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quarta-feira, 16 de julho de 2014

Foto de Luiz Nogueira - Fazenda Serra Vermelha


Foto de Luiz Nogueira - Fazenda Serra Vermelha 1950, Filho de Zé Nogueira - Cunhado de Zé Saturnino e inimigo de Lampião. 

Foto facebook - página Leandro Oliveira

Esta foto foi pintada por um artista desconhecido na Vila de Serrinha, a 45 km de Serra Talhada. 


Ao seu lado encontra-se sua Esposa Bernadina Mariano de Siqueira, nascida na Vila de São Francisco, hoje sob as águas da Barragem de Serrinha.

Fonte: facebook
Página: Robson Nogueira

Ilustrado por José Mendes Pereira

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A Cor de Lampeão... Um caso.

Por Rubens Antonio

Me contaram, no interior da Bahia, um caso.

Um cangaceiro olhou para Lampeão e perguntou:


- Capitão... O senhor é tão bom no que faz... Por que essa vida assim? O senhor seria facilmente aceito na polícia... E seria oficial mesmo deles.


Lampeão pensou um pouco e disse:

- Acontece que se, algum dia, um oficial preto mais graduado me desse ordem... eu teria que obedecer... E preto eu não obedeço.

Após alguns instantes, o cangaceiro perguntou:

- Capitão... Com todo o respeito... O senhor não é preto?

Nisso, Ezequiel se adiantou e retrucou:


- Tá chamando meu irmão de preto, seu cabra safado? Meu irmão não é preto! Meu irmão é... cor de jambo.

Lampeão olhou Ezequiel de lado com o cenho franzido e sorriso seguro nos lábios.

- Tu tá tá me chamando de baitola, peste? Cor de jambo é cor de viado! Eu sou é preto mesmo, porque preto é que é cor de macho!

Pois é...
Fonte: facebook
Página: Rubens Antonio

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LAMPIÃO ESTEVE MESMO EM TERRAS BAIANAS DO ALTO SÃO FRANCISCO?

“Diário da Tarde” – 04/08/1933 - o reaparecimento da fera

Lampião voltou à cena, depois de alguns meses de repouso. Surgiu na zona do alto São Francisco, lá onde a Bahia se encontra com as terras de Minas Gerais.

Desta feita, dizem os jornais baianos, o facínora não se limitou a saquear propriedades, assassinar e desonrar.



Foi além e agiu à maneira dos gangsters americanos que sequestram pessoas de recursos para arrancar-lhes elevados tributos em troca da liberdade.

Depois dizem outras notícias, atravessou o São Francisco e internou-se nos sertões de Pernambuco.

Rio São Francisco 

Volta, assim, com Lampião, o desassossego, o alarma a todo o vasto hinterland nordestino, onde a vigilância do grande Estado baiano não pode ser eficiente e existem numerosos refúgios ignorados para os períodos de férias do famigerado malfeitor.

Devemos, neste particular, corrigir um aleive que as informações de procedência baiana sempre arrogam a Sergipe e ainda agora o repetem.

No prazo de vários meses em que Lampião estava ignorado e inerte, o seu pouso não foi em Sergipe, como maldosamente afirmam telegramas de Bahia para a imprensa do Rio.

Há três anos que o bando sinistro de Virgulino Ferreira não encontra meio de operar em território sergipano, graças às medidas de vigilância e repressão que o governo tem mantido atentamente, embora com sacrifícios.

Era por lá mesmo, pelo deserto baiano que ele hibernava, aguardando momento oportuno para reingressar na sua trágica atividade.

Fonte: facebook

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Quem mandou matar a cangaceira Rosinha de Mariano?

Por José Mendes Pereira
Maurício Alves

O amigo Maurício Alves em sua página no facebook, fez as seguintes perguntas: "- Bom dia caros amigos: Essa mulher na foto é a cangaceira Rosinha? Alguém sabe se ela foi realmente morta a mando de Lampião?".


Que bom que estas perguntas fossem respondidas por algum escritor ou pesquisador das caatingas do nordeste brasileiro. Mas como ainda ninguém as respondeu, respondo ao amigo Maurício Alves de acordo com o que eu li no livro do Alcino Alves Costa. Não  estou querendo ser o sábio no que diz respeito a cangaço. Apenas no intuito de aprender mais sobre a Rosinha.

 Alcino Alves Costa

Segundo o escritor Alcino Alves Costa no seu livro "Lampião Além da Versão - Mentiras e Mistérios de Angico", Rosinha de Mariano foi assassinada por ordem de Lampião.

 O cangaceiro Mariano - companheiro da Rosinha

Quando o seu companheiro Mariano foi assassinado, ela pediu que Lampião a deixasse ir fazer uma visita aos seus familiares. Lampião não queria aceitar a sua visita aos familiares, mas como ela era a viúva do seu grande amigo das antigas, o qual ele teve muito respeito e consideração quando vivo, autorizou que ela fosse visitar os seus parentes, mas numa condição: voltar ao coito o mais rápido possível. Mas a felicidade no meio dos parentes fez com que a Rosinha esquecesse de voltar ao coito, para obedecer às ordens do poderoso chefão.

O rei Lampião

Lampião temendo que ela fosse presa pelos policiais, e entregasse aos mesmos o local onde eles estavam com barracas armadas, ordenou a sua morte. E isto foi feito por alguns cangaceiros. Afinal, ordem de rei é de rei! 

Sálvio Siqueira disse: 


Amigo Maurício Alves, esta que aparece na foto do tópico, é identificada como Rosinha, companheira de Mariano. Acima segue uma foto com Áurea, companheira de Manoel Moreno, e Rosinha de Mariano, grávida. Foto do fazendeiro Júlio de Freitas Machado.


Se você ainda não tem o livro: "Lampião Além da Versão - Mentiras e Mistérios de Angico", escrito por Alcino Alves Costa, entre em contato com Rangel Alves da Costa através deste e-mail. 
rangel_adv1@hotmail.com

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JOÃO MARIA DE CARVALHO, CORONEL DA SERRA NEGRA

Por Rangel Alves da Costa*

Quem passa em Poço Redondo em direção a Canindé do São Francisco, entrecorta uma extensa avenida cujo nome homenageia um ilustre personagem que não é sergipano nem do lugar, porém de importância histórica fundamental em toda a região sertaneja da Bahia e de Sergipe. Homenageia-se João Maria de Carvalho, senhor absoluto das terras da Serra Negra (hoje Pedro Alexandre) e região e com influência determinante além daquelas fronteiras, adentrando na região poço-redondense e todo aquele semiárido.

Talvez os mais novos sequer conheçam a história e a trajetória daquele homenageado na segunda avenida mais importante de seu rincão. Os mais velhos, contudo, certamente já ouviram falar nos profundos laços que ligavam o afamado baiano, homem de poder e mando, ao sertão sergipano. O seu filho Heraldo de Carvalho e seu sobrinho Evaldo de Carvalho, ambos políticos e prefeitos de seu município em várias gestões, também possuíam fortes ligações afetivas com Poço Redondo e Canindé do São Francisco, onde tinham muitos amigos e não perdiam vaquejadas nem festança da padroeira.

João Maria nasceu por volta de 1890, numa família de grande prole, nada menos que catorze filhos. Era filho de Pedro Alexandre de Carvalho e Guilhermina Maria da Conceição. Além do próprio João Maria, ainda João Batista de Carvalho, Pedro Alexandre de Carvalho Filho (Piduca), Manoel de Carvalho Santos (Santinho), João Pedro de Carvalho (Ioiô), José Pedro de Carvalho, Liberato de Carvalho, Joana Angélica de Carvalho, Zabelinha de Carvalho, Maria de Carvalho, Nanan de Carvalho, Adelina de Carvalho, Josefina de Carvalho e Esmeralda de Carvalho.


Ao lado dos coronéis João Gonçalves de Sá, da região de Jeremoabo, e Petronilo de Alcântara Reis, o sempre temido e respeitado Coronel Petro, João Maria de Carvalho se impôs com maestria, domínio e autoridade não só na região de Serra Negra como em outras localidades além fronteiras. Ora, senhor de muitas terras na Bahia e também no sertão sergipano, sem falar na influência política que mantinha em ambos os lados. Pôs a mão não só nas terras como na vida daquelas regiões, eis que não havia um só dia que não chegasse um sertanejo pedindo ajuda para sobreviver, proteção política ou por medo das perseguições das autoridades, da polícia ou de inimigos comuns.


Alcino Alves Costa, no livro O Sertão de Lampião, relata que os perseguidos por Leandro Maciel não pensavam duas vezes senão correr para a proteção do coronel baiano. E afirma: “Ali (na Serra Negra), naquela ocasião, estavam homiziados os homens mais valentes do PSD de Sergipe: Zeca da Barra, Tonho Pequeno, Pititó, Josafá e os ‘Ceará’, destemidos políticos de Ribeirópolis e da Cruz do Cavalcanti. Todos eles escorraçados do vizinho Estado pela polícia e jagunços da UDN de Leandro Maciel”. E até mesmo os governantes de Sergipe respeitavam a autoridade do poderoso vizinho, ainda que o acusasse de protetor da bandidagem e renegados.

Alguns afirmam sua feição de senhor de feudo e jagunço, outros asseveram ter sido apenas um poderoso sertanejo que soube como nenhum outro costurar na mesma colcha pessoas e situações antagônicas. Com efeito, em João Maria de Carvalho não há como se deixar de reconhecer sua maestria no trato do imprevisível e do oposto. Lidava com o tenente Zé Rufino, aquartelado na Serra Negra na caça de cangaceiros; era irmão de Liberato de Carvalho, o comandante da polícia baiana enviado especialmente para dizimar o cangaço e seu líder. Mas dava proteção a cangaceiros e ex-cangaceiros, perseguidos  e todos aqueles que batessem à sua porta como oprimido ou injustiçado.


Após o trágico episódio de Canindé, quando o cangaceiro Zé Baiano deixou os rostos de três mocinhas marcados com ferro em brasa, Lampião foi buscar sossego numa propriedade de suas propriedades. Diante da repercussão do fato, sabia que a polícia logo estaria no seu encalço e também que não havia lugar melhor para se acoitar senão sob os auspícios do poderoso baiano. E também porque sabia que um dos comandantes da perseguição seria justamente Liberato de Carvalho, irmão de seu protetor.

Verdade é que mesmo sendo irmão de Liberato de Carvalho, tenaz caçador daqueles que não hesitava em proteger, João Maria, como líder maior da região, exigia respeito de quem se arvorasse de comando e não admitia qualquer tipo de ameaça. Não permitia que suas propriedades fossem invadidas a bel-prazer da polícia nem que seus protegidos fossem importunados. Talvez daí a assertiva de alguns de que mantinha um exército de jagunços nas suas fazendas, tanto na Bahia como em Sergipe.

Para se ter uma ideia de seu poderio e mando além fronteiras, somente em Poço Redondo chegou a possuir nada menos que dez fazendas: Santo Antônio, Poço do Mulungu, Riacho Largo, Jurema, Recurso, Propriá, Exu, Pia da Barriguda,  São Clemente, Paraíso e Pindoba (em Canindé). O seu irmão Piduca era outro fazendeiro de renome na região, pois de sua propriedade eram as fazendas Queimada Grande, Santa Maria, Bate Lata, Caibreiro, Lagoa da Onça, Riacho Largo e Barraca dos Negros. Significa dizer que grande parte das terras de Poço Redondo pertencia aos filhos de Pedro Alexandre.

De sua Serra Negra enviava ordens, dava instruções, recebia missivas de governantes. Servindo também como conselheiro, não era raro que as decisões políticas importantes somente fossem tomadas após o seu parecer ou aval. Mesmo sendo amigo do poder, de onde extraía seu mando, tinha predileção especial em manter amizade e ajudar o sertanejo, fosse o matuto mais simples ou o perigoso de sangue no olho. Daí que protegeu desde Lampião ao desvalido ex-cangaceiro perseguido pela polícia.


Mesmo conhecido como tenente João Maria, não há como negar seu coronelato sertanejo. E foi nessa patente nordestina que pontuou sua caminhada até o merecido reconhecimento de hoje.

Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com

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Três cangaceiros


Fonte: facebook
Página: Capião Cangaceiro 
Foto do professor e pesquisador do cangaço  Rubens Antonio.

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Anel encontrado no dedo de Lampião quando foi assassinado em Angico

Este anel foi feito em Itabaiana no Estado de Sergipe, por Antônio Teixeira Lobo, ou melhor "Toinho ourives" a pedido de Etelvino Mendonça. Ele estava no dedo de Lampião na hora de sua morte.

"A canção serve também para Joãzinho Retratista, meu tio-avô, figura hilária que eu tive enorme prazer de conhecer quando criança. Todavia, meu avô era Antônio Lobo, que tinha uma relojoaria vizinha a de Joãozinho (parede com parede, muro baixinho entre as duas).  Os dois cultivavam carambolas no quintal dos seus estabelecimentos comerciais, e eram ourives.

A máquina de Coca-cola ficou pouco tempo numa loja-galeria que foi instalada onde era a loja de meu avô Toinho. Hoje a loja que tinha a máquina já é outra. Os dois velhos brigavam muito e as brigas eram engraçadíssimas.  

Nos dedos de Lampião, a mão direita tem três anéis. Será um deles?

Meu avô Toinho fez um anel para Lampião com as iniciais CVL (Coronel Virgolino Lampião). Quem encomendou pessoalmente foi Corisco (pouca gente sabe disso). Disseram-me que esse anel está no Museu do Cangaço.

Isso tudo merece outra música, que pretendo fazer com o parceiro Heitorzinho. Com ele fica mais fácil e a música sempre fica mais bonita. O bicho é excelente compositor (sou fã), mesmo ele tendo a aparência de homem das cavernas. Obrigado ao Robério Santos, e a toda a turminha de Itabaiana, lembrança a todos os Lobos, especialmente ao meu primo Ivan, grande músico já falecido, neto de Joãzinho. Eu e Ivan começamos a aprender violão juntos, em Itabaiana. Um abraço em todos." Gilton Lobo

Fonte: facebook
Página: Robério Santos

Ilustrado por José Mendes Pereira

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Serra Talhada convida !




Dia 25 de Julho na semana do cangaço estarei partindo para o sertão do Pajeú, terra que Virgolino nasceu, para assistir esse grande evento. Viva Lampião e viva o nordeste!!!

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Certidão de Nascimento de Virgolino Ferreira da Silva, o Lampião


ADENDO: http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Na "Certidão de Nascimento de Lampião" está registrado que ele nasceu no dia 7 de Julho de 1897, e o nome Virgolino é escrito com "O", e não com "U". 


O escritor João de Sousa Lima já afirmava que realmente o nome de Virgolino, o cangaceiro Lampião é mesmo escrito com "O" e não com "U".

Não importa que exista Virgulino com "U", que depende como foi registrado em cartório, e sabemos que existem pessoas que seus sobrenomes "Sousa" são escritos com "S" e com "Z", Antônio com acento, Antonio sem acento, Manoel escrito com "O", Manuel escrito com "U"... Mas o nosso cangaceiro Virgolino o seu nome é escrito com "O".


Vamos escrever de hoje em diante o nome do cangaceiro do nordeste brasileiro Virgolino Ferreira da Silva com "O" e não com "U". Não há mais dúvida, o cartório registrou Virgolino com "O". Se a igreja fez seu batistério com "U", mas o que vale é o Registro do cartório.

Fonte: facebook
Página: Robério SantosLampião, Cangaço e Nordeste


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