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sábado, 14 de abril de 2012

O cerco a Lampião

Por: Tamis Parron

Depois de longos anos de cangaço, Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, já havia sido baleado no ombro e na virilha e por infelicidade, tinha perdido o seu olho direito. Mas ninguém acreditava que Lampião seria encurralado e depois assassinado sem oferecer nenhuma resistência. Nem mesmo o coiteiro Pedro de Cândido, que mostrou à polícia o esconderijo dele e de seu bando, na fazenda Angico, em Sergipe, tinha certeza que naquela madrugada de 28 de julho de 1938, Lampião seria morto por volantes comandadas pelo Tenente João Bezerra, 
Depois de saques, estupros, sequestros e mortes em sete Estados nordestinos, parecia que tudo conspirava para que o Rei do Cangaço morresse entre 5h e 5h30 de 28 de julho de 1938.
Lampião e seu grupo dormiram no leito seco de um rio, cercados por xiquexiques e aroeiras ao fundo e encostas aos lados. Naquela madrugada, sinos amarrados em arames ao redor da toca não foram instalados. E até os cães, que costumavam latir diante de intrusos, permaneceram misteriosamente quietos.

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