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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

NOVO LIVRO NA PRAÇA "O PATRIARCA: CRISPIM PEREIRA DE ARAÚJO, IOIÔ MAROTO".


O livro "O Patriarca: Crispim Pereira de Araújo, Ioiô Maroto" de Venício Feitosa Neves será lançado em no próximo dia 4 de setembro as 20h durante o Encontro da Família Pereira em Serra Talhada.

A obra traz um conteúdo bem fundamentado de Genealogia da família Pereira do Pajeú e parte da família Feitosa dos Inhamuns.

Mas vem também, recheado de informações de Cangaço, Coronelismo, História local dos municípios de Serra Talhada, São José do Belmonte, São Francisco, Bom Nome, entre outros) e a tão badalada rixa entre Pereira e Carvalho, no vale do Pajeú.

O livro tem 710 páginas. 
Você já pode adquirir este lançamento com o Professor Pereira ao preço de R$ 85,00 (com frete incluso) Contato: 

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LIVRO “PARAHYBA NOS TEMPOS DO CANGAÇO”

Por Antonio Corrêa Sobrinho

O que dizer de “PARAHYBA NOS TEMPOS DO CANGAÇO”, livro do amigo Ruberval de Souza Silva, obra recém-lançada, que acabo de ler, senão que é trabalho respeitável, pois fruto de muito esforço, dedicação; que é texto bom, valoroso, lavra de professor, um dizer eminentemente didático da história do banditismo cangaceiro na sua querida Paraíba. É livro de linguagem simples, sucinto e objetivo, acessível a todos; bem intitulado, pontuado, bem apresentado. E que capa bonita, rica, onde nela vejo outro amigo, o Rubens Antonio, mestre baiano, dos primeiros a colorizar fotos do cangaço! A leitura de “PARAHYBA NOS TEMPOS DO CANGAÇO” me fez entender de outra forma o que eu antes imaginava: o cangaço na terra tabajara como apenas de passagem. Parabéns e sucesso, Ruberval!

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Entre em contato com o professor Pereira através deste 
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“PAJEÚ EM CHAMAS: O CANGAÇO E OS PEREIRAS”


Quem interessar adquirir esta obra é só entrar em contato com o professor Pereira através deste e-mail: 
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Tudo é muito rápido, e ele entregará em qualquer parte do Brasil.

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O DESTINO

*Rangel Alves da Costa

Não sei bem por que eu estava ali. Não sei bem por que ela estava ali. Mas de repente, os dois no mesmo local. Sequer eu a conhecia. Sequer ela me conhecia.

Dia 13 de novembro. Eu havia esquecido a data, mas hoje ela me recordou. Aliás, ela não esquece nada desde essa data em diante. Nem eu, que fico agradecendo ao destino por me guiar àquele encontro.

Era uma noite de seresta em espaço fechado, no Coqueiral. Nenhuma valsa sequer eu sei dançar, quanto mais música do cancioneiro mais antigo. Também não bebo mais, de modo a justificar a minha presença numa daquelas mesas. Mas de repente eu estava lá.

Cheguei, entrei, cumprimentei alguns bons amigos e, sempre como faço, fui me afastando para um canto de pouca gente e sem aglomeração de dançantes. Costumo ficar em pé somente observando o que se passa ao redor. Sou curioso demais ante o que está ao redor.

Assim, em pé, de vez em quando fumando um cigarro, observava a festança sem me ater a qualquer mesa ou pessoa específica. Até que meu olho avistou ao longe, do outro lado da pista, uma moça sentada ao lado de uma amiga.

Não sei se pelo fato de o meu olho ter avistado assim, mas a verdade é que ela se sobressaía perante todas as mulheres que estavam ali. Não estava bebendo, não dançava, apenas observava os dançarinos adiante, e de vez em quando conversava algo com a amiga.

E fiquei pensando e me indagando: quem será aquela jovem tão bonita ali sentada? Quantos anos terá, será que é solteira? Mas também me recaia em realidade: Qual a bela flor que vai olhar para um jardineiro assim como eu, talvez alguém que apenas esteja sonhando o impossível?


Mas olhava, olhava, olhava. E a cada olhar era em mim despertado um interesse cada vez maior. Já não enxergava apenas a moça sentada, mas uma jovem bela e delicada, porém de beleza indefinida pela distância. Então tive vontade de me aproximar um pouco mais. E tomei coragem para seguir até lá.

Lentamente, cortei a pista de dança e cheguei ao outro lado, próximo onde ela estava sentada com a amiga. A cada passo dado tudo ia se confirmando. Tive vontade de olhá-la fixamente, mas não o fiz. Eu estava envergonhado, juro. Minha timidez posicionou-me ao lado para, de vez em quando, olhar de lado.

E a cada vez que olhava sentia uma sensação diferente. Será Rangel, será que é amor à primeira vista, eu me perguntava. Para depois intimamente responder: Desejar, querer, todo mundo pode, o problema é que os jovens vivem para os jovens, namoram os mais jovens, e o seu tempo já é outro.

Que aflição danada! Então resolvi oferecer uma cerveja, um refrigerante, qualquer coisa. A negativa das duas foi como se um fosso se abrisse a meus pés. Entristeci por dentro e por fora, perdi todo o gosto de estar ali. Mas foi a primeira vez que olhei de perto seu olhar, que senti a beleza de sua face, que me encantei pelos seus cabelos. Vi sua beleza, enfim.

Triste, cabisbaixo, retornei ao mesmo lugar, ao outro lado. Olhei-a novamente, mas dessa vez somente para me despedir. Deixei a seresta mais cedo do que o esperado e levando comigo um ser solitário e entristecido. Naquele momento, junto a ela, nem uma palavra, nem um olhar mais profundo, nenhuma esperança.

Cheguei sozinho e sozinho retornei. Algum tempo depois, já deitado na minha rede de dormir e de solidão, eis que me chega uma mensagem via celular. Era ela. Ela constava como minha amiga no facebook e eu sequer atentara para tal fato. Mas era ela.

“Lembra-se de mim?”. Jamais esquecerei tal pergunta. E agora confesso, já passados quase três meses de amoroso convívio, que só tenho uma resposta: Jamais te esquecerei. E, como disse o poeta, que o nosso amor não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure.

Escritor
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UM PEQUENO RESUMO DOS MAIS BRAVOS HOMENS DO CANGAÇO.

Por Emídio Roberto

"O Cangaço foi um fenômeno do banditismo brasileiro ocorrido no Nordeste do país em que os homens do grupo vagavam pelas cidades em busca de justiça e vingança pela falta de emprego, alimento e cidadania causando o desordenamento da rotina dos camponeses".

subgrupos:

Os que prestavam serviços Caracterizados para os Latifundiários; os "Satisfatórios", Expressão de poder dos grandes Fazendeiros e os Cangaceiros independentes, com Características de Banditismo.


O primeiro bando de cangaceiros que se tem conhecimento foi o de Jesuíno Alves de Melo Calado, "Jesuíno Brilhante", que agiu por volta de 1870, embora alguns historiadores atribuam a Lucas Evangelista o feito de ser o primeiro a agregar um grupo;Característico de Cangaço, nos arredores de Feira de Santana (em 1828), sendo ele preso junto com a sua quadrilha em 28 de Janeiro de 1848 por provocar durante vinte anos assaltos contra a população de Feira.

Corisco

O último grupo cangaceiro famoso porém foi o de "Corisco" (Cristino Gomes da Silva Cleto), que foi assassinado em 25 de maio de

O Cangaceiro mais Famoso foi Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, que também denominado o "Senhor do Sertão" e "O Rei do Cangaço". Atuou durante as Décadas de 20 e 30 em praticamente todos os Estados do Nordeste.

O cangaço teve o seu fim a partir da decisão do então Presidente da República, Getúlio Vargas, de eliminar todo e qualquer foco de desordem sobre o território nacional. O regime denominado Estado Novo incluiu Lampião e seus cangaceiros na categoria de extremistas. A sentença passou a ser matar todos os cangaceiros que não se rendessem.

Lampião

No dia 28 de julho de 1938, na localidade de Angico, no estado de Sergipe, Lampião finalmente foi apanhado em uma emboscada das autoridades, onde foi morto junto com sua mulher, Maria Bonita, e mais nove cangaceiros.

Este era o cangaceiro Cirilo de Engrácias

Os cangaceiros foram Degolados e suas Cabeças colocadas em Aguardente e cal, para Conservá-las. Foram expostas por todo o Nordeste e por onde eram levadas atraiam Multidões.

O Cabeleira

José Gomes. Nascido em 1751, em Glória do Goitá.

Lucas da Feira

Lucas da Feira, ou Lucas Evangelista, agiu na região da cidade baiana de Feira de Santana entre 1828 e 1848. Ele e seu bando de mais de 30 homens roubavam viajantes e estupravam mulheres. Foi enforcado em 1849.


Um caso particular foi o de Januário Garcia Leal, o Sete Orelhas, que agiu no sudeste do Brasil, no início do século XIX, tendo sido considerado justiceiro e honrado por uns e cangaceiro


Obrigado/a Administradores do Grupo.

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DEFESAS DE MONOGRAFIAS - DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA DA FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE - SALAS DE CARTOGRAFIA E DE GEOPROCESSAMENTO

Discente Mariana Manoela em sua defesa de monografia
Prof. Doutorando Robson Fernandes Filgueira, Profa. Doutoranda Maria José Costa Fernandes, discente Mariana Manoela e o Prof. Dr. Jionaldo Pereira de Oliveira
Profa. Doutoranda Maria José Costa Fernandes e a discente Mariana Manoela
Prof. Dr. Jionaldo Pereira de Oliveira, discente Caroline Matoso, Profa. Doutoranda Maria José Costa Fernandes e o prof. Ms. Tarcísio Silveira Barra
Discentes Caroline Matoso e Mariana Manoela
Discente Ronaldo Mendes e a Profa. Doutoranda Maria José Costa Fernandes
Profa. Doutoranda Maria José Costa Fernandes, discentes Caroline Matoso, Mariana Manoela e familiar de aluna presente na defesa dos trabalhos de conclusão de curso
Defesa de monografia - Discente Roseane Torres
Defesa de monografia - Discente Roseane Torres
Defesa de monografia - Discente Roseane Torres
Defesa de monografia - Discente Roseane Torres - Da esquerda para a direita: Prof. Ms. Tarcísio Silveira Barra, discente Roseane Torres, Profa. Doutoranda Maria José Costa Fernandes e o Prof. Doutorando Otoniel Fernandes da Silva Júnior
Discente Roseane Torres, após a defesa de trabalho de conclusão de curso e a Profa. Doutoranda Maria José Costa Fernandes
Discentes e familiares assistindo defesa de monografia na sala de cartografia do Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
Confraternização de professores e discentes após defesas de monografias. O encontro ocorreu na sala de reunião do Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. Ao fundo destaca-se o quadro denominado Agreste, pintado pela artista plástica e geógrafa Franci Dantas.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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LAMPIÃO: A VINGANÇA DE CORISCO NO PALCO DOS INOCENTES - PARTE I

https://www.youtube.com/watch?v=art2-i2lXvs

Publicado em 1 de agosto de 2015

Essa narrativa do Senhor Celso Rodrigues, foi feita para mais de uma centena de pesquisadores, historiadores e admiradores do tema Cangaço. Foi proferida na Fazenda Patos, no município de Piranhas no Estado de Alagoas, Brasil, que foi o palco de uma das maiores atrocidades desse cangaceiro para vingar a morte de Lampião, o Rei dos Cangaceiros. Corisco matou seis pessoas e degolou suas cabeças e as enviou para o Tenente João Bezerra, comandante das Volantes que trucidaram Lampião, Maria Bonita e alguns cangaceiros. Eram as vítimas pessoas inocentes que não tiveram nada com a morte de Virgulino Ferreira, o Lampião. Foi o próprio delator quem indicou a Corisco que a traição, tinha vindo da família do vaqueiro, o Senhor Domingos Ventura. Foram assassinados além dele, sua esposa e mais quatro membros de sua família.

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CERTIDÃO DE ÓBITO!


CERTIDÃO DE ÓBITO DO (CANGACEIRO) CRISTINO GOMES DA SILVA ( CORISCO) LAVRADA EM MIGUEL CALMON BAHIA CAMARCA DE JACOBINA EM 27-DE MARÇO DE 1940...!!!!

(Palavras do Meu amigo Sgt. Manoel Santana)

Olá, Guilherme! amigo velho, essa certidão de Óbito do cangaceiro Corisco é algo extraordinário. Onde podemos observar alguns dados interessantes: Profissão: Bandido, Domicílio: Nômade. O Sargento José Fernandes da Silva que declarou o óbito de Corisco, deve ter ficado famoso naquela época, pela façanha de ter matado o temido Corisco com tiros de metralhadora.

Abraço.
Sgt. Santana.
Serrinha - BA.

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MANOEL PAU FERRO (VELOCIDADE)


Cangaceiro alagoano da localidade de Pão de Açúcar. Branco, alourado, cabelos escassos, olhos miúdos, acorcundado(...)

Foi preso em Alagoas quando estava apanhando água em um caldeirão. A Força cercou-o silenciosamente, e sob as miras dos fuzis ele não teve outra alternativa entregando-se(...)

Velocidade fazia parte do bando de Corisco e teve participação ativa no massacre da família do vaqueiro Domingos Ventura. Sendo ele (Velocidade) o autor das mortes.


Fontes: Imagens Google 

Livros: - Dicionário Biográfico Cangaceiros & Jagunços. Autor: Renato Bandeira. 

- Corisco A sombra de Lampião. Autor: Sérgio Dantas.

** No livro do Renato Bandeira, o nome de Batismo desse cangaceiro, seria Pedro, e no de Sérgio Dantas, Manoel.

Fonte: facebokk
Grupo: O Cangaço

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O MASSACRE DE CANGALEIXO

O primeiro da direita não é Zeppelin e sim, o cangaceiro Pavão 

O tenente José Rufino tido por muitos pesquisadores como o maior perseguidor de Lampião, partindo do Raso da Catarina, em terras baianas, segue à pé com sua tropa em longa caminhada, até o Estado de Sergipe, mais precisamente entre os municípios de Porto da Folha, e Gararu, sempre em busca de alguma evidência que pudesse levá-los ao encontro dos bandoleiros. Nessa região, havia um grande coiteiro de Lampião, chamado vulgarmente de "Mané Véio", que aliás, já estaria na mira de alguns comandantes, por ter o costume de indicar às volantes, caminhos opostos onde os facínoras verdadeiramente encontravam-se. Foi isso que ele fez com o Sargento Odon Mathias, quando indicou ao mesmo, que o bando estava acampado na Fazenda Barriguda, quando na verdade, eles estavam na Fazenda Cangaleixo.

Leiamos agora, um trecho do diálogo entre o Tenente José Rufino e Mané Véio (não confundir com o Mané Veio, que participou do combate do Angico, trata-se apenas de uma coincidência de nomes):

- Mané, não minta, eu já sei de sua fama de mentir pra gente quando perguntamos sobre os bandidos. Por que, você indicou a Barriguda pro Sargento Odon, sabendo que eles não estavam lá? (Zé Rufino).

- Porque o senhor sabe que eles matam a gente, seu tenente. Foi por isso que não pude falar, mas pro senhor eu falo, mesmo sabendo que vou morrer. Eles estão no Cangaleixo; e eu vou botar o senhor em "riba" deles. (Mané Véio)

- Lampião está lá também? (Zé Rufino)

- Tá não senhor, quem tá é Mariano, com uma parte do bando (Mané Véio)

- Tá certo, mas você não virá com a gente, preciso de você vivo, basta me indicar onde fica essa fazenda. Mas não minta, senão você morre. (Zé Rufino)

- Daqui à dois quilômetros, o senhor vai encontrar uma casa, chegando lá pergunte onde fica o Cangaleixo, que o morador irá informar o local exato, depois é só seguir o rastro dos bandidos (Mané Véio).

Partiu o incansável tenente junto à sua tropa caatinga à dentro, seguindo as informações (dessa vez pertinente) do velho coiteiro, adentram às terras da fazenda, e de modo até surpreendente, encontram perto de uma "mina d'agua" o rastro dos cangaceiros, porém, inexplicavelmente as "pegadas" só haviam à beira da "pia", já ao seu redor, parecia que ninguém havia pisado ali. Foi quando um dos soldados disse:

- Tenente, será que os bandidos estão lá no fundo da água?

- Vamos continuar procurando, eu sinto que eles estão por perto (Zé Rufino).

O comandante segue a jornada. Foi quando seu fiel e velho rastejador de nome Gervásio, pede para que todos se escondam e fiquem atentos, pois vinha chegando alguém. Era uma criança; um menino de aproximadamente doze anos de idade, que logo foi detido pela tropa, mas antes viram que o mesmo trazia em mãos um pacote de café moído, envolto em um lenço vermelho cheirando à perfume barato. As pistas eram evidentes, a volante sabia que dentro de instantes haveria tiroteio. Interrogaram:

- Menino, cadê os bandidos? (Zé Rufino)

- Não sei de nada (Criança)

- Sabe sim, esse café aqui você ia levar pra lá, onde eles estão? (Zé Rufino)

- Já disse que não sei (Criança)

O tenente enfurecido dá ordens a um de seus soldados:

- Sangre esse peste na goela, pra ele aprender a ser gente (Zé Rufino)

- Fala logo seu filho da puta, onde estão os bandidos? (soldado)

- Pode me matar, mas eu não vou falar nada (Criança)

Abrimos aqui um parêntese, o menino indefeso, tinha razão em omitir a verdade, pois o seu pai encontrava-se no coito junto aos cangaceiros.

O tenente sabendo que não ia conseguir arrancar nenhum tipo de informação da criança, o mantem detido, e segue novamente o rastro dos bandoleiros.

Todos em silêncio, como se fossem felinos espreitando a presa; foi quando de repente, o soldado Gervásio, joga sutilmente uma pedra nas costas de Zé Rufino... era o sinal... quando o mesmo olha pro lado, o soldado aponta o dedo indicador em direção onde estavam os cangaceiros.

O tenente acabara de achar aquilo que tanto procurava. Sabiamente, deu sinal para que a tropa fosse avançando devagar, pois os cangaceiros estavam jogando cartas despreocupadamente. Entretanto, haviam deixado um dos "cabras" de sentinela, e a volante não havia percebido isso. Foi quando o cangaceiro que estava de prontidão, avistou a volante, e gritou; ja atirando:

- Macaco...macaco...macaco

Aí começou o inferno

Atentemos para o relato do soldado Bem-Te-Vi, que havia entrado para a polícia, com o intuito de vingar a morte de seu pai, morto por um grupo de cangaceiros, supostamente pelo facínora Mariano:

"O tiroteio cerrou-se por pouco tempo, nós pegamos eles de surpresa, coisa de meia hora já tava acabado. Aí fomos tentar pegar alguma pista dos outros que fugiram, pra ver se tinha algum baleado. Mas não achamos. Voltamos pro coito de onde saímos e vimos que havia três "cabras" caídos. O coiteiro (pai da criança) que tava jogando com eles, foi baleado e morreu, dois cangaceiros estavam feridos, um já quase morrendo, e o outro que estava mais distante também agonizando, foi o primeiro a ter a cabeça cortada e levada pra junto dos outros que estavam feridos".

O tenente Zé Rufino, percebe que um dos baleados, é Mariano, o possível assassino do pai do soldado Bem-Te-Vi, e diz:

- Bem Te Vi, esse é Mariano, o bandido que matou seu pai. Chegou a hora de se vingar. Ele ainda está vivo, mas não estrague a cabeça, pois eu vou precisar dela.

O soldado às lagrimas e como um louco, saca de seu punhal, e desfere inúmeros golpes no já quase morto cangaceiro. Porém, pasmem os senhores, ele não conseguia matá-lo. A única e última opção seria literalmente o tiro de misericórdia. E assim o fez. Com arma curta, pôs fim à um dos grandes sequazes de Lampião, ainda, desde a fase pernambucana (década de vinte).

Explicamos aos leitores, que o cangaceiro Mariano, não fora o autor da morte do pai do soldado Bem-Te-Vi. Muito embora saibamos que esse fato não faria com que o bandoleiro tivesse sua vida poupada pela volante.

Analisemos agora as três fotos:

1 - O desfecho trágico do combate, as cabeças de Mariano, "Pai Veio" (pai da criança), e fazemos aqui uma observação, o terceiro que está grafado como Zepellin, na verdade é Pavão, houve um equívoco na hora das escritas sobre a fotografia à época. Entretanto, o verdadeiro Zepellin, também teve uma morte tenebrosa, sendo decapitado da mesma forma.

2 - Volante de Zé Rufino, que é indicado pela seta vermelha. Fotografia tirada coincidentemente um dia antes do combate. E sabe quem a bateu? Ele mesmo, o incansável Benjamim Abrahão, que com isso, prova que tinha livre acesso caatinga à dentro, principalmente pela chancela do Padre Cícero, o que o fazia ser respeitado.

3 - O local exato do combate, a fazenda Cangaleixo. Percebam pela imagem, que não há nenhum sinal de que aí, foi palco de mais uma parte importante do tema cangaço, denotando mais uma vez, o quão é difícil o trabalho de pesquisar em campo. Chegar a um lugar como esse, é sacrificante sobretudo. E essa imagem, é do arquivo pessoal do Sr. Sérgio Dantas, um estudioso do assunto, com várias publicações. Indubitavelmente um grande pesquisador.

Fonte: Charles Garrido
Pesquisador - Fortaleza-Ce

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AS CRUZES DO CANGAÇO PARABENIZA DONA LUZIA CARMINA, PELA PASSAGEM DOS SEUS 96 ANOS.


Nascida em 08/02/1921, Luzia Carmina da Silva, filha de Antônio José de Souza (Caboclo Garapu) e de Carmina Nunes da Silva é uma dessas baraúnas sertanejas que resistem ao tempo, semeando amor e carinho a todos que a rodeiam. Apesar de todo sofrimento que já passou, Dona Luzia tem uma alegria contagiante e nada parece abalar ou modificar o seu jeito de ser. Com seis anos de idade perdeu seu pai, o Caboclo Garapu, e foi criada enfrentando as durezas da vida e nunca mostrou fraqueza. Ainda hoje cuida da criação de bodes, varre o terreiro e na cozinha dá um show. 


Te amamos muito meu anjo lindo, és um exemplo a ser seguido, não vejo a hora de te abraçar e te beijar, sentindo a energia maravilhosa que emana do seu espírito de luz. Anjos existem, só não sei como ela consegue camuflar suas asas. Eu peço a Deus todos os dias que a proteja e te dê muita saúde e muitos anos de vida. 

Obrigado por tudo Tia Luzia, você mora em nossos corações e será lembrada de geração em geração, pois agora sois imortal. Dona Luzia Carmina é uma das últimas remanescentes da época do cangaço em Floresta - PE, sua mãe era prima dos terríveis irmãos: Antônio, André e Zé Marinheiro, que pertenciam ao bando do famigerado Lampião. 

Feliz aniversário, minha cabocla linda!

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