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quinta-feira, 17 de maio de 2018

GLOBO REPÓRTER - A MULHER NO CANGAÇO (1976) COMPLETO

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UM HOMEM EMPREENDEDOR: MIGUEL FAUSTINO DO MONTE

Por Geraldo Maia do Nascimento

Em 1884 a cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte, era tida como um Empório Comercial. Vários investidores estrangeiros tinham aqui se estabelecidos com casas importadoras e exportadoras, o que teria contribuído para o seu crescimento comercial. 


Esse foi o motivo que levou o cearense Miguel, um jovem de 26 anos a deixar sua terra e procurar no Estado vizinho um “meio de vida”. Vindo para Mossoró conseguiu emprego de auxiliar de balcão na grande firma comercial Souza Nogueira. Era criterioso nos seus afazeres, disposto para o trabalho e com grande tino comercial. Conseguiu, com isso, não só a confiança do dono da empresa, como também a mão de sua filha. E assim foi que em pouco tempo passou de simples caixeiro de balcão a genro do patrão. Em uma das viagens de Souza Nogueira a Recife/PE, por volta de 1894, o genro Miguel acompanhou-o. Foi aí que conheceu o grande homem da indústria e do comércio da região: Delmiro Gouveia, o homem da Fábrica de Pedra à margem do São Francisco. Delmiro Gouveia mantinha relações com Souza Nogueira. Mas ao conhecer Miguel Faustino, vislumbrou no mesmo as qualidades que necessitava para um novo aliado. E o convite veio de chofre: “-Menino, queres trabalhar para mim? Comprarás peles, couros, outros artigos, se preciso. Mas quem trabalha para mim, se honesto e ativo, acabará bem, ao contrário o diabo o levará”. Miguel estremeceu. Delmiro Gouveia era um homem muito poderoso. Dava medo tratar com ele. Mas acertou o negócio e passou a trabalhar para Delmiro com inteligência, fé e retidão. Com a parceria, bom tino comercial e retidão, o jovem Miguel terminou como um dos homens mais ricos de Mossoró, se não o mais rico de todos. Sal, algodão, cera de carnaúba, fibras e borrachas. Esses produtos levaram o sobralense criativo às Exposições Nacionais de 1908 e de 1922, à Internacional de Bruxelas de 1910 e a de Turim em 1911. Ganhou medalhas de ouro e diplomas de honra. Em não sendo mossoroense de fato, tornou-se de direito. Participou ativamente da campanha de 1883 pela libertação dos escravos de Mossoró e de todos os movimentos que aqui aconteceram. Foi um benfeitor no momento da criação da Diocese de Mossoró. Retribuiu com bens a aceitação que teve de Mossoró. Miguel Faustino do Monte tornou-se lenda na cidade que ofereceu ao grande empreendedor as condições para o seu sucesso e com ele viu seu nome ser falado no velho mundo. Miguel Faustino do Monte era cearense de Sobral, mas, desde jovem, radicado em Mossoró; e aqui fez história. Cedo, conseguiu galgar posição de destaque como chefe de poderosas organizações comerciais. Quando se esboçou o movimento abolicionista de 1883, foi uma das figuras de maior projeção tendo sido, inclusive, um dos Diretores da Sociedade Libertadora Mossoroense. Nasceu numa quarta-feira, em 11 de agosto de 1858, na cidade de Sobral/CE.  Era um homem dotado de predicados cristãos. Foi ele quem construiu com seus próprios recursos a capela do Sagrado Coração de Jesus, que permanece até hoje com suas linhas originais. Arcou com a responsabilidade da maior parte do patrimônio levantado para a Diocese de Mossoró, doando seu palacete residencial para sede do Seminário Santa Terezinha, uma casa de sua propriedade na Praça Vigário Antônio Joaquim, onde funciona a Rádio Rural além de apreciável quantia em espécie à Diocese de Mossoró. O rápido enriquecimento de Miguel Faustino e a sua generosidade para com a Igreja fizeram surgir lendas onde se dizia que o mesmo havia enriquecido por ter feito um pacto com o diabo. E estava passando parte dos seus bens para a igreja como forma de redimir com Deus. Essa lenda ainda é contada pelas pessoas mais antigas. Já na velhice transferiu sua residência para o Rio de Janeiro, onde morreu em 10 de novembro de 1952, aos 94 anos de idade. Fez muito por Mossoró e por sua Diocese. Seu nome está gravado na galeria dos grandes homens de Mossoró.  

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EUCALIPTO: INÍCIO DE PRINCIPADO

Clerisvaldo B. Chagas, 17 de maio de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.903= 

Com as sucessivas crises canavieiras, desde o início da sua história em Alagoas, aos poucos vai mudando a paisagem na antiga Zona da Mata. Os algodoais sertanejos que concorreram com a cana-de-açúcar e venceu, entrou em crise e sumiu levando consigo as indústrias fabris do estado. A cana vem sofrendo queda na produção, fechamento de usinas e perdas territoriais de plantio. É nesse cenário que – entre outras alternativas para os canaviais – surgiu e se expande o Eucalyptus globulus labill, simplesmente eucalipto. São produtores pequenos, médios e grandes que estão produzindo madeira em lugar da cana. Inicialmente indicado para lugares altos e difíceis, o eucalipto disparou na aceitação. O próprio viajante já pode constatar a mudança do panorama quando o asfalto é ladeado pela Eucaliptocultura.

EUCALIPTOS EM ALAGOAS. FOTO: (Agendaa.com).
Há aproximadamente 8 oitos teve início essa alternativa e que nos últimos tempos saltou de 900 hectares para 15 mil hectares e continua em expansão. A necessidade crescente de madeira no mundo mostra boa perspectiva no negócio. Madeira boa, legalizada que atende o comércio de móveis, lenha, artesanato, medicinal e tantos outros, pois do eucalipto tudo se aproveita. Isso vem aliviar a derrubada clandestina da floresta tropical, da caatinga, manguezais e mesmo de alguma reserva da vegetação agreste.
Dizem que são 730 espécies de eucaliptos no mundo, sendo 20 delas comerciais. Seu cheiro e propriedades são usados como desinfetantes e remédios contra gripe e sinusite.
Importantes e famosas fábricas nacionais estão se instalando em Alagoas tendo em vista a matéria-prima ao alcance da mão. Estão surgindo inúmeros negócios por causa da madeira e, já se vende clones para plantio do auspicioso cultivo. Nessa velocidade e aceitação, só o tempo dirá se Alagoas deixará de ser conhecida pelos seus verdes canaviais e será a terra dos eucaliptos, cujos detalhes técnicos e derrubadas de mitos, deixamos de apresentar.
E se a cana-de-açúcar era rainha em Alagoas, chegou o príncipe eucalipto na Terrinha.


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CONVITE


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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HOMENAGEM



UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE-UERN FACULDADE DE ENFERMAGEM DIPLOMA DE HONRA AO MÉRITO 

DRA. TANIAMÁ VIEIRA DA SILVA BARRETO 

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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EPISÓDIOS DA VIDA DE LAMPIÃO UM SIMPLES HOMEM DO CAMPO - PARTE 2

Por Ruy Lima pesquisador do cangaço
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Para mim, essa é a parte mais complicada e cheia de mistérios da vida de Virgulino. É assunto para preencher mais de cinquenta páginas de um livro. 

Por que Virgulino tornou-se o cangaceiro Lampião? 

Há várias e diferentes e até contraditórias respostas sobre essa pergunta. 

A rixa entre a família Ferreira, de Lampião e a Família Alves de Barros, de José Saturnino, seu vizinho, parece ser a mais plausível, embora José Saturnino jurou até a morte (5 de agosto de 1980) que não foi isso que levou Virgulino ao cangaço. 


Os pais de José Saturnino, Saturnino Alves de Barros e Alexandria Gomes de Moura, eram muitos amigos dos Ferreiras. Eles foram padrinhos de batismo de Antônio Ferreira, irmão mais velho de Virgulino e testemunhas do casamento dos seus pais. Os filhos de ambas as famílias foram criados brincando juntos, participavam das festas, das caçadas, numa grande amizade. 

José Saturnino, mais conhecido como Zé Saturnino, nasceu em 15 de maio de 1894. Seu nome de batismo era José Alves da Fonseca Barros. 

É muito comum, principalmente no Interior, os filhos adotarem o nome do pai ou até mesmo da mãe como sobrenome. O meu avó chamava-se Alexandre Alves de Lima. Seus filhos homens foram batizados com o sobrenome de “Alexandre de Lima”, como o meu pai, Severino Alexandre de Lima. No meu caso foi diferente, ou seja, como atualmente ocorre: Ruy Araújo Lima, sendo Araújo da minha mãe e Lima do meu pai. Assim, no estudo da minha humilde genealogia, busca-se o sobrenome “Lima” ou “Alves de Lima”, do meu avô paterno. É certo que meu avô não tem nada a ver com essa história. A citação do nome dele foi só um exemplo de como os sertanejos registravam o nome dos filhos. Por outro lado, até que o “pai Alexandre”, como a gente o chamava, tem um pouco de sua história ligada ao cangaço. 

Quando Lampião era o terror do sertão pernambucano, o meu avô, com receio de que os seus seis filhos homens (incluindo o meu pai, nascido em 1917) fossem Parte 2 O Começo de Tudo mortos pelos cangaceiros ou inseridos no bando do “Rei do Cangaço”, deixou a sua terra sertaneja e foi morar com a família em Belo Jardim, cidade do Agreste Pernambucano, distante 230 Km de Serra Talhada. 

José Saturnino tinha então 20 anos de idade e Virgulino apenas 16, quando teve início a refrega entre as famílias, no início do ano de 1914, quando José Saturnino quebrou um acerto entre eles, na pega de uma novilha indomada. Depois desse episódio, vários outros se sucederam que foram narrados no livro “Pegadas de Um Sertanejo, Vida e Memórias de José Saturnino” de Antônio Neto e José Alves Sobrinho. 

Segundo os mais importantes pesquisadores e historiadores do cangaço, o que teria provocado a entrada de Virgulino e seus irmãos na luta armada, na ilegalidade e depois no cangaço, foram os roubos cometidos por um morador da fazenda de José Saturnino, por volta de 1915. Nessa época o velho Saturnino Alves de Barros estava vivo e mantinha ainda laços de amizade com a família Ferreira. Ele faleceu em 1919, com aproximadamente 63 anos de idade. 

Os Ferreiras começaram a estranhar o sumiço constante de bodes e cabras de sua propriedade. 

O tio materno de Virgulino, Manoel Lopes, fora nomeado Inspetor de quarteirão, cargo equivalente hoje ao comissário de polícia. Resolveu, acompanhado de Virgulino e dois cabras, fazer uma diligência à cata dos possíveis ladrões, apelidados de “onça de dois pés”. 

Após constantes e infrutíferas buscas pelas redondezas e atendendo a várias denúncias de outros também prejudicados, adentrou pela fazenda de Saturnino Alves de Barros, dando um cerco num grupo de casebres dos moradores de Zé Saturnino. 

Na casa onde morava Zé Caboclo, um dos braços direitos de Zé Saturnino, Virgulino notou que a terra, sob um enorme pilão de braúna, na cozinha, estava revolvida de fresca. Retirando as primeiras camadas de terra, encontrou grande quantidade de peles de bode enterradas, verificando pelo sinal das orelhas tratar-se de animais desaparecidos da sua fazenda e pertencentes a seu pai e a seu tio, o Manoel Lopes. 

“Manoel Lopes prendeu Zé Caboclo e o negro criminoso, chamado Tibúrcio, indigitados responsáveis, conduzindo-os sob escolta para a Ingazeira., onde os manteve detidos e amarrados no tronco por um ou dois dias, ao cabo que, a pedido de José Ferreira, os mandou embora, advertindo-os de que, no caso de fazerem por onde, de reincidência, tomaria medidas severas.” (Frederico Bezerra Maciel, “Lampião seu tempo e seu reinado”) 

José Saturnino ficou aborrecido com a prisão dos seus “homens de confiança” e, os quais foram tirados de dentro da sua propriedade, sem a sua autorização e, em represália, mandou cortar as orelhas das cabras, as caudas dos porcos, quebrar as pernas das galinhas e dos pintos dos Ferreiras. A partir daí, ocorreu uma sequência de emboscadas e tiroteios entre as duas famílias. Num desses confrontos, Antônio Ferreira, foi ferido por uma bala na altura do quadril. Nas entrevistas que dava aos interessados na história do cangaço, Zé Saturnino disse que foi nas nádegas. 

Antônio Ferreira foi “medicado” por Antônio Matilde, tio de Virgulino, por parte do pai, o qual tinha muita experiência no tratamento de ferimentos à bala. 

“Sabedor de que Antônio Matilde tinha cuidado do ferimento de Antônio Ferreira, Zé Saturnino denuncia o mesmo às autoridades de Vila Bela. As autoridades designam alguns soldados que acompanham Zé Saturnino e seus homens na busca para prenderem o tio de Virgulino. 

A equipe formada por cabras de Saturnino, o próprio e os soldados vão dá com Antônio Matildes na sede da sua fazenda Matuta. Lá chegando prendem o dono daquelas terras. Zé Saturnino, insatisfeito ainda desce a “lenha” em Antônio, monta em suas costas e o faz de montaria, usando as esporas. Após ser levado para Vila Bela, dentro da cadeia Antônio passa a levar uma surra por dia, durante uma semana. No final da semana de suplícios ele é “liberado” e profere a frase famosa: 

“Adeus Vila Bela! Até a hora do juízo final” 

Mesmo que os ferimentos na carne tivessem sarados, os internos, a honra e as humilhações, jamais saram, e Antônio Matilde se refugia nas terras da fazenda Cobra, nas Alagoas, sob a proteção do coronel Ulisses Luna” (Sálvio Siqueira – Blog do Mendes) 

Ruy Lima

21/04/18 Próxima postagem: Parte 3 – A entrada de Lampião no bando de Sinhô Pereira

Enviado pelo autor Ruy Lima que é pesquisador do cangaço e outros temas. 

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GRANDES LIVROS



Indicação Bibliográfica. Dois excelentes livros sobre a História do Coronelismo, cangaceirismo e fanatismo no Cariri Cearense. Fanáticos e Cangaceiros de Abelardo F. Montenegro(70,00) e Império do Bacamarte de Joaryvar Macêdo(100,00). 

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CARIRI CANGAÇO POÇO REDONDO DE 14 A 17 DE JUNHO 2018



Contando sempre com a presença do casal de cangaceiros mais simpáticos e talentosos do nosso Brasil

São eles, CÉLIA e QUIRINO

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A MORTE DO VALENTE CANGACEIRO ANTONIO ROSA IRMÃO ADOTIVO DOS FERREIRAS

Por José Mendes Pereira

Não encontrei informação se foram os pais ou não que deixaram ou abandonaram o garoto Antonio Rosa Ventura na casa de José Ferreira da Silva, que era pai de Virgolino Ferreira da Silva o sanguinário e perverso Lampião. Colhi apenas que fora deixado por retirantes que vinham do Estado de Alagoas, que com fé, procuravam receber a bênção do Padre Cícero Romão Batista, lá em Juazeiro do Norte, no Estado do Ceará, talvez na esperança de uma vida melhor.

Podemos imaginar algumas hipóteses do menino Antonio Rosa ter ficado com a família Ferreira. 

Mas lembrando ao leitor que estas hipóteses fazem parte do meu pensamento, e não estão registradas em nada que escreveram sobre o cangaceiro Antonio Rosa na literatura lampiônica.

Primeira hipótese: Possivelmente não aguentou a caminhada, mesmo que tenha sido montado em animais, não estava com condições de seguir viagem;

Segunda hipótese: Talvez não estava se sentindo bem e foi obrigado a não seguir viagem com os seus pais ou com pessoas que naquele dia eram responsáveis por ele;

Terceira hipótese: Devido o tempo que tenha permanecido na casa dos Ferreiras talvez tenha brincado com algumas crianças, e ali, pediu aos seus encarregados para ficar com a família de José Ferreira da Siva.

O menino cresceu no meio daquela família como se o seu sangue fosse dela, e após o conflito dos Ferreiras com Zé Saturnino e os Nogueiras o Antonio Rosa Ventura decidiu tomar as mesmas dores juntando-se a Virgolino Ferreira, Livino Ferreira e Antonio Ferreira. E com o passar dos tempos, posteriormente, ele assumiu por completo a bandidagem acompanhando os três irmãos no cangaço.


No início do ano de 1924 Antonio Rosa Ventura entrou no povoado de “São João do Barro Vermelho”, e através de conversa com um cidadão que tinha como nome "Constantino", este que era dono de uma bela arma, que para sua infelicidade, o Antonio Rosa Ventura desejou possuí-la. Mas o Constantino não tinha interesse de desfazer daquela arma, e mais tarde, com interesse de ficar com ela, Antonio Rosa assassinou o Constantino. Ciente da morte que fizera Antonio Rosa deu no pé em busca de abrigo no Estado da Paraíba, e lá, novamente como antes, juntou-se aos irmãos Livino Ferreira e Lampião.

O certo é que, corria um boato em boca miúda que a população de “São João do Barro Vermelho” bem armada, aguardava um dia o rei do cangaço entrar na localidade em visitas a amigos do vilarejo, inclusive sua comadre dona Especiosa, seria atacado pelos parentes do morto. Mas o rei Lampião que sabia muito bem conquistar amigos, tomou logo conhecimento, que a família do Constantino estava querendo se vingar de Antonio Rosa Ventura, pela morte do seu parente.


Mas como em todo lugar sempre tem gente que está ali para cochichar o que ouve, uma pessoa chamada de “Afonso Gomes”, procurou um primo de Lampião, na “Vila de São Francisco, o Basto Paulo Barbosa, e os dois rumaram ao sertão paraibano, para se encontrarem com o rei Lampião, e lá, ouviram dele o seguinte:

- Que negócio é esse? Vocês estão se armando para me matar e vem aqui onde estou?

O Afonso Gomes retrucou, dizendo-lhe:

- Quem está se armando é a família de “Constantino” para matar Antonio Rosa Ventura, em vingança pela sua morte.

Lampião é o primeiro da esquerda. Livino é o que está atrás de Lampião;

Ao ouvir o diálogo, Livino Ferreira da Silva que estava em companhia de Lampião afastou-se um pouco dali, e conversou com os dois, isto é, com Afonso Gomes e o Basto Paulo Barbosa, tendo dito o seguinte:

- Diga a família do finado que por dez mil réis nunca mais Antonio Rosa Ventura bota os pés por lá.

Dias depois, o grupo de cangaceiro chegou ao Estado de Pernambuco, e vai direto para a região da “Serra Vermelha”, na fazenda “Situação”, que pertencia a um senhor de nome Francisco Baião.

À noite vinha chegando, e o cangaceiro Antonio Rosa Ventura foi em busca de um lugar para se deitar. E ali mesmo, na varanda da casa, levou o punho da rede para colocar no armador. Livino Ferreira da Silva e um dos cabras chamado Enéas, por uma janela que dava acesso à varanda da casa, apertaram os gatilhos das suas armas, banhando de munições as costas do velho parceiro e irmão de criação dos Ferreiras, porque fora criado pelos pais de Lampião. Antonio Rosa Ventura caiu sobre o chão sem soltar um só gemido.

No dia seguinte, pela manhã, o valente cangaceiro Antonio Rosa Ventura foi sepultado pela vizinhança, a umas vinte braças de distância da casa em que morrera.

Antonio Rosa Ventura morreu no dia 08 de julho de 1924.

Fonte de pesquisa:

"Lampião, nem herói nem bandido - a história ", pgs 72/74, do pesquisador Anildomá Willians de Sousa.


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JOÃO MOSSORÓ


 Canto de Amor Vol. 2

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90 ANOS DE MANUEL BATISTA DE OLIVEIRA

Por Kydelmir Dantas

Uma trajetória de vida invulgar para este agricultor nordestino, nascido ali no Sítio Chã da Bulandeira, hoje município de Jaçanã – RN, no dia 17 de abril de 1928. Mais de metade de sua vida compartilhada com seu grande amor, a professora e parceira – ANGELITA DANTAS DE OLIVEIRA (1936 – 2012) e seus 7 filh@s: Kydelmir – Kidelci – Kidelmar – Kidelman – Kênia – Kilma – Raony (1984 – 2014), em Nova Floresta - PB. 


Foto: Nerizangela Silva e pirogravura em madeira do Alisson Cruz

Quase toda sua vida dedicada à agricultura. Sempre encaminhou os filhos e filhas para o bem e incentivando-os aos estudos e boa educação. 

Foto: Nerizangela Silva e pirogravura em madeira do Alisson Cruz

Exigente mas, acima de tudo, carinhoso e dedicado à família. Honesto ao ponto de não comprar nada fiado, que não pudesse pagar e passava isto à prole... Na região não há quem diga que seu Né (como é mais conhecido) ficou devendo um centavo a ‘seu ninguém’.

Foto: Nerizangela Silva e pirogravura em madeira do Alisson Cruz

Neste aniversário de 90 anos resolvemos plantar às margens do terreiro onde brincou criança, acendeu fogueiras, desde jovem a adulto, e palmilhou passo-a-passo, um exemplar de Umbuzeiro (Spondia tuberosa L.) - a árvore sagrada do Nordeste – e a denominamos “Umbuzeiro Seu Né de Joca”... Numa sincera e comovida homenagem a este sertanejo forte. Que Deus o cubra de bênçãos, PAPAI!
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