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domingo, 29 de abril de 2018

LIVRO “O SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO”, DE LUIZ SERRA


Sobre o escritor

Licenciado em Letras e Literatura Brasileira pela Universidade de Brasília (UnB), pós-graduado em Linguagem Psicopedagógica na Educação pela Cândido Mendes do Rio de Janeiro, professor do Instituto de Português Aplicado do Distrito Federal e assessor de revisão de textos em órgão da Força Aérea Brasileira (Cenipa), do Ministério da Defesa, Luiz Serra é militar da reserva. Como colaborador, escreveu artigos para o jornal Correio Braziliense.

Serviço – “O Sertão Anárquico de Lampião” de Luiz Serra, Outubro Edições, 385 páginas, Brasil, 2016.

O livro está sendo comercializado em diversos pontos de Brasília, e na Paraíba, com professor Francisco Pereira Lima. 

 franpelima@bol.com.br

Já os envios para outros Estados, está sendo coordenado por Manoela e Janaína,pelo e-mail: 


Coordenação literária: Assessoria de imprensa: Leidiane Silveira – 

(61) 98212-9563 leidisilveira@gmail.com.

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CARIRI CANGAÇO FORTALEZA!



Com as figuras encantadas do cariri cangaço: Célia Maria Quirino Silva Lucas do Crato, Juliana Pereira, Jonas Luiz de Icapuí..., numa festa de Cultura!






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ESPERANDO (E QUASE DESESPERANDO)

*Rangel Alves da Costa

Toda espera coloca um pé margeando um abismo, já disse o poeta. Já outro sintetizou que a espera é laço que não se desfaz por desejo ou vontade própria. Tudo verdade. Nada mais difícil e tormentoso que esperar.
O simples ato de esperar implica em afetação de comportamentos e em diversas consequências. E todas angustiantes, aflitivas, atormentadoras. É como se a pessoa tivesse a vida suspensa na dependência de outro acontecimento.  
O desejo e a vontade, o temor e a necessidade, são algumas das consequências da espera. E fato que se torna em desespero pela demora de acontecer. Um olhar lançado ao relógio, os passos de lado a outro, a mente fazendo suposições, a visão que se lança pela porta, pela estrada, pela janela. Assim se afeiçoa a expectativa.
E surgem as mais cruéis indagações: Será que virá, será que á agora, por que ainda não chegou? Será que vem mesmo, será que vai mesmo acontecer, por que não acontece logo para acabar com esse desespero? Já deveria ter chegado, já deveria ter acontecido, mas por que não há logo uma resposta para essa espera?
O relógio bate o seu tempo certo, mas parece que os ponteiros perderam o rumo, correm ou estão cansados demais. A porta silenciosa e no mesmo lugar, mas parece que se aproxima e que a qualquer momento será tocada. A estrada se alonga, a curva adiante sem sombra ou sinal, mas parece que um vulto ganha contorno, que enfim a pessoa virá. Mas tudo miragem, ilusão da espera.
As situações de espera são as mais diversificadas e terrificantes possíveis. E os momentos assim são os mais longos, verdadeiras eternidades. Os passos seguem sozinhos ao redor, nada se tem como normalidade. Tudo acontece, menos o esperado. O coração pulsa apressado, os olhos vagueiam atônitos, tudo indica que vai acontecer a qualquer momento. Mas nada.


A linda donzela, cheirosa a loção de alfazema, com cabelo em trança e face rosada, corre ao entardecer para a janela e, na ilusão do amor primeiro, se põe a esperar que o seu príncipe encantado passe. Quem sabe se ele não desponta na esquina com uma flor à mão e um olhar de apaixonada confissão. Mas tarde após tarde, já caindo a noite, e somente a vã espera.
O pai de primeira viagem já não suporta mais a aflição. A esposa esperando o filho tão sonhado, já em trabalho de parto, mas ele tem de ficar aguardando o anúncio na antessala ou no corredor da maternidade. E nada de a porta abrir, nada de aparecer o médico ou enfermeiro para dizer qualquer coisa. Também não consegue ouvir qualquer choro de criança. Nada. Quer gritar, mas a placa adiante avisa: Silêncio!
No leito de morte, a família reunida ao redor, o velho parente não suporta a dor daquele momento e vai encostar-se a qualquer coisa do lado de fora. Aí, tudo fazendo para não desabar de vez, mas sentindo a vazante no olhar e a agonia no peito, aguarda apenas que alguém apareça à porta para a notícia final. E espera e desespera, e de repente os gritos. É o fim e a espera acabou.
Na beirada do mar, na solidão já sombreada do cais, a mulher lança o olhar aflito às águas distantes. Procura enxergar o barquinho de seu pescador que tarda a chegar. Tem um lenço à mão e teme não mais reencontrar seu amor para a festa da vida. E o tempo passa, a noite chega de vez, mas nada parece cortando as correntezas. Será que seu amor voltará a seus braços ou foi levado pelo canto da sereia?
E vai esperando até o amanhecer. Ao redor tudo já com outra feição. O alvorecer esperando o sol, o cais esperando as ondas, a gaivota esperando que a mulher aflita entenda o seu grasnado triste. O seu pescador não voltará.

Escritor
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UM BELO TEXTO


Por Antonio Corrêa Sobrinho

AMIGOS, vejam que texto interessante este, que colho na edição de 24/12/1945, do "Diário de Pernambuco", literatura das boas, o registro de um encontro musical, já passados os dias do cangaço, de dois amigos: o veterano soldado de volante, Euclides Vieira de Souza, e o ex-cangaceiro de Lampião, Nicodemos Morais (Nicó).
A ZABUMBA E O CANGACEIRO
Por Luiz Cristóvão dos SANTOS

Inajá é uma cidadezinha da ribeira do Moxotó. O casario se estende no plano, no centro a Matriz e no anglo da praça um tamarindo velho. De tarde, o vento levanta poeira, faz barulho nas janelas, que estrondam, joga areia nos olhos. E ao poente da rua, numa curva macia, o rio sertanejo envolve a cidade amorosamente.

Carnaúbas farfalham nas margens, os leques gentis misturados nas garrancheiras das quixabas. E imensas caraibeiras, cobertas de flor amarela, emprestam à paisagem cinzenta uma nota de estranha e poética beleza. Um céu de ouro vivo sobre a terra queimada. Não conheço nada mais belo nestes mundos do Moxotó, do que as velhas caraibeiras floridas. De longe, parecem tochas ardendo. De perto, ah! Buquês rescendentes, compactos e doirados, na paisagem combusta. À sombra amiga, as cabras esperam que o vento despetale as flores. A seca estiola os campos e mata os rebanhos. Então as caraibeiras oferecem a flor amarela para a fome dos animais. Aos bodes e às piranhas. Poço do Moxotó, de água fria e azulada, a cuja margem flora a caraibeira, guarda a traição das piranhas vorazes. Piranhas são doidas por flor de caraibeiras. Ficam à tona, agressivas e numerosas. E ai de quem mergulhar na água fria e gostosa.

Um dia desses, terminada a audiência, o doutor promotor foi me mostrar a cidade. O Dr. Juiz ficou no cartório despachando a papelada, serviço eleitoral, na certa. Foi quando ouvi o ronco da zabumba. A “Esquenta mulher” parou à porta da Matriz. Vieram uns bancos singelos. Se não me engano era véspera de festa de santo. Apareceu uma garrafa, um copo distribuiu a “bicada”, e a zabumba atacou a “Saudação do Santo”. Foi chegando gente. Sentei-me num tamborete e fiquei olhando a “retreta”. Ao meu lado, empertigado, mãos nos bolsos, quepe em cima do olho, o cigarro apagado no canto da boca, um soldado era todo atenção. Depois, terminada a “peça”, ele pediu:

“Mestre Nicó, ajeita os meninos para a “Caçada da Onça”.

Houve uma pausa. Nova “bicada”. E a zabumba atendeu o pedido do praça. Era uma espécie de toada, na qual, de repente, os pífanos ficavam sozinhos, imitando o latido e o grunhido dos cães. O bombo roncava feito onça ferida e o tarô acelerava como pés de animais em disparada. Aquele é o maior número da zabumba de Inajá. Os músicos capricham. Antônio Matias no bombo, Pedro Clarindo na caixa, Nicodemos Morais (Nicó) e Antonio Ferreira nos pífanos. Um baião, toadas e até uma valsa arrastada e dolente. Então me disseram uma coisa enorme. Aquele soldado era Euclides Vieira de Souza, veterano das volantes, herói do “fogo” de Cachoeirinha, de Favela e do Poço Branco, “cabra” valente da escola do coronel Lucena, de corpo furado de bala no fogo de Olho D’água, sob o comando de Optato Gueiros, com 25 anos de caserna, dos quais a maior parte passou nas volantes, tiroteiando Lampião, arriscando-se, varrendo caatingas, comendo farinha com rapadura e chupando raiz de umbu, esquentando o “papo-amarelo” nos tiroteios, e hoje, ali sem uma fita de promoção, herói anônimo e silencioso, esperando a morte tranquilamente depois de tantos anos de vida arriscada, esquecido dos governos, vendo todo sando dia promoção para muitos que não fizeram nem metade do que ele fez.

E “mestre” Nicó?

Ah! “mestre” Nicó? Era Nicodemos Morais – baixo, moreno, atarracado, cara quadrada – nem mais nem menos, o Nicó do grupo de Lampião, que deu trabalho às volantes, a Manoel Neto, ao coronel Lucena, a Optato Gueiros a Higino, e, em 1927, em companhia de outros “cabras”, caiu prisioneiro no fogo de Vila Bela, curtiu cadeia, deu com os ossos em Fernando de Noronha e agora ali estava, os dedos calejados do mosquetão e do rifle-cruzeta, amaciados no trato do pífano, mestre de zabumba e artista querido do povo. Depois, já quase noitinha, eu vi o soldado Euclides e mestre Nicó recordarem as façanhas passadas.

Desapareceram o volante e o cabra.

Naquele momento eram dois pacatos sertanejos, dois filhos de Deus, que andaram por caminhos diversos, trocaram tiros de rifle, na fúria dos tiroteios e ali estavam na tarde tranquila, no pátio da igreja, o vento do Moxotó varrendo a rua e trazendo a lembrança dos encontros sangrentos e das escaramuças, irmanados pela humilde música da zabumba de Inajá.

Arcoverde, dezembro de 1949.
"Diário de Pernambuco" - 24.12.1949

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PEREGRINAÇÃO A ESTÁTUA DO PADRE CÍCERO, 1970'S.



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A SAGA DA MENINA ZEFINHA

Por Rogério Santos

No estudo do cangaço, os pesquisadores sempre definiram hipotéticos graus de importância entre os objetos de pesquisa. Os leitores, por conseguinte, acabam seguindo religiosamente estes professores e definindo que um rastejador tem importância menor que um cangaceiro. Reles engano, todos tem sua história, independentemente de seu credo, cor, idade, sexo e posição social. A diferença mais visível, nada é mais que o tempo que passamos com os holofotes sobre um personagem em específico. Assim foi a história da menina Zefinha, ora citada como sequestrada, outrora como adotada. Mas, sem dúvidas foi uma das personagens mais importantes da história do cangaço, mesmo 78 anos sendo reduzida a “uma menina que estava com Corisco” na maioria dos livros.

Minha missão, há anos, era de saber mais sobre Zefinha. Cada livro que eu conseguia sobre Corisco, ocasionalmente poderia me dar esperança de saber mais um pouco sobre o assunto. Algumas fotos dela povoavam o universo do Google, mas ainda era muito pouco, a qualidade menos ainda de imagens retiradas de cópias das cópias de jornais de muito antes de meu nascimento. Eu precisava de mais, queria mais e obtive muitas coisas logo em seguida.

Com a chegada do canal O Cangaço na Literatura comecei a intensificar as buscas sobre Corisco e Dadá, mas meu foco era Zefinha, algo me prendia a ela. Num jornal antigo, A Tarde da Bahia, de 1940, estampava a foto da garota sorridente e uma breve entrevista, onde alegava ser da cidade baiana de Bebedouro, atual Coronel João Sá. Em minha mente, a pobre garota havia sido sequestrada pelo casal de cangaceiros, levada à força. Ao ler a entrevista, percebe-se que havia um carinho por parte da “raptada”, ela chamava Cristino de “dindinho” abreviação carinhosa de “padinho”, aquilo me deixou confuso. Síndrome de Estocolmo? Não parecia ser. Neste mesmo tabloide definia que Corisco era amigo e compadre do homem de prenome Brás, onde numa de suas passagens por Bebedouro, pediu para levar a filha para uma cidade melhor do sul, com a promessa de trazê-la de volta um dia já mulher feita, estudada e prendada. Eu definitivamente gelei com a informação, precisava localizar familiares dela, saber mais e teria que ir primeiro a Coronel João Sá.

Durante os preparativos para ir à cidade baiana, encontro o amigo advogado Leandro Gois, na cidade de Itabaiana-SE. Como sabia que ele era de João Sá, compartilhei meu interesse e que iria em breve lá na cidade nata dele. Ouvi o primeiro sinal de alerta “Robério, Zefinha é minha parenta ainda”. Aquilo me fez gelar pela segunda vez e ao mesmo temo começar a perturbar Leandro para saber mais informações.

Fui até João Sá gravei o programa sobe o suposto rapto da menina e conheci o coveiro, que coincidentemente se chama Robério Santos. Depois de uma busca de uma tarde inteira, encontramos mais de 100 Josefas, mas nenhuma Josefa Erundina de Almeida. Procurávamos uma pessoa nascida por volta de 1928/29 já que a maioria dos livros alegavam que ela tinha 11 anos no dia 25 de maio de 1940 em Barra do Mendes quando ela foi capturada pela Volante de Zé Rufino. Meu xará me prometeu procurar o túmulo dela, trocamos telefone e aguardei com ansiedade.

Leandro me dá uma dica importante, era para eu procurar um povoado chamado “Lagoa do Badico” na cidade de Novo Triunfo na Bahia, ele alegava que lá haviam parentes de Zefinha. Para completar a informação, recebo uma mensagem da neta de Josefa, a Patrícia Matos, moradora de Feira de Santana-BA. Ela me deu detalhes sobre os filhos de Zefina e que ela era filha do caçula e também me deu a dica do povoado Lagoa do Badico, mas desta vez com a promessa de que lá estava vivo e de ótimo acesso, o filho mais velho, o Antônio Luiz de Almeida, o “Tonho de Luiz” e que seria melhor obter mais respostas com ele. Uma fotografia rara de Zefinha com os filhos me foi encaminhada e tudo mudaria naquele instante. Meu coração quase para, eu estava sendo pressionado pelos seguidores do canal, eles precisavam de um desfecho.

Fui com o incansável Nininho até o referido povoado, não foi difícil encontrar aquele senhor sorridente e que nos recebeu muito bem. Contou-nos o que sabia sobre os irmãos, a Mãe, o pai Luiz e sobre os avós. Por fim nos trouxe o direcionamento de onde Zefinha estava enterrada: Coronel João Sá! A cobra mordeu o próprio rabo... tomamos café, batemos papo e montamos na moto em direção ao capítulo final da jovem menina.

Robério Santos nos mostrei (SIC) seu túmulo: era baixo, arrancado um pedaço e com a lápide mostrando os detalhes de nascimento e morte (24/11/1928 a 09/01/1954) . Gravamos tudo e percebemos que ela faleceu jovem, aos 25 anos e não deixou muitas informações sobre os padrinhos. Talvez se Zefina não tivesse sido levada, Dadá e Corisco na companhia de Rio Branco e Florência poderiam ter sido pegos bem antes, já que a menina ajudava a camuflar um pouco as suspeitas sobre eles; mas, em contraponto, sem a menina poderiam ter parado menos e se distanciado com mais facilidade, levando-os a terem escapado de Zé Rufino (Rio Branco e Florência escaparam).

Zefinha ainda é um mistério, os livros de história em suas novas edições, acrescentar um pouco mais sobre esta menina que entrou no cangaço com a mesma idade que Volta Seca, e que se Corisco marca o fim do cangaço, Zefinha foi sim cangaceira, afilhada de Corisco e protegida dele. Negar este fato é negar que com a morte de Corisco marcou o fim do cangaço. Negar isso (por causa da pouca idade) também é negar Volta Seca como Cangaceiro. Será que se ao invés de uma menina de 12 anos fosse um rapaz de mesma idade, como ele seria tratado na historiografia atual? Portanto, a sorte está lançada e Zefinha como cangaceira, sem dúvida, ela se tornaria a mais bela do cangaço. Quem mandou Lídia não ter tirado retrato???

Robério Santos

https://www.facebook.com/OCangacoNaLiteratura/photos/a.472996196184869.1073741828.472994219518400/1017269991757484/?type=3&theater&ifg=1

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QUADRINHO INÉDITO PARA VENDER


Por Orildes Holanda

Tenho um quadrinho inédito, tô pensando em vender ele digital... quem tem interesse? Pelo menos ajuda o canal e todos saem ganhando.


Entre em contato através da sua página: 

https://www.facebook.com/orildes.holanda

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"A HISTÓRIA DO BRASIL É UMA HISTÓRIA ESCRITA POR MÃOS BRANCAS"



Maria Beatriz Nascimento nasceu em Aracaju em 1942, filha de uma dona de casa e de um pedreiro, ela teve dez irmãos. Aos sete anos, ela e sua família migraram para a cidade do Rio de Janeiro.

Formou-se em História, em 1971, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Durante sua graduação, fez estágio no Arquivo Nacional. Após a formatura, começou a dar aulas na rede estadual. Foi nesse período que ela iniciou sua militância negra participando e propondo discussões sobre a temática racial no ambiente acadêmico. Participou da Quinzena do Negro como conferencista e nela falou sobre seus incômodos quanto ao espaço universitário falar do negro apenas como escravo, como se as pessoas negras tivessem participado da história apenas como mão-de-obra. Também ajudou a criar o grupo de trabalho André Rebouças. Em 1981, terminou sua pós graduação lato sensu na Universidade Federal Fluminense.

Havia iniciado um mestrado em comunicação social, na UFRJ, quando foi assassinada ao defender uma amiga da violência doméstica.

Beatriz Nascimento foi uma estudiosa sobre a temática racial, abordou em suas pesquisas os quilombos e toda experiência de resistência dos africanos e de seus descendentes em terras brasileiras, incluindo as religiões de matriz africana. A voz de Beatriz dentro do mundo acadêmico representa ainda hoje um grito de resistência, já que a universidade sempre foi um espaço excludente para pessoas negras, especialmente mulheres.

Além da trajetória de ativista intelectual que tanto inspira ainda hoje o Movimento Negro e feminismo, Beatriz também escrevia poesias. Em sua obra, ela fala com sensibilidade sobre a existência dela como mulher e negra.

Seu trabalho mais conhecido é o filme Ori, escrito e narrado por ela. Nele ela conta sua trajetória pessoal de mulher, negra e nordestina como uma forma de abordar a comunidade e identidade negra. Esse filme foi dirigido pela socióloga e cineasta, Raquel Gerber.

“A terra é o meu quilombo,
o meu espaço é o meu quilombo.
Onde eu estou,
eu estou,
quando estou eu sou”

– Beatriz Nascimento

Retirado do documentário "O negro da senzala ao soul", Beatriz Nascimento sobre a história contada pelo opressor branco, organização dos quilombos e repressão.

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/

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ABERTURA DO CARIRI CANGAÇO


Por Maria Moura
Maria Moura com Raimundo Gonçalves

Abertura Cangaceiros Cariri, Assembléia Auditório Murilo Aguiar. Parabéns ao senhor Manoel Severo Barbosa, toda equipe organizadora sucesso certo e vamos la até Domingo muitas emoções.




https://www.facebook.com/cangaceiros.cariri

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PRISIONEIROS ALEMÃES PRESOS PELOS PRACINHAS BRASILEIROS.


Prisioneiros alemães fotografados pelo pelo pessoal da Agência Nacional. Alguns tentam desviar o olhar, outros encaram a câmera.

Semana da Rendição: em comemoração à Rendição Alemã em Collecchio/Fornovo estamos publicando fotos clássicas e novas do evento, que se deu em 29 de abril de 1945. Os brasileiros cercaram e obrigaram a se render quase 15 mil alemães de uma só vez. 

Aproveite e convide os amigos/amigas para curtir V de Vitória. Sim, vencemos a guerra!

https://www.facebook.com/vdevitoriabr/photos/a.1659960337358181.1073741831.1658112154209666/1755991477755066/?type=3&theater&ifg=1

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