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segunda-feira, 11 de abril de 2022

LAMPIÃO NA BAHIA - # 01

 Por Cangaçologia

https://www.youtube.com/watch?v=6qMfw4XwAvo&ab_channel=Canga%C3%A7ologia

No dia 21 de agosto de 1928, Lampião acompanhado dos cangaceiros: Ezequiel Ferreira (Irmão) "Ponto Fino II, Virgínio Fortunato da Silva "Moderno", Luiz Pedro, Mariano Laurindo Granja "Mariano" e Mergulhão I (Antônio Juvenal da Silva), atravessa o rio São Francisco em direção ao estado da Bahia, deixando o estado de Pernambuco para trás devido às intensas e incessantes perseguições das Forças Policiais Volantes daquele estado. Na Bahia os cangaceiros Corisco (Cristino Gomes da Silva Cleto) e Arvoredo (Hortêncio Gomes da Costa ou Hortêncio Gomes Lima) juntam-se ao bando cangaceiro, unindo forças para levar adiante os planos do temível e experimentado cangaceiro Virgolino Ferreira da Silva “Lampião”.

Lampião aproveita a calmaria do novo estado para descansar e recompor sua rede de coiteiros e apoiadores, além de arregimentar novos cangaceiros para o fortalecimento de seu bando.

Refeita sua rede de apoiadores e recomposto seu bando com novos elementos arregimentados, em sua grande maioria, em solo baiano, Lampião reinicia sua vida de crimes, levando a morte e a destruição aos sertões. A partir desse momento os estados da Bahia, Sergipe e Alagoas, passam a serem suas principais áreas de atuação. Tem início a chamada “Segunda Fase do Cangaço Lampiônico” (1928 / 1938).

Nesse documentário/entrevista que foi produzido e idealizado pelo pesquisador baiano, Sandro Lee (Paulo Afonso/BA), vocês terão acesso ao depoimento do senhor Argemiro Teixeira Hora, morador do Povoado Santo Antônio no município baiano de Paulo Afonso, um remanescente da época, que presenciou a chegada e fatos envolvendo Lampião e bando em sua região. Entre os fatos presenciados pelo Senhor Argemiro Teixeira Hora está o assassinato do jovem e inocente João de Clemente, morto por Lampião, quando tentava se evadir do local, com o intuito de proteger suas montarias, ao perceber a aproximação do temido bando. Ao ver o filho morto o pai de João, senhor Clemente, com uma faca em punho parte para cima de Lampião para matá-lo, mas diante de força desproporcional, foi imediatamente contido pelos demais elementos do bando. Esse e outros fatos e acontecimentos envolvendo Lampião e seu bando naquele pedaço de chão baiano vocês conhecerão através desse importante depoimento histórico. Fatos que desfazem a imagem de herói e de justiceiro imposta através dos anos, provavelmente, por desconhecedores da real e verdadeira história do cangaço. A história e seus personagens merecem nosso respeito e dentro do contexto histórico devemos interpretá-los e entendê-los. Adendo: Há divergência entre pesquisadores do assunto quanto a data exata da entrada de Lampião na Bahia. Há quem afirme que a data de entrada de Lampião no estado é 21 de agosto de 1928 e outros, como é o caso de Frederico Pernambucano de Melo, que afirmam ser o dia 19 de agosto de 1928 a data precisa da entrada de Lampião em território baiano. Deixem seus comentários, críticas e sugestões.
Geraldo Antônio De Souza Júnior

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A CIGANA DE PARICONHA E LAMPIÃO

Diz-se que Lampião, quando jovem, honesto e trabalhador, encontrou uma cigana bonita e sorridente, na feira de Pariconha, no estado de Alagoas. Virgolino deu-lhe a mão para ser lida. A cigana começou a tremer lábios e pálpebras e fez terrível revelação: “Tenha cuidado com o número sete. Ele vai ser a sua perdição”. Até então, Virgolino trabalhava como almocreve do "coronel Delmiro Gouveia", que, por coincidência, possuía patente, nome e prenome com 7 letras.

Coronel Delmiro Gouveia

Delmiro foi assassinado a tiros, no dia 10 de outubro de 1917. Lampião morreu nas mesmas circunstâncias, na grota do Angico, dedurado por um coiteiro de nome Pedro de Cândido, no dia 28 de julho de 1938.  Cândido tem 7 letras. Vinte e oito, o dia da morte de Lampião, é múltiplo de 7. Julho é o 7º mês do ano. Mil novecentos e trinta e oito tem 4 algarismos que, somados, totalizam 21, múltiplo de 7. Também foi de 21 o número de anos de diferença entre as mortes de Delmiro e Lampião.

Mossoró (Rio Grande do Norte), uma cidade de 7 letras, foi invadida por Lampião às 17 horas da noite de 13 de junho de 1927. A cidade estava em festa, promovida pelo “Humaytá”, uma instituição desportiva que possuía 7 letras em sua denominação. Também tinha 7 letras o nome do coronel Rodolfo, prefeito de Mossoró, que organizou a resistência contra o cangaceiro. Lampião, neste cerco, perdeu os cangaceiros Colchete e Jararaca e ficou com 5 homens seriamente feridos. Teve 7 baixas.

Se, supersticioso como era, Lampião tivesse dado mais atenção às palavras da cigana de Pariconha, notaria que, na realidade, o número 7 tinha muito a ver com a sua vida. Lampião, capitão, cangaço, são exemplos de nomes que possuem 7 letras. Ele conheceu Maria Bonita no interior da Bahia, em Santa Brígida. O nome da santa (Brígida) tem sete letras. 

A metralhadora que ceifou a vida do cangaceiro era da marca Hot-Kiss, outro nome de 7 letras funestas, ligado ao destino do cangaceiro.

Lampião entrou para o cangaço aos 24 anos. Cerrou fileiras no bando de Sinhô Pereira (será que Pereira não tem 7 letras?), que abandonou a vida de bandoleiro e retirou-se para Goiás.

Corisco, um dos cangaceiros de maior confiança de Lampião, morreu dois anos após o cerco de Angico. Quantas letras têm o nome de Corisco? 

Abrahão era um libanês que vivia em Juazeiro, ajudando padre Cícero. Foi ele quem, pela primeira vez, conseguiu a permissão de Lampião para fotografar o bando, em 1936. Abrahão é o 7º patriarca da Bíblia. O nome do fotógrafo de Lampião também tinha 7 letras...

http://zarcofernandes.webnode.com.br/curiosidades-/

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ESCRITOR CAPOEIRENSE JUNIOR ALMEIDA LANÇOU SEU NOVO LIVRO EM PAULO AFONSO - BA

  

O escritor capoeirense Junior Almeida, na noite da sexta-feira, 25/03/2022, lançou seu novo livro, ‘Lampião em Serrinha do Catimbau’. O lançamento ocorreu durante o evento Cariri Cangaço realizado na cidade de Paulo Afonso, Bahia.

Lampião em Serrinha do Catimbau, narra a investida de Lampião e seu bando a Serrinha do Catimbau, na época um distrito pertencente a Garanhuns e, hoje município de Paranatama. O livro traz fatos novos sobre o episódio no qual Maria Bonita foi alvejada com um tiro na região glútea, obrigando Lampião e seu bando saírem em retirada.

- Apresento ao público uma dedicada e extensa pesquisa, onde trago à tona a rota de fuga do bando, após o fogo de Serrinha, o local em que Maria do Capitão ficou em tratamento, bem como seu algoz e seu anjo da guarda, o homem que tratou de Maria Bonita durante quarenta dias, então, nada melhor que um livro que fala tanto sobre a célebre pauloafonsina, ter o seu primeiro lançamento justamente em sua terra." - Disse o pesquisador Junior Almeida.


Este é o quarto livro publicado pelo autor; a capa da obra é criação do professor Ademar Cordeiro.

Brevemente a obra será lançada na cidade de Paranatama e possivelmente em outros municípios da nossa região.

Junior Almeida e escritor, autor dos livros: "A Volta do Rei do Cangaço"; “Lampião, o Cangaço e outros fatos no Agreste Pernambucano” e “Capoeiras, Pessoas, Histórias e Causos’. Ele reside na cidade de Capoeiras - PE, onde é comerciante.




https://blogcapoeiras.blogspot.com/2022/03/escritor-capoeirense-junior-almeida.html?fbclid=IwAR0oY6NV0qs5cB4FfyXVwYxTU25VYpgAKQXwQ6QD1hphg1T9Dyc2Yb-3aWo

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LIVROS

     Por José Mendes Pereira

  

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ENTREVISTA COM O IRMÃO DE LAMPIÃO

 Por Kinko Peregrine

https://www.youtube.com/watch?v=o8ovC2BFy-k&ab_channel=KinkoPelegrine

É difícil explicar porque alguns homens se tornam criminosos, enquanto outros (como João, por exemplo), vivendo dentro das mesmas condições sociais e sujeitos às mesmas tribulações, não se tornam. Na verdade, a diferença parece estar na interação dos acontecimentos e condições com o temperamento individual. Talvez tenha sido a ousadia de Virgulino e também um pouco de perversidade, combinadas com sua crescente frustração, que o impeliram a seguir o caminho que iria pôr em perigo a vida de sua família e que no fim, quando outros poderiam ter recuado, o levaram a cruzar o limite e entrar no cangaço. Talvez tenha sido uma mistura de caráter e circunstância que transformou o sertanejo Virgulino no cangaceiro Lampião. Por ironia da sorte, Lampião e seus irmãos não conseguiram vingar satisfatoriamente a morte de seu pai.

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MARIA BONITA A RAINHA DO CANGAÇO

 Por pgmboxcultural

https://www.youtube.com/watch?v=Yog7XuKruIo&ab_channel=pgmboxcultural

Maria Gomes de Oliveira, vulgo Maria Bonita (Glória, 8 de março de 1911 - 28 de julho de 1938) foi a primeira mulher a participar de um grupo de cangaceiros. Nascida no sítio Malhada da Caiçara, do município de Paulo Afonso, na época município gloriense, na Bahia. Depois de um casamento frustrado, em 1929 tornou-se a mulher de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, conhecido como o "Rei do Cangaço". Continuou morando na fazenda dos pais, mas um ano depois foi chamada por Lampião para fazer efetivamente parte do bando de cangaceiros, com quem viveria por longos oito anos. - Box Cultural transmitido pela NGT nacional, inedito as sextas, 22hs e com reprises aos domingos 20h30.

- Box Cultural transmitido pela ITV NGT regional, inedito as tercas, 23hs e com reprises as quintas 11h30 e aos domingos, 20h30.

- Box Cultural transmitido pela Rede TV/VTV de terça para quarta depois do programa do Amaury Jr.

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QUANDO O JARDIM FLORESCEU E EU NÃO VI

*Rangel Alves da Costa

Agora espantando, apenas ter a certeza que o jardim floresceu e eu não vi...

Meses e meses, dias e dias, horas e mais horas, um período inteiro esperando o jardim florescer, mas quando ele brotou suas flores, seus aromas, suas pétalas, seus perfumes e suas brilhosas cores, infelizmente eu não.

Uma terrível ânsia em ter diante do olhar as cores de uma estação de paz, de alegria, de felicidades. Toda manhã abrir a janela, colocar cadeira rente aos canteiros, fixar o olhar perante as plantas gestando, mas de repente não poder fruir das belezas tão esperadas.

Vou confessar uma coisa: a ânsia pela espera das flores no jardim, aos poucos foi sendo tomada por outros tipos de ânsias. A ânsia de me dissipar da mesmice dos dias e das horas, do tempo passando e nada acontecendo.

Fui entristecendo. A espera do florescimento do jardim foi se transformando apenas numa ilusão. Meu interior já havia absorvido os medos comuns dos humanos, as solidões dos exílios, as tristezas e angústias tão presentes nos solitários.

Certa manhã eu saí e não percebi a chuva que caía em profusão. Caminhando, gotejando de pingos d’água, mas era como se nada estivesse acontecendo ao redor. Talvez trovões e relâmpagos estivessem sobre minha cabeça, mas era como nada existir.

Outro dia, sentando num velho banco de madeira, pássaros pousaram em meu umbro, brincaram, cantarolaram, voejaram e retornaram, e eu me comportando apenas como uma estátua, como que petrificado, na mais pura insensibilidade. Eu não sou assim. Eu não era assim. Nunca fui assim. E por que de repente essa fuga perante as belezas da vida?

Certamente as folhas de relva de Walt Whitman não me despertariam sensibilidade alguma. A Menina Doente, de Edvard Munch, talvez fosse avistada como uma pintura qualquer. Talvez a música de Tchaikovsky, as valsas de Strauss, os sonetos e os noturnos de Chopin, nada disso me tiraria da apatia perante a beleza, o sensível e o singelo.

 

Mas eu nunca fui assim. E por que de repente essa fuga perante as belezas da vida? Verdade que no passado eu tive medo de não compreender a diferença de uma flor de plástica de uma flor colhida em jardim. Eu tive medo de sentir a ventania e imaginar sendo tocada por suave brisa. E por isso mesmo jamais que a sensibilidade se afastasse de mim.

Somente através da sensibilidade, da certeza que espírito e alma fazem suas escolhas certas, e da necessidade de ter e fruir a emoção, é que a pessoa pode dialogar com as belezas da vida como em passo de valsa. Eu jamais poderia perder o poder do encantamento, da surpresa boa, do sentimento mágico aflorado, da afetividade.

Por isso mesmo que me pus a esperar o jardim florescer. Uma expectativa maravilhosa, pois o brotar das pétalas, o brilhar das flores, a visão das abelhas e colibris rodeando os coloridos canteiros, tudo isso me seria essencial como força de vida, como sopro e ânimo para alimentar as forças boas interiores.

A espera foi se alongando demais. A sensação cansativa e entediante do nada acontecido, certamente foi tornando a expectativa em tanto faz. Duro dizer, mas assim insiste em acontecer em tudo e sobre tudo. Mas não por culpa nossa. Apenas pela perda dos bons sentimentos. De repente é como se não tivéssemos mais tempo de buscar a vivência com as coisas sagradas e belas da vida.

Difícil esperar o jardim florescer quando as realidades do mundo estão se tornando uma enxurrada de guerras, de mortes, de dores e sofrimentos. Difícil a sentimentalização do olhar quando as ruas estão cheias de violências, de falsidades, de atrocidades. Ninguém consegue pensar em flores perante o preço do arroz, da carne, do feijão, do gás, da conta da farmácia e da luz.

Mas o jardim floresceu. Triste a certeza que surge, mas quando o jardim floresceu e eu não vi. Hoje abri a janela, depois a porta e caminhei até os canteiros. Tarde demais. Tudo seco, acinzentado, com folhas mortas e galhos pendidos. Apenas um retrato fiel da vida e do mundo e do mundo de agora. 

http://blograngel-sertao.blogspot.com/2022/04/quando-o-jardim-floresceu-e-eu-nao-vi.html

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MAIS UM GARIMPEIRO DA MARCA AZEDA

 Por Rubens Antonio

Confira algumas das imagens e respectivas manchetes de jornais ripadas pelo confrade Rubens Antonio em suas "rastejadas" pela Bahia.

As fotos são escaneadas de jornais deste estado. Infelizmente ainda não conseguimos a nitidez desejada. A intenção é para que nossos leitores constatem que semelhantes a estas há outras imagens que permanecem perecíveis na fragilidade dos jornais e ainda não estão devidamente recuperadas e reproduzidas nos livros.

Quem é este elegante cidadão? 
Esta foto foi "batida" em 1940 na cidade de Salvador quando o ex cangaceiro "Jurity" já em liberdade após um ano e meio de ter se entregado foi visitar os velhos companheiros, cangaceiros do bando de "Labareda", que estavam detidos após as ultimas entregas. Compare com  a sua figura na época do cangaço em foto de 1936.


Os visitados

 Saracura, JandaiaLabaredaPatativa,  e suas mulheres, com e Deus-te-guie, no centro ao fundo. As meninas eram Zephinha, de Jandaia; Maria Eunice, de Patativa; Flauzina, de Saracura e Ozana, de Labareda.


05 de junho de 1932, no “A Tarde”: (Grafia da época)

"É presa a companheira de um bandido de Lampeão

Dentre os bandidos do grupo de Lampeão, que infelicita os sertões nordestinos, figura o de alcunha “Ferrugem”, que é um cabra destemido e bem disposto.

A policia tem estado por varias vezes na eminencia de captura-lo, não o logrando por causa da sagacidade e dextreza do caibra. Mesmo assim não houve esmorecimento por parte dos perseguidores.

Há dias, foi capturada ali, a rapariga Maria da Conceição, que tinha nos braços uma criança. Interrogada, confessou ser amante do perigoso “Ferrugem”.

Hontem, Maria da Conceição chegava a esta cidade pelo trem do horario, sendo recolhida ao xadrez da delegacia auxiliar, de onde, pela tarde de hoje vae ser mandada para a detenção.

Maria que é cabocla forte e sadia, ao ser inquerida pela reportagem de “A Tarde” nada quiz responder. Não sabia contar os combates.

Só “Ferrugem” que é homem do cangaço – disse rindo-se bastante, deixando á mostra os seus dentes alvos e certos."

Para quem não consegue enxergar o Cangaço em muitas das suas dimensões... aqui uma delas... Uma foto de um soldado morto em Outubro de 1933.


Pedro Emygdio de Oliveira pernambucano, com 36 anos de idade, morto devido a ferimento em confronto com cangaceiros, sendo enterrado no cemitério da Quinta dos Lázaros, em Salvador, Bahia.
Causa-mortis no laudo cadavérico: "sceptcemia grangrenosa, em consequencia de fractura do femur por projectil de arma de fogo."

Já do ladro negro da força: Os despojos de Alagadiço,SE.


 O que restou dos cangaceiros Zé Baiano, Demundado, Chico Peste e Ascelino. 
Foram assassinados por civis em 1936 no Povoado Alagadiço, município de Frei Paulo, SE. Para facilitar a escavação os corpos foram enterrados em um "formigueiro". Após a exumação Zé Baiano teve a cabeça cortada, mas não foi levada. Foram novamente enterrados, alguns ossos estão expostos no Memorial que fica no mesmo local deste massacre.

Corpo de Zé Baiano e a sua cabeça sob o mesmo.

Detalhe da face da "pantera negra dos Sertões".  
Choca? Agora imaginem esta foto em cores!

Postadas originalmente nas comunidades do Orkut : Cangaço, Discussão Técnica
e Lampião, Grande Rei do Cangaço

http://lampiaoaceso.blogspot.com/2011/05/rubens-antonio-mais-um-garimpeiro-da.html

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LAMPIÃO E O RN FAZENDA MATO VERDE E A LADEIRA DO MATO VERDE

 Por Rostand Medeiros

Na tarde do dia 12 de junho de 1927 Sabino estava a frente da coluna, comandando um subgrupo que se deslocou com a intenção de atacar a Fazenda Mato Verde, tida como local de pessoas abonadas.

Ao chegar ao casarão ele e seus homens perceberam que o mesmo estava abandonado, praticamente vazio e quase nada foi trazido de proveitoso.

Seus moradores, comandados pela matriarca Tionila Nogueira Barra, buscaram refúgio na Fazenda Passagem Funda, a cerca de três quilômetros de sua propriedade, onde se abrigaram por 30 dias em uma gruta denominada “Taipa de Zé Felix”. Clique e confira artigo já publicado sobre este local

Sobre esta questão vale ressaltar que muitos moradores desta região buscaram esconderijo em cavidades naturais da zona rural de Felipe Guerra, principalmente na área do chamado Lajedo do Rosário.

Atual situação da antiga sede da fazenda Mato Verde atacada por Sabino e seus homens.

O casarão do Mato Verde chama atenção pela imponência de sua construção. Atualmente, como é possível observar a foto anterior, o local se encontra em ruínas, sofrendo um processo de franca degradação. Entretanto comprovamos que foi erguida uma reforçada cerca de arame farpado, fechando exclusivamente a área do casarão. Segundo pudemos apurar, os descendentes da família Barra realizaram este trabalho na tentativa de proteger o que resta deste patrimônio.

A casa estava sendo destruída para a retirada de materiais de construção e por escavações realizadas nas suas paredes, na tentativa de serem localizadas e retiradas às conhecidas “botijas”, como no caso anteriormente comentado da fazenda Aroeira, onde foi sequestrada a senhora Maria Lopes.


Vista da antiga ladeira do Mato Verde, hoje praticamente sem uso.

Em relação a ladeira do Mato Verde, através do relato do agricultor João de Deus de Oliveira, conseguimos algumas informações. Ele nasceu na antiga gleba, até hoje mora em uma propriedade próxima a fazenda Mato Verde e da famosa ladeira homônima. Ele nós esclareceu que na época da passagem de Lampião, seus pais trabalhavam para Tonila Barra e junto com seus familiares fugiram em direção a Passagem Funda. Segundo informações transmitidas pelos seus pais, no passado a ladeira do Mato Verde era a principal passagem para os tropeiros e viajantes que seguiam entre a região salineira e a fronteira entre a Paraíba e o Rio Grande do Norte.

Visual da casa da fazenda Mato Verde e do carnaubal característico da região.

Era normal o tráfego de comboios formados por carros de boi rangendo na subida e na descida, transportando rapadura do Cariri, algodão, sal, cera de carnaúba, produtos alimentícios diversos e outros gêneros. Seus antepassados lhe comentaram que os primeiros automóveis e caminhões que circularam na região, igualmente seguiram por esta ladeira.


Devido a este aclive ter sido feito em um local íngreme, nos períodos de chuva era normal o pavimento ficar deteriorado. Foi então criada outra ladeira, localizada a um quilômetro a leste do Mato Verde, denominada ladeira do Riacho Preto, onde atualmente circulam inúmeros veículos entre as cidades de Governador Dix Sept Rosado e Felipe Guerra. 

Não conseguimos apurar a informação se a ladeira do Mato Verde foi criada pela família Barra, ou se eles edificaram esta casa nas proximidades deste local, com o intuito de aproveitar a passagem de viajantes e assim facilitar possíveis negociações. Entretanto visitando o local é fácil compreender a importância deste local para a história da região.

Percebemos igualmente que, mesmo sem a participação de Massilon neste ataque, este local certamente lhe era conhecido e a família Barra. Logicamente Massilon transmitiu as informações para Lampião e Sabino e este último realizou a “visita” ao local.

Em nosso entendimento, acreditamos que a passagem de Sabino igualmente serviu, até pela proximidade entre a velha casa e a ladeira atualmente com pouco utilizada, para um reconhecimento tático desta passagem. Verdadeiro ponto nevrálgico do trajeto, onde a coluna teria de passar em fila e uma pequena quantidade de policiais bem posicionados poderia infringir sérios reveses aos cangaceiros.

No retorno ao sítio Santana, onde estava o resto do bando, Sabino e seus homens se depararam com automóvel onde se encontravam um motorista e o fazendeiro Antônio Gurgel do Amaral, que se tornaria a mais famosa vítima da passagem de Lampião pelo Rio Grande do Norte.

Sítio Tabuleiro Grande – Esta propriedade situa-se após a ladeira do Mato Verde, em uma área onde atualmente as carnaubeiras desaparecem e retorna a dura vegetação típica da caatinga. Esta região atualmente é entrecortada por diversas estradas de barro, que servem e são mantidas em ótimas condições pela Petrobrás e suas inúmeras empreiteiras.

A partir deste ponto, com suas inúmeras tubulações, poços de petróleo onde se encontram as bombas do tipo “cavalo de pau”, o pesado tráfego de caminhões tanque, a ação de extração de petróleo por parte da Petrobrás se torna uma imagem constante na paisagem.

Na época de Lampião o que se via era um deserto de mata crestada e algumas poucas casas. Esta situação de certa maneira perdura, pois durante toda a nossa jornada seguindo os rastros dos cangaceiros esta foi a zona mais desabitada que encontramos.

Uma das poucas casas atacadas foi à sede da propriedade Tabuleiro Grande, atualmente demolida. Entretanto, através do relato de Edmundo Paulino da Silva, morador do sítio Arapuá, ele nos informou sobre um interessante relato que lhe foi passado pelo seu pai e avô, respectivamente João Paulino da Silveira e Pedro Filho.

Um conjunto de casas alteradas e abandonadas, ainda existentes a margem da mesma estrada que serve como ligação entre as cidades de Governador Dix Sept Rosado e Felipe Guerra, pertencente às terras do Tabuleiro Grande, foi igualmente invadido pôr uma tropa avançada do grupo de cangaceiros.

O lugar pertencia a Pedro Jurema, que tinha uma pequena mercearia no lugar. No momento da passagem do bando um pequeno grupo de comboieiros de algodão estava no local. Pedro Jurema jogou pela janela um saco com suas parcas economias e saiu pela mesma janela em desabalada carreira. Segundo Edmundo, Pedro Jurema fugiu e deixou “que seus fregueses se entendessem com os homens de Lampião”.

 Segundo o agricultor Edmundo Paulino da Silva, estas casa abandonadas, já bastante alteradas, teriam sido o local onde existiu a mercearia de Pedro Jurema, invadida por membros do bando, que só não atearam fogo em um comboio de algodão, por ordem de Lampião.

Os cangaceiros então invadiram a bodega, passaram a beber cachaça tranquilamente e a “aliviar” os comboieiros de seus pertences. Logo, movido pelo álcool, um dos cangaceiros teve a infeliz idéia de queimar o algodão transportado. Neste momento chega Lampião que interrompe a farra.

Ele prontamente cancela a ordem de tocar fogo no produto transportado elos comboieiros. Estes ficam muito agradecidos ao chefe do bando. Logo os transportadores de algodão começam a tanger seus animais e se afastam rapidamente do local.

Rostand Medeiros é pesquisador
Natl/RN

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CANGAÇO - O ENCONTRO DE LAMPIÃO COM UM COITEIRO TRAIDOR

 Por Nas Pegadas da História


https://www.youtube.com/watch?v=YZivpEjNkm4&ab_channel=NASPEGADASDAHIST%C3%93RIA

Cangaço - O encontro de Lampião com um Coiteiro traidor Se você quer ajudar nosso Canal, a nossa chave do PIX é 85987703564 ou se quiser ajudar com doações de livros e revistas favor entrar em contato com o e-mail: jflavioneres@gmail.com 

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