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domingo, 1 de janeiro de 2012

COMUNICADO Cariri Cangaço

Por: Manoel Severo

Queridos amigos da família Cariri Cangaço,

Na oportunidade em que lhes cumprimentamos, servimo-nos desta para informar lamentavelmente, que a esposa do estimado Conselheiro,
Aderbal Nogueira, a querida
Maristela, apresentou quadro preocupante de saúde, na madrugada desse dia 01 de janeiro. Tendo sido conduzida ao Hospital da Unimed, em Fortaleza, onde permanece internada.
Seu quadro inspira cuidados, entretanto, aguardamos um dignóstico mais preciso, que deverá ser emitido até a manhã desta segunda-feira.

Peço humildemente a todos os amigos da família Cariri Cangaço que possam se unir em oração pelo pronto reestabelecimento de nossa querida Maristela e pela força e tranquilidade de nosso irmão Aderbal.
Respeitosamente,

Manoel Severo
Enviado pelo amigo Manoel Severo do Blog Cariri Cangaço 

Independente do texto acima

O Cariri Cangaço firmou-se no cenário de estudos históricos

Por: Carlos Elydio
Queridos amigos, o prazer sempre é nosso em confraternizar nesta Festa, como bem chamamos o Cariri Cangaço. Eu, pessoalmente, sinto-me privilegiado em ver como meu pai; Antônio Amaury; remoça ao participar deste evento, que ele classifica como o melhor e mais bem organizado de todos quanto ele já participou. Verificar a continuidade do mesmo evento é ainda mais empolgante, posto que sabemos bem das dficuldades em manter um nível ótimo naquilo que começa bem.
Mas, oservações pessoais à parte. Uma pena que, na avaliação "a quente" ;como chamamos em Terapia Comunitária àquelas que são feitas imediatamente após a finalização de um determinado evento; eu não contasse com caneta e papel para anotar tudo o quanto eu gostaria de ressaltar e sugerir. Espero minimizar minha falha. Por afinidade nas opiniões, eu e meu pai fazemos estas observações em uníssono. O III Cariri Cangaço serviu a todos quanto participaram do evento, especialmente os veteranos, para mostrar que a empreitada firmou-se no cenário de estudos históricos, com uma qualidade digna dos maiores louvores, em todos os seus aspectos. Em todos os aspectos pode-se perceber uma melhora sensível quanto à qualidade do que nos foi ofertado.
Desde a convocatória recebida por nós, a organização já mostrou-se  muito superior aos anos anteriores, permitindo assim que pudessemos dispor de nossos tempos com tranquilidade e segurança com relação a toda a logística de transporte, hospedagem, programação a ser seguida e participações solicitadas. A capacidade impar de nossos anfitriões em zelar pelas boas vindas desde o início ao fim, denotam a presença de espíritos côncios quanto aos compromissos firmados. Isto por si só já provoca nos participantes o desejo de uma contrapartida à altura.

Lily, Ivanildo, Amaury e Carlos
A hospedagem, transporte, alimentação e orientação, bem como os locais nos quais ocorreram o evento, além da qualificação dos palestrantes convidados, da equipe de apoio ligada diretamente ao evento, bem como as equipes locais, mostram-se cada vez mais harmoniozas e operando em alinho com as diretrizes propostas. Apesar da programação extensa, concatenada sob uma grade de horários pode nos parecer extenuante na avaliação de muitos. Porém, faço notar que, se falha houve neste aspecto, em muito se deve à heterogeneidade na composição do grupo, quer quanto às pessoais expectativas quanto ao compromisso no que concerne à obediência aos horários e ao convívio em grupo dos próprios participantes.

A programação proposta pelos organizadores só nos faz lembrar o valor do tempo, uma vez que convenhamos, um evento de 5 a 6 dias deve ser priorizado, em virtude dos gastos e do empenho implicados por todos para, destes tiramos os melhores proveitos.
Quanto às participações da assistência, estas deveriam ser mais focadas e, para tal, a sugestão feita de que as mesmas sejam encaminhadas aos expositores de forma escrita, evitaria o mal uso do tempo com "palestras" ou discursos alongados, ou mesmo podendo serem analisadas e pesadas sob um crivo que venha a impedir a desvirtuação do enfoque proposto originalmente. Novamente o proveito do tempo demandará um empenho da parte dos participantes.

Amaury, Aderbal e Sabino Bassetti, no debate "Angico"
Falando ainda da participação da assistência, é notória a pouca participação do público universitário. Tal sintoma pode indicar uma série de causas que podem ser atribuídas à ambas as partes. Por parte do Evento sabemos dos convites reiterados às Universidades. O que será que acontece na outra ponta?? Um desinteresse pela temática? A desvalorização das fontes primárias de dados? A dificuldade de deixar o discurso hermético e aproximação com a comunidade? Dificuldade em comungar dos horários propostos pelo evento? Enfim... São questões que só a outra parte pode responder. Faço notar, porém que, no evento também se produz saberes, ainda que estes não sigam os padrões propostos pelo hermetismo acadêmico.

Imagens do momento de Lançamento da minisérie "Sedição de Juazeiro"
A despeito disto, o III Cariri Cangaço mostrou-se palco para lançamentos de livros e filmes relativos às temáticas correlatas, sendo notável e digna de nota os presentes que nos foram conferidos por palestras como a ligada à Delmiro Gouveia e ao Major José Inácio do Barro, tanto pela alta qualificação do material exposto como pelo ineditismo de algumas colocações feitas. Os palestrantes merecem todo nosso louvor e respeito! Porém, sem colocarmos hierarquia de importância, a nosso ver, a pré-estréia do filme/documentário "A Sedição de Juazeiro", foi qualquer coisa de emocionante pela qualidade do trabalho apresentado, superando EM MUITO as expectativas de todos nós pela qualidade técnica, especialmente no que se refere ao levantamento histórico dos dados trabalhados e expostos. Abre-se aí mais um meio para a discussão dos temas ligados ao evento, assim como o foi a palestra de encerramento, pessoalmente, muito nos emocionou ao trazer a música para a mesa de debates.

Amaury, Carlos, Severo e o trabalho fenomenal de Voldi Ribeiro
Não podemos deixar de ressatar  o presente que o amigo Voldi Ribeiro, pesquisador de Paulo Afonso, muito generosamente nos deu, com sua cuidadosa e meritosa apresentação do Batistério de Maria Bonita. Realmente ele foi de extremado cuidado nas suas colocações e merece, sem sombra de dúvidas, citação de destaque!
Ainda sobre o Cariri Cangaço; o crescimento do evento e a participação de novos membros de todo o território nacional, interessados nas temáticas abordadas, com a consequente criação do Conselho (e a possibilidade de delegações de responsabilidades bem como a possibilidade de troca de opiniões e sugestões para melhoria do mesmo), apontam para uma incrementação do evento nas edições seguintes, para ganho de todos os implicados, bem como dos municípios participantes em termos de projeção nacional. Denotando a capacidade empreendedora e administrativa do nosso curador. Sentimo-nos mais brasileiros e mais orgulhosos disto a cada edição. Só nos resta agradecer!
Um grande e forte abraço meu e de meu pai ! Já com saudades dos amigos e esperando rever a todos neste ano que ora começa. Feliz 2012. 
Carlos Elydio e Antônio Amaury
Conselheiro Cariri Cangaço
Cariri Cangaço

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Hoje na História - 09 de Outubro de 2010

Por: Geraldo Maia do Nascimento

Em 12 de agosto de 1953 dava-se o assassinato em Goiana (Goiás) do jornalista Haroldo Gurgel de Oliveira, por ter feito oposição ao governo do Sr. Pedro Ludovico, através de criticas desassombradas. Foi autor do crime, que abalou todo o país, cometendo-se perversamente a tiros na praça pública, numa manhã domingueira, um comparsa da política desregrada daquele governante, de nome José de Sá Morais que ao cometer o delito fugiu da cidade, somente sendo preso a 8 e outubro de 1954 na cidade de Floresta (Pernambuco), coincidentemente às 11,30 horas (mesma hora do crime em Goiânia, sete meses passados). 

Haroldo Gurgel teve seus primeiros estudos no Ginásio Santa Luzia, em Mossoró. Seu nome foi dado pela municipalidade a uma das artérias do bairro da Conceição.

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Autor:
Jornalista Geraldo Maia do Nascimento

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Por sorte, consegui sobreviver a 2011...

Por: José Cícero

Estou razoavelmente feliz. Esperei cronologicamente, segundo a segundo após a meia noite, a entrada do ano-novo. Ouvi o estourar dos fogos de artifícios, o buzinar dos carros, os gritos entusiasmados das pessoas, enfim...
Dei-me por inteiro a esta visão gregária ocidental. Etiqueta judaico-cristã que há muito tenta nos fazer pequenos escravos de uma comemoração comercial. Um momento prenhe de estranhamento que nos impulsiona a fazer contas, balanços, prestações, votos de congratulações mecânicas sem que nada disso viesse espontaneamente do coração.
Expediente quase obrigatório em plena consonância com as convenções sociais que na prática, estão falidas e fossilizadas no âmbar das nauseantes emoções. Isso é, sem dúvidas, uma tragédia para o espírito humano. Justamente pelo simples fato de sermos forçosamente obrigados a nos igualar a todos os demais.
Malgrado tudo isso, direi que estou razoavelmente contente. Afinal de contas, nunca a ninguém é dado o direito de estar feliz por completo. Creio que isso seria terrível, posto que esgotaria em nós a sensação da expectativa. Ou seja, nos tornariam ainda mais acomodados e passivos diante do elo perdido da felicidade. Visto que, por outro lado, nos tiraria o desejo da busca, a crença na sorte. A chamariz de estarmos quase sempre de olhos postos na possibilidade do porvir. Algumas das muitas amenidades desta vida ingênua que em geral, nos é enfadonha demais para que possamos suportá-las sem maiores traumas e decepções quase padronizadas.
Por esta razão, digo que sou um sobrevivente de 2011. Um ano assaz draconiano. Um dragão de muitas faces e muitas garras. Um ano devorador de esperanças e sentimentos altissonantes. A besta-fera do milênio. Um ano que ao meu juízo durou muito mais que todos os outros... Porém o suficiente para se acabar. Portanto, muito mais que o necessário. Mas a duras penas, sobrevivi a ele, como um heróico e moribundo soldado que milagrosamente saíra sã e salvo de uma guerra suja, cruel, sanguinária e fratricida.
Muito mais que a simples luta pela sobrevivência, tendo eu que matar um leão feroz a cada dia. De modo que me recuso terminantemente a participar do banquete dos falsos deuses. Aninhados pelos profetas do apocalipse. Aquilo que o velho Gramsci uma vez denominou de ‘o Júbilo coletivo obrigatório’. 
Acordei tarde pelas 10 h. Uma bela manhã de sol tropical. 2012 agora me é muito mais que uma mera e nova promessa que firmo com mim mesmo. Ao abrir meus olhos, sinto e vejo que grandes desafios se acumulam diante de mim como se fossem altas muralhas medievais entrepostas entre o meu ser e o azimute que visualizo ultrapassar a partir deste instante inovador. Mistérios e fantasmas me aguardam. Eis aí o meu eterno devir! Tudo a partir de então, é muito mais que uma longa e interminável caminhada. Uma aventura que julgo sem nenhum precedente.
Estou pronto para uma nova guerra. Tenho que vestir de novo esta tremenda e pesada armadura que herdei dos que partiram ante de mim. Serei, desde estão, um novo Dom Quixote a seguir seu destino - Dulcinéia e Sancho Pança não estão comigo. Que me perdoe o velho Miguel de Cervantes, mas o mundo e a vida agora em 2012, como dizem: "são outros quinhentos".
Não espero nada de muito novo neste ano que adentrou a minha vida sem sequer pedir licença. Posto que todo ano em essência, não passa de uma abstração criada pelo gênero humano. Alguns ansiando o poder e o ócio encheu-se de escravos a sua volta. Outros, por incrível que pareça, querendo sê-los impreterivelmente a qualquer custo. Assim é que sinto ódio e medo desta infeliz cronologia dos anos que, vez por outra, bate a minha porta mendigando uma celebração a que se convencionou chamá-la de ano-novo. Penso que este relógio cronológico é a caveira da nossa própria história. E eu não quero ser o seu coveiro. Quero sim, me renovar por dentro e a partir de então, sentir um ano verdadeiramente novo o suficiente para me fazer grande diante da sorte.
Preciso agora, a todo custo, lutar com todas as minhas forças contra os inimigos naturais da vida e do mundo. Necessito tal qual uma pulsão de quase morte, sobreviver a partir de agora a 2012 porque todo o resto me causa asco, ojeriza e me embrulha o próprio estômago.
Afinal de contas, não tenho tanta bílis para outras besteiras, além do fisiologismo comportamental desta sociedade maquiada demais para o meu senso prático. Deste ambiente soturno marcada pelo mau-gosto, o faz-de-conta e a mentira. Estou cheio de tudo isso. Estou farto de tantos anos velhos, simplesmente porque as pessoas não mudam o suficientemente necessário, tampouco se renovam. Não conseguem sair nem se desvencilhar da mesmice nem do lugar-comum.
Estou, por assim dizer, encharcado de tanta covardia, indiferença e passivida dos que me cercam. 2012 precisa se transformar de vez, numa trincheira de luta em favor da construção efetiva de um mundo novo, justo e coletivo.
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José Cícero
Secretário de Cultura
Aurora-CE.

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OS NÚMEROS DO TOK DE HISTÓRIA EM 2011

By Rostand Medeiros
Photo

Os duendes de estatísticas do WordPress.com prepararam um relatório para o ano de 2011 deste blog.
Aqui está um resumo:
A sala de concertos da Ópera de Sydney tem uma capacidade de 2.700 pessoas. Este blog foi visitado cerca de 54.000 vezes em 2011. Se fosse a sala de concertos, eram precisos 20 concertos egostados para sentar essas pessoas todas.
Extraído do blog Tok de História do historiógrafo Rostand Medeiros

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BRIGAS DE CASAIS (Crônica)

 Rangel Alves da Costa*
Rangel Alves da Costa

BRIGAS DE CASAIS

Aqui onde de vez em quando me escondo pra escrever, pois tem chuva o ano inteiro, nunca fez sol nem tem noite estrelada, apenas chuva de solidão e entrestecimento e mais chuva de tudo e de todo jeito, acontece cada uma que não sei nem mais o que dizer sobre os casais, seus desencontros e suas tantas juras de amor.
Como aqui parece sempre estar de noite chuvosa, e as revoltas e desacertos dos casais geralmente acontecem mais nesse horário, quase todas as vezes que boto o olho na rua vejo cenas impressionantes. Do prédio que fica em frente, bem alto, de muitos andares, o que se ouve é a barulhada de copos sendo jogados, palavrões mais esdrúxulos, cadeiras arremessadas, tiros sendo disparados, a bala zunindo a torto e a direita.
Ontem mesmo, depois de uma acirrada discussão, um recém-casado jogou a mulher do décimo segundo andar. A danada levantou rapidamente ao cair em baixo, ajeitou os cabelos e as roupas e subiu correndo para o apartamento. Novos gritos e dessa vez foi o marido que se esborrachou no chão, empurrado que foi numa violência terrível.
Porém fez o mesmo que ela, e de repente os dois já estavam destruindo a janela, e se engalfinhando, trocando socos e pontapés, arremessando facas e facões, ligando furadeiras elétricas e indo em direção ao olho do outro. Quando vi os dois já vinham, ainda trocando violências e palavrões, pelo ar em queda livre. Foi um baque terrificante. Pensei que dessa vez não haveria salvação, que morreriam, mas não.
Ela subiu toda faceira, como quem planejava alguma coisa, e ele ficou embaixo pra evitar mais confusão. Mas de repente a jovem aparece no vão aberto da janela empurrando um piano enorme, e jogou-o certeira e raivosamente em cima do marido. Ouvi notas musicais de dor, uma melodia agonizante de adeus e não consegui mais vê-lo por algum instante. E não seria diferente, pois o dito foi acertado bem em cheio e o piano ficou por cima.
De um sopapo, o moço tirou o instrumento musical de cima de si, ajeitou o cabelo e saiu correndo fumaçando, subindo as escadas em direção ao andar onde morava, e ali sua esposa certamente o estava esperando para liquidar de vez. Não durou muito e ouço mais de vinte disparos, estampidos ensurdecedores, e todos disparados contra a esposa, sem errar nenhum. Vi apenas quando ele jogou duas armas da janela e depois desceu todo contente e cantarolando.
Contudo, não caminhou muito e foi chamado pela mulher, que apareceu na janela gritando que esperasse um pouco que ela iria sair com ele para jantarem fora, e que esperasse somente um pouquinho enquanto ela procurava o guarda-chuva e retocava a maquiagem. E o rapaz esperou mesmo, todo ansioso, olhando de vez em quando para o relógio. E assim que ela desceu toda arrumada, foi naquela direção, deu um beijo no esposo e saíram de mãos dadas, no maior amor.
As situações descritas acima logicamente não são verdadeiras, mas tirando as proporções, as mesmas podem ser observadas todos os dias entre casais, desde os mais jovens aos que já convivem ou se suportam por mais tempo. Longe da jura de amor eterna proferida diante do padre, o que se tem realmente são pessoas que esconderam seus impulsos, seus anseios e desejos pessoais até a hora do sim, para depois se acharem no direito de tornar posse e mando aquilo que deveria ser compartilhamento.
Ora, é incabível que um conhecendo o outro - até porque na nossa cultura nunca vi estranhos casarem -, já sabendo dos gostos e opções, conhecendo as virtudes e os defeitos, mais tarde, depois do casamento, queira fingir que não lembra mais como o outro era e queira impor determinada situação. Mulheres existem que querem impedir que os maridos bebam; esposos existem que pretendem forçar as esposas a deixarem amizades e hábitos já conhecidos. E por aí vão verdadeiros absurdos.
Como já acontece em outros países, até que caberia no Brasil contrato de experiência antes do casamento. Ora, já que se amam tanto, demonstram viver às mil maravilhas, sem brigas nem aborrecimentos, então que tais aspectos sejam comprovados durante um certo tempo. Creio que em muitas situações nem precisará ser confirmado o contrato, vez que a união superou as incertezas.
Se houver dúvida e as verdades escondidas começarem a surgir, então se rasga o papel do relacionamento e pronto. E que cada um vá viver sua vida, antes que transforme a convivência a dois na situação acima descrita.
Rangel Alves da Costa 
Poeta e cronista
e-mail: rangel_adv1@hotmail.com
blograngel-sertao.blogspot.com

Lampião e o Cangaço no imaginário artistico

Estas caricaturas foram feitas sob encomenda para a Microsoft e são parte de uma campanha interna para a àrea comercial, uma com o tema "praia" e outra "sertão". educaricaturas.blogspot.com - jeduartesp@gmail.com
Nos surpreendemos com o incrível volume de peças, artefatos, utensílios, artesanatos, pinturas, desenhos, caricaturas, obras de arte, obras sem muita arte, enfim; tendo como personagem principal o cangaço. Em nosso dia a dia, por onde andamos, por onde passamos, nas mais variadas coisas que observamos, lá está a figura do "chapéu de aba virada" com seus símblos imortais da estrela de seis pontas, trevos, pingentes, etc. Realmente é incrível perceber a grande influência do tema em nossa cultura e arte.
Pintura com aerografia de amigos improváveis comemorando alguma coisa...Seja bem-vindo ao clube! educaricaturas.blogspot.com jeduartesp@gmail.com
As duas peças de porcelana branca pintada são do Ateliê Fernanda Batista.
Produção Cariri Cangaço

Cariri Cangaço

Os óculos de Lampião

Por: Betina Moura
O cangaceiro os usava para esconder a cegueira em um dos olhos
Nos primeiros dias de agosto de 1925, o bando de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião (1898-1938), fazia uma de suas muitas incursões pelo sertão pernambucano. Os cangaceiros foram surpreendidos por agentes do governo e começou um tiroteio. Um dos membros, Livino – o irmão mais novo de Lampião, foi atingido. O líder reagiu. No confronto, um soldado atirou em um cacto e a bala da escopeta fez com que um espinho fosse parar no olho direito de Lampião.
Livino acabou morrendo. Lampião, levado à cidade de Triunfo, perto do campo de batalha, foi atendido por um médico que retirou o espinho, mas não conseguiu salvar o olho do cangaceiro. Resultado: ele ficou cego de um olho. “O bom humor o impedia de esconder o problema, e ele brincava dizendo que não adiantava nada ter dois olhos, pois é preciso fechar um deles para atirar”,
diz o pesquisador Antonio Amaury Correa de Araújo, autor de dez livros sobre a história do cangaço. O incidente transformou o cangaceiro em canhoto – ao menos na hora de atirar, mas não atrapalhou sua fama de justiceiro. E o levou a usar óculos até o fim da vida. “Os óculos, que aparecem em quase todas as fotos, escondiam a deficiência de quem não a conhecia e protegiam os olhos do sol escaldante do sertão”, diz Antonio. Há notícia de pelo menos três óculos diferentes – sobre um deles há a história, nunca confirmada, de que os aros eram de ouro.
Dois dos óculos de Lampião, simples, redondos, de aro comum, foram deixados por ele nas casas de pessoas que o abrigaram durante o chamado “ciclo de Pernambuco”, antes de os cangaceiros cruzarem o rio São Francisco em direção à Bahia, em agosto de 1928. Há cerca de oito anos foram doados por essas pessoas à Casa de Cultura de Serra Talhada, em Pernambuco, onde se encontram até hoje.
Sobre os óculos que usava quando morreu, tudo indica que foram entregues para a polícia de Alagoas, que expôs as cabeças dos cangaceiros mortos após dizimar o grupo de Lampião numa emboscada na gruta do Angico, em Poço Redondo, Sergipe. No ataque-supresa, 11 cangaceiros foram mortos – entre eles, Lampião e sua mulher, Maria Bonita.
A própria polícia promoveu a rapinagem do tesouro do bando. Ficaram com eles jóias, dinheiro, perfumes e tudo o mais que tivesse valor – inclusive os óculos.
Extraído do blog: "História Licenciatura"

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