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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

AS OITO IRMÃS DO CANGACEIRO ZABELÊ (Crônica)

Por Rangel Alves da Costa (Poeta e cronista)

Nem posso dizer que o texto que segue é fruto de construção literária, da minha verve prosista, pois tudo, como se verá, é tão verdadeiro quanto o sangue que corre pelas minhas veias, afluente que é do caudaloso rio familiar do cangaceiro Zabelê e suas sete irmãs.

Manoel Marques da Silva, mais tarde apelidado como Zabelê no bando de Lampião (Alguns afirmam a existência de outro ou até outros Zabelês), era filho único de Antônio Marques da Silva e Maria Madalena de Santana, a Mãe Véia. Suas irmãs, em número de oito, eram Emeliana, Conceição, Osana, Isabel, Rosinha, Mãezinha, Mariquinha e Cordélia.

Assim, meus bisavôs paternos Antônio Marques e Mãe Véia fizeram nascer numerosa prole, talvez pensando em formar descendência familiar forte num pequeno lugarejo lá pelas bandas mais esturricadas do sertão sergipano. Nessa época Poço Redondo fazia parte do município de Porto da Folha.

Pois bem. Nove filhos nasceram, porém sendo apenas um homem em meio a tantas mulheres. E quando mais tarde o único herdeiro dos Marques - por circunstâncias que somente a predisposição do momento, o modismo cangaceirista e o destino podem explicar – resolve fazer parte do bando do Capitão Virgulino e deixa a segurança do lar para viver as incertezas sangrentas das caatingas, os seus pais passam a amargar a dor da ausência e os temores em ter dentro de casa seis filhas para criar.

Ora, no sertão é dito como certo que casa que tem filho homem marmanjo algum quer dar uma de gavião para querer beliscar irmã dos outros. Se o menino Manoel Marques estivesse em casa os pais das sete mocinhas não ficariam tão preocupados. O perigo aumentava quando se sabia que as meninas da época eram apaixonadas pelos cabras de Lampião e inexplicavelmente atraídas para a vida em perigo.

Mas o menino resolveu se unir a Lampião e seus comandados e não teve jeito mesmo. Já no bando, então batizado como Zabelê, nome de pássaro errante pelos sertões nordestinos, foi se afastando cada vez mais da família, com quase nenhuma notícia nem sinal de que voltaria um dia para molhar os olhos de todo mundo. A esperança do retorno, desesperançada...

Nesse desvão de mundo, naquele mundão de meu Deus, onde a sorte morava ao lado morte, sustentar família era um sacrifício. Se Manoel tivesse aqui era tudo muito diferente, muito mais alegria, muito mais encorajamento pra gente viver essas durezas dos homens e da terra, além de que certamente esses cabras não estavam noite em dia em minha porta com enxerimento pras minhas meninas. Certamente era isso que Mãe Véia murmurava enquanto batia o café no pilão ou ralava o milho para o cuscuz.

Mãe Véia tinha razão, pois por ali mais tarde foram aparecendo um tal de Ermerindo, um citadino chamado Aloísio, um militar chamado Rios, sertanejos como Timbé e Bastião e outros, cada um levando na mão uma flor do campo e roubando os corações das filhas de Antônio Marques.

Mas o que fazer se Manoel não estava ali para olhar bem nos olhos desse magote enxerido, medir de cima a baixo, e dizer se prestava ou não? Mas o destino não anda na contramão. Zabelê estava vivendo sua vocação catingueira, enquanto suas irmãs Emeliana, Conceição, Isabel, Osana, Mãezinha, Rosinha, Cordélia e Mariquinha buscavam a formação de novos laços familiares.

Assim, como disse acima, sou filho desse contexto, pois minha avó paterna, Emeliana Marques, casou com um rapaz das bandas de Carira, de nome Ermerindo Alves Costa, fazendo nascer dessa união também sete filhos, dentre eles o ex-prefeito de Poço Redondo e escritor Alcino Alves Costa, meu pai.

Meu tio passarinho, Zabelê com asa e bico e plumagem, depois que saiu de casa voou para sempre. Nunca mais colocou os pés na morada para rever a família, nunca mais mandou um recado dizendo que um dia voltaria, nunca mais pousou na mangueira do quintal ao entardecer. Seu Antônio Marques e Mãe Véia morreram sem o prazer da volta do filho homem.

Contudo, mesmo sem visitar familiares nem adentrar novamente à velha casa para beber um copo d’água sequer, Zabelê de vez em quando estava por perto, voando baixo na região de Poço Redondo. Fazendo parte do bando do Capitão, assim que o homem se amoitava pelas redondezas ele fazia parte da comitiva.

No dia 28 de julho de 1938, quando na madrugada sertaneja a volante alagoana fez o cerco e matou Lampião, Maria Bonita e mais nove cangaceiros, na Gruta do Angico, terras de Poço Redondo, Zabelê só se salvou por milagre. Junto com Pitombeira arribou no meio do mundo. Contam que quando a saraivada de balas começou a riscar por todo lugar, Zabelê passarinho voou bem alto, sumiu numa nuvem e se escondeu.

E parece que se escondeu tão bem escondido nessa nuvem que de lá ninguém mais o viu, principalmente a família. Até hoje as irmãs que ainda estão vivas, como minha avó Emeliana e minhas tias Cordélia, Mariquinha e Mãezinha, choram quando lembram ou ouvem falar do irmão passarinho.

Elas mesmas avoaram muitas vezes por aí em busca do irmão. Há alguns anos, ainda quando estavam com vigor físico que permitia que fizessem longas viagens, bastava que ouvissem um rumor que o irmão poderia estar em algum lugar e lá iam elas em caminhonete, cortando os caminhos quase sem destino.

E assim voaram pelos céus de Minas Gerais, Pernambuco e Bahia, dentre outros lugares, mas nada de encontrar nem uma pena do passarinho. A única certeza é que ele voou pra bem longe. E certamente hoje o meu tio faz ninho no céu.

Poeta e cronista
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O PRESENTE DA FAZENDA JENIPAPO

Por Manoel Severo e Mabel Nogueira

Fazenda Jenipapo, propriedade de Abel Tomaz de Souza Nogueira e Maria Gomes, a cerca de 5 km da vila de Nazaré, na estrada que liga Nazaré a Betânia. Maria Gomes, filha primogênita de Antônio Gomes Jurubeba casou com seu primo Abel Tomaz Nogueira Souza e tiveram sete filhos: Luíza, Juvanira, Gildete, Antônio Abel, João Abel, Maria Lira e Francisco de Assis.

Alguns episódios marcaram as lembranças da família em relação ao cangaço. Certa vez estava Antônio Gomes Jurubeba; pai de Maria Gomes; retelhando a casa do Jenipapo, era o ano de 1919, juntamente com seu sobrinho João Jurubeba, quando viram aproximarem-se os cangaceiros. João avisou: “são os cangaceiros”, no que seu tio Antônio permaneceu calado, trabalhando no retelhamento.
  

Francisco de Assis   

Visita do Cariri Cangaço em Nazaré neste último fevereiro de 2016

Os cangaceiros aproximaram-se da casa, eram os irmãos Ferreira: Virgulino, Antônio e Levino, quando Lampião falou: “benção tio Gomes !” e Gomes Jurubeba sem olhar para o grupo, respondeu: “ não dou benção a cangaceiro.” Ouvindo isso Lampião insistiu: “tio Gomes me dê umas balas”... tendo como resposta de Gomes: “não tenho bala pra cangaceiro, se quiser compre, como eu comprei”. Lampião se dirigindo aos irmãos falou: “vamos embora, hoje Gomes não quer conversar” e saíram na direção da serra do Pico, foi quando Antônio Ferreira retrucou: “vou voltar e matar Gomes!”, entretanto foi contido por Lampião.

Em outra ocasião, no ano de 1926, quando os membros da família Jurubeba estavam na Vila de Nazaré, o grupo de Lampião tocou fogo nas casas de Maria e Abel Jurubeba, de Maria Jurubeba, de Zeca e de Elói Jurubeba, todas próximas ao Jenipapo, como também mataram várias cabeças de gado. Foi na sua casa da filha Maria; no Jenipapo; que Antônio Gomes Jurubeba, passou os últimos anos de sua vida até o falecimento em 1953.
  

Caravana Cariri Cangaço em duas oportunidades na Fazenda Jenipapo... Julho de 2014 e Março de 2015


É essa história de bravura e que denota a força do sertanejo do Pajeú e a tradição da família Gomes Jurubeba que consta na contra capa de um presente inigualável, recebido pelo Curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo; das mãos dos descendentes de Antônio Gomes Jurubeba: Dona Maria, Seu Assis, Mabel, Maelbe e Moabe; um belo e valioso trabalho de artesanato em cerâmica em prato, com a inesquecível imagem da Fazenda Jenipapo, por ocasião da última visita do Cariri Cangaço a Nazaré do Pico, em fevereiro de 2016, visita preparatória para o grande Cariri Cangaço Floresta, entre os dias 26 e 28 de maio. O Jenipapo será uma das visitas do Cariri Cangaço Floresta 2016.

Manoel Severo

Cariri Cangaço Floresta 2016
26 a 28 de Maio
Floresta do Navio - Nazaré do Pico
Programação em Breve

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ATAQUE DE LAMPIÃO A MOSSORÓ.

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Publicado em 6 de set de 2011
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O RAPOSA DAS CAATINGAS E O PESQUISADOR MIRIM PEDRO POPOFF CONTINUAM FAZENDO SUCESSO

Pedro Popoff - Foto do acervo de Carla Motta

O livro "Lampião a Raposa das Caatingas" escrito pelo pesquisador José Bezerra Lima Irmão está sendo lido pelo mais novo pesquisador do cangaço e de Luiz Gonzaga Pedro Motta Popoff. 
  

Tanto o livro "Lampião a Raposa das Caatingas" como o pesquisador mirim "Pedro Popoff", continuam fazendo sucesso, e é que o Pedro Popoff ainda está com 9 anos, mas sabe tudo sobre cangaço e o rei do baião. 


O Raposa das Caatingas já está na 3ª. Para você adquiri-lo, basta entrar em contato com o autor, ou com o professor Pereira lá de Cajazeiras no estado da Paraíba.


Se você ainda não comprou este fantástico trabalho do escritor José Bezerra Lima Irmão adquira-o agora. Saiu a 3ª Edição. Lembre-se que quando lançam livros sobre cangaço os colecionadores arrebatam logo para suas estantes. Seja mais um conhecedor das histórias sobre cangaço, para ter firmeza em determinadas reuniões quando o assunto é "cangaço".

São 736 páginas.
29 centímetros de tamanho.
19,5 de largura.
4 centímetros de altura.
Foram 11 anos de pesquisas feitas pelo autor

É o maior livro escrito até hoje sobre "Cangaço". Fala desde a juventude  e namoro dos pais de Lampião. Quem comprou, sabe muito bem a razão do "Sucesso a nível nacional do Raposa das Caatingas"
que já está na 3ª. edição.

O autor aceita e agradece suas críticas, correções, comentários e sugestões:

(71)9240-6736 - 9938-7760 - 8603-6799

Pedidos via internet:
Mastrângelo (Mazinho), baseado em Aracaju:

Tel.:  (79)9878-5445 - (79)8814-8345

Clique no link abaixo para você acompanhar tantas outras informações sobre o livro.

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CONHEÇA OS DEZ MANDAMENTOS DO PADRE CÍCERO ROMÃO BATISTA


Suzi Ribeiro

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CANUDOS MONTE SANTO

Por Cristiano Ferraz

Monte Santo, 08 de Agosto de 1897, Brigada Girard, comandada pelo General Girard tinha 1.090 homens, com 850 mil cartuchos Mauser. Canudos nunca se rendeu!


"Exemplo único na história"..., morreram de sede, que as cacimbas estavam ocupadas militarmente. 10.000 soldados o total da última expedição, covardemente "vencedora" .

O cangaceirólogo Voltaseca Volta também falou sobre o ocorrido:


CANUDOS..., sua história precisa ser mais conhecida pelos brasileiros, sobretudo pelos nordestinos, pois foi o maior genocídio praticado pelo exército brasileiro contra pessoas quase indefesas...

Fonte: facebook
Página: Adriano Pinheiro

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A ÚLTIMA TOCAIA

Por Rangel Alves da Costa*

Tocaia, emboscada, armadilha, cilada, espreita, é tudo a mesma coisa: esconderijo de onde se espera a passagem do escolhido para lhe dar cabo da vida. Por outras palavras, o local onde o jagunço, o assassino ou matador, se mantém escondido, com arma apontada e gatilho pronto para ser apertado, esperando somente o surgimento daquele que será vitimado pelo ódio, pela desforra, pela desfeita, pela vindita de sangue.

Ainda acontece, mas o ofício da tocaiagem era grandemente característico no passado coronelista, num tempo de senhores de instintos abomináveis, de crueldade desenfreada, onde qualquer ameaça ao seu poder era resolvida na bala. Mas também nas relações odiosas entre pessoas comuns, quando as rixas e as discórdias provocavam somatórios de mortes por emboscada. Noutras situações de vinditas também o recurso da espera assassina, assim nas lides cangaceiras e nas revoltas sangrentas sertões adentro. 

Morte de tocaia é morte à traição, perpetrada sem que a vítima sequer imagine que o inimigo o espera numa curva de estrada, por detrás de um pé de pau, dentro de um tufo de mato, em qualquer lugar onde possa se manter escondido e a arma mirada em linha certeira. Impossível de se defender quando apenas a boca faminta da arma vai no encalço esperando o instante certo para cuspir fogo. 

Como aconteceu tantas vezes, o sujeito vai caminhando armado até os dentes ou mesmo galopando em cavalo ligeiro com verdadeiro arsenal, mas não sabe que mais adiante alguém aguarda sua passagem de arma já preparada. Não consegue avistar nada porque o jagunço está encoberto pelas folhagens, pelas árvores ou outra mureta nativa. Mesmo a dois metros não consegue avistar nada. Mas a arma já mirando sua chegada e ávida para ser disparada. E num instante basta apertar o gatilho, e pronto. O sujeito cai estrebuchando no chão.

Tal o modus operandi no ofício da jagunçagem e da tocaiagem, mas que não se imagine ser tarefa fácil de matador. A tocaia exige profissionalismo, preparo, segurança, firmeza e frieza. E assim porque exige não só a pontaria certeira, mas também preparação e conhecimento de campo. O jagunço matador precisa escolher o local da ação, necessita conhecer a vegetação da região, bem como saber a hora aproximada que o futuro defunto passará diante de sua mira.

Escolhido o local, resta a parte mais difícil e demorada: a espera. O jagunço nunca chega pela estrada comum ou pela vereda aberta, mas por dentro da mataria, de modo silencioso e lento. Ao chegar, o passo seguinte é procurar um lugar onde fique escondido e ao mesmo tempo possa avistar tudo o que acontece mais adiante. E também a colocação do cano da arma de tal modo que, estando com a boca livre, ainda assim não possa ser avistada.


Contudo, a espera em si é o mais angustiante, fazendo mesmo que muitos jagunços tenham desistido antes do evento fatal. Em primeiro lugar, porque só suporta esperar sem refletir sobre as consequências de sua ação aquele matador que já é movido pela cegueira da ação, pela cruel insanidade ou pela contumaz covardia. Em segundo lugar, porque qualquer sentimento surgido na espera pode provocar desistência. Daí que o jagunço não pensa em outra coisa senão preparar comida de urubu e retornar para dar notícia ao mandante, seu patrão.

Foi porque o marcado para morrer demorou a passar e o matador começou a pensar num monte de coisas, principalmente na sua sina de viver para a morte do outro, que se deu a última tocaia, ao menos para este mando. Enquanto esperava, sempre em posição de disparo, o jagunço olhou por cima do cano e apo final era como se avistasse um espelho adiante: ali um defunto sendo velado, uma família chorando, pessoas entristecidas, crianças sem pai e vidas ao desalento.

Logo cuidou de mudar de pensamento, mas ainda no espelho logo lhe surgiu sua própria face, suas mãos sujas de sangue, sua cama de capim, seu rosto entristecido, sua mão recebendo vintém, o dente de ouro do coronel brilhando na boca maldita, uma cova rasa e sem cruz no meio do mato. Aquela era sua vida, aquele seria o seu destino. Em seguida avistou, ao longe, cavalo e cavaleiro se aproximando.

De arma apontada, na mira certa, mas não teve coragem de apertar o gatilho. Desistiu. Ali a última tocaia, sem tiro, sem sangue, sem morte. E um jagunço seguindo por uma estrada distante do casarão do coronel.

Poeta e cronista

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FALECEU SEU OSCAR ÚLTIMA TESTEMUNHA VIVA DA CHACINA DA TAPERA

Por Cristiano Ferraz

Faleceu ontem aqui em Floresta seu Oscar. Ele era a última testemunha viva da Chacina da Tapera ocorrida em 28 agosto de 1926. 

Marcos de Carmelita, seu Oscar e Cristiano Ferra

Ele foi uma das primeiras pessoas a chegar à fazenda dos Gilo com seu pai e ajudou a sepultar as vítimas. No ano passado eu e Marcos De Carmelita Carmelita o entrevistamos sobre os fatos ocorridos naquele dia de triste memória. Que Deus conforte sua família.

O escritor e pesquisador do cangaço José Sabino Bassetti disse:

Na Tapera Lampião teve a oportunidade de provar ser um justiceiro se assim o fosse. 

Vejamos: Horácio Novaes, inimigo dos Gilo, forjou uma carta onde Manoel Gilo ofendia e desafiava Lampião. Unido com o grupo de Horácio, Lampião atacou e trucidou uma dezena entre familiares e pessoas que fizeram a defesa casa dos Gilo. No final, Manoel foi preso e levado a presença de Lampião onde disse não ter intriga com ele. Lampião mostrou a carta recebida, Manoel negou e acusou Horácio de ter enviado tal carta. Desmascarado, Horácio atirou na cabeça de Manoel que morreu na hora. Lampião percebendo que fora enganado por Horácio o mandou embora com seu grupo. Se Lampião tivesse algum senso de justiça, teria eliminado Horácio naquele momento, mas não, preferiu botar panos quentes e não puniu Horácio, que havia causado a morte de um punhado de bravos inocentes. Com a morte do seu Oscar, la se vai a última testemunha viva de um dos mais tristes fatos ocorrido no cangaço. Nossas condolências a família.


Francisca Alencar disse o seguinte:

De fato, Horácio Novaes merecia morrer, pois pode se dizer, foi ele o autor da chacina que é tão usada até hoje para denegrir Lampião, além de ter usado o próprio Lampião para fazer o que por certo não se atreveria fazer sozinho.

Cristiano Ferraz

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