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domingo, 24 de janeiro de 2016

DOIS LIVROS DO ESCRITOR LUIZ RUBEN BONFIM

Autor Luiz Ruben Bonfim
  
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Luiz Ruben F. de A. Bonfim
Economista e Turismólogo
Pesquisador do Cangaço e Ferrovia

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O MAIS NOVO LIVRO SOBRE O CANGACEIRO JARARACA

Por Marcílio Lima Falcão

Sinopse - Jararaca - Memória e esquecimento nas narrativas sobre um cangaceiro de Lampião em Mossoró - Marcílio Lima Falcão.

Jararaca: Memória e esquecimento nas narrativas sobre um cangaceiro de Lampião em Mossoró historiciza a construção das memórias sobre a santificação do cangaceiro Jararaca, morto na noite de 19 de junho de 1927, no cemitério São Sebastião, em Mossoró, pela força policial que o escoltava para Natal, capital do Rio Grande do Norte. A interpretação é realizada por meio da análise da documentação dos jornais O Mossoroense, O Nordeste e O Correio do Povo, da análise de obras com narrativas a respeito da morte de Jararaca, da importância dos lugares de memória como espaços de conflito e das falas dos devotos que visitavam o túmulo de Jararaca no dia de finados. Procura-se compreender as formas de circulação, apreensão e ressignificação das memórias sobre a santificação de Jararaca.

Jararaca - Memória e esquecimento nas narrativas sobre um cangaceiro de Lampião em Mossoró - Marcílio Lima Falcão.

Autor: Marcílio Lima Falcão
Adquira logo este através deste e-mail:limafalcao34@gmail.com
Valor: R$ 
35,00 (incluso a postagem)
Banco do Brasil
Agência: 
3966-7
CC – 
5929-3
Marcílio Lima Falcão

Marcílio Lima Falcão é professor da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), mestre em História Social pela
Universidade Federal do Ceará (UFC) e atualmente faz doutorado em História Social na Universidade de São Paulo (USP).
Suas principais áreas de pesquisa são a História Social da Memória, Religiosidade e Movimentos Sociais no Brasil Republicano.

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HOMEM: O MAU SELVAGEM

Por Rangel Alves da Costa*

Os programas televisivos abordam muito sobre os animais, seus comportamentos, seus modos de ação, suas características pessoais e seus relacionamentos com outros da mesma e de outras espécies.

Geralmente mostram acerca da vida dos jacarés e crocodilos, das baleias e tubarões, das cobras e serpentes, dos peixes e dos golfinhos, dos búfalos e gnus, das raposas e hienas, dos tigres e dos leões, dentre tantos outros.

Mas há um animal de suma importância que nunca é abordado em profundidade, e por isso mesmo se tornando cada vez mais num completo desconhecido: o homem. Mas, afinal, quem é e o que faz, e como age este animal?

As opiniões divergem acerca de sua natureza. Para uns é um ser cujo progresso, ao invés de humanização, redundou em bestialização. Para outros é uma fera que jamais conseguiu conviver com os da mesma espécie. E ainda outros comungam da ideia de ser o homem uma experiência malsucedida do criador.

Raramente se encontra alguma definição sobre o homem que lhe atenue os instintos inumanos. O que se tem são pretensões fantasiosas de um ser bom por natureza, porém transformado pelo meio. O que significa a mesma visão negativa, pois é ele que faz e vai moldando o seu meio.

Coerente a máxima “Homo lupus homini”, onde Thomas Hobbes sintetiza o homem como animal de si mesmo. Ou seja, o homem é o maior inimigo do próprio homem. E a máxima coerência em tal pensamento. Na busca e na defesa de seus interesses egoísticos, o homem não tem medida.

Em toda a história e por todo lugar o homem tem se mostrado lobo do próprio homem, não só de si mesmo como de sua espécie, e sem descrever o que faz perante as outras espécies de animais. Enquanto lobo continua selvagem, perigoso, jamais confiável. E nas atitudes tomadas a comprovação de seu permanente estado de selvageria.

Por mais que se deseje proporcionar ao homem uma visão otimista, fraternal e mesmo humana, tal fato é dificultado pelos exemplos dados. Recebeu o mundo em suas mãos, granjeou a dádiva da inteligência para progredir, para transformar sua existência em algo proveitoso, mas raramente reconheceu sua potencialidade para o bem.


O mal como opção é mais que perceptível. Ademais, não se contentando em destruir, vai se esmerando na construção de armas contra sua própria vida. Neste passo a certeza maior: O egoísmo é tamanho que semeia para si mesmo a destruição. E o que esperar de um homem assim perante a vida em sociedade, perante o mundo, perante tudo?

Segundo os livros, o homem é um ser humano, da espécie animal, mamífero vertebrado, da ordem dos primatas. Afirma-o ainda como um ser racional, consciente, sobressaindo-se, pelas suas capacidades e habilidades, às demais espécies.

Mas será assim mesmo? A que serve a racionalidade humana, a consciência e o poder de descortino humano? Suas capacidades e habilidades parecem também não terem servido às boas práticas. Pelo contrário, a inteligência do homem vai evoluindo em práticas que demonstram não passar de um reles ignorante.

Não seria ignorância desconhecer o mal causado pela sua ação? Não seria ignorância persistir no erro e progredir em desacertos ainda maiores? Ignorância não é somente não conhecer, mas também desconhecer aquilo que tinha obrigação de discernir, seja porque afeta a vida ou porque reflete como mal no espelho do mundo.

Alguém já asseverou, e com fundamento, que dentre os animais o mais irracional é o homem. Ora, considerando-se a irracionalidade como ausência de raciocínio útil, como ação baseada na casualidade e sem observância das consequências, então aí se avistará o homem no seu estado mais conhecido, que é o da imperfeição.

Alguém também já assegurou ser o homem, e de longe, o mais perigoso dentre todos os animais. O bote peçonhento da cobra, o ataque mortal do felino, a abocanhada certeira do tubarão, nada disso se compara ao que o homem cotidianamente faz: apenas ferir por ferir.

Os outros animais geralmente atacam para se defender, porque tiveram seus territórios invadidos, por estarem famintos ou por se sentirem ameaçados, mas o homem não, pois age pela simples e deliberada violência, seja ela moral, psíquica, relacional ou corporal.

Afinal, quem é o verdadeiro bicho? Afirma-se ser bicho o animal irracional, daí considerar como bichos a raposa, o lobo, o urso, o falcão e tantos outros da natureza. Mas nenhum desses é, conscientemente, arrogante, intratável, falso, traiçoeiro, egoísta, vingativo e bestial. Somente o homem e seu instinto inconciliável com o mundo. Então, qual é o verdadeiro bicho?

Na selva há selvageria desenfreada, pois se usa da violência como forma instintiva de sobrevivência. Mas nada justifica que o meio social seja ainda pior, seja infinitamente mais violento e brutal. E tudo pelas mãos do homem. Daí chegar-se a uma simples conclusão: o selvagem é outro.

Poeta e cronista
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CÂMARA MUNICIPAL DE MOSSORÓ - 24 DE JANEIRO DE 2016

Por Geraldo Maia do Nascimento

Em 24 de janeiro de 1853, a exatos 163 anos, dava-se a instalação da 1ª Câmara do recém-criado município de Mossoró, sob a presidência do Padre Antônio Freire de Carvalho. 



No dia 15 de março de 1852, o povoado de Santa Luzia de Mossoró passou a categoria de Vila, através do Decreto Provincial de nº 246, sancionado pelo Dr. José Joaquim da Cunha, Presidente da Província do Rio Grande do Norte. A medida estabelecia a criação da Câmara, emancipando-se politicamente do Município do Assú, a quem pertencera até então, formando um novo Município, sendo elevada a respectiva povoação à categoria de Vila de Mossoró. No mesmo ano eram realizadas as eleições para a Câmara e Juiz de Paz.
               
Segundo Câmara Cascudo “a razão da vitória do projeto elevando Santa Luzia à Vila e fazendo surgir o novo município norte-rio-grandense deve ser procurado no plano político e não econômico. Foi um ato do Partido Conservador contra a região sabiamente pertencente ao Partido Liberal. Os eleitores, indo para Assú ou Apodi, iam votar no candidato “luzias”, como outrora eram fiéis ao Partido Sulista, nome do Liberal velho. Não havia em Santa Luzia do Mossoró eleitores do Partido Conservador e sim simpatizantes sem pronunciamento por falta de chefia coordenadora. Mossoró município havia de constituir base de força conservadora”, o que realmente veio a acontecer.
               
Para a primeira eleição, dois partidos concorriam: Nortistas e Sulistas, também chamados de Liberais e Conservadores. Os Liberais eram chefiados por Irineu Sóter Caio Wanderley e os Conservadores pelo Vigário Antônio Joaquim. Venceram os conservadores, numa eleição bastante conturbada, na qual elegeram o padre Antônio Freire de Carvalho, que assumiu a frente da primeira Câmara, no dia 24 de janeiro de 1853. Segundo o historiador Luís da Câmara Cascudo, “com a posse dos eleitos, um grupo de cidadãos recrutados no seio das mais tradicionais famílias de Mossoró, instalou-se, oficialmente, a administração autônoma do Município de Mossoró”.
               
A chapa eleita pelos conservadores para o quatriênio 1853-1856, constava: como presidente, o padre Antônio Freire de Carvalho, como vice João Batista de Souza e como vereadores o tenente coronel Miguel Arcanjo Guilherme de Melo, Vicente Gomes da Silveira, Florêncio Medeiros Cortês, alferes Francisco Bertoldo das Virgens e o professor Luís Carlos da Costa Júnior. Eram suplentes de vereadores: Sebastião de Freitas Costa, Simão Balbino Guilherme de Melo, João Lopes de Oliveira Melo, Antônio Afonso da Silva, Antônio Nunes de Medeiros, Silvério Ciríaco de Souza, Agostinho Lopes Lima, João Martins da Silveira Junior, João Francisco dos Santos Costa, Pedro José da Costa, Manoel João da Costa, Gil de Freitas Costa, Raimundo Nonato de Freitas, Targino Lopes de Medeiros, João Batista de Oliveira, Gonçalo Soares de Freitas, Manoel Nunes de Medeiros, Manoel João da Silva, João Florêncio de Oliveira Melo, Gonçalo Lopes de Oliveira e Manuel Januário Lopes de Oliveira.
               
Muito pouco pode ser feito pelo primeiro governante de Mossoró. Na opinião do historiador Raimundo Soares de Brito, “arrumou a casa. O resto deixou a cargo dos seus sucessores”.
               
O Padre Antônio Freire de Carvalho disse em seu primeiro discurso:
               
“Tendo eu recebido os sufrágios dos votantes desta Freguesia para um dos Vereadores da Câmara Municipal da nova vila de Mossoró e como mais votado, achando-me juramentado Presidente desta mesma Câmara pela competente Câmara da cidade do Assú em sessão ordinária de 7 de janeiro do corrente ano e por isso autorizado para vos chamar e vos dar posse e deferir juramento em virtude do Aviso da Regência Trina em nome do Imperador de 22 de julho de 1833 nesta reunião na qual se cumprindo inteiramente a letra do referido aviso que revoga o artigo 30 de Decreto de 13 de novembro de 1832 sobre a instalação das Câmaras das Vilas novamente criadas é com prazer que vos vejo nesta casa, reunidos para os trabalhos da nova Câmara que hoje tem que ser instalada e pelo muito que há a fazer relativo à mesma Câmara, contento-me com o apontamento da matéria que passo a fazer objeto dos nossos trabalhos e posso-vos a juramentar-vos. Vila de Mossoró, 24 de janeiro de 1853. Padre Antônio Freire de Carvalho – Presidente. ”
               
Portanto em 24 de janeiro de 1853 era instalada a Câmara Municipal de Mossoró, que hoje completa 163 anos de funcionamento. Por engano, a data que aparece no brasão do Poder Legislativo é a da Emancipação Política do Município e não da instalação da referida Câmara. 

Todos os direitos reservados

É permitida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, desde que citada a fonte e o autor.

Autor:
Jornalista Geraldo Maia do Nascimento

Fontes:
http://www.blogdogemaia.com

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DONA CÍCERA MANECA NOVAES

Por Marcos de Carmelita

Com Dona Cícera Maneca Novaes. Ela conheceu o local onde Lampião enterrou alguns cangaceiros nas caatingas do Tamboriu, mortos no tiroteio com os Gilos da Tapera. Após a chacina, Lampião passou na casa de seu pai e perguntou: 

- Você é o quê de Mané de Gilo? 

E ele respondeu: 

- Sou primo...

Após essa revelação, o que terá acontecido com o sertanejo? 

Todos os segredos no livro: "AS CRUZES DO CANGAÇO - OS FATOS E PERSONAGENS DE FLORESTA". De minha autoria e de Cristiano Ferraz. Lançamento em maio no Cariri Cangaço Floresta 2016

Fonte: facebook
Página: Marcos de Carmelita

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O QUE O JORNAL "O ESTADO DE SÃO PAULO" PUBLICOU SOBRE O CANGACEIRO ANTONIO SILVINO

Por Antônio Corrêa Sobrinho

AMIGOS,

Fui às páginas do jornal “O Estado de S. Paulo”, e trouxe praticamente tudo que este importante diário brasileiro publicou a respeito do famoso cangaceiro ANTONIO SILVINO, no tempo de sua atuação criminosa. 

Fiz isto com o propósito de trazer os relativamente poucos textos aos dias atuais, reunidos cronologicamente, ou seja, notícias, comentários e opiniões sobre este notável bandoleiro, para conhecimento, reflexão e deleite de todos nós, cultores das coisas do Nordeste e, principalmente, atraídos pela história do cangaço. São informações que já contam mais de cem anos de publicadas, portanto, se não totalmente isentas já naquela época, pelo menos sem os muitos rebocos e vernizes que o processo natural de maximização, mitificação, romantização de figuras extraordinárias, socialmente falando, para o bem ou para o mal, com o tempo se encarrega de aplicar, como aconteceu com este personagem, Antonio Silvino, que, por sinal, no meu entender, teve a sua pesquisa altamente prejudicada, desfocada que fora pela pela imediata e impactante chegada do seu sucessor, Virgulino Lampião, que, por várias razões, se fez mais notado, mais conhecido, isto sem mencionar, como algo negativo, que Antonio Silvino, depois do "rei do cangaço", passou a ser visto, traduzido, inevitavelmente por comparação e oposição ao sobredito compadre de Corisco. Silvino, que, para muitos, se transformou num bandido bom, um verdadeiro Dimas. Será? 

Com a licença dos amigos coordenadores dos Grupos de Cangaço nos quais prazerosamente participo, postarei o pequeno trabalho, a partir de agora, em partes, e sob o título ANTONIO SILVINO NAS PÁGINAS DO “ESTADÃO”.

ANTONIO SILVINO NAS PÁGINAS DO “ESTADÃO” - PARTE I

PARAÍBA

Quatro salteadores do grupo capitaneado por Antônio Silvino foram cercados pela força estadual, no lugar denominado Mulunguzinho, na comarca de Campinas.

Os bandidos opuseram resistência, armando tiroteio, do qual resultou ficar ferida uma praça.

Finalmente, os salteadores foram mortos.

(Dos nossos correspondentes)
05.02.1901

OS CANGACEIROS

Há poucos dias, o senhor General-comandante do distrito recebeu do capitão João Carlos Formel, que se acha no interior do estado da Paraíba, em perseguição ao grupo de cangaceiros chefiados por Antônio Silvino, um despacho telegráfico pedindo aumento de forças.

Sua Excelência respondeu incontinente, avisando-o de que desta guarnição não poderia expedir o reforço pedido, mas que daria as necessárias providências a respeito.

Para o tenente-coronel Febronio de Brito, comandante da guarnição do Rio Grande do Norte, expediu S. Exc.ª Ordens para que dali fossem retiradas as necessárias praças para auxiliar o capitão Formel.

Às ordens do senhor general Rocha Calado, imediatamente cumpridas, partiram do Rio Grande do Norte 40 praças do segundo batalhão de infantaria, bem municiadas e sob o comando de dois oficiais.

Tomadas essas medidas necessárias, o governador da Paraíba, monsenhor Walfredo, que ainda não as conhecia, telegrafou igualmente ao senhor general, secundando o pedido do capitão Joao Carlos Formel.

S. Exa., respondendo, fez sentir as últimas providências tomadas, declarando que o pedido do capitão Formel fora atendido.

Em carta, o capitão Formel declara achar-se na pista dos bandidos, acrescentando que, com o auxílio de forças, conseguirá a captura.

- Perseguido pela força volante, apresentou-se, há poucos dias, ao delegado de Bom Jardim o célebre cangaceiro Barra Nova, companheiro de Antônio Silvino.

Barra Nova, durante o tempo em que fez parte do grupo desse facínora, tornou-se célebre pelas suas perversidades.

Em S. Vicente, na ocasião de um ataque do grupo, foi Barra Nova quem atirou no sargento José Pedro, subdelegado local.

Atualmente está ele recolhido à cadeia de Bom Jardim, devendo ser em breve transportado para a casa de detenção.

- Pessoa vinda de Caruaru trouxe a desagradável notícia de que naquela cidade acaba de praticar mais uma de suas costumadas façanhas o célebre facínora Antônio Silvino, acompanhado de um grupo de 14 bandidos.

O ponto escolhido para a prática das novas perversidades foi a fazenda do tenente-coronel Manuel Emygdio da Silva Oliveira, subprefeito em exercício do município de Caruaru.

“Santa Maria”, que é o nome dessa fazenda, dista da cidade apenas oito léguas.

O bandido, ao aproximar-se, procurou um morador do tenente-coronel Emygdio e intimou-o a acompanhá-lo até à residência do patrão.

O infeliz relutou e tanto bastou para que o perverso o assassinasse.

Praticado o crime, dirigiu-se o famigerado para a residência do tenente-coronel Emygdio, onde praticou as mais horríveis cenas de selvageria.
29.01.1907

Comunicam da Paraíba do Norte que a força federal, que anda em perseguição de Antônio Silvino, prendeu o célebre bandido Bento Quirino e espera capturar brevemente o outro facínora.

Um novo grupo de cangaceiros, chefiado pelo celerado Antônio Felix, vulgo “Tempestade”, tem praticado muitos roubos e assassinatos, no interior do estado de Pernambuco.
22.02.1907

Atribui-se ao célebre cangaceiro pernambucano Antônio Silvino, em cujo encalço anda atualmente uma força federal, a autoria de 56 assassinatos e muitos roubos.

26.02.1907

ANTÔNIO SILVINO

A propósito deste já famoso bandido que enche de pavor os sertões de Pernambuco e dos estados vizinhos, um redator da “Gazeta do Norte”, do Recife, teve uma entrevista com dois oficiais do Exército que estiveram em diligência contra o temido cangaceiro.

Eis como esses oficiais explicam por que ele ainda não foi capturado:

“- E o governo consente que os lugares do interior estejam sem destacamento bem municiado?

- Há lugares frequentemente visitados por Silvino e nos quais existem, apenas, 3 ou 4 praças!

- Então esse é um meio indireto de proteger a audácia do celerado...

- Mais ou menos; se as autoridades e os chefes locais se dispusessem a cumprir as ordens do governo, ou se este mudasse chefes e autoridades, talvez que o célebre assassino já houvesse sido capturado. Mas infelizmente assim não sucede e, até ouvimos dizer que o comandante de uma força que anda em procura do bandido almoçou numa casa em que este se achava oculto!”

AINDA OS CANGACEIROS

Contando novas proezas de Antônio Silvino, escreveu de Taquaritinga à “Província” do Recife:

“Por volta das 8 horas da noite de sábado, 20 de janeiro findo, Antônio Silvino, com o seu grupo de 12 bandidos, assaltou a povoação de Barra de S. Miguel, do vizinho estado da Paraíba e limites deste Estado, povoado que dista desta cidade oito léguas, e dirigiu-se o grupo à mesa de rendas, repartição fiscal paraibana, criada ali há alguns anos para o recebimento de impostos – os tão perniciosos e inconstitucionais impostos interestaduais.

Na casa contígua estavam quatro soldados, que ali se acham destacados, aos quais o bandido tomou o fardamento, armas e munições, obrigando-os em seguida a acompanhá-lo à residência do subdelegado do lugar, que, também sob ameaças de morte, acompanhou o mesmo bandido.

Antônio Silvino, com o subdelegado e as quatro ex-praças, estas em camisa e ceroula, dirigiu-se à casa de alguns negociantes da localidade e, no seu modo de roubar, fez uma colheita de um conto de réis, aproximadamente. Terminando essa ‘visita’ voltou a repartição fiscal que invadiu e ali encontrou pequena quantia que embolsou e em seguida deu suas ordens para a destruição, ordens que foram prontamente cumpridas, pois todo o arquivo inclusive estampilhas e selos e outros papéis foram destruídos.

O chefe da repartição achava-se ausente na vila de São João. Pouco depois retirava-se essa horda de salteadores tendo antes o celerado chefe dado uma grande surra em um dos pobres soldados, que ficou semimorto!

Numa outra carta publicada pelo “Jornal do Recife”, o prefeito da vila de Umbuzeiro, estado da Paraíba, relata assim novos crimes de Antônio Silvino e seu bando:

José Candinha e Manuel Coco saíram daqui na tarde de anteontem para Serra Verde, a fim de assistirem a uma novena em casa de Wenceslau.

Contam pessoas que eles se achavam, por volta de 2 horas da madrugada de ontem, estando José Candinha sentado, apreciando um jogo, o Manuel Coco dormindo, foi o primeiro inesperadamente agredido, recebendo pelas costas diversos tiros, que o prostraram logo sem vida.

Um dos bandidos desfechou-lhe sobre o ouvido direito, à queima roupa, um tiro, cujo projetil lhe arrancou o pavilhão do ouvido e grande parte dos músculos da face.

Os sicários, sedentos de sangue e de vingança, cravaram-no de punhaladas, deixando a cabeça quase separada do tronco, por um grande golpe dado na parte anterior do pescoço.

- Antônio Silvino, depois que cometeu os assassínios, seguiu em direção ao (...), ocultando-se no lugar Jararaca, em casa de um tal Francisco Muniz. Nesta ocasião passava o Antônio Galdino, procurador do município, pela estrada, quando o perverso Muniz o apontou a Silvino, como morador em Umbuzeiro. Silvino prendeu-o e ia assassiná-lo pois já havia garantido matar a todos os habitantes do Umbuzeiro que encontrasse; Galdino, porém, afirmou não morar no Umbuzeiro e ser parente do capitão Henrique, de S. Vicente. Esta afirmativa livrou-o de ter morrido às mãos do sicário; mas Silvino roubou-o todo o dinheiro que levava. Horas antes já Silvino havia atacado o coronel Eduardo Gomes, de quem roubou 500$000 réis.

O nosso bom amigo alferes José Caetano que, antes da sua saída daqui se achava destacado em Queimadas, logo que teve conhecimento dos assassinatos transportou-se, doente como se acha, a esta vila, dando todas as providências que o triste acontecimento exigia.


01.03.1907

Fonte: facebook
Grupo: O Cangaço

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MOMENTO UERN - PROF. ROMERO CARDOSO

Por José Romero de Araújo Cardoso

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzagueano José Romero de Araújo Cardoso.

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JOANA MARTINS ARAÚJO SOBRINHA DOS CANGACEIROS MASSILON E PINGA FOGO

Por Geraldo Júnior

VAMOS LÁ CABROEIRA...! VAMOS PARABENIZAR A NOSSA AMIGA PELA ATITUDE. OS AMIGOS (AS) VÃO CHEGANDO AO NOSSO GRUPO E VÃO TRAZENDO NOVAS IMAGENS E INFORMAÇÕES QUE NOS AJUDAM A CONHECER UM POUCO MAIS SOBRE OS ENVOLVIDOS DIRETA OU INDIRETAMENTE NA HISTÓRIA DO CANGAÇO.

Foi o que aconteceu recentemente aqui em nosso grupo com a chegada da amiga/membro JOANA MARTINS ARAÚJO filha do Sr. Fenelon Gomes de Araújo (Fenelon leite), e de Dona Joaquina Martins Lopes, que nos trouxe uma fotografia de seus pais que até então era desconhecida por todos (as) nós.

Fernando Soares perguntou  no facebooka Joana Martins Araujo sobre o cangaceiro Massilon Leite, qual foi o seu paradeiro D. Joanamartins Araujo? - Joana Martins Araújo respondeu:  Olha, sou filha do irmão caçula deles, a caçula de 14 irmãos, então não sei muito até o momento, o Geraldo e um senhor chamado irmão sabem mais do que eu. Tenho pessoas da família que sabem bastante. Desculpe por não saber informar.

Fenelon Leite (Falecido) era irmão dos cangaceiros PINGA-FOGO e MASSILON LEITE que participaram do ataque à Mossoró/RN promovido por Lampião e seu bando no dia 13 de junho de 1927, sendo Massilon um dos mentores do ataque.

FENELON LEITE (Falecido) para quem não sabe era irmão do Cangaceiro PINGA-FOGO e de MASSILON LEITE que foi o principal instigador do ataque de Lampião à cidade de Mossoró/RN, ocorrido no dia 13 de julho de 1927.

Pouco tempo após o ocorrido Massilon Leite abandonou o cangaço e a partir de então vagas e incertas notícias sobre o seu paradeiro foram encontradas.

Meus agradecimentos à amiga/membro Joanamartins Araujo por ter nos fornecido essa preciosidade fotográfica que até então era conhecida apenas no ambiente familiar.

Joanamartins Araujo Este é meu tio José Leite irmão de Massilon Leite. Morei com ele, e os outros que aparecem na foto eu vou descobrir quem são. - Jose Tavares De Araujo Neto disse: Seu primo Valdecir Pereira, filho de Aurora, irmã de Massilon, disse-me que esta fotografia foi trazida de Imperatriz, MA, por Anésio Leite, outro irmão de Massilon. Nesta foto, ele identificou Manoel Leite e sua filha de nome Mista. Ele acha que este outro senhor é o esposo de Mista e seus filhos.

Espero que outras pessoas sigam esse exemplo e não deixem que esses materiais sejam destruídos com o passar do tempo.

Joanamartins Araujo perguntou: Quem é aquele com o cavalo? - Jose Tavares De Araujo Neto respondeu: É seu tio Anésio Leite, que localizou Pinga Fogo em Imperatriz.

Vamos todos (as) juntos resgatar e preservar a memória dessas pessoas que testemunharam ou vivenciaram esse difícil período da nossa história chamado...

Fonte: facebook
Página: Geraldo Júnior
Grupo: O Cangaço

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