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sábado, 30 de agosto de 2014

O ESPÓLIO DE "LAMPIÃO" E CANGACEIROS


O ESPÓLIO DE "LAMPIÃO" E CANGACEIROS

Após a morte de Lampião e mais 10, lá na Grota do Angico, no Estado de Sergipe, em 28 de Julho de 1938, muitos armas (punhais, fuzis, facão), objetos, joias, dinheiro, ouro, foram arrecadados por policiais, comandantes e, autoridades.


O comandante geral da polícia de Alagoas à época, Coronel THEODURETO CAMARGO NASCIMENTO, oficial do exército, ao morrer num apartamento na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, tinha em seu acervo: UM LENÇO DE SEDA COM FLORES BRANCAS, que pertenceu a Lampião, além de vários punhais. Foto acima.

Fonte principal: Jornal "O GLOBO"

Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta

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O AMIGO DA TERRA

Por Rangel Alves da Costa*

O verdadeiro sertanejo sequer gosta de se afastar de sua casa, de seus arredores. A vida na cidade lhe parece estranha, insuportável, aterradora. Por isso não vê a hora de terminar suas compras, enganar o aió e embornal e pegar a estrada. Vereda espinhenta que o levará ao paraíso.

Dinheiro pouco, contado, comprou quase nada. Um pedaço de fumo, bala doce pra meninada, um corte de chita pra mulher, uma garrafa de pinga e as encomendas da cozinha sertaneja. Pouca coisa também, apenas um tico disso e daquilo. Arroz, farinha, açúcar, café, sabão em pedra, sal, colorau e tempero. E também um quilo de carne com osso, um quilo de bucho e outro de tripa.

Sabe que é pouco pra tanta boca, mas também sabe que fome de entristecer ninguém passa. Verdade que não há mais caça como antigamente, sequer o preá e a nambu são avistados pelas matarias. O jeito que tem é de vez em quando puxar no cangote de uma galinha e botar na panela. Galinha sempre gorda, criada ciscando à solta, é garantia de comida na mesa por dois dias.

A secura do lugar onde mora não permite a criação de porco, pois o bicho não ia engordar sem resto de comida, água pra se lambuzar e lama pra focinhar, mas possui quatro ou cinco cabeças de bode. Matar pra consumo próprio de jeito nenhum. A esperança é que ganhem uns quilinhos a mais para serem vendidos. Mas dinheiro pouco entra no bolso e sai pela mão.

Não vive contente com a pobreza, logicamente que não. Mas olha ao redor e avista situação muito pior, coisa de cortar coração. Nunca há fartura no prato, mas também não amarga o sofrimento de ter filho chorando de fome. E choro assim é ouvido de palmo a palmo, de lado a outro no seu sertão.


Pelas vizinhanças barriga cheia só do barro escavado da tapera, panelas e pratos vazios e olhares chorosos e entristecidos. Menino correndo atrás de calango para atirar na brasa e saborear, pai de família em tempo de endoidar. Sabugo de mandacaru novo até que é não é ruim, mas tudo seco, esturricado de vez.

Tudo isso acontecendo ao redor. E bem que podia ser com sua família. Dá uma vontade danada de chorar, e chora mesmo. Só que transfere as lágrimas e o sofrimento para o velho berrante. É assim que ao entardecer o berrante ecoa por aquelas paragens, chorando pelos seus irmãos de chão.

Tudo faz para mostrar força diante de tudo. Mas sofre na vida, sofre quando avista a terra seca e sem nenhum pé de pau verdejante, sofre quando a nuvem de chuva vai se dissipando ainda ao longe. O mesmo sofrimento de todos ao redor, a mesma dor suportada por todos.

Mas não arreda pé dali de jeito nenhum. Ali nasceu e ali há de morrer. Ali sua existência, sua razão de lutar pela vida, sua esperança sempre renovada na fé. A mulher se ajoelha perante o oratório, ele retira o chapéu do lado de fora, olha para o céu sertanejo e conversa com Deus: Olhai pra esse povo pobre do sertão, meu Senhor Jesus Cristo. Com as forças de Deus e do Frei Damião e do Santo Padim Padim Ciço, tudo ai de melhorar. E vai!

Não é outro senão a própria terra. Terra e homem se misturam num só, numa entranha inseparável. Ele o grão, a semente, a esperança de fruto que precisa enraizar. Ela o leito que acolhe, que mesmo esturricada cativa e afaga o seu filho. Homem cheirando a terra, terra com feição de sertanejo. E nada sobrevive quando lhe retira o coração.

Por isso mesmo que é tão amigo da terra, tão dependente dela pra tudo. Descalço caminha pela sua secura e sente a carícia do espinho, eis que as flores já estão diante do seu olhar. Tudo seco, fumaçando, mas é como se toda vastidão sertaneja fosse um jardim. E ele o jardineiro prometendo à planta morta que amanhã tudo será diferente. Tudo será melhor.

Amanhã talvez não. Mas um dia será. Com fé em Deus, em Frei Damião e no Santo Padim Padim Ciço.

Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com

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Lampião na Zona em Capela - Sergipe


"Não pegue em nada, nas minhas armas, e nesse borná só pode se pegar depois de morrê Lampião"

Lampião com a prostituta Enedina no seu quarto, em Capela, no Estado de Sergipe, no dia 25-11-1929, quando ele foi tirar as coisas pra matar seus desejos com ela, e ela foi ajudá-lo. 

"De pé: Ezequiel, Calais, Fortaleza, Mourão e o menino Volta Seca. Sentados : Lampião, Moderno, Zé Baiano e Arvoredo". - http://portaldocangaco.blogspot.com

Ficando ele só camisa de meia, e alpercatas, deixando seu fuzil e punhal ao alcance de pegar. A poucos metros de cada porta do pequeno quarto, pelo lado de fora, Moderno e Arvoredo protegiam seu chefe.

Fonte: facebook

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O mais novo livro sobre o cangaceiro Jararaca


O mais novo livro sobre o cangaceiro JARARACA
Autor: Marcílio Lima Falcão

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Marcílio Lima Falcão

Marcílio Lima Falcão é professor da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), mestre em História Social pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e atualmente faz doutorado em História Social na Universidade de São Paulo (USP). Suas principais áreas de pesquisa são a História Social da Memória, Religiosidade e Movimentos Sociais no Brasil Republicano.

Enviado pelo poeta, escritor, pesquisador do cangaço e gonzagueana Kydelmir Dantas.

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O CANGACEIRO CORISCO ENTRE A VIDA E A MORTE

Foto do ano de 1940, em que aparece o famoso cangaceiro Corisco em seu leito de morte

O cangaço - o fim do cangaceiro. O surgimento da lenda.

Corisco era o apelido do cangaceiro Cristino Gomes da Silva Cleto (10 de agosto de 1907, Água Branca - Alagoas, 26 de maio de 1940, Jeremoabo - Bahia). Foi casado com Sérgia Ribeiro da Silva, alcunha de "Dadá". Corisco era também conhecido como Diabo Loiro.

MORTE

Em 1940 o governo Vargas promulgou uma lei concedendo anistia aos cangaceiros que se rendessem. Corisco e sua mulher Dadá decidiram se entregar mas, antes que isso acontecesse, foram baleados. O cerco contra o cangaceiro e seu bando foi no estado da Bahia, na cidade de Miguel Calmon, em um povoado denominado Fazenda Pacheco.

Corisco repousava em uma casa de farinha após almoçarem. O ataque foi comandado pela volante do Zé Rufino, juntamente com o Tenente José Otávio de Sena.

Dadá precisou amputar a perna direita e Corisco veio a falecer naquele mesmo ano, ou seja no dia seguinte, em 26 de Maio de 1940. Com as mortes de Lampião e Corisco, o cangaço nordestino enfraqueceu-se e acabou se extinguindo.

Corisco foi enterrado, no cemitério da consolação em Miguel Calmon, na Bahia. Depois de alguns dias sua sepultura foi violada, e seu corpo exumado tempo depois.

Seus restos mortais ficaram expostos durante 30 anos no Museu Nina Rodrigues ao lado das cabeças de Lampião e Maria Bonita, até ser definitivamente sepultado juntamente com seus restos mortais que foram recentemente cremados por seu filho, o economista Dr. Silvio Bulhões.

Comentários dos pesquisadores e amantes do tema Cangaço

O pesquisador Beto Maia disse:


"Muito triste que isto aconteceu, pois este tal de Zé Rufino foi mesmo para matar. Mas acho que se tivesse acontecido uma boa conversa, na minha opinião,  não precisaria ser desta forma".

A pesquisadora Cleoneide Braga também falou a respeito das maldades contra o cangaceiro Corisco:


"Entendi que sua morte se deu, quando, ainda, vivia em bandos. Será que seu assassino queria se promover?"

O escritor Sousa Neto deu sua opinião sobre o assunto em pauta:


"Zé de Rufina" o sanfoneiro que foi convidado a entrar no cangaço pelo próprio Lampião por três oportunidades e se recusou. Optou por entrar nas volantes, pois se apropriar dos pertences dos cangaceiros era para ele mais vantajoso e de certa forma "legal. 

A sua perseguição a Corisco foi para ficar com o dinheiro e ouro que o mesmo conduzia. Após "a campanha" como ele mesmo cita, comprou umas fazendinhas em Jeremoabo-BA".

Já a pesquisadora Francimary Oliveira reforçou o que opinou o escritor Sousa Neto:


"O Zé Rufino ainda poupou a vida de Dadá, o que interessava mesmo era os "pertences" de Corisco".

Fonte: facebook
Página: Geraldo Júnior

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Extra - Apenas para apresentar aos nossos leitores Frei Damião e Frei Fernando (In memorian)

A foto pertence ao acervo do Raimundo Nunes

Só para o leitor deste blog ver o respeito e o carinho que tinha frei Fernando pelo nosso querido frei Damião. Possivelmente, na foto, frei Fernando estava sentando frei Damião na cadeira, ou estava arrumando-o  para uma recepção. 

Frei Damião de Bozzano nascido Pio Giannotti, OFMCap Bozzano, em 5 de Novembro de 1898 - Itália, e faleceu no dia 31 de Maio de 1997 em Recife, no Estado de Pernambuco. Foi um frade italiano radicado no Brasil. Era filho dos camponeses Félix Giannotti e Maria Giannotti.

Frei Fernando Rossi "amigo de Frei Damião" era filho do casal Frederico Rossi e Ana Lúcia nascido aos 20 de Julho de 1918 na Itália. Trouxe a vocação para a vida religiosa depois de 13 anos de estudos no Seminário, ordenou-se padre no dia 29 de Fevereiro de 1942.

Frei Fernando Rossi faleceu no dia 28 de Julho de 2013, aos 95 anos em Palmeira dos Índios, no Estado de Alagoas. Religioso acompanhou Frei Damião em peregrinações pelo Nordeste.

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O quê: Corisco e Dadá


E dando sequência à mostra "Era uma vez no Nordeste: do Cangaço ao Western Spaghetti", a Sala Walter da Silveira apresenta neste sábado (30/08), o filme "Corisco e Dadá" dirigido por Rosemberg Cariry.

Sinopse - O Capitão Corisco conhecido como Diabo Loiro, famoso por sua crueldade, valentia e beleza, rapta Dadá quando ela tinha 12 anos de idade, jogando-a na difícil vida do cangaço. A partir desse acontecimento, a vida de Corisco se transforma por completo. 

Foto original dos cangaceiros Corisco e Dadá

Ele é um condenado de Deus cuja missão é lavar com sangue os pecados do mundo. Dadá, que a princípio o odiava, descobre o companheirismo, entre lutas e dificuldades, e vê o ódio transformar-se em amor. E é o seu amor que humaniza Corisco, livra-o da condenação divina e determina a sua nova história sangrenta e trágica.

Confira a programação completa da Mostra clicando neste link:
 http://bit.do/NDcG

O quê: Corisco e Dadá
Quando: 30 de agosto às 19h 
Onde: Sala Walter da Silveira
Quanto: Gratuito 
Classificação: 14 anos

Fonte: facebook


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Fazenda Colônia na Ingazeira, no Estado de Pernambuco - nasceu o cangaceiro Antonio Silvino

Foto: Rostand Medeiros (blog Tok de História - http://tokdehistoria.wordpress.com

Fazenda Colônia na Ingazeira, no Estado de Pernambuco, local onde nasceu no dia 02 de Novembro de 1875 Manoel Baptista de Morais, o futuro cangaceiro Antonio Silvino, que era filho de Francisco Batista de Morais e de dona Balbina Pereira de Morais. 


O cangaceiro Antonio Silvino faleceu na cidade de Campina Grande, no Estado da Paraúba em casa de uma prima Teodolina, no dia 30 de Julho de 1944. 

Dona Teodolina prima do cangaceiro Antonio Silvino

Manoel Baptista de Morais, o futuro cangaceiro Antonio Silvino era apelidado de rifle de ouro, precursor de Lampião. 


Nesta casa em "Campina Grande - Paraíba" foi aonde faleceu o cangaceiro Antonio Silvino no dia 30 de Julho de 1944. 

Fonte: facebook
Página: voltaseca volta

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Quadro “O Cangaceiro” de Cândido Portinari vai a LEILÃO.


Quadro “O Cangaceiro” de Cândido Portinari vai a LEILÃO

Preço - Lance mínimo: R$ 2.090.694,18 (Isso mesmo: Dois milhões, noventa mil seiscentos e noventa e quatro reais e dezoito centavos)

Localização Rua Estados Unidos, 1638, Jardim América, SÃO PAULO, SP
Fórum 2ª Vara da Família e Sucessões do Fórum Central – SP.

Número do processo 0634590-67.2008.8.26.0100 (100.08.634590-6)

Autor ALEXANDRE MENDES ANDRÉ

Réu MANUEL ANTONIO MENDES ANDRÉ

Descrição

RELAÇÃO DO BEM: 01 quadro de autoria de Candido Portinari, título; Cangaceiro, técnica: óleo sobre tela, data 1952, dimensões: 55,5 x 46,5 cm. Cangaceiro 1952 Pintura a óleo/tela Paiting - oil/canvas Rio de Janeiro, RJ 55,5 x 46,5 cm. Assinada e datada na metade inferior à esquerda "PORTINARI 1952" Signed and dated at bottom left "PORTINARI 1952" COLEÇÃO / COLLECTION Coleção particular/ Private collection EXPOSIÇÕES / EXHIBITIONS 1970. Cem obras Primas de Portinari. Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, São Paulo. indiv. [EX 54] 1998. Portinari. paineis, pinturas, desenhos, gravuras. Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. indiv. [EX 457] REFERÊNCIAS / REFERENCES Artigos de Periódicos / Articles from Periodicals 1998. Michelotti, Gabriela. Folha de S. Paulo, São Paulo. ref. [PR 10777] 1998. Sarquis, Karla; Vargas, Isabela. O Estado de S. Paulo, São Paulo. inf. [PR 10782] 1998. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro. ref. [PR 10818] Livro / Book Cavalcanti, Carlos (Org.). Dicionário brasileiro de artistas plásticos. 1973. ref. v.3, p.428. [LR 301].

Valor da Avaliação: R$ 2.090.694,18 BRL (Dois milhões, noventa mil, seiscentos e noventa e quatro reais e dezoito centavos) em 6/2014, que será atualizado até a data da alienação conforme tabela de atualização monetária do TJ/SP.

Fonte:

Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta

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SERRA DO UMBUZEIRO - Paulo Afonso no Estado da Bahia.


SERRA DO UMBUZEIRO - Paulo Afonso no Estado da Bahia. Local de visão privilegiada, e que está nas andanças do REI DO CANGAÇO LAMPIÃO por aquelas paragens.

VEJAM FOTOS


Povoado RIACHO, vendo-se ao fundo a SERRA DO UMBUZEIRO. Do alto da Serra, O Rei Vesgo do cangaço LAMPIÃO tinha uma visão privilegiada de todo o entorno da Serra, e, nessa condição de estrategista, nessa posição, jamais poderia ser abatido pelas forças volantes.


Povoado RIACHO em Paulo Afonso, vendo-se ao fundo a SERRA DO UMBUZEIRO, lugar visitado por Virgolino Ferreira da Silva, o rei do cangaço Lampião.


QUE MARAVILHA DE VISÃO, AMIGO GLAUBER
Nessa posição, o "ôme" da caatinga o rei e sanguinário Lampião  enxergava tudo que se movia ao redor da Serra UMBUZEIRO.

Fonte principal: Google
Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta 

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