Seguidores

sábado, 14 de abril de 2012

A verdadeira história da morte de Lampião e Maria Bonita


Bom para quem não conhece a história faz 73 anos da morte de Lampião e seu bando, justamente no dia 28 de julho de 1938.  É uma grande história com grandes curiosidade que vamos contar a você.
O sol ainda não tinha nascido quando os estampidos ecoaram na Grota do Angico, na margem sergipana do Rio São Francisco. Depois de uma longa noite de tocaia, 48 soldados da polícia de Alagoas avançaram contra um bando de 35 cangaceiros. Apanhados de surpresa – muitos ainda dormiam -, os bandidos não tiveram chance. Combateram por apenas 15 minutos. Entre os onze mortos, o mais temido personagem que já cruzou os sertões do Nordeste: Virgulino Ferreira da Silva, mais conhecido como Lampião.
A força volante, de maneira bastante desumana para os dias de hoje, mas seguindo o costume da época, decepou a cabeça de Lampião. Maria Bonita ainda estava viva, apesar de bastante ferida, quando foi degolada.

Feito isso, salgaram as cabeças e as colocaram em latas de querosene, contendo aguardente e cal. Os corpos mutilados e ensanguentados foram deixados a céu aberto, atraindo urubus. Para evitar a disseminação de doenças, dias depois foi colocada creolina sobre os corpos. Como alguns urubus morreram intoxicados por creolina, este fato ajudou a difundir a crença de que eles haviam sido envenenados antes do ataque, com alimentos entregues pelo coiteiro traidor.

Era o fim da incrível história de um menino que nasceu no sertão pernambucano e se transformou no mais forte símbolo do cangaço. Destemido, comandava invasões a sítios, fazendas e até cidades.
Dinheiro, prataria, animais, jóias e quaisquer objetos de valor eram levados pelo bando.
A situação chegou a tal ponto que, em agosto de 1930, o Governo da Bahia espalhou um cartaz oferecendo uma recompensa de 50 contos de réis para quem entregasse, “de qualquer modo, o famigerado bandido”. “Seria algo como 200 mil reais hoje em dia”, estima o historiador Frederico Pernambucano de Mello. Foram necessários oito anos de perseguições e confrontos pela caatinga até que Lampião e seu bando fossem mortos.
Essa incrível história de luta no sertão do nordeste é até hoje lembrado e contado por muitas pessoas.

Fonyes:
Wikipedia.

O cerco a Lampião

Por: Tamis Parron

Depois de longos anos de cangaço, Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, já havia sido baleado no ombro e na virilha e por infelicidade, tinha perdido o seu olho direito. Mas ninguém acreditava que Lampião seria encurralado e depois assassinado sem oferecer nenhuma resistência. Nem mesmo o coiteiro Pedro de Cândido, que mostrou à polícia o esconderijo dele e de seu bando, na fazenda Angico, em Sergipe, tinha certeza que naquela madrugada de 28 de julho de 1938, Lampião seria morto por volantes comandadas pelo Tenente João Bezerra, 
Depois de saques, estupros, sequestros e mortes em sete Estados nordestinos, parecia que tudo conspirava para que o Rei do Cangaço morresse entre 5h e 5h30 de 28 de julho de 1938.
Lampião e seu grupo dormiram no leito seco de um rio, cercados por xiquexiques e aroeiras ao fundo e encostas aos lados. Naquela madrugada, sinos amarrados em arames ao redor da toca não foram instalados. E até os cães, que costumavam latir diante de intrusos, permaneceram misteriosamente quietos.

Conversando com sua História trata do tráfico de escravos e etnicidade


Na próxima segunda-feira, dia 16, às 17h, acontece a 10ª edição do curso Conversando com a sua História, na Sala Katia Mattoso, 3º andar da Biblioteca Pública do Estado da Bahia - Barris. Nesta edição o evento oferece palestra dos professores convidados Cândido Eugênio Domingues de Souza (Ufba) e Carlos Francisco da Silva Júnior (FPC).

Voltado para estudantes, pesquisadores e amantes da História, os professores pesquisadores tratarão sobre o Tráfico de escravos e etnicidade: capitães negreiros e africanos da Bahia do século XVIII (1700-1760).

Os encontros seguem até outubro, sempre às segundas-feiras, a partir das 17h, na Sala Katia Mattoso, 3º andar da Biblioteca Pública do Estado da Bahia - Barris.

Neste primeiro mês, o curso Conversando com sua História é dedicado ao tema: “Escravidão e Liberdade”. Durante todas as segundas-feiras de abril, serão oferecidas aulas gratuitas sobre aspectos da história, ministradas por especialistas e pesquisadores.

Nas últimas edições, o público assistiu às aulas do historiador de Ubiratan Castro de Araújo, do antropólogo Luiz Mott, ambos abriram o curso no dia 2, e do professor Francisco Eduardo Torres Cancela, da Uneb.

O curso - tem por objetivo de promover a difusão do conhecimento a cerca da História da Bahia. Nos últimos nove anos o Conversando com sua História vem convidando a sociedade baiana a conhecer a sua história, oferecendo uma permanente oportunidade de reunir a comunidade acadêmica e o público em geral, instigado em debater questões e problemas ligados a história colonial, imperial e republicana do nosso Estado.

O acesso ao evento se dará mediante inscrição gratuita prévia, que permanecerá aberta durante todo o evento, de modo a permitir aos interessados formalizarem inscrição por e-mail ou telefone, em tempo oportuno, para participarem do curso. Aqueles que tiverem presença registrada em 75% dos encontros receberão certificado de participação.

O curso é promovido pelo Centro de Memória da Bahia (CMB), espaço do conhecimento vinculado à Fundação Pedro Calmon/SecultBA.

SERVIÇO
O quê: Curso Conversando com sua História
Palestrantes: Cândido Eugênio Domingues de Souza (Ufba)

e Carlos Francisco da Silva Júnior (FPC).
Local: Biblioteca Pública do Estado da Bahia /

Auditório Kátia Mattoso (3º Andar)
Horário: 16h Inscrição: Gratuita

http://uranohistoria.blogspot.com.br/2012/04/conversando-com-sua-historia-trata-do.html

ZÉ JULIÃO, O CANGACEIRO CAJAZEIRA


ZÉ JULIÃO, O CANGACEIRO CAJAZEIRA


José Francisco do Nascimento era o nome de pia do cangaceiro Zé Julião, que no cangaço ganhou a alcunha de Cajazeira Nasceu em Poço Redondo, município Sergipano, situado no micro região do baixo São Francisco e onde fica a nascente do rio Sergipe. Filho do fazendeiro Julião Nascimento e Constância. Cresceu em meio a um sertão de exploradores e explorados, soldados desumanos e jagunços atrevidos, nesse quadro, faria brotar no jovem um destino do que ser simplesmente herdeiro da riqueza de seus pais.
Naqueles idos de 1928, ter qualquer coisa que se afeiçoasse a riqueza era também involuntariamente submeter-se à exploração da volante e dos bandos cangaceiros. Ora, era sempre mais confiável garantir a vida doando ou outros bens. Contudo, foram as continuas explorações que fizeram com que o pai de Zé Julião se mudasse para outra localidade. Mesmo casado com Enedina ele segue o pai.
De certa vez, foi reconhecido por soldados da volante quando jogava baralho e que era acostumado a extorquir seu pai, a mesma pratica tentaram com ele,isto o revoltou profundamente; passou a ter profundo oóio por aquele tipo de gente.Porém,o fato mais marcante foi a decisão que tomou diante daquilo que tinha por absurdo: criou impulso e encorajamento para entrar no bando de lampião, acompanhado por Enedina. Ao ser aceito no bando de Virgulino, ganhou o apelido de Cajazeira. Ao lado da fiel companheira na aridez das caatingas, faziam planos para conquistas maiores, vez que imbatível naquela guerra sertaneja.
E talvez por isso mesmo jamais passou pela cabeça o que viria acontecer naquela manhã triste e sonolenta de 28 de julho de 1938,na gruta do Angico.Quando a volante comandada pelo cabo João Bezerra atacou e matou Lampião e Maria Bonita e mais nove cangaceiros,sua querida Enedina prostou-se como uma das vitimas. Desesperado,conseguiu romper o cerco e fugir. Lampião, o líder estava morto; o verdadeiro cangaço tinha morrido ali também. Nesse contexto de tristeza e luta com o outro lado da realidade, o que faz Cajazeira é fugir, passando a viver na clandestinidade. Vagueou algum tempo pela Bahia até voltar a sua terra querida, Poço redondo. Lá, casou novamente com a irmã de Enedina.
A tão sonhada paz não o acompanha, continuou a perseguição da volante, não teve alternativa a não ser partir prá outras terras, foi morar em Nova Iguaçu, no então estado da Guanabara. Por lá tinha parentes e conhecidos, fixou residência e não tinha maiores problemas. Mas, como bom sertanejo não aguentou a saudade e voltou às terras Sergipanas para residir em uma das tantas fazendas herdadas do pai. Conhecido como era ver sua influência política crescer na região. Com o desmembramento de Poço Redondo de Porto da Folha em 1953, o ex cangaceiro lança-se candidato a prefeito pelo PSD nas eleições de 3 de outubro1954, tal era sua influência que ele não acreditava em opositor,as forças políticas do novo município estava unida em torno do seu nome e aquela eleição seria apenas um ato confirmatório.
Contudo como sempre acontece em política,ledo engano. Eis que aparece um político de Porto da Folha, Artur Moreira de Sá, como candidato pelo PR. apoiado por alguns políticos da esfera estadual. Havia ainda um candidato da UDN, porém ouve a polarização entre Zé Julião e Artur. A grande surpresa veio com a abertura das urnas, resultado 134 x 134. Todavia, sendo Artur Moreira de Sá mais velho do que Zé de Julião, o candidato foi aclamado vitorioso e nessa condição toma posso como primeiro prefeito de Poço Redondo. Contaminado pela febre da política, seu nome ficou fortalecido para o próximo pleito. Porém, o judiciário buscava deliberadamente dificultar a vida do ex-cangaceiro. As manobras que foram sendo verificadas, todas elas no sentido de favorecer o opositor. Tal situação indignou parte da população e principalmente de Zé de Julião.
E foi nesse contexto que o tino do cangaceiro tomou o lugar do político. O que fazer se as ações fraudulentas estavam escancaradas e nenhuma autoridade séria se posicionava diante daquela vergonha toda? Não tinha jeito era derrota na certa. Pensou, se seus eleitores estavam impedidos de votar, os corregionários do outro candidato sería impedido também, e assim articulou no dia da eleição acompanhado de afamados vaqueiros, roubaram as urnas da sede do município e do distrito de Bonsucesso. a ação não era mais obra de um candidato indignado,mas do cangaceiro cajazeiras. Tamanha ousadia soa como uma bomba no meio político e na justiça eleitoral Sergipana. Agora como vitima o candidato Eliezer tinha tudo nas mãos para ser declarado eleito. E assim foi declarado prefeito pela segunda vez de Poço Redondo.
As ações perpretadas por Zé de Julião naquela revolta sertaneja lhe trouxeram duas consequencia, foi preso e colocado em liberdade alguns meses depois. Nova Iguaçu é novamente seu rumo, ao menos sería, se ao chegar em Salvador não resolvesse retornar.Não se sabe as circustâncias, as intenções ou motivo desse retorno. São muitas as suposições, e se confirmadas estas, os motivos seriam outros senão vingança. Tinha motivações para isso. Sabe-se apenas que esta foi sua última aventura,pois na manhã de 1961 foi encontrado morto,assassinado, nas terras do seu Poço Redondo. A tragédia da gruta do Angico, para ele, foi apenas adiada.
http://blogsolvermelho.blogspot.com.br/2011_01_01_archive.html