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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Cangaço na Bahia = "Zé Rufino"... Algumas referência​s.

Por: Rubens Antonio

José Osório de Farias, o "Zé Rufino", nasceu em 20 de fevereiro de 1906, em Pernambuco.


Comandante de volante que mais liquidou cangaceiros, adentrou a Força Pública do Estado da Bahia, assentando praça em 2 de janeiro de 1934.

Passou a compor as Forças em Operações no Nordeste - FONE. Chegou a segundo tenente em 1939.

Entrevista do tenente Zé Rufino

Entre aqueles cangaceiros que eliminou, Zé Rufino destacou, em entrevista, Azulão, Barra Nova, Canjica, Catingueira, Corisco, Maria Dórea, Mariano, Meia-Noite, Pai Velho, Pavão, Sabonete, Zabelê e Zepellin.


À direita na foto acima, reformado como coronel junto a ex-integrantes de sua volante. Abaixo, sua assinatura:


Em relação ao seu falecimento, anotação no Boletim Geral Ostensivo da Polícia Militar do Estado da Bahia:


E outra anotação no Boletim Geral Ostensivo da Polícia Militar do Estado da Bahia da solicitação de pensão por parte da sua viúva, Maria de Lourdes Vieira Farias, com citação também da sua filha, Zélia Maria de Farias:

 

Enviado pelo professor e pesquisador do cangaço Rubens Antonio

http://cangaconabahia.blogspot.com
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A Rota do Cangaço - Caminhos da Reportagem TV BRASIL


Caminhos da Reportagem viaja pelo sertão do Nordeste e revela detalhes do cangaço, um dos períodos mais violentos da história do Brasil.

Personagens como Antônio Silvino, Corisco e Lampião ainda despertam admiração e ódio nas cidades, vilas e povoados no nordeste. Os lugares foram palco dos constantes confrontos entre a polícia e os cangaceiros.



Conhecido pela violência do seu bando, mas também pela defesa dos necessitados, Lampião foi o mais importante líder do cangaço na região. Estrategista, derrotava com frequência as polícias volantes que o perseguiam.

Ainda hoje, as pessoas relembram o Confronto da Serra Grande, Pernambuco, onde Lampião derrotou um batalhão de 300 homens, em 1926. Temido pelas autoridades, foi convidado a se aliar às forças que combateram a Coluna Prestes no Nordeste.

Com a colaboração de estudiosos e pesquisadores, o programa mostra a influência dos cangaceiros nos costumes da época e na vida das mulheres. E as histórias de algumas delas, como Maria Bonita, mulher de Lampião, e Dadá, companheira do temido Corisco.

Clique aqui para navegar no mapa por onde a equipe do Caminhos da Reportagem passou e conhecer algumas das curiosas histórias que foram descobertas ao longo da rota.


Clique aqui para assistir

Reportagem: Carina Dourado
Imagens: Osvaldo Alves

Edição de Imagens: Davi Nascimento
Finalização: Márcio Stuckert e Hugo Carmelo
Edição: Roberto Piza


http://tvbrasil.ebc.com.br/caminhosdareportagem/episodio/a-rota-do-cangaco
Extraído do blog Conversas do Sertão do escritor e pesquisador do cangaço Rubinho Lima

http://www.conversasdosertao.com
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VI FESMUZA apresenta ganhadores


Aproximadamente mil e duzentas pessoas compareceram ao Parque Cultural “O Rei do Baião”, na noite do dia 24 de agosto, para prestigiarem o VI FESMUZA – Festival de Músicas Gonzagueana, promovido pelo Grupo União São Francisco e “Caldeirão Político”.

As festividades foram abertas pelo prefeito do município de São João do Rio do Peixe - PB, Airton Pires. 

Oliveira de Panelas

Em seguida o poeta e repentista Oliveira de Panelas fez a saudação a todos os artistas presentes.

Trinta sanfoneiros desfilaram pelo palco, defendendo as músicas do “Rei do Baião”.

A Comissão Julgadora do festival estava constituída pelo Juiz de Direito da Vara Civil da capital paraibana, Onaldo Rocha Queiroga – Presidente da Comissão, poeta Oliveira de Panelas, sanfoneiro Pinto do Acordeon, pesquisador e escritor Kydelmir Dantas do Rio Grande do Norte, Padre Fábio Mota da cidade de Jijoca de Jericoacoara (CE) e Sérgio Gonzaga, sobrinho de Luiz Gonzaga.

Os vencedores do festival são os seguintes:

1º Lugar – Cícero Paulo Ferreira Feitosa, da cidade de Juazeiro do Norte (CE), que defendeu a música “Baião” (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira), 1949, que obteve 89 pontos;

2º Lugar – Ranier Oliveira Sousa, da cidade de Juazeiro do Norte (CE), com a música “Qui nem Jiló” (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira), 1950, recebeu 88,5 pontos;

3º Lugar – Luiz Carlos Freitas Silva (Carlinhos), de Fortaleza (CE), defendendo a música “Pau de Arara” (Luiz Gonzaga e Guio de Morais), 1952, conquistando 86 pontos;

4º – José Galvão de Oliveira Filho, de Juazeiro do Norte (CE), interpretando a música “Algodão” (Luiz Gonzaga e Zé Dantas), 1953, com 83,8 pontos;

5º – Maria Luiza, do Juazeiro do Norte (CE), com a música “Qui nem Jiló” (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira), 1950, com a pontuação de 83,7;

6º – Luiz Bento, da cidade de Currais Novos (RN), executando a música “Juazeiro”, (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira), 1949, com 78,8 pontos;
7º Lugar – Chico de Tereza, da cidade do Cedro (CE), interpretando a música “Roendo Unhas” (Luiz Gonzaga e Luiz Ramalho), 1976, com 78,1 pontos.

Destaque especial para a professora Maria Alda Oliveira, da cidade de Iguatu (CE), formada em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará (UECE) – Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu – Ceará (FECLI), foi a grande campeã do II CONPOZAGÃO – Concurso de Poesia em Homenagem ao Gonzagão e seus Seguidores. Ela ganhou o título com a poesia “Ao Sanfoneiro Dominguinhos”. Foi homenageada na noite do último dia 24, no Parque Cultural “O Rei do Baião”, por ocasião do VI FESMUZA.

http://www.caldeiraodochico.com.br/cearenses-conquistam-quase-todos-os-premios-do-vi-fesmuza/

Enviado pelo poeta, escritor e pesquisador do cangaço Kydelmir Dantas

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Show de Gonzaguinha

Contribuição: Compadre Luiz Lemos
Gonzaguinha e Gonzagão - www.forroemvinil.com

Noite de sexta-feira, 19 de abril de 1.991.

Eu morava em Governador Valadares – MG, onde trabalhava no Banco do Brasil.

No Teatro Atiaia, único da cidade, o programa era o show “Cavaleiro Solitário” com o cantor e compositor Gonzaguinha, filho do Mestre Luiz Gonzaga, como todos sabem.

O Show foi simplesmente lindo! Só ele e um violão. Sentado no chão do palco, tomando água mineral, ele cantou e contou estórias incríveis durante duas horas, na maior intimidade com a plateia.

Contou e cantou, inclusive, a estória (verídica) do Profeta Gentileza, o louco mais gentil e mais conhecido do Rio de Janeiro, a quem dedicava o show.

Pois bom...

Terminado o show, fiquei por último e fui ao camarim. Gonzaguinha me recebeu gentilmente, bem no espírito do espetáculo que acabara de apresentar.

Em nossa longa conversa, ele me disse duas coisas importantíssimas:

1 – Que ele sentia que estava precisando muito, mas muito mesmo, de saúde, para continuar seu trabalho, pelas estradas do Brasil.

2 – Que ele, ultimamente, estava sentindo muitas saudades do pai, falecido em agosto de 1.989, há quase dois anos.

Era uma saudade que incomodava. Ele não conseguia parar de pensar no pai. 

Pois bom...

Ao fim da conversa eu pedi um autógrafo, que ninguém é de ferro. E ele, no verso do programa do show, escreveu: “Ao amigo Lemos, SAÚDE!...”
Datou, assinou e me entregou, dizendo: Xará, estou te desejando saúde, porque saúde é o que eu mais preciso, neste momento. E tudo o que a gente deseja para o outro... volta pra gente! Vai com Deus!” Saí feliz do teatro, grato por um momento tão significativo.

Pois bom...

Exatamente dez dias depois, numa fria segunda-feira, 29 de abril de 1.991, Gonzaguinha, o filho de Sêo Luiz, faleceu, num acidente de automóvel, perto da cidade de Pato Branco, no Paraná...


Contribuição: Compadre Luiz Lemos

http://www.luizluagonzaga.mus.br

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ARAÇÁ, ONDE TU ANDAS MINHA DOCE FRUTA?

Por: Rangel Alves da Costa(*)
Rangel Alves da Costa

Nunca duvidei. Certeza de sertanejo. Depois do sertão em si, meu berço de nascimento, a coisa que mais gosto na vida é da frutinha araçá. Quer dizer, gostava, pois desde muito que não beijo naquela doce boca.

Araçá, meu araçá, um dia disseram que você é minúscula goiaba. Mas que aleivosia, que duvidosa afirmação de quem não conhece sua suculenta polpa nem seu sabor. Também não conhece sua flor esbranquiçada e solitária.

Seu tronco pequeno e tortuoso lembra uma catingueira que se esqueceu de crescer. Seu fruto quando maduro, vermelho ou amarelado, lembra o brinco dourado de minha linda donzela.  Mas onde tu andas meu pequenino e doce amor?


Brinco dourado do meu amor, joia preciosa achada na mata, tesouro escondido nas distantes folhagens, ou apenas araçá surgido no olhar como graciosidade do paraíso. Um é para admirar, dois é para querer mais, uma porção é para se apaixonar. E a boca sempre quer mais desse beijo encantado.

Guardo comigo essa triste recordação. Lá pelos tempos idos, a vendedora cortando as ruas empoeiradas da cidadezinha, carregando um balde na cabeça e gritando, oferecendo araçá amarelinho. Trazia de longe, do meio da mata, num esforço descomunal, e ali oferecia  cada porção a preço acessível.

Não lembro mais quanto era meia lata ou uma pequena cuia de araçá. Pela gostosura, pelo paradisíaco sabor, não era caro de jeito nenhum. O problema era ter de comprar três ou quatro latinhas para saborear a contento aquela preciosidade.

Eram amarelinhos os pequeninos frutos oferecidos pela vendedora. Perguntava onde ela havia encontrado tanto assim para encher um balde, ela apenas respondia que de canto a outro, na mataria distante, num esforço tremendo pela sobrevivência. E só fazia tanto sacrifício porque precisava de um quilo de açúcar ou de farinha.

Aqueles eram amarelinhos, mas eu sabia da existência de frutos vermelhos e esbranquiçados. Sabia porque ouvia os mais velhos dizer que noutros tempos aquilo era encontrado com fartura pelos quintais e que nem as cabras queriam mais.

De repente tudo foi rareando, acabando de vez. Os quintais mudaram sua destinação, se transformaram em espaço de quase nenhum cultivo, os araçaizeiros foram definhando até sumir para sempre. E quem me dera ter alcançado aqueles tempos do doce fruto ao redor da moradia.

Outros tempos. E doces por causa do araçá. Também da meninice, do enxerimento pelos lados das mocinhas sertanejas, das corridas desenfreadas em cima do cavalo de pau, das brincadeiras infindas pelos descampados espinhentos, dos tantos banhos nas águas do riachinho. Quem dera outra meninice, outra lata de araçá, outro luar sertanejo no meu infante olhar.

Hoje a saudade é grande, meu doce araçá. Saí de lá trazendo seu sabor e sua doçura juntinhos do céu da boca. Por aqui, em meio a asfalto e indignação, é impossível encontrá-lo perdido no meio de uma feira qualquer. O pior é que ninguém mais fala em seu nome, não relembra com água na boca sua brandura encantadora.


Mas eu não esqueço não, meu araçá. Jamais esquecerei. Recordo ainda a vendedora, seu conhecido grito, e os brincos dourados por entre os meus dedos. Ávida boca para senti-lo macio, ávido desejo de encher a mão e mastigar toda doçura de uma só vez. Relembro e fico de água na boca. Mas seu eu chorar é pela infância que ficou por lá.

Um dia haverei de plantar um araçaizeiro no meu quintal. Encontrarei a semente e cultivarei o tempo que for até colher o primeiro fruto. Mas não o levarei a boca faminta de saudade. Apenas o terei como um espelho para avistar um tempo onde o prazer da vida era possível com um simples beijo. Na pele doce do araçá.

Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com

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Historiador João de Sousa Lima será um dos palestrantes do Cariri Cangaço

Por: Nadja Maria Ferreira Monteiro

Caro João,

É com muito orgulho e prazer que leio seus textos, seus livros , sabendo das dificuldades que é trilhar no caminho da Cultura. Sempre na insuperável falta de recursos e sensibilidade dos gestores, que por sua vez criaram os embrólios dos Editais que continuam privilegiando um pensamento expurgatório !!!

Vá lá no Cariri encontrar seu povo , que na literatura está imortalizando a massacrada história do Cangaço !!! O futuro nos dirá.

Abçs
Nadja

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