou. 

http://meneleu.blogspot.com.br/2016/02/lampiao-e-nosso-sangue.html

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UM "SANTO" ENTRE OS SANTOS .

Por: Andrade Lima 

Foi Domingos o Ator e Capitão
Que atuou como um "caba" respeitado.
Herculano por "Cordel Encantado"
E pra nós Virgulino - (O Lampião)
.
Foi dos circos da vida personagem
Atuando feliz no Picadeiro.
Foi bom ser e deixou o mundo inteiro
Saudosista depois d'uma viagem.
.
Na novela o Ator após três tiros
Escapou, mas agora sem suspiros,
A família ficou jorrando prantos!
.
"Velho Chico" arrastou o nosso ator
Conduzindo pro céu o agricultor...
E foi "Santo" morar com outros Santos!
.
Andrade Lima (Poeta de São José do Egito PE)
Em Teresina PI, 15/09/2016.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araujo Cardoso

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SEXTILHA REALIZADA COM AS POETISAS:

Assunto da sextilha: #ELOGIOS

Marcelane

Fabiane é poetisa
Que sabe se apresentar
Canta animando a platéia
Na arte de improvisar
Tem uma voz muito linda
Que encanta ao cantar


Fabiane

Marcelane seu lugar
Na cultura nordestina
Está sendo preservado
Por uma voz linda e fina
De uma grande poetisa
Que ainda é menina

Marcelane

Fabiane é gente fina
Poetisa de primeira
Ela ainda é muito jovem
Mas já construiu carreira
Levando a nossa cultura
É uma artista inteira

Fabiane

Poetisa de primeira
Minha amiga Marcelane
Com todo o seu talento
Peço que não à engane
Ou vão ter que se meter
Comigo aqui Fabiane

Marcelane

Quem for ruim que se dane
Eu quero é improvisar
E a poetisa Fabiane
É uma pessoa exemplar
Que nunca se atrapalha
Na hora que vai rimar

Fabiane

Se juntas formos cantar
Não vai ter para ninguém
Ela diz que eu sou boa
E ela é boa também
E ninguém nos atrapalha
Quando a inspiração vem

Marcelane

Você canta muito bem
Eu também não canto mal
Crescer nessa profissão
Esse é o nosso ideal
Mostrar a nossa cultura
Para todo o pessoal

Fabiane

Em tudo que é festival
Vamos nos apresentar
Cantar sextilha, mourão
E galope à beira mar
E vamos ser as melhores
Fazendo o povo gostar

Marcelane

Pois então vamos cantar
Pra mostrar nosso saber
A poesia é tão linda
Dá gosto a gente ver
Duas jovens improvisando
Pra o povo nos conhecer

Fabiane

Se um dia isso acontecer
Vou ficar muito feliz
Pois cantar com Marcelane
É tudo que eu sempre quis
E vamos fazer repente
Por todo esse país

Marcelane

Versando eu peço bis
Fabiane se garante
Eu admiro os seus versos
Que poetisa gigante
Me apresentar com você
Pra mim é muito importante

Fabiane

Seria gratificante
Juntas nos apresentar
Vamos fazer cantoria
Um show a gente vai dar
Porque além de bonitas
Sabemos improvisar

Marcelane

Ia ser espetacular
Uma bela apresentação
Que pra cantar improviso
Nós temos dedicação
E para rimar o verso
Temos muita inspiração

Fabiane

Seja poema ou canção
Tudo enquanto Deus me ensina
Que é pra mostrar à vocês
Que a cultura nordestina
Não têm esse preconceito
Se é homem ou menina

Marcelane

Poesia não é granfina
É digna de admiração
Com a melodia da viola
E os versos em baião
O cantador repentista
Faz sua apresentação

Fabiane

Pela minha inspiração
Eu agradeço à meu Deus
Vou lhe parabenizar
Pelos versos lindos seus
E espero que tenha gostado
Também desses versos meus

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araujo Cardoso

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OS HOMENS QUE MATARAM O FACÍNORA (ESGOTADO).

De: Moacir Assunção.

O livro conta a história dos homens que combateram e deram cabo de Lampião.

Biografias, fatos e narrativas sobre as perseguições policiais e os combates por parte das Forças Volantes contra grupos cangaceiros ocorridos em meio a caatinga e sob o sol escaldante e causticante do Sertão nordestino.

OS HOMENS QUE MATARAM O FACÍNORA – A HISTÓRIA DOS GRANDES INIMIGOS DE LAMPIÃO. (Moacir Assunção)

Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador do Grupo)

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Mas dê um pulinho até ao pesquisador Francisco Pereira Lima lá de Cajazeiras, quem sabe, ele poderá ainda ter alguns volumes à disposição do leitor. 

Aqui está o seu e-mail:

franpelima@bol.com.br

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A HISTÓRIA DA CANGACEIRA ARISTÉIA - A MORTE DOS CANGACEIROS ZÉ VEIO E CÍCERO GARRINCHA

Foto do acervo do pesquisador do cangaço Pedro R. Melo ‎CANGACEIROS


Moreno e seu grupo empreenderam uma viagem em direção á Santana do Ipanema, saindo das proximidades da fazenda Lajeiro do Boi. No percurso, os catingueiros tiveram que passar nos pastos, fazenda com o mesmo nome do local onde morreram Eleonora, Serra Branca e Ameaça. Cícero Garrincha e Aristéia seguiam um pouco na frente do grupo, atravessando as veredas, soltando sorrisos de contentamento, curtindo a festividade da aparente gravidez, de poucos meses, da cangaceira.

Moreno, sempre arisco, seguia concentrado no caminho e preparado para as surpresas que pudesse aparecer (e elas sempre apareciam).

Apesar de cedo do dia, o sol alardeava seus raios trêmulos sobre a terra, castigando os galhos pontiagudos e as folhas secas da caatinga. Os cangaceiros riscava com suas “ percatas “ ferradas, os empoeirados atalhos alagoanos.

A ex-cangaceira Aristéia

Os risos de Aristéia disfarçava a triste dor que perpassava a condição de sofrimento da ida bandoleira do cangaço, feito sentença cumprida na solidão e no abandono dos carrascais poeirentos dos materiais lúgubres, que geravam as ações continua de fuga, onde se igualavam atacantes e atacados.

Um pouco mais na frente, fechando a passagem de vereda por onde seguiam os cangaceiros, soldados armavam uma emboscada. Escondidos e protegidos entre as pedras e as vegetações mais salientes, eles aguardavam o momento de atacar os inimigos.

Aristeia com o ator Global Chico Dias e Pedro Soares (filho da cangaceira) joaodesousalima.blogspot.com

Os cangaceiros seguiam em direção á armadilha, sem desconfiar da cilada armada. Poucos passos depois, na aparente serenidade da caminhada, tiros ecoaram, calando risos e gerando tumultos. Moreno e João Garrincha agacharam-se e retribuíram os disparos, colocando as mulheres em suas retas-guardas, longe dos possíveis ferimentos. Travou-se acirrado tiroteio. 

Um pouco à frente de Moreno, um cangaceiro atingido pelos primeiro disparos, agonizava. Pouco segundos depois, o cangaceiro Zé Velho, apelidado de pontaria, dava seus derradeiros suspiros. Um pouco atrás de Zé Velho, Cícero Garrincha, o Catingueira, também tombava crivado por balas.

José Cícero e Aristéia - blogdaaurorajc.blogspot.com


 Aristéia avistou Cícero Garrincha se arrastando, procurando sair do raio de ação dos disparos realizados pelos policiais.

Aos poucos, o matraquear intermitente das armas foram ficando compassados. Os soldados foram silenciando seus armamentos e fugindo do campo de batalha. Zé Velho tombara morto, crivado pelas minúsculas ogivas de chumbo disparadas. Cícero Garrincha levantou-se depois de muito esforço. Suas roupas estava completamente encharcadas de sangue. Moreno se aproximou de Cícero Garrincha e, junto com João Garrincha, o transportaram para um local mais seguro. Aristéia lembrou-se do velho ditado sertanejo: “ Muito riso é prenúncio de muita dor “.

Aristéia e João de Sousa Lima

Os cangaceiros seguiram a trilha de volta, buscando socorrer o amigo que cambaleava apoiando nos ombros dos dois fiéis amigos. Com algumas centenas de metros, já exaustos, os cangaceiros pararam. Cícero Garrincha foi colocado em uma sombra e sua camisa foi aberta dando visão ao estrago causado pelo tiro. A caixa torácica foi parcialmente destruída pelos estilhaços de uma mortal bala. Os companheiros assustaram-se diante da visão do ferimento, onde viam o coração pulsando. A respiração ofegante do baleado, expulsava jatos de sangue, pelo largo orifício da contusão. O cangaceiro pediu água, Moreno argumentou que água naquele momento causaria danos piores, podendo levá-lo rapidamente á morte. Durvalina tirou de dentro de um dos bornais um vidro de “ saúde da mulher “ um composto usado quando das cólicas menstruais. Um capucho de algodão foi ensopado por Durvalina na solução e passado nos lábios do moribundo cangaceiro, por seguinte vezes o chumaço de algodão foi embebido no remédio e aliviado a secura dos lábios de Cícero Garrincha, enquanto seu coração arquejava descompassado, expulsando sangue borbulhante cada vez que respirava, sendo assistido por olhares assustados com a gravidade da lesão. Moreno sabia que a morte do amigo era questão de tempo. Cícero Garrincha também pressentiu o momento difícil porque estava passando. Ao lado do cangaceiro, Aristéia chorava sua angústia. Moreno olhou nos olhos de catingueira e perguntou:

- O que você quer que eu faça com sua mulher?

- Faça o que Deus quiser! Se pudé, deixe ela com a família!

- Eu deixo!

A respiração de catingueira foi ficando insuficiente, o sangue banhava cada vez mais as mãos que segurava o corpo inquieto. O coração pulsava frágil e visível. O cangaceiro apertou com a mão, o braço de Moreno, pendeu a cabeça pro lado e expirou. As lágrimas rolaram nas faces angustiadas dos companheiros. João Garrincha assistiu, contrariado, a morte do irmão. Aristéia chorou amargamente sua perda, ostentando em sua barriga saliente, um órfão prestes a nascer. Moreno cavou, junto com a ajuda dos amigos, uma cova rasa e enterrou o companheiro, cobrindo a sepultura, com macambira e xique-xique cactáceos que enfeitam a paisagem rara do Sertão Nordestino.

Os cangaceiros seguiram outro caminho, inverso ao que vinham seguindo, fugindo de mais uma desagradável surpresa que, por ventura, pudesse acontecer. Ao local do combate, Moreno retornaria quatro dias depois, encontrando só a carcaça do corpo decepado do cangaceiro pontaria. A polícia levou a cabeça, deixando o corpo para servir de comida para os bichos famintos das caatingas.

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