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sexta-feira, 3 de novembro de 2017

VIRGULINO TORNA-SE O CANGACEIRO LAMPIÃO


Um artigo do Diário de Pernambuco de 18 de dezembro de 1931 relata que, tendo assumido a direção do grupo de Sinhô Pereira, Lampião passou imediatamente a devastar o sertão do Nordeste, principalmente o de Pernambuco, de onde era natural. 

Não esquecera tampouco sua inimizade com os nazarenos os quais enfrentou já em 1923, logo após sua entronização. Lampião decidira assassinar Antônio Gomes Jurubeba, o patriarca e chefe da numerosa família dos Jurubeba, mas se deparou com uma resistência "colossal": a comunidade inteira, incluindo as mulheres, envolveu-se num combate de mais de três horas que transformou o território dos nazarenos em "verdadeiro inferno".

Lampião teve de bater em retirada. A resistência daqueles valentes sertanejos foi seguida da incorporação de uma parte dos nazarenos às Forças Volantes, o que marca o início de uma luta sem trégua entre Lampião e os nazarenos.

Segundo o jornalista, em 1928 a família Jurubeba contava com vinte de seus membros incorporados à Força Volante do tenente José Belarmino Higino. O mesmo jornalista, que acompanhou de perto a luta entre os nazarenos e Lampião desde 1923, reencontrou o velho Gomes Jurubeba em 1931 que, cercado de seus dezesseis filhos e netos, declarava-se "sempre preparado a dar festiva recepção aos bandoleiros, a qualquer circunstâncias'. ("Sobre a ação do Bando de Lampião através dos Sertões Nordestinos, Narra ao Diário da Noite, do Rio, o Senhor Cícero Rodrigues de Carvalho", Diário de Pernambuco. 18/12/1931.)

A resistência dos sertanejos foi posta em destaque pela imprensa com muita frequência a partir dos anos de 1930, deixando bem claro que a população não estava incondicionalmente submetida a Lampião.

Na visão dos jornalistas do litoral, o sertão é uma região caracterizada por uma cultura violenta da qual o cangaceiro é o herdeiro natural, porém Lampião continua sendo, aos olhos dos sertanejos, não a figura tradicional do cangaceiro valoroso, mas um criminoso sanguinário.

Se um bom número de cenas de tortura, humilhações e violências descritas com pormenores escabrosos e cores carregadas na imprensa da época, nem sempre parece verídico, é certo que Lampião sempre se distinguiu por sua crueldade e pela extrema violência dos seus atos.

Eis o testemunho de Cícero Rodrigues de Carvalho, reproduzido na imprensa, que tem por objeto os começos de Lampião no cangaço à frente de um grupo em 1924:

Seguiu-se um período de horripilantes chacinas praticadas pelo bando lampionico contra indefesos agricultores. Foram, barbaramente, assassinados os srs. José Martins, João Cocô, José Capote, Belisário Zuza e José Calixto.

A ultima dessas vitima sofreu atrozmente. Sangraram-no lentamente, cortaram-lhe as orelhas. Sua esposa padeceu os maltratos mais vis, sendo obrigada a salgar as orelhas do marido, já morto para entrega-las, depois em mãos de Lampião. Cena das mais infames que registra a historia do cangaço.
Em fins de maio, em plena rua comercial da vila de Betânia, a legião da morte havia assassinado quatro pessoas, inclusive dois soldados pertencentes ao destacamento local. As vitimas foram friamente degoladas com facas de lamina larga, tendo os vampiros, para gáudio de suas taras abomináveis, introduzido, a coice de armas, um cartucho em cada olho das mesmas. ("Como Lampeão se Fez Chefe de Bando", Diario de Pernambuco, 18/12/1931)

Ressalte-se que Lampião pode ser visto de maneira negativa mesmo no sertão. Os versos de cordel de João Martins de Athayde, escritos quando Lampião ainda estava vivo, apresentam-no não somente como um indivíduo perverso e sanguinário mas, também como aquele que traiu certos princípios fundamentais próprios da cultura do sertão, a saber, o sentido de honra e o respeito a Deus:

Lampião é um bandido
De muita perversidade
No logar onde elle passa
Vai deixando a orfandade

E não pode ter conceito
Os crimes que ele tem feito
Fora e dentro da cidade
É ladrão assassino

E tambem deflorador
Fez do rifle um seu amigo
Consagrando grande amor
E desgraçado e perjuro
E mais sujo que o monturo
Que nada tem valor. *

*(Carlos Alberto Doria, O Cangaço, 1981. p. 59 (transcrição do cordel de João Martins de Athayde, Novas Proezas de Lampeão).

Pg 93 do livro Por Elise Grunspan-Jasmin

http://meneleu.blogspot.com.br/2017/11/virgulino-torna-se-o-cangaceiro-lampiao.html

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GALOPANDO NA HISTÓRIA SANTANENSE

Clerisvaldo B. Chagas, 3 de novembro de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.773

           Para dirimir dúvidas sobre os títulos diversos recebidos pelo município sertanejo de Santana do Ipanema, passo a responder aos que me indagaram. E de fato para quem não sabe é muito complicado se for apenas examinar documentos de grafias diferentes. Podemos afirmar, no entanto, que o município santanense recebeu quatro títulos com os mesmos significados, mudando apenas a grafia, de acordo com a própria forma de escrever da época. No princípio era toda a região banhada pelo rio formador que se chamava “Ribeira do Panema”

PONTE DA BARRAGEM. Foto: (Alagoas Na Net). 

Ribeira no sertão nordestino é arcaica, ainda em uso e que significa rio. Panema é palavra indígena Ipanema, mais fácil de ser pronunciada sem a letra “I”.
A partir de 1787 quando o padre Francisco José Correia de Albuquerque construiu a capela no, então, arraial em terras do fazendeiro Martinho Rodrigues Gaia e ali colocou a imagem da avó do Cristo, o lugar que era parte de Ribeira do Panema, passou a ser chamado: “Sant’Anna da Ribeira do Panema”. Essa denominação perdurou até o Arraial ser elevado a povoado/freguesia (território dominado pela Igreja) em 1836. Enquanto povoado/freguesia, escrevia-se o nome assim: Sant’Anna do Panema”. Quer dizer, saiu apenas os nomes: “da Ribeira”.
Somente quando o povoado/freguesia foi elevado à vila, em 1875, utilizamos o nome “Ipanema”, retiramos um dos “N” de Anna e passamos a escrever: “Sant’Ana do Ipanema”. 
Esta denominação arrastou-se de vila até a elevação à cidade, em 1921quando finalmente foi retirado o apóstrofo e confirmado o restante, ficando definitivamente: “Santana do Ipanema”.  
Podemos encontrar em alguns documentos como na revista O Cruzeiro, em reportagem sobre Santana, em 1940, escrito como no tempo de povoado/freguesia, erroneamente.

Esperamos ter correspondido ao que nos foi indagado e que nos parece ter faltado apenas o significado da palavra Ipanema ou Panema, coisa que o santanense aprende logo cedo: água ruim, salobra (quando extraída das cacimbas do leito do rio).


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TOCAIA, MODO DE FAZER

*Rangel Alves da Costa

Houve um tempo – e ainda há – onde a vida valia menos que a menor raiva de um coronel nordestino, de um latifundiário, de um poderoso sertões adentro. Bastava que a ira tomasse feição e logo a ordem era dada para que o seu matador desse comida aos urubus, aos carnicentos espreitando as estradas e caminhos da morte.
E nas páginas sangrentas de qualquer livro: “O cavalo seguia mansamente cortando estradão. Seu dono, cavaleiro despreocupado, pensava somente em chegar ao destino. Olhava de lado a outro e apenas o som da mata. Não sabia, contudo, que na curva adiante o inimigo lhe esperava...”.
E prosseguindo: “Detrás de uma moita, nos escondidos da mataria, o jagunço se mantinha de rifle apontando na direção da estrada, na mira de onde o cavaleiro em instantes passaria. O animal avança. Seu trote é ouvido. O cavalo espera mais a sua anca. Tem pressa. Não sabe que vai morrer em menos de um minuto...”.
Por fim: “O jagunço divisa cavalo e cavaleiro. Aperta os olhos. Mira com mais esmero. Suas mãos estão ávidas para apertar o gatilho. É chegado o instante de à morte sair pelo cano em direção ao passante. Aperta o gatilho. Um tiro certeiro. O grito, o tombo. A morte. E o sangue vermelhando a estrada”.
Como avistado acima, assim os instantes que antecedem à morte perpetrada em tocaia. Assim a terrível ação do matador perante sua vítima. Morte covarde, de espreitada, sem tempo de revide, sem qualquer oportunidade de defesa.
E assim neste tipo de violência que tanto sangue já fez jorrar. Tocaia, emboscada, arapuca, armadilha, tudo quase a mesma coisa. Só que na tocaia e na emboscada há a caracterização maior dos crimes de mando nos tempos idos e também recentes.
A tocaia exige astúcia, ardil, coragem e preparo acima de tudo. Nenhum jagunço, pistoleiro ou matador, prepara uma tocaia se não tiver amplo conhecimento de seu vil proceder. Significa dizer que há também inteligência para matar.


Como se faz uma tocaia? Quase sempre da mesma forma, desde os tempos de antanho. O matador recebe a ordem para matar e daí em diante passa a executar todo o plano. Pensa no dia, no local, na hora mais apropriada, na ambientação para que o crime seja consumado sem qualquer surpresa.
Logicamente que a ordem recebida já chega com o nome ou a precisa indicação daquele que será tocaiado e morto. Geralmente um desafeto, um inimigo de sangue, um vizinho que dificulta a vida do outro, ou simplesmente alguém que, por um motivo ou outro, passa a ser marcado para morrer.
Com a ordem recebida, e esta sempre acompanhada de prazo de cumprimento, o matador escolhe a arma mais eficaz na empreitada e depois segue ao local onde a futura vítima será emboscada, surpreendida e sem chances de revidar. Não significa que seja no mesmo dia da ordem recebida, mas sempre nesse passo.
O local da tocaia deve ser sempre bem escolhido. O matador não pode ser avistado de jeito nenhum. Daí a escolha sempre recair detrás de um tronco grosso de árvore, nos escuros de mata fechada e rente à estrada ou em meio a tufo grande de mato.
Mesmo já se aproximando ou defronte ao local do disparo, ainda assim o cabra marcado para morrer sequer percebe qualquer estranheza. Tudo silencioso, quieto demais. Só não sabe que sequer ouvirá bem o estampido que logo sairá de mais adiante. Não há tempo de nada. Apenas o açoite, a dor, a morte.
Depois de caída, tantas vezes o matador se aproxima para se certificar do acerto, da morte certa. Mas ainda assim, para que não haja qualquer dúvida, aponta novamente a arma rente à cabeça e aperta o gatilho. E depois some no meio do mundo.
De vez em quando arranca uma orelha, um dedo ou mesmo a cabeça para levar perante o mandante. Assim a tocaia de sangue e sua terrível realidade pelos sertões de outrora e por todo lugar de agora. E logo os urubus vão rondando. Logo os urubus por todo lugar, e que continuam a rondar.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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SÃO JOSÉ DO SERIDÓ/RN - 100 ANOS DE FUNDAÇÃO - 04 DE NOVEMBRO DE 1917 - 04 DE NOVEMBRO DE 2017 - PARABÉNS A TODOS E TODAS SÃO JOSEENSES! PROF. JOSÉ ROMERO ARAÚJO CARDOSO (UERN/FAFIC/DGE)







Crédito das imagens do acervo pessoal da Professora Maria José Costa Fernandes. 

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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PARABÉNS!

Por Kydelmir Dantas

Parabéns Marcela Carvalho nossa história - a de Mossoró-RN - em destaque e vosmecê devidamente reconhecida... Rodolpho Fernandes se sentiria honrado com esta bisneta. E nós, teus amig@s mossoroenses, nos orgulhamos de teres alcançado mais este sucesso.



Saiu o resultado dos vencedores da tradicional premiação "Werner Klatt 2017 - 14º Prêmio de Excelência Gráfica". E o grande premiado da Categoria "Livro Infantil e Juvenil", foi a nossa obra "Lampião e o vovô da vovó na cidade de Mossoró", de Marcela Fernandes Carvalho.

Agradecemos a todos! Você pode comprar esta bela história no nosso site. Acesse agora: https://ziteditora.com.br/…/lampiao-e-o-vovo-da-vovo-na-ci…/

https://www.facebook.com/grupoeditorialzit/photos/a.826495797409405.1073741828.821366604588991/1703438536381789/?type=3&theater

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GREVE POR DIGNIDADE - Nota política da Diretoria da ADUERN


A decisão da categoria docente da UERN de entrar em greve a partir do dia 10 de novembro de 2017 não pode ser festejada, tampouco ser tratada com indiferença ou simplesmente na retórica, respeitada. Essa greve representa a indignação da categoria frente ao descaso e desrespeito com que o governo do estado do Rio Grande do Norte tem tratado os servidores públicos e, em especial, os/as professores/as da UERN. Há 20 meses os/as trabalhadores/as do estado vivenciam uma situação de incerteza em relação ao pagamento dos salários e uma condição de precarização do serviço público que afeta grande parte da população do Rio Grande do Norte.

A greve, deliberada por ampla maioria da categoria docente da UERN, é resultado de uma política econômica desastrosa que condiciona os/as trabalhadores/as do Estado a carregarem os serviços públicos nas costas. Saúde, educação, segurança e os demais serviços só funcionam porque os/as trabalhadores/as assumem o compromisso de todos os dias exercerem o seu trabalho com responsabilidade. É resultado, também, dos ataques recentes que têm sofrido a Universidade e a categoria docente: retirada dos aposentados da folha de pagamento da UERN; ameaça de suspensão do plano de saúde por falta de repasse do governo; rebaixamento do valor do auxílio saúde, bem como a exclusão dos aposentados a esse auxílio. Tudo isso se soma ao insustentável quadro de atrasos salariais e  cinco anos sem qualquer reposição. 

Mediante essa conjuntura, o governo não tem cumprido o dever de fazer com que o Estado funcione; não tem respeito aos trabalhadores/as; não considera importante as famílias de todos e todas que dedicam suas vidas e seu trabalho ao serviço público. Por isso, os/as professores/as da UERN se somam aos milhares de trabalhadores/as do estado do Rio Grande do Norte em nome da nossa dignidade, da nossa condição de sobrevivência e em respeito aos serviços públicos e a toda população potiguar.

A história particular da UERN revela que há muito tempo estamos em luta para garantir a manutenção da instituição como universidade pública, gratuita e de qualidade. Compreendemos que a UERN é um dos maiores patrimônios do estado do Rio Grande do Norte por impulsionar o desenvolvimento econômico e social e, principalmente, por possibilitar que os filhos e filhas dos trabalhadores pobres tenham acesso ao ensino superior; por estar presente em todas as regiões do estado cumprindo a interiorização e formando a maioria dos/as profissionais do Rio Grande do Norte. É impossível pensar no crescimento de um estado sem uma Universidade. Para os que divulgam falaciosamente o endogenismo da categoria docente indicamos que investiguem quem sempre lutou em defesa da UERN; quem esteve em confronto com o judiciário e executivo mediante o anúncio da privatização da nossa universidade.

A nossa Greve é por Dignidade sim! Exigimos salários em dia; Exigimos a retirada da mensagem à assembleia que aumenta a alíquota previdenciária; Exigimos condições melhores de trabalho; Exigimos a permanência dos aposentados na folha de pagamento da UERN; Exigimos respeito ao nosso trabalho, ao nosso suor, ao nosso saber, a nossa vida. Exigimos a existência da UERN como Universidade Pública, Gratuita e de Qualidade. É o nosso compromisso! 

A Diretoria

Jornalista

Cláudio Palheta Jr.

Telefones Pessoais :

(84) 96147935
(84) 88703982 (preferencial) 

Telefones da ADUERN: 


ADUERN
Av. Prof. Antonio Campos, 06 - Costa e Silva
Fone: (84) 3312 2324 / Fax: (84) 3312 2324
E-mail: aduern@uol.com.br / aduern@gmail.com
Site: http://www.aduern.org.br
Cep: 59.625-620
Mossoró / RN
Seção Sindical do Andes-SN
Presidenta da ADUERN
Rivânia Moura

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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O BANDO

Material do acervo do pesquisador do cangaço Pedro R. Melo

Grupo de bandidos que atacaram Mossoró(RN) em 13 de junho de 1927, sendo repelidos. Foto tirada em Limoeiro, Ceará a 15 de junho de 1927.

Lampião e seu grupo de passagem/fuga.
Foto: Francisco Ribeiro, 1927. Tirada ao lado da antiga farmácia de Otílio Silva (Ob. Cit. Frederico Bezerra Maciel).

Identificação

(Sempre começando da esquerda para a direita).

Fila superior

L. Sabino, Rio Preto, Euclides, Miguel, Trovão, Pinhão, Alagoano, Jatobá, Benedito, Mourão, Zé Pretinho, Zé Coco e Serra D'uman.

Fila central

Cel. Leite, Cel. Moreira, Cel. Antonio Gurgel e Dº Maria Rosa (prisioneiros de Lampião) Miúdo e Felix.

Fila inferior

Coqueiro, Mergulhão, Valatão, Virgínio (Moderno), Massilon, Luis Pedro, Lampião, Ezequiel (Ponto Fino), Delfino (Corneteiro), Nevoeiro e Sabino (de pé).

(E mais outros que se recusaram a tirar retrato).

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Pedro Ralph Silva Melo (Administrador)


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SENTENCIADOS

Material do acervo do pesquisador do cangaço Pedro R. Melo

A polícia de Pernambuco e da Bahia já conseguiram levar companheiros de "Lampeão" para a cadeia. Estão internados alguns na "Casa de Detenção do Recife". Foi com João Donato Rodrigues, vulgo "Gavião", que conseguimos colher algumas informações interessantes sobre "Lampeão" (Recife, do enviado especial de "A Noite")

Ao ser interrogado pelo jornal, João Donato disse o seguinte:

—"Nós, (grupo preso) sertanejos entramos para o bando do capitão (capitão é Lampião) ainda muito criança. A falta de cultura, o abandono em que vive e as necessidades fazem do sertanejo um animal irracional. Toda criança do nordeste admira as façanhas do capitão. E debaixo desse credo, quando pensamos em retroceder já é tarde, começa com uma criancice e depois termina por uma realidade assim, infelizmente.

CONDENAÇÃO

—Todos nós que estamos presos na casa de detenção do Recife fomos condenados a 30 anos. Eu, porém, espero deixar o presídio dentro de pouco tempo, pois tenho bom comportamento.

LIBERDADE 

— Quando for solto irei trabalhar no Rio de Janeiro, porque de sertão, de cadeia e do norte já estou farto.

Assim terminou sua palestra o famoso "Gavião", que começou a sua vida de crimes com a idade de 16 anos.

(A NOITE, -3 de dezembro de 1934- Ed. 8271)

Foto: Jornal "A Noite" (Rio de Janeiro)
João Donato Rodrigues, vulgo "Gavião", detento cumprindo pena na casa de detenção do Recife

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Pedro Ralph Silva Melo (Administrador)

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O COITEIRO

Material do acervo do pesquisador do cangaço Por Pedro R. Melo

Um dos motivos das constantes escapulias de "Lampeão" e seu bando é contar com a vigilância de certos indivíduos, que, por medo ou solidariedade disfarçada, o avisam da aproximação da polícia que o perseguem. A esses instrumentos dos bandidos dar-se o nome de "Coiteiros".

Foram presos e recolhidos a cadeia de Bonfim (Bahia) o velho Raymundo Borges (esquerda) e Onofre de Souza que eram "Coiteiros" do terrível bandoleiro nordestino (Lampião). Esses indivíduos foram pronunciados pela justiça Baiana. O interessante é que Raymundo Borges em situação passada exerceu o cargo de prefeito onde o sanguinário bandido "Calais" (Sequaz graduado de Lampião) agia com a selvageria que lhe era habitual.

(A NOITE, -5 de julho de 1934- Ed. 8120)

Foto: Jornal "A Noite" (Rio de Janeiro)
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Pedro Ralph Silva Melo (Administrador)

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PROFESSOR ANTONIO VILELA VISITA TÚMULO DE DOMINGUINHOS EM GARANHUNS

UMA ROSA PARA DOMINGUINHOS

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E EU PENSANDO QUE O CULPADO PELO ATRASO DOS NOSSOS SALÁRIOS ERA PAPAI NOEL.

Por Profa. Kelania Mesquita (DQI/FANAT/UERN)

Tenho ouvido de alguns colegas, poucos, é verdade, que temem que Robinson imponha represálias a nossa categoria em função da greve aprovada hoje em Assembleia! 

Ora, como se o governo Robinson precisasse de motivos para maltratar os servidores públicos!

Ele e as pessoas a ele ligadas de alguma forma, direta ou indiretamente, podem até usar essa desculpa, mas qualquer coisa que ele faça como a retirada dos aposentados da folha, ele já faria de qualquer forma, com o sem greve!

Vejam colegas, temos professores na UERN, poucos, é verdade, que até hoje dizem que o salário dos servidores está atrasado graças aquela atitude de um grupo de alunos e professores que impediram a entrada de Robinson e sua comitiva no restaurante popular por ocasião da inauguração...Veja o tamanho do absurdo de um argumento desses!

Da mesma forma agora é esse terror que tentam plantar como se já não estivéssemos vivendo apavorados sem conseguir honrar os nossos compromissos com 2 meses de atrasos salariais ...Há 2 anos. Estamos há 2 anos suportando essa humilhação! 

Eu não aceito! Vou como fui na semana passada para frente da governadoria, saindo as 5 da manhã de casa e voltando as 1:30 da madrugada, sim...Vou lutar até o fim pela UERN e pelo serviço público desse país! Em mim ninguém implanta terror! E como eu, tem um batalhão que não vai engolir essa história de que Robinson pode nos prejudicar em função da greve!

Ele já ia tirar os aposentados da folha, e a administração da UERN sabe disso há meses. 

Não tem qualquer relação com a greve deflagrada...Se ele não retirar, aí sim poderemos apresentar como uma vitória da pressão que uma greve geral pode surtir!

Portanto, colegas servidores e estudantes, não existem dúvidas...Temos que lutar sem medo algum daquele calhorda! Ou lutamos agora ou a UERN vai fechar as portas, assim como esse governo fechou o hospital da mulher dizendo que abriria processo licitatório para construir um novo...Estamos esperando há 1 ano só vendo a plaquinha "inaugurada" no Campus da UERN. Da mesma forma, mudou status de hospitais para UBS sob alegação de ausência de demanda, quando em realidade não tinha equipe médica.

E sob esse discurso de que pode ser que soframos represália, vamos traindo os nossos princípios e nos tornando irreconhecíveis, e nos apequenando!

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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O LIVRO O FOGO DA JUREMA JÁ ESTÁ À VENDA COM O PROFESSOR PEREIRA


Se você está interessado no livro "O FOGO DA JUREMA" é só entrar em contato com o professor Pereira lá da cidade de Cajazeiras, no Estado da Paraíba,  que ele tem e está disponível aos amigos. 

São 318 páginas, preço R$ 50,00 com frete incluso.
Pedidos: franpelima@bol.com.br e fplima156@gmail.com

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