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sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

GRANDE CABO CATÔTA!

Por José Mendes Pereira
www.letrascomcafeina.com.br

O ofício de tanger gente para uma delegacia policial na finalidade que o sujeito responda pelos seus erros praticados, não é dos melhores, e para ocupar esta função, tem que jurar diante da corporação policial, afirmando que prenderá homens e mulheres, mesmo que façam parte da sua generosa família, como pai, mãe, irmãos, tios... É um ofício perigoso, pois a qualquer momento o policial poderá deixar de ser perseguidor para ser perseguido.

O cabo Catôta era um policial de Mossoró, e que não gostava de ser perseguidor de ninguém, muito menos perseguido. Fazia tudo para não se envolver com nada que o colocasse contra a alguém, pois o melhor mesmo para ele era uma vida tranquila, tendo um bom relacionamento com as pessoas, andando pelos bairros de Mossoró despreocupado, sorrindo entre amigos, vez por outra, ingerir uma bela pinguinha, não por vício, mas por divertimento. Mas como era policial e respeitado na corporação, sempre ele era incumbido pelo delegado que comandava a polícia militar de Mossoró, para resolver alguns probleminhas. Mas ele estava sempre disposto às solicitações do dirigente do batalhão de polícia, mesmo contra vontade.

www.azougue.org  - Tenente Clodoaldo - 1987

Certa feita, o tenente Clodoaldo que foi muitos anos delegado da cidade de Mossoró, homem de moral e suas ordens eram vistas com bons olhos para uns mossoroenses, mas que na verdade, tinham alguns que eram contrários; ordenou ao cabo Catôta que fosse até a casa de um senhor, tido como valente, e o intimasse, e logo em seguida, o prendesse, levando-o preso para a cadeia.

Cabo Catôta de imediato acatou o que dissera o tenente Clodoaldo, e com dois policiais, seguiram em direção à casa do suposto valente, encontrando-o em repouso sob uma Castanhola que frondeava alegremente sobre a calçada da sua residência.

Fazendo as suas perguntas com algumas pessoas da rua em que morava este, foi informado que o valentão era pedreiro, e sabendo que peito a peito ele e os dois soldados não tinham condições de levar aquela fera até a delegacia, arquitetou um bom plano para consegui dominar o homem até aos pés do delegado; e ao chegar à sua presença, disse-lhe que o delegado estava precisando dos seus serviços de pedreiro, e queria fazer uma parede na cadeia pública de Mossoró.

Lá atrás é o cabo Catôta e o tenente Clodoaldo

O homem estava orgulhoso, recebera uma solicitação dos seus serviços logo de quem, de um delegado, e para ele seria uma grande honra aquele convite. Com certeza o delegado já tinha conhecimento dos seus bons trabalhos.

E ali saíram os 4 em direção à cadeia pública de Mossoró. E quando o cabo Catôta se achou seguro dentro do prédio do presídio, olhou para o valentão e lhe disse:

- Teje preso, seu elemento!!

Minhas Simples Histórias

Se você não gostou da minha historinha não diga a ninguém, deixa-me pegar outro.

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O cantor João Mossoró fará show AMANHÃ, 02 de janeiro de 2016, no Rio de Janeiro


O cantor João Mossoró fará show amanhã, 02 de janeiro no Rio de Janeiro, no bairro Benfica, no"Mercadão Cadeg".
Uma festa portuguesa,  no "Cantinho das Concertinas".



Será uma festa bastante animada, quando o artista cantará as mais lindas canções.

Você que mora no Rio de Janeiro prestigie o artista, participando do seu show.

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LAMPIÃO O CANGAÇO E SEUS SEGREDOS


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José Sabino Bassetti 
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"Lampião - O Cangaço e seus Segredos".

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Não perca tempo e não deixa para depois, pois saiba que livros sobre "Cangaço" são arrebatados pelos colecionadores, e você poderá ficar sem este. Adquira já o seu.

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FIM DO CANGAÇO: AS ENTREGAS

 Autor Luiz Ruben F. de A. Bonfim

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MENTIRAS E MISTÉRIO DE ANGICO

https://www.youtube.com/watch?v=NTXy2ynWFHE

Publicado em 26 de mar de 2014
Documentário onde pesquisadores do cangaço falam sobre dúvidas e mistérios a respeito da vida e morte de Lampião. Também com depoimentos de remanescentes da época do cangaço.
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COMO LAMPIÃO BOTOU O RABUDO PRA CORRER E RUMOU EM DIREÇÃO AO CÉU (UM PROSEADO MATUTO)

Por Rangel Alves da Costa*

Lampião não era brincadeira não, assim começava um dos causos acerca do capitão cangaceiro entre tantos que já ouvi nas tardes de proseados sertanejos. Debaixo do pé de pau secular, amendoeira que derramava suas folhas largas pelo chão de Nossa Senhora da Conceição de Poço Redondo, velhos amigos se reuniam para falar da estiagem medonha, da coivara que quase incendeia todo o sertão, do coronel que acabou sendo chibatado pelo humilde escravizado. Mas quando o assunto era o Capitão Lampião o proseado chegava a entrar na boca da noite.

Zé Titonho era o mais sabichão, ou o mais loroteiro, como dizia o outro. E de sua matutação sempre surgia algum causo de amansar burro brabo. E foi dele que ouvi a história de como Lampião botou o rabudo pra correr e depois rumou em direção ao céu. Noutras palavras, quando Lampião renegou o caldeirão fervente e preferiu se acoitar prazerosamente às sombras do paraíso celestial. E uma história pra lá da gota serena de boa.

Segundo Zé Titonho, antes mesmo de morrer o Capitão Lampião já estava com destino certo. Por mais que se mostrasse devoto fervoroso de santos e anjos, por mais que sua fé fosse demonstrada a cada pausa na luta, por mais que vivesse levando patuás, rosários e rezas escritas em papel, ainda assim sua destinação já estava decidida: ia para os quintos. As ações violentas e as brutalidades praticadas pelos seus comandados, e até por mão própria, suplantavam em muito os limites do perdão na hora de bater as botas e procurar avistar uma fresta de luz lá em riba.

O Capitão Virgulino, temeroso como era das coisas sagradas, se afligia todo ao imaginar acerca de seu destino após se despedir dessa vida. Ora, sair de um fogo eterno e entrar em outro não era boa coisa não. Sair de um suplício a cada passo e amargar a aflição eterna não era coisa pra ninguém desejar. Por isso mesmo que se aperreava todo ao se imaginar sendo jogado no coito do sofrimento ao invés do repouso dos justos. Mesmo de fé abnegada, sabia que seus pecados já haviam chegado ao conhecimento do rabudo. E certamente este o esperava para o devido trato.

A não ser a Maria Bonita, a ninguém mais confessava suas preocupações. E também nunca espalhou o que planejava acaso não tivesse mesmo jeito. Ou seja, o que imaginava fazer quando fosse jogado perante os portais do fogo e do contínuo sofrimento. Mas tinha uma estratégia pronta para quando se deparasse com tal situação. Jurava a si mesmo se o rabudo não iria se arrepender em querer jogar no tacho ardente um homem como ele, católico, religioso fiel, honrado e filho de um pai maior.

E não deu outra. Quando o Capitão bateu as botas lá pelas bandas do Angico, todo o mundo da escuridão e do suplício entrou em festa. O coisa-ruim mandou abrir uma cachaça para comemorar, as fogueiras foram atiçadas, os caldeirões ficaram mais ferventes e as veredas do sofrimento devidamente renovadas. Tudo para receber o Capitão Lampião. E não demorou muito para que Caronte anunciasse a chegada do homem.

Matreiro como era, estrategista sem igual, Lampião fez toda a travessia do rio dos condenados sem demonstrar qualquer preocupação. Pelo contrário, quase fazia o feioso barqueiro perder as estribeiras e desistir de levá-lo depois de tanto fazer perguntas. Perguntava como era o chifrudo, se ele era fedorento mesmo, se por lá havia buchada, carne de bode, feijão de corda e farinha seca com rapadura. 

Assim que foi ordenado a descer, o Capitão logo avistou o coisa-feia à sua espera. Soltava tanto fogo pelas ventas que mais parecia um vulcão irrompendo. Acenou, cumprimentou sorrindo e até perguntou como o amigo suportava viver num lugar tão quente como aquele. Antes de entrar pediu licença para rezar e depois se ajoelhou. Lançou mão de um rosário, tirou uma reza do embornal, depois entoou em voz alta, quase gritando: Pai Nosso que estais no céu, santificado seja o vosso nome... Não pôde prosseguir ante o estrondo que ouviu: Pare com isso seu desgraçado, aqui é mundo da escuridão e não o que está pensando. Era o coisa-ruim em tempo de endoidar.

Mas o pior veio depois. Lampião puxou um punhal e saiu riscando cruzes por todo lugar. Tirou uma arma da cintura e mirou no meio do rio. Caronte desabou na água fervente pra não mais subir. E ao mirar nas ventas do coisa-feia, este logo bradou: tanto faz um foguinho a mais ou a menos. Mas não esperava a saraivada de balas que recebeu. Espantado com a valentia do homem, recuou para chamar ajuda do cachorro de quatro cabeças. Mas quando retornou o canto estava mais limpo.

Vendo a coragem de Lampião, lá do alto foi-lhe concedido perdão imediato. E anjos cuidaram de levá-lo à presença do Senhor. Salvo estava, mas não sem antes ouvir umas poucas e boas. E foi assim que Zé Titonho terminou seu proseado.


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SEMPRE ACONTECE DE UM NOVO AMANHECER

Por Rangel Alves da Costa*

Mesmo as lágrimas, as dores e os sofrimentos, nada consegue impedir que as sombras da noite se esvaíam para o surgimento de um novo dia.
Porque sempre acontece de um novo amanhecer...

A vida é contínua, a existência também. Mesmo não podendo usufruir de todo o percurso, ao homem não cabe se entregar ao desalento pelo seu grão de passagem.

Porque sempre acontece de um novo amanhecer...

Tudo se afeiçoa a um pêndulo, a uma gangorra, a um varal exposto à voraz ventania. Mas é preciso saber suportar as adversidades com a certeza de que o sorriso ressurgirá.

Porque sempre acontece de um novo amanhecer...

Um amor perdido, um amor desfeito, uma desilusão amorosa, uma tristeza, uma saudade grande, um coração desalentado, tudo dói demais. Mas também tudo passageiro.

Porque sempre acontece de um novo amanhecer...

Lágrimas pelos que partiram, adeuses inesperados a quem amamos, sentimentos de perda sem fim, nada mais que uma provação na vida. E para o fortalecimento espiritual.

Porque sempre acontece de um novo amanhecer...

Sim, a conquista sonhada não veio ainda, o plano não pôde ser concretizado, as promessas deixaram de ser cumpridas. Mas tudo tem o seu tempo certo para acontecer.

Porque sempre acontece de um novo amanhecer...

A idade que passa, o espelho que não mais sorri, a feição jovial que já mostra marcas indesejadas, o enfrentamento daquilo que não se quer ter. Mas há a dádiva da existência.

Porque sempre acontece de um novo amanhecer...


Viver não é difícil, não é sofrimento, não é privação nem castigo. Viver é sentir, amar e realizar. Mostrar a si mesmo que é capaz de vencer as barreiras e semear flores e sonhos.

Porque sempre acontece de um novo amanhecer...

Sim, a vida não está sendo fácil. O passado ainda provoca marcas profundas, dolorosas, angustiantes. Mas na vida que segue não se deve fazer renascer o que atormenta.

Porque sempre acontece de um novo amanhecer...

As janelas não foram feitas para a escuridão. As portas não foram feitas para deixar a casa em penumbra. Então abra a janela, abra a porta, deixe o sol entrar e a vida acontecer.

Porque sempre acontece de um novo amanhecer...

A riqueza e a pobreza não são motivos nem para o júbilo nem para o entristecimento. O vil metal vale muito menos que uma cuia sagrada cheia de bênçãos da humildade.

Porque sempre acontece de um novo amanhecer...

O sertão está seco, esturricado, tantas vezes faminto, tantas vezes sedento. Há um menino nu e outro de pés no chão. Mas Deus nada retira sem prover a vida de felicidade.

Porque sempre acontece de um novo amanhecer...

Há uma tristeza no olhar, há uma tristeza na face, há uma tristeza no passo. Apenas o reflexo de um instante, pois a vida num Eclesiastes de conquistas após as dificuldades.

Porque sempre há um novo amanhecer...

Drummond certa feita escreveu: “Vamos, não chores... A infância está perdida. A mocidade está perdida. Mas a vida não se perdeu...”. Tudo passa, mas o coração continua.

Porque sempre há um novo amanhecer...

Hoje caneco de estanho e amanhã taça dourada. Hoje água em moringa e amanhã jarra na geladeira. Hoje tripa com farinha e amanhã a fartura sobre a mesa. A vida, a vida.

Porque há sempre um novo amanhecer...

Não me conformo com nada. Vou atrás do perdido e o transformo em conquista. Porque aprendi lutar quando todos já se entregavam à escravidão. E daí toda a esperança.

E porque há sempre um novo amanhecer...
Feliz 2016!

Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com

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