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terça-feira, 1 de março de 2022

LIVRO DO JOÃO DE SOUSA LIMA

 

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VÍDEO

 Por Helton Araújo

https://www.youtube.com/watch?v=ZnfnSMCV2HQ&ab_channel=Canga%C3%A7oEterno

https://youtu.be/ZnfnSMCV2HQ

Pessoal não estou tendo tempo devido a problemas aqui no trabalho para produzir vídeos.

Sendo assim no vídeo de hoje contei com o apoio do amigo @Anderson Fatos Na História do Canal Fatos na História para produzir.

Quem poder pfv assistam.

Neste vídeo conto com o auxilio do amigo Anderson do canal Fatos na História, que nos apresenta mais um dos crimes cometidos por Lampião e seu bando.

Capítulo 01 : 0:20 Comunicado importante
Capítulo 02 : 1:30 O bem sucedido Macário
Capítulo 03 : 1:58 A chegada de Lampião e seu bando
Capítulo 04 : 2:32 O sequestro
Capítulo 05 : 3:04 O trágico fim de Aureliano
Capítulo 06 : 3:28 A maldade de Volta Seca
Capítulo 08 : 4:17 O resgate

Sigam o canal Fatos na História

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LAMPIÃO PERDEU O CHAPÉU PARA SE LIVRAR DE UMA SARAIVADA DE BALAS.

Depois do combate da Serra da Forquilha, em Vila Bela, Sinhô Pereira foi com o seu bando para casa de Neco Alves, na fazenda Taboleiro, fronteira do Estado da Paraiba, onde logo na chegada da propriedade, Lampião que ia com Levino e Antônio Ferreira na frente do grupo, para se livrar de uma saraivada de balas dos soldados, perdeu o chapéu.

A maior desmoralização, talvez, para um cangaceiro, era depois de um tiroteio, não importa porque motivo, aparecer com a cabeça descoberta.

Lampião, naquele dia, na chegada da casa de Neco Alves, com os " macacos" metendo-lhe bala, voltou para procurar o chapéu, sendo ferido, gravemente, por um balaço na virilha e outro no peito.

- Na hora ele saiu andando, mas não aguentou e caíu logo depois. Livino e Meia Noite o arrastaram para um lugar seguro, dentro do mato. Fizemos, então, um rancho, na fazenda dos Cosmos (gente humilde, mas minha amiga) e mandei chamar um médico conhecido da família, o Dr. Mota. Só viajamos 20 dias depois, quando foi possível Lampião andar.

Da série de entrevistas concedidas por Sinhô Pereira a Osvaldo Amorim e publicadas no Caderno B do Jornal do Brasil, a partir de 25/02/1969.

Fonte: VILA BELA, OS PEREIRAS E OUTRAS HISTÓRIAS.

De: Luís Wilson

https://www.facebook.com/groups/179428208932798

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FILME

Por Adauto Silva

A Netflix anuncia nesta quinta-feira (24) mais uma produção nacional: a série de comédia O Cangaceiro do Futuro. Inspirada na história de Lampião (1898-1938), a produção vai mostrar ainda mais a diversidade brasileira nas telas. As gravações ocorreram no município de Quixadá, no Ceará, e terminaram em São Paulo. A trama tem previsão de estreia para o segundo semestre deste ano.

Protagonizada por Edmilson Filho, a série conta também com Chandelly Braz, Dudu Azevedo, Frank Menezes, Fábio Lago, Evaldo Macarrão, Haroldo Guimarães, Max Petterson, Valéria Vitoriano, Solange Teixeira e Carri Costa no elenco. A produção terá sete episódios de aproximadamente 30 minutos cada.

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OS FERIMENTOS DE ANTÔNIO FERREIRA NO BANDO DE SINHÔ PEREIRA

O cangaceiro Antônio Ferreira (irmão de Lampião) foi baleado duas vezes na época que esteve no bando de Sinhô Pereira. A primeira foi na fazenda Abóboras, do cel. Marçal Diniz, onde o cap. Zé Caetano e, entre outros, o tenente Ibraim, cercaram a casa da propriedade. Brigaram 5 horas e ali Antônio Ferreira foi ferido no braço e na coxa.

- Mas eles não aguentaram o tiroteio e deram o fora, conta Sinhô Pereira.

A segunda vez ocorreu em um combate no estado do Ceará, onde o major José Inácio do Barro, aparentado da família de Sinhô Pereira, havia arranjado uma encrenca com o Padre Lacerda, do Arraial do Coite, e o mandara chamar.

- Cercamos os cabras do Padre com 70 homens. Eles eram 50. O tiroteio começou cedo e durou até a tardinha. Ali eu perdi 4 homens, sendo 3 do major e um meu. Antônio Ferreira saiu outra vez ferido no braço. Antes de entrar para o meu grupo já havia sido ferido numa perna e na mão direita, onde tinha dois dedos que não mexiam. Depois que chegaram mais 15 ou 16 homens para o grupo deles, comandados pelo sargento Romão, nós demos o fora, pois não estávamos levando vantagem. Isso foi no dia 20 de janeiro de 1921.

Da série de entrevistas concedidas por Sinhô Pereira a Osvaldo Amorim e publicadas no Caderno B do Jornal do Brasil, a partir de 25/02/1969.

Fonte: VILA BELA, OS PEREIRAS E OUTRAS HISTÓRIAS.

De: Luís Wilson

Facebook página do José João Souza.

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A MORTE DO SARGENTO DELUZ - PARTE I

 Por José Mendes Pereira


Segundo o escritor Alcino Alves Costa escreveu em seu Livro “O Sertão de Lampião” que o verdadeiro assassino do cangaceiro Juriti o seu nome de batismo era Amâncio Ferreira da Silva, famoso caçador de cangaceiros que se têm informações era da polícia sergipana. Esta figura era pernambucana, com naturalidade duvidosa, porque uns afirmavam que ele era lá de São Bento do Una, enquanto outros diziam que o famoso e carrasco policial era da cidade de Gravatá. Ele nasceu no dia 11 de agosto de 10905. Mas o seu nome de batismo sempre ficou esquecido, porque desde criança era conhecido por Deluz, nome que o fez pessoa importante na região que sempre esteve prestando os seus serviços à polícia militar e ingressou na força logo muito jovem.

Com o banditismo tomando de conta dos sertões nordestinos matando, roubando, destruindo tudo que via pela frente, Deluz recebeu ordem para ir destacar no último porto navegável do baixo São Francisco, o minúsculo lugarejo da família Britto, lá no Canindé do São Francisco.

Ali, naquele tempo, o sertão no abandono, a coroa que reinava por lá era do velho guerreiro, destemido e sanguinário rei do cangaço o Lampião; e o jovem militar seguindo a missão de tantos outros do seu tempo, foi também incumbido para caçar cangaceiros, e iria enfrentar o poder do famoso e perverso Lampião.

Desde muito cedo que o Deluz demonstrava ser destemido e com isso, seu nome caiu na boca do povo como sendo um homem de muita coragem, e que nunca conheceu o significado da palavra medo, mas talvez carregasse consigo a pesada cruz, que era perseguir cangaceiros, homens que não tinham medo de ninguém e nem o que perderem. Após a chacina de Angico um dos seus divertimentos era procurar por todos os lugares ex-cangaceiros que sobraram da “Empresa de Cangaceiros Lampiônica & Cia” para matar, assim aconteceu com o ex-facínora Juriti que soube que ele estava na fazenda Pedra D’água, na casa do seu amigo Rosalvo Marinho, e assim que tomou conhecimento, Deluz e seus capangas foram até lá para engaiolá-lo. Assim que o prenderam levaram-no para as matas, e lá, ele foi morto dentro de uma língua de fogo.

Uma das crueldades e gostosa que achava o Deluz era tirar ladrão da cadeia de Propriá e levar o infeliz para o Rio São Francisco e lá, amarrava-o a uma pedra e o jogava dentro das águas. O tempo foi passando e a sua fama de homem valente foi se espalhando por toda região do São Francisco. As mocinhas quando o via desfilando pelas ruazinhas do arruado ribeirinho se derretiam em dengos e desejos.

Diz o escritor Alcino Alves que um descendente dos Garra, e que foi uma das primeiras famílias de Poço Redondo deixou de morar no arruado de Cupira e China para fazer companhia a um tio paterno de nome João Grande morador da pequena povoação de Curituba, sendo esta de um senhor chamado João dos Santos, lugar localizado nas terras do Canindé do São Francisco. O rapz chamava-se João e era filho de Hipólito José dos Santos e dona Marinha Cardoso dos Santos que era chamada carinhosamente de Vevéia. Seus filhos eram: Germiniano, Joaquim, Chiquinho, José (Zé Hipólito), Antonio (Touca), Miguel, Manuel (Naninga), além de João o João Marinho; tinha ainda as irmãs Isabel (Iaiá), Maria, Antônia Rosa, Júlia Filomena e Francelina num total de quatorze irmãos descendentes daquela família lá das areias brancas de Poço Redondo.

O João Marinho dedica a sua vida nas terras de Canindé e parte para um compromisso sério com Maria, uma mocinha da conceituada família dos Gomes daquele pedaço de sertão sofrido. Noivam e se casam. O João Marinho resolveu ir trabalhar em uma das propriedades do coronel Chico Porfírio, na fazenda Brejo. O casal segue as tradições e os costumes da época, filhos e mais filhos foram nascendo. Hortêncio, Jonas, Zé Marinho, Angelina, Maria (Mariinha) Dalva e Santa.

João Marinho é um homem trabalhador, além dos filhos fazia planos para o futuro. Trabalhava com afinco e com dignidade, e viu os seus planos serem realizados, porque findou comprando a propriedade que morava., e com trabalhos, dedicação e coragem conseguiu fazer no Brejo uma das mais consideradas propriedade no imenso mundão de Canindé do São Francisco. O seu nome ficou respeitado no meio daquela gente como um vitorioso. Com as facilidades que a vida lhe deu dois dos seus irmãos (Chiquinho e Zé Hipólito) muda-se para Canindé, ali se casam. As sorteadas foram duas irmãs a Delfina e Anália.

O Chiquinho foi trabalhar como vaqueiro na Fazenda Rancho do Vale, de um conceituado Monteiro Santos, e o Zé Hipólito após vender a sua propriedade de nome Pindoba ao tenente João Maria da Serra Negra e faz nova moradia dando o nome de Vertente.

O João Marinho de Poço Redondo se tornou o patriarca daquela região. Seus filhos estão crescidos, e tanto os rapazes como as moças são desejados. Namorá-los é o desejo daquela juventude.

O Deluz começou a paquerar a Dalva e logo ficou apaixonado. O pai da Dalva o João Marinho ao saber do relacionamento da filha com o Deluz não ficou satisfeito. O João era um homem tranquilo, e não desejava aquele homem misturado na sua família, porque ele queria o melhor para sua filha. E geralmente, namoro termina em noivado, e com a continuação, será realizado casamento. E sem muita demora a Dalva casou-se com o temido sargento. Mas Deluz não estava muito satisfeito com o seu cônjuge, e três dias depois Deluz pôs a Dalva na frente e foi devolvê-la aos pais.

Uma grande desgraça! O que aconteceu que o sargento Deluz levou a esposa e a entregou aos pais?

Continuarei amanhã!

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SINHÔ PEREIRA E AS VINGANÇAS FAMILIARES

 Por Rostand Medeiros


https://www.youtube.com/watch?v=MaN_lROPqnU&ab_channel=FatosnaHist%C3%B3ria-Canga%C3%A7oeNordeste

O pesquisador Rostand Medeiros fala sobre Sinhô Pereira, um dos pioneiros do Cangaço e seu ciclo de vinganças familiares, traçando um paralelo com outros chefes de bando, como Lampião.

Referências: "Sinhô Pereira: o Cangaço e o ciclo de vinganças familiares" Créditos: EBC na Rede Imagens da Vinheta: Benjamin Abrahão Botto

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SARGENTO DELUZ - O ALGOZ DO CANGACEIRO JURITI

 Por Nordeste Fantástico

https://www.youtube.com/watch?v=U6GGlOKk-hU&ab_channel=NordesteFant%C3%A1stico

O vídeo trata-se de um resumo da história do Amâncio Ferreira da Silva, conhecido no mundo do cangaço por sargento Deluz. Nascido no dia 11 de agosto de 1905, este pernambucano ainda muito jovem foi para o Estado de Sergipe, indo prestar os seus serviços na polícia militar sergipana. Ficou muito conhecido por sua crueldade e por ser algoz do cangaceiro Juriti.

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ZERO CARNAVAL

 Clerisvaldo B. Chagas, 1 de março de 2022

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.667


 

A proibição de Carnaval este ano, pareceu uma justa homenagem às vítimas de Covid no Brasil e às vítimas da invasão na Ucrânia. Mas, independentemente disso, o que encontramos em Santana do Ipanema nestes dias de folia foram ruas desertas e pequenos grupos de pessoas, esporadicamente bebendo defronte às suas residências.  Um silêncio absoluto nas avenidas semelhante aos antigos dias de finados. Para quem gosta de Carnaval em Santana, deve haver ainda a recordação de um homem que brincava o Carnaval sozinho. Chamava atenção porque além de ter sido interventor, era comerciante e fazendeiro. Nunca participava de bloco algum. Com apenas uma dessas máscaras finas e simples compradas em lojas, perambulava rua acima, rua abaixo, sem nenhum outro aparato, fora a máscara fina, que pudesse disfarçá-lo.

Firmino Falcão Filho, o seu Nouzinho, na época, proprietário da Sorveteria Pinguim, parecia antecipar o presente Carnaval da COVID 19. Um Carnaval solitário, pessoal, intimamente ligado as entranhas do eterno brincante. Se o prezado leitor quer saber sobre aquelas turmas de santanenses que deixavam Santana em direção a Pão de Açúcar ou Piranhas, não sabemos responder. O Carnaval está proibido em Alagoas confirmado por vários municípios. Seria um correr sem graça para outros lugares. Assim os que não pulam no reinado de Momo, repetem a mesma cena de outros tampos, sentam na esquina do antigo Hotel Central, em pleno Comércio, para apreciarem bandos e blocos que não passam mais. Restam apenas as fofocas que não são exclusividade das mulheres.

Saudade dos homens:

 

Você pensa que cachaça é água

Cachaça não é água, não

Cachaça vem do alambique

E água vem do ribeirão.

 

Paródia das mulheres:

 

Você pensa que babado é bico

Babado não é bico, não

Babado se bota em vestido

E bico em combinação...

 

Tempos de incertezas e melancolia.

Só Deus na causa.

CARNAVAL EM SANTANA DO IPANEMA (FOTO: B. CHAGAS).


http://clerisvaldobchagas.blogspot.com/2022/02/zerocarnaval-clerisvaldob.html

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AS AMANTES DO CANGAÇO

Por Yuno Silva - Repórter

A primeira é Adília que era companheira de Canário - sergipana Ilda Ribeiro da Silva (A direita na foto) entrou para a história como a cangaceira Sila.

A imagem de Maria Bonita combatendo de igual para igual ao lado de Lampião pode não passar de ficção. Coisa de cinema. “Nos filmes vemos as mulheres do cangaço pegando em armas e guerreando, quando, na realidade, desempenhavam o papel de amantes. Eram a elite do bando: ficavam nos acampamentos e não tinham que se preocupar em fazer a comida ou lavar roupa. Passavam o tempo bordando a estética do cangaço”, defende Geraldo Maia do Nascimento, economista de formação, escritor e pesquisador da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço sediada em Mossoró.

A tese de Geraldo, exposta no livro “Amantes Guerreiras” (Sebo Vermelho Edições, R$ 30), busca embasamento em relatos reais de ex-cangaceiras, depoimentos somados a muita pesquisa e testemunhos de parentes e pessoas que viveram o período.

“Estou envolvido nesses estudos há mais de 15 anos, gravando entrevistas, consultando outros livros e cruzando informações. Conversei com a ex-cangaceira Sila (1919-2005), quando ela esteve aqui em Mossoró. Ela foi esposa de Zé Sereno, era confidente de Maria Bonita, e confirmou tudo o que está no livro”, garante o pesquisador, que também coletou depoimentos de senhoras, com idade entre 98 e 105 anos, em Paulo Afonso (BA).

“Amantes Guerreiras” será um dos três lançamentos que o Sebo Vermelho promove durante a programação do Festival Literário da Pipa – Flipipa, que acontece entre 6 e 8 de agosto na famosa praia do litoral Sul.

Os outros dois títulos são o inédito “A Ressuscitada”, de Francisco Galvão, que trata da presença holandesa no litoral sul do RN e das atividades da família Albuquerque Maranhão em Canguaretama; e uma reedição de “Memória Viva de Chico Antônio”, do professor Carlos Lira, que chegou a ser lançado em 2003 pela EDUFRN mas está esgotado. O livro sobre o coquista foi ampliado com fotos mais texto de apresentação assinado por Mário de Andrade, originalmente publicado em 1929 no jornal A República.

Passado desconhecido
“Amantes Guerreiras” é dividida em duas partes: na primeira metade Geraldo traz toda a história sobre o papel da mulher no cangaço, enquanto na segunda apresenta perfis (muitos com fotos) de 95 mulheres que se envolveram com o cangaço entre 1930 e 1940. “O livro está mais focado no período de Lampião, com a entrada de Maria Bonita”.

A publicação é desdobramento de uma palestra sobre o papel da mulher no cangaço, e teve uma primeira edição resumida, já esgotada, que saiu em 2001 pela Coleção Mossoroense (Fundação Vingt-Un Rosado), com 25 perfis.

Obviamente as cangaceiras não eram dondocas, fazer parte do bando e viver de forma nômade no meio de constantes conflitos não era para qualquer uma. Tinham que ser guerreiras, apesar de poupadas na hora de encarar a frente de batalha. Sem falar que não havia lugar para solteiras nem viúvas: se o companheiro morresse em batalha, não tinham tempo de chorar a perda. “Tinham logo que escolher um outro marido para permanecer no grupo”, disse Maia.

O pesquisador ressalta que as ex-cangaceiras passaram muitos anos, décadas, escondendo essas histórias. “Nem a família conhecia o passado dessas mulheres, muitos filhos e netos ficaram sabendo no leito de morte delas. Demorou muito até perderem o medo de serem presas, apesar do Governo ter anistiado todos do cangaço na época, por isso muita coisa se perdeu e há muito o que se descobrir ainda”.

Pesquisa permanente
Geraldo Maia do Nascimento contou que os membros da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço estão sempre viajando, em busca de alguém ainda vivo: “Um policial que participou de alguma volante, um coronel, um ex-cangaceiro”. Ele disse que muitos cangaceiros que escaparam foram morar no Sul e Sudeste, principalmente em São Paulo, onde o dentista, escritor e pesquisador Antônio Amaury Corrêa de Araújo fez o primeiro levantamento sobre o papel das mulheres no cangaço.

“Amaury foi pioneiro no tema, publicou ‘Lampião - As mulheres e o cangaço’ (Traço Editora, 2012), teve contato com uma ex-cangaceira e conseguiu chegar a outras. Foi uma das minhas fontes, e fiz questão de incluir todas as referências no livro para não deixar dúvidas”, finaliza Maia.

http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/as-amantes-do-cangaa-o/319989

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