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sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

FRANCISCO PEREIRA LIMA PROFESSOR PEREIRA É O MAIOR DISTRIBUIDOR DE LIVROS SOBRE CANGAÇO E NORDESTE


Amigos que curtem a literatura cangaço e nordeste. Apresento Francisco Pereira Lima o maior sebista na sua modesta residência ao lado de algumas raridades. Só um aperitivo de boas leituras. Pensou livros do cangaço e nordeste!!! É contatar por e-mail: 

franplima@bol.com.br




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DOCUMENTO DE DEMARCAÇÃO DAS TERRAS DO SÍTIO BARREIRO, MISSÃO VELHA, CEARÁ, PERTENCENTE AO PADRE CÍCERO ROMÃO BATISTA.


Documento de Demarcação das terras do sítio Barreiro, Missão Velha, Ceará, pertencente ao Padre Cícero Romão Batista. O documento (1914) traz a discriminação dos marcos dos sítios Barreiro, Arraial, Lameiro, Caldeirão e Cachoeira. 



Aos interessados, estarei disponível ao repasse do conteúdo.

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UM EXCELENTE COMENTÁRIO



Caro amigo Sálvio Siqueira:

Muitos autores citam a falta de preparo de caserna de Manoel Neto e Zé Saturnino. Acho importante ressaltar as circunstâncias em que aconteceram a entrada destes e de diversos outros volantes da região. Os nazarenos, mais especificamente, vinham sofrendo com os ataques de Lampião, especialmente após a visita ao Juazeiro onde adquiriu armamentos e munição, além da patente de “Capitão” dos batalhões patrióticos para o combate à Coluna Prestes. Como os pernambucanos não reconheceram essa patente, Lampião chegou a afirmar que “Eu estava até querendo me encontrar com esse tal de” Prestres “, para ver ser ele prestava mesmo, mas se é assim que os policiais pensam, minha espingarda vai cantar na toada antiga... Eu nunca fui bandido, mas de hoje em diante vou ser ".

Lendo “As CRUZES DO CANGAÇO” podemos perceber que em 1926 Lampião se dedicou a matar inimigos e os florestanos sofreram muitos ataques do cangaceiro. Nazaré especialmente, sofreu inclusive um cerco e os homens acabaram sendo forçados a perseguir para não serem perseguidos. Se assim não fizessem corriam o sério risco de serem exterminados. Os nazarenso eram inimigos do cangaceiro desde o final do ano de 1919 quando Livino foi baleado e preso em Floresta. Foi nessa ocasião que José Ferreira e os filhos se mudaram para Alagoas, onde se uniram aos Porcino e passaram a atuar também naquele estado. 

Muitos florestanos, temendo os ataques do bando preferiram persegui-lo em vez de esperar sentados por suas visitas. Afinal de contas, o cangaceiro costumava dizer que “sua volta era cruel”. Foi por isso é que os nazarenos adquiriram a fama de grandes perseguidores de Lampião...

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JOANA A AZARENTA

Por Vanessa Campos

Refregas. Sarará, alta, magra, testuda, no dizer do escritor Renato Bandeira. Prendia os cabelos com força para trás deixando sua testa ainda maior.

Era do Bando de Lampião e foi a companheira de Cirilo de Engrácia durante quatro anos, até que ele morreu “de sucesso”, ou seja, em combate na linguagem cangaceira. Logo depois, ela juntou-se ao cangaceiro Jacaré e não demorou muito, ele que morreu do mesmo jeito. Os companheiros começaram a suspeitar que Joana era azarenta e a expulsaram do bando. Nenhum quis mais se juntar a ela. Não se sabe que rumo tomou. Desapareceu no horizonte das caatingas.

Quando se fala em cangaceira a maioria imagina uma mulher bandida, uma vez que a imprensa da época desdenhava delas, desconhecendo os motivos que a levaram a entrar no bando. Ter liberdade de escolha, sair do domínio paterno, ter dinheiro, joias, conhecer “o mundo”, numa ilusão de vida. Enfim, fizeram suas escolhas. Poucas foram raptadas e se acostumaram ao novo estilo de vida. Tiveram também seus dias de alegria.

Clique neste link para conhecer outra história sobre a Joana que na verdade, não bate total uma com a outra.

http://josemendespereirapotiguar.blogspot.com.br/2016/03/joana-gomes-de-jacare-ou-moca-de-cirilo.html


http://www.mulheresdocangaco.com.br/joana-a-azarenta/

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LANÇAMENTO!


NOVO LIVRO SOBRE PERSONAGENS, NÃO TÃO CONHECIDAS PELA MAIORIA, DO FENÔMENO SOCIAL CANGAÇO.

UMA NOVA ‘REMESSA’ DA HISTÓRIA QUE ESTÁ PRESA NO TEMPO E QUE TODO NORDESTINO DEVE SABER.

“O FOGO DA JUREMA – Sertão das Emboscadas”

MORAIS, Francisco Nunes de. 1ª Edição. Editora Offset. Natal, RN – 2016

“(...) tiroteio pesado com Febrônio e seus inimigos na margem esquerda do Rio Piancó no sentido Piancó, (PB) à Pombal, (PB), no Sítio Canoas(...).” (Ob. Ct.)

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NOVO LIVRO DO ESCRITOR SABINO BASSETTI - LAMPIÃO O CANGAÇO E SEUS SEGREDOS


Através deste e-mail sabinobassetti@hotmail.com você irá adquirir o  mais recente trabalho do escritor e pesquisador do cangaço José Sabino Bassetti intitulado "Lampião - O Cangaço e seus Segredos".

O Livro custa apenas R$ 40,00 (Quarenta reais) com frente já incluído, e será enviado devidamente autografado pelo autor, para qualquer lugar do país.
Não perca tempo e não deixe para depois, pois saiba que livros sobre "Cangaço" são arrebatados pelos colecionadores, e você poderá ficar sem este. Adquira já o seu.

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PROFESSORA INALDA CABRAL ROCHA

Por Lindomarcos Faustino

A Professora Inalda Cabral Rocha nasceu no dia 25 de janeiro de 1925, no Sítio Riacho do Meio, município de Pau dos Ferros, Estado do Rio Grande do Norte, a Professora Inalda Cabral Rocha; filha de seu Pedro Alves Cabral e dona Antônia Neri Cabral. 

Ela iniciou seus estudos aos oito anos de idade, no Grupo Escolar Joaquim Correia, em sua cidade natal, tendo como primeira professora dona Carmelita Rocha, onde passou apenas dois anos nesta Escola; depois, migrou para Mossoró no final de 1934, onde passou a estudar no Ginásio Sagrado Coração de Maria em 1935, se formando em 1942. No ano seguinte passou a estudar na Escola Normal de Mossoró, pois não havia o Segundo Grau, no Colégio das Irmãs. A colação de grau de Inalda Cabral foi realizada no dia 12 de dezembro de 1944. Em 1978 prestou vestibular para Pedagogia, pela UERN e passou com muito êxito. 

Por se tratar de uma pessoa determinada passou por diversas escolas do Estado do Rio Grande do Norte, vejamos: em agosto de 1945 passou a lecionar no Grupo Escolar Joaquim Correia; depois, no ano de 1947, era a gestora daquele Grupo Escolar; trabalhou no Grupo Escolar Padre João Maria, na cidade de Jardim de Piranhas, em 1951; Ambulatório Padre Dehon, em Mossoró; em 1957 foi transferida para a Escola Estadual Moreira Dias, sendo diretora da instituição; em 1961, passou por outra transferência para o Grupo Escolar 30 de Setembro; em 1963 foi transferida para o Grupo Escolar dos Excedentes, que ficava no município de Assu-RN; em seguida, retornou para o Grupo Escolar 30 de Setembro, onde permaneceu até o ano de 1966; Grupo Escolar Modelo; Escola Municipal Joaquim da Silveira Borges; Diretora de Educação do Município de Mossoró (Gerente Executiva de Educação), na gestão do então Prefeito Raimundo Soares de Souza; Escola Princesa Isabel; Escola Lions; Escola Estadual Solon Moura. Mais tarde, abriu uma escola particular, na Rua Mário Negócio, denominado de Educandário Nossa Senhora Aparecida, em 1970; foi nomeada em 27 de maio de 1971 como Chefe do II NURE, atualmente XII DIRED – Direção Regional de Ensino e Desporto, onde se aposentou nesta função; tempos depois passou a se dedicar ao seu Educandário Nossa Senhora Aparecida, mas surgiu o convite para assumir a Coordenação Municipal Mobral, nomeada pelo então Senhor Prefeito João Newton da Escóssia, em 09 de agosto de 1977, pela portaria 73/77, dispensando uma atenção maior a sua escola. 

Em 1947 casou-se com o senhor Pielson Dantas Rocha e desta união nasceram doze filhos: Luzia Maria Rocha, Teresinha, Judas Tadeu, Jacinta de Fátima, Maria Aparecida, Rocha Neto, Francisco Canindé, Lúcia de Fátima, Filomena e Maria da Conceição.

Professor Inalda Cabral Ro

Em 20 de outubro de 1986, após dez anos de sua aposentadoria, recebeu uma justa homenagem em vida, do então Governador José Agripino Maia, quando da inauguração da Escola Estadual Professora Inalda Cabral, bairro Santo Antônio, nesta cidade, fazendo uma justa homenagem a esta grande professora que adotou Mossoró como sua cidade natal. Esta nobre cidadã também possui o título de Cidadão Mossoroense, outorgado pela Câmara Municipal de Mossoró, através do vereador Lupércio Luiz de Azevedo.

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OS 100 ANOS DA TRAGÉDIA DO VAPOR MOXOTÓ NAS ÁGUAS DO VELHO CHICO

*Rangel Alves da Costa

Na última segunda-feira, dia 10, completaram-se 100 anos da tragédia do Vapor Moxotó nas águas do Velho Chico, entre Bonsucesso e Belmonte (Belo Monte, como é mais conhecida), na divisa são-franciscana entre Sergipe e Alagoas. Ante a ausência da prefeitura municipal de Poço Redondo, a própria comunidade ribeirinha de Bonsucesso se organizou para relembrar com missa e outros eventos, a fatídica, porém histórica, memória.

Flores ao passado, flores aos mortos, preces e cantos, missa pela memória triste das águas, assim foi o dia nas beiradas do Velho Chico, bem no local onde ainda repousam os restos da velha canoa, que de vez em quando reaparecem na magreza do rio. Intitulado Moxotó: Destino e Sina do Velho Vapor, abaixo segue um texto de minha autoria, escrito no ano passado, onde descrevo os passos da tragédia.

“Povoado ribeirinho de Bonsucesso, município de Poço Redondo, sertão sergipano. No outro lado, encravado entre as serras, o pequeno arruado alagoano de Belo Monte, o mesmo Belmonte para alguns. Entre os dois, limitando estados e terras, as águas remansosas do São Francisco, o rio da raiz de todo o nascer e viver sertanejo. De leito vasto e opulento antigamente, agora apenas um caudal que de repente ganha vida para no instante seguinte melancolicamente emagrecer.

Nas suas águas, contudo, uma história triste e comovente que se prolonga, ainda com sombras que despontam, desde os tempos idos, desde a segunda dezena do século passado. Quando as águas são muitas e o leito se estende alto de margem a margem, os visitantes sequer imaginam o que jaz sem vida nos escombros aquosos. Mas quando as vazantes chegam, o rio diminui e seus ossos vão ficando à mostra, então surgem os esqueletos e os restos de uma embarcação e sua trágica história: Moxotó! Sim, um pouco mais além do meio do leito, já nas proximidades das ribeiras do Belo Monte, ainda permanecem os restos naufragados do velho Vapor Moxotó. E que história mais instigante!


10 de janeiro de 1917, uma quarta-feira. O percurso da Moxotó, uma embarcação que fazia parte da Companhia Pernambucana de Navegação, na verdade um vapor também conhecido como Chata, era cantado e decantado por toda a região. Ora, o principal meio de transporte. Tinha porto de origem em Penedo, seguia até Propriá, desembocava em direção a Pão de Açúcar e prosseguia até os costados de Piranhas, passando pelas povoações ribeirinhas que se estendiam ao longo das ribeiras do São Francisco.

Naquela tarde de quarta-feira, já com itinerário de retorno, partiu de Piranhas com muitos passageiros, produtos para serem comercializados em outras cidades, fardos e mais fardos de sortimentos, sacos de açúcar, feijão e farinha, além de muitos outros objetos de valor tão costumeiros naqueles tempos áureos e faustosos nas ribeiras e pelos arredores sertanejos, mas também por que muito do que transportava possuía destinação aos grandes centros e até outros países. Até ouro e prataria levava, segundo relatam.

  Ao entardecer, retornando de Piranhas, seu último porto no trajeto, a Moxotó singrou as águas do Velho Chico para uma viagem normal, como costumeiramente fazia. Estava lotada de passageiros, amontoada de bagagens, repleta de um tudo. Com destino à cidade alagoana de Pão de Açúcar, para na manhã seguinte seguir até Penedo e Propriá, primeiro aportou na povoação de Curralinho, no atual município de Poço Redondo, no intuito de receber mais passageiros e descer e fazer subir objetos e mercadorias, o que igualmente faria mais adiante, quando chegasse às margens de Bonsucesso, tendo Belo Monte no outro lado.

Como meio de transporte mais utilizado naqueles idos de 1917, a Moxotó acomodava em seus balanços e remansos diversas classes sociais sertanejas e nordestinas, levando e trazendo desde coronéis a pequenos comerciantes e homens da terra. Contudo, o acúmulo de pessoas acabava causando problemas a uma embarcação reconhecidamente frágil perante as águas revoltosas e as verdadeiras armadilhas que se apresentavam a cada avanço do rio. E ante as tempestades, então a situação se tornava verdadeiramente desesperadora. Foi uma situação assim que começou a surgir depois das quatro da tarde, enquanto seguia ao largo do Curralinho. O céu enegreceu, a ventania soprava cada vez mais forte, as águas sacolejavam ante a repentina tormenta.

O medo toma conta de tudo e de todos. As vozes são caladas pelos assombrosos sacolejos que tornavam o frágil vapor como brinquedo de papel dentro de uma banheira agitada. Pedem para que o comandante imediatamente providencie uma parada numa margem qualquer. Mas nenhum efeito surtiram os rogos dos aterrorizados passageiros. A decisão é seguir em frente e baixar as âncoras mais adiante. Já estavam entre o Bonsucesso e o Belo Monte quando a Moxotó não mais suportou as ferozes investidas das águas e sucumbiu entre as vagas então profundas. Neste passo, urge trazer o relato tão dramático quanto emocionante do escritor Etevaldo Amorim, em texto intitulado “O Destino da Moxotó”:

“Seguem-se momentos de pavor. Forma-se de repente um cenário dantesco: gritos, choro, desespero. A água transpõe o convés e invade todo o vão interior. Pânico geral! Passageiros e tripulantes se atropelam em movimentos desordenados. Uns se lançam ao rio em busca de salvação; outros são tragados pelas ondas e sucumbem ao soberbo poder das águas tempestuosas, soçobrando inevitavelmente. Consuma-se a tragédia. A tempestade afinal se aplaca ao cair da noite. Dia seguinte, a notícia se espalha. De Pão de Açúcar, onde a tempestade destelhou casas e derrubou árvores, partiram equipes de busca, coordenadas pelo Capitão Manoel Rego. Trabalho difícil e doloroso que ia revelando, a cada corpo encontrado, a extensão e a gravidade do que ocorrera no morro do Belmonte”.

Quase cem anos depois, eis que de repente uma amiga de Bonsucesso, Quitéria Gomes, me envia algumas fotografias e nestas, tal qual os restos de uma baleia que de repente aparecem nas águas rasas, também os restos da Moxotó. As recentes fotografias demonstram o quanto insepulto continua o velho vapor”.


Escritor
Membro da Academia de Letras de Aracaju
blograngel-sertao.blogspot.com

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