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domingo, 4 de março de 2012

"JESUS É O SENHOR DOS MILAGRES !!!"

Por: Kátia Regina
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"JESUS É O SENHOR DOS MILAGRES !!!"
Obs: Imagem extraída do site: http://jodedeus.blogspot.com/


“JESUS É O SENHOR DOS MILAGRES !!!”

Jesus desafiou as leis da natureza,
quando caminhou sobre as águas,(João 6,16)
para nos dizer esta mensagem:
Eu sou o Senhor da gravidade !!!

Jesus mandou a tempestade e o vento,
silenciar e calar diante dos discípulos,(Marcos 6,39)
para nos dizer esta mensagem:
Eu sou o Senhor do tempo !!!

Jesus curou a sogra de Pedro,
falando com o espírito da doença,(Lucas 4,39)
para nos dizer esta mensagem:
Eu sou o Senhor da saúde !!!

Jesus ressuscitou Lázaro,
depois de três dias de morte,(Jão 11,43-44)
para nos dizer esta mensagem:
Eu sou o Senhor da vida !!!

Jesus curou cegos, surdos, paralíticos,
libertou, ressuscitou e fez prodígios,(Mateus 8,16-17)
para nos dizer esta mensagem:
Eu sou o Senhor dos Milagres !!!

Autora: Katia Regina Corrêa Santos – Escrito em: 09.01.2012

Blog:

Governo do Estado comemora entrega da 80ª Escola de Educação Profissional

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O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Educação, comemorou nesta quinta-feira (01º) a entrega da 80ª Escola Ensino Profissional no Ceará. A nova unidade será inaugurada às 19 horas, em Aurora, na Região do Cariri, nesta quinta-feira. Para celebrar a data, a secretária da Educação, Izolda Cela, e os servidores da Seduc se reuniram para a comemoração. “Agradecemos a participação de todos no processo de implantação dessa rede que teve início em 2008, com 25 unidades, e agora atinge essa marca importante, atendendo em tempo integral 31 mil
jovens”, disse Izolda Cela. A meta é até o fim de 2014, esse número chegar a 140 unidades.
As escolas profissionais promovem a articulação do ensino médio com a formação para o mundo do trabalho. O programa oferta uma habilitação profissional à juventude cearense que pode optar entre 50 cursos técnicos, com três anos de duração, pautados na vivência do protagonismo juvenil. No ano letivo de 2012, 95 Escolas Estaduais de Educação Profissional estarão em funcionamento. Esse programa de educação profissional é o maior do Brasil.
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As EEEPs funcionam das 7 horas às 17 horas. São modelos inovadores em conteúdo, método e gestão. Os estudantes contam com três refeições diárias, recebem uniforme escolar, livros didáticos e técnicos, apoio permanente à aprendizagem e à formação, além de disponibilidade de um ônibus com a capacidade para 32 pessoas que viabiliza atividades pedagógicas.
Os prédios apresentam uma área de 4,5 mil metros quadrados. Dispõem de 12 salas de aula, auditório para 201 lugares, biblioteca e dependências administrativas. Lá, os estudantes têm acesso a Laboratórios Tecnológicos, de Línguas, Informática, Química, Física, Biologia e Matemática. A comunidade escolar conta também com um ginásio poliesportivo e um teatro de arena. A construção segue o padrão estabelecido pelo MEC para escolas profissionais.

Fonte:
Assessoria de Imprensa da Seduc/ http://www.ceara.gov.br
Jacqueline Cavalcante (
jacquelinec@seduc.ce.gov.br / 85 3101.3972)
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Lampião em fotos inéditas

Por: Adriana Crisanto
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As cinqüenta fotografias de Virgulino Ferreira, o Lampião, e seu bando no sertão nordestino serão restauradas pela empresa cearense Abafilm. As fotos foram tiradas entre os anos de 1935 e 1936 e produzidas pelo libanês Benjamin Abrahão. Vinte e quatro fotos deste acervo são fotos inéditas de Lampião, Maria Bonita e o seu grupo de cangaceiros, que nas décadas de 1920 e 1930 percorreram o sertão nordestino fazendo justiça com as próprias mãos.

Lampião e Maria Bonita


A restauração é fruto de um acordo firmado entre a empresa Abafilm e da família de Lampião. Benjamim Abrahão conheceu o rei do cangaço no ano de 1926, quando ainda estava em Juazeiro do Norte (CE). Após o falecimento do Padre Cícero, por quem Lampião tinha veneração e respeito, Benjamin procurou o cangaceiro e se ofereceu para registrar sua vida em fotografias e filmagem.
Antônio Amaury Corrêa de Araújo contou que a passagem de Lampião e seu bando pelo Estado da Paraíba se deu nos municípios de Princesa (onde se escondeu durante um tempo), Sousa, Patos e Cajazeiras. “Embora ele não estivesse presente mandava seu bando atacar”, comentou. Antônio Amaury é um dos maiores pesquisadores do cangaço no Brasil. A saga de Lampião e seu bando contém todos os elementos de aventura, romance, violência, amor e ódio, digno de grandes histórias da humanidade. Lampião se jogou a todo tipo de sorte após o assassinato de seu pai. O cangaceiro (nome dado aos fora-da-lei que viveram em grupo, no final do século passado do nordeste brasileiro) percorreu sete Estados da região levando medo e sangue à população do sertão.
Os fatos contados pelos sertanejos sobre a passagem de Lampião são inúmeros, um misto de verdades e mentiras. O certo é que a saga do cangaceiro causou sérios transtornos à economia do interior do Brasil. No início da década de 1930, cerca de 4 mil soldados seguiram em seu encalço nos vários Estados. O bando de Lampião era formado por 50 pessoas, entre homens e mulheres. Em alguns casos Lampião se tornou amigo dos coronéis e grandes fazendeiros que lhe forneciam abrigo e apoio material. Hoje Lampião é um misto de ídolo dos nordestinos. Sua imagem ainda resiste mesmo após 60 anos de sua morte. A influência dele nas artes, música, pintura, literatura e cinema são impressionantes.
O historiador e pesquisador, Antônio Amaury Corrêa de Araújo, disse que cada dia novos fatos sobre o cangaceiro são desvendados. Recentemente, ele descobriu dois cangaceiros que nunca haviam sido entrevistados, um deles, ainda vive se chama Alecrim e reside no município de Paulo Afonso (interior da Bahia). O segundo, Manoel Tubiba, faleceu no ano passado. “Manoel Tubida havia sido dado como morto no ano de 1923 e 1924” relatou. Antônio Amaury Corrêa de Araújo também descobriu Dona Antônia, uma das mulheres do cangaceiro que recebia o nome de Gato. “Há 53 anos que pesquiso sobre Lampião. Eu fiz mais de seis mil entrevistas e tenho sete livros publicados”, disse. Conforme o pesquisador, o maior problema que teve durante a pesquisa foi com os policiais que participaram da perseguição ao bando. “Muitos fatos tiveram uma constância assombrosa. A polícia chegava à sua casa, revistava e muitas vezes batiam nas pessoas obrigando-os a falar muitas vezes dizer coisas que não sabiam mesmo”, confidenciou.
No próximo mês, a editora Traço estará relançando o livro “Gente de Lampião – Dada e Corisco”, de autoria do pesquisador. Antônio Amaury esteve no sertão mais de 43 vezes e a cada viagem descobre novos fatos. Ele disse que Benjamin Abrahão esteve, comprovadamente, duas vezes no sertão com o grupo de Lampião, permanecendo ao todo até quatro meses. A prova esta em um bilhete que o cangaceiro escreveu e assinou.
O bilhete continha vários erros de português, o que comprovava o baixo nível de escolaridade de Virgulino Ferreira, que tinha o seguinte teor: “Venho lhi afirmar que foi a primeira peçoa que conceguiu filmar eu com todos os meus peçoal cangaceiros, filmando assim todos us muvimento de noça vida nas catingas dus sertões nordestinos. Outra peçoa não conciguirá nem mesmo eu consintirei mais. Sem mais do amigo. Capitão Virgulino Ferreira da Silva”. Antônio Amaury Corrêa de Araújo, disse que sem as fotos de Benjamim Abrahão, a história do cangaço seria muito mais pobre visualmente.
*Matéria publicada no jornal O Norte, Caderno Show, João Pessoa, 18 de março de 2003.

Recado do mestre Alcino


 

 Abimael, Inácio Sena, Homero Costa, João da Mata e Alcino Alves Costa http://sebovermelhoedicoes.blogspot.com/ 

Nos dias 08 e 12 deste mês de fevereiro de 2012 eu fui agraciado através de uma emocionante homenagem que carinhosamente recebi dos responsáveis pelo importantíssimo movimento cultural intitulado ARENA de Arte, Cultura e Turismo, em sua segunda edição.
Cartaz do evento

Sediada na pujante Nossa Senhora da Glória, a bela capital do Sertão do São Francisco, e a participação efetiva e afetiva dos municípios que compõem a ROTA DO SERTÃO: Ribeirópolis, São Miguel do Aleixo, Monte Alegre de Sergipe, Poço Redondo e Canindé de São Francisco, a II ARENA deu-me o prazer, a felicidade e a honra de ser o homenageado em tão grandioso evento.

Em sua primeira edição a ARENA homenageou o célebre artesão Véio, esse notável sertanejo que fez de sua sublime arte uma história de competência e motivo de orgulho não só de sua amada N. S. da Glória, mas de todo sertão e do próprio Sergipe.

Este é o célebre Véio Pescado in Sou de Glória
Essa vitória não foi só minha e de Véio. Nós fomos os escolhidos para recebermos tão comovente cortesia porque temos a felicidade e o privilégio de sermos filhos de uma região venturosa e repleta de lindas e comoventes histórias. Pedaço de Sergipe recheado de pessoas que nasceram com a arte e a cultura entranhadas em seu sangue e em seu espírito.

Eu e Véio trilhamos toda a nossa existência amando, pesquisando e criando para o Brasil e para o mundo a nossa arte, a arte do povo sertanejo, a arte do povo do Sertão do São Francisco. Portanto, nos sentimos orgulhosos e maravilhados por termos sido os escolhidos para sermos os homenageados durante os dois primeiros eventos da Rota do Sertão.

Senhores criadores e patrocinadores desse extraordinário acontecimento, tendo a frente à senhora prefeita de Nossa Senhora da Glória, Luana Michelle, obrigado pela vontade e inspiração em buscar acima de tudo o resgate de nossa cultura, do viver e do fazer de nossa passada gente. Felizes somos nós por procurar pesquisar e registrar os grandes feitos históricos e culturais de nossa terra, de nosso chão caboclo. Historiografia que está sendo vilipendiada pelos novos tempos da modernidade, mas que, graças à boa vontade e inspiração de Luana e seus colegas de outros municípios, Sergipe e o povo sentiram na alma a grandeza de mossa cultura e de nossas tradições.

O povo viu feliz e emocionado o valor grandioso de nossa história. A história de um povo sofrido, mas pleno de fé, vitalidade e vigor. Todos os municípios se apresentaram através de seus artistas e defensores de nosso folclore com dignidade, competência e muito carinho. Lá estavam às autoridades municipais, orgulhosas em razão do êxito total do evento e o desempenho impressionante de seus grupos artísticos que brilharam intensamente com a beleza do reisado, do xaxado e do grupo de teatros, além dos cantores que inebriaram os que participaram da grandiosa festa.

Capitaneada pelo prezado, competente e querido amigo Roberinho, a equipe organizadora ultrapassou todas as expectativas. Foi zelosa com seu inigualável tratamento para com todos que visitavam o local onde a II ARENA estava localizada.

Que a II ARENA cultural da Rota do Sertão e outros eventos culturais espalhados pelas cidades e municípios de nosso Estado não caia em segundo plano e entre em decadência.
Valorizar a cultura é valorizar os nossos costumes, as nossas origens e as nossas tradições. A história sertaneja é bela e comovente. Ela não pode e nem deve morrer. Tem é que ser cultuada e levada até a nossa juventude que cada vez mais se afasta de suas origens e ignora totalmente o viver dos pioneiros de um sertão que eles também são filhos.

Que as possíveis mudanças políticas que poderão acontecer nas futuras administrações que se iniciarão no próximo ano não sejam um entrave a esses movimentos culturais que procuram resgatar os valores artísticos da história do povo sertanejo, e porque não dizer, de Sergipe.

Eu e Véio fomos os homenageados nestas duas edições. Com fé em Deus outras edições chegarão e assim vai ser possível Sergipe conhecer outros artistas e pesquisadores das coisas de nosso mundo caboclo, fazendo com que homens e mulheres de altíssima competência se tornem conhecidos em nosso Sergipe, e porque não dizer, no Nordeste e no Brasil.
Publicado na edição de 1º de março de 2012, no JORNAL DA CIDADE, Aracaju – Sergipe.


Saudações,
Alcino Alves Costa
O Caipira de Poço Redondo - SE

Extraído do Lampião Aceso

Obrigado, II Arena de Arte e Cultura da Rota do Sertão

Um trabalho ao alcance de todos

LAMPEÃO DE A a Z

Autor: Paulo Nedeiros Gastão
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWDmL63Prc1ZvH5XqREtQXvzbDUhL60VycpEqm3DP0C29_64ng3JY5mRFHnrR-Erq84fUrj3WPDKmWK3R_3TW1vroJNJgjjRYltHd54Ttr1xYzeGnOPS5hgKRE3KUb1jKeDXJBAJa33Q/s1600/Caldas+200810+%2848%29.JPG
Paulo Gastão e Aderbal Nogueira

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REVENDO - Drogas e AIDS em trágicos caminhos

Por: Archimedes Marques
http://www.adepolpb.com.br/colunistas/foto_archimedes_marques.jpg

É desejo de todo o ser humano  viver intensamente por muito tempo, aproveitar os prazeres da vida com alegria e disposição, conviver amistosamente com seus familiares e amigos, ir para onde bem quiser com liberdade e autonomia, e, acima de tudo, ser saudável física e mentalmente, entretanto, nos caminhos da vida muitos descambam para a marginalidade das leis vigentes e para o submundo horripilante das drogas, consciente ou inconscientemente.
Está dentre os malefícios criados do homem para o homem, as drogas ilícitas ou mesmo lícitas, tais como: skunk, maconha, haxixe, ecstasy, morfina, heroína, ópio, LSD, anfetamina, cocaína, merla, crack, oxi, cristal, paco, codeína, rebite, lança-perfume, clorofórmio, peiote, mescalina, psilocibina, demais drogas psicoativas, além do álcool e do tabaco que são as mais comuns.
http://www.diariodosertao.com.br/ew3press/sendtmp/20100116121151/destaque/AgoraCrack.jpg
Tais drogas fazem as suas partes ilusórias de supostas melhoras psicológicas na mente humana em busca de um reino fantástico através de uma imaginação distorcida, com breves momentos estimulantes, entorpecentes e alucinógenos, quando na verdade leva o individuo para uma morte precoce e sofrida com a devastação e doença de vários dos seus órgãos, além de arrastar junto em grande sofrimento e dor os seus entes queridos.
Os efeitos das drogas são avassaladores e devastadores no organismo do ser humano, embora inicialmente possam dar uma sensação de bem-estar ao usuário. Os efeitos nefastos decorrem inicialmente da dependência física e psíquica que elas provocam. A dependência física altera a química do organismo, tornando-se indispensável ao indivíduo e a psíquica, quando o dependente não usa a droga, deixa-o em lastimável estado de depressão, abatimento e desânimo, perdendo o interesse pelo trabalho, pelo estudo e pela vida, passando o mesmo, a partir de certo estágio a não mais considerar os seus entes queridos ou quaisquer pessoas possíveis. O viciado ou dependente químico passa a viver noutro mundo, um mundo só dele, um mundo imaginário e inexistente.

Com a necessidade premente que o dependente da droga sente, possibilita um comércio rendoso, proibido e clandestino para os insanos traficantes, que se impõe à força, de forma abusiva e prepotente. Quadrilhas organizadas e armadas, sem qualquer escrúpulo e sem o menor respeito à vida, aos poderes constituídos, às leis vigentes, cultivam plantas entorpecentes, preparam, fabricam e refinam as drogas ilícitas e distribuem para os demais comparsas traficantes e estes repassam a altos custos para os tristes consumidores.
Irmanadas maleficamente com as drogas também estão as doenças sexualmente transmissíveis. As DST, como o próprio nome diz, são doenças transmitidas por meio das relações sexuais, assim como também acontece com vírus da AIDS, o HIV, especialmente por intermédio do sangue que pode ocorrer quando agulhas e seringas são compartilhadas para o uso de drogas injetáveis.
Mesmo com o advento do crack que vicia ao primeiro experimento, destrói e atinge principalmente a classe mais pobre, em sofrimento, degradação e morte, o uso de drogas injetáveis continua em ascensão no nosso país, em especial na classe média e alta. Com isso o número de pessoas contaminadas pelo vírus da AIDS devido ao uso em comum de agulhas e seringas, também cresce em altas proporções.
As drogas, assim como o sexo, encontram-se profundamente ancoradas na visão como fontes de satisfação, de sensação agradável, de dimensão de prazer, sem as quais seria inexplicável a atração por elas exercida, contudo, das duas opções, somente o sexo é realmente saudável, contanto que seja sexo seguro, ou seja, sexo praticado com preservativo.
Mas, o que geralmente acontece é que na vigência dos efeitos eufóricos das drogas a capacidade de negociar o uso de preservativo pode ficar prejudicada, pois a alerta de usar camisinha parece ser apenas um detalhe insignificante, com isso,  a relação sexual acaba acontecendo sem proteção aumentando então o risco de disseminação e contaminação da AIDS tanto para o ativo quanto ao passivo do ato.
Assim, drogas e AIDS passeiam de mãos dadas pelos trágicos caminhos da vida arrastando os menos avisados para suas armadilhas, tal qual a aranha faz na sua invisível teia a caçar a sua indefesa presa.

Autor:
Archimedes Marques (Delegado de Polícia no Estado de Sergipe.
Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Segurança Pública pela UFS) –archimedesmarques@infonet.com.br 

Enviado para este blog pelo autor: "Dr. Archimedes Marques"

Livros do Nordeste 9

Escritores: Cicinato Neto  e Alcino Alves Costa

Lampião e o Estado Maior do Cangaço - Hilário Lucetti e Magérbio de Lucena - Estudo feito por dois estudiosos do Cariri cearense sobre os maiores nomes do cangaço no Nordeste: Lampião, Luís Pedro, Labareda, Sabino Gomes, Massilon, os irmãos Engrácia, Antônio Matilde, Antônio Ferreira, Livino Ferreira, Jararaca, entre outros.
Edição utilizada : 2ª edição, Fortaleza, Gráfica Encaixe, 2004 (a primeira edição é de 1995).
Trecho significativo:
Declarações do cangaceiro Oliveira aos pesquisadores sobre Lampião:

"Durante o tempo que andei com Lampião, quando a gente entrava no Ceará, ele dizia logo: - Coidado, qui é um istado qui eu arrespeito! E ninguém tomava nada de ninguém, não matava ninguém. Lampião não gostava de dar surras, dizia: Prá pegá um pobi, um paisano dizarmado dá u'a pisa, não é vantage prum homi. Vantage prum homi é falá arto prá ôto homi armado! Não se dava bolos. As moças tinham que ser respeitadas. O padre Cícero tinha pedido para ele respeitar moças, senhoras casadas e seus romeiros, dizendo que se fizesse isso, ele morreria velho em sua cama. Quando entrô no Juazeiro, deram-lhe armas, fardamento e a patente de capitão prá deixar aquela vida, mas o governo e a polícia do Pernambuco não deixaram. Lampião dizia:
Ninguém quêra si apossá de muié de vergon'ia o que mi dizibedecê eu atiro pra matá! E se o o cabra teimasse, morria mesmo".
O tratamento dos feridos era uma coisa desmantelada.
Lavava-se era com cachaça, pois não havia álcool e colocava-se emplasto de sal com pimenta. Nunca fui ferido, mas vi muito baleado sofrer com ferimento aberto e tendo que andar sem parar, correndo da polícia. Se o ferimento era grande, deixava-se o baleado com algum coiteiro. Quando não tinha jeito, se abreviava a morte do companheiro, a pedido dele mesmo como foi feito com Sabino". (p. 204-5).

Extraído do blog do Cicinato Neto, escritor e pesquisador do cangaço

CASA DE TAIPA

Por: Alcino Alves Costa

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Um projeto governamental está em andamento com a decisão de eliminar, derrubar, destruir e acabar com as casas de taipa ainda existentes no alto sertão do Baixo São Francisco.


As autoridades alegam que, com a demolição das antigas e tradicionais vivendas dos pioneiros das caatingas, estão erradicando a Doença de Chagas, transmitida pelo inseto popularmente conhecido pelo nome de “barbeiro”.
           
Esta esdrúxula decisão – daqueles que imaginam estarem praticando uma benéfica ação comunitária junto ao que nos resta da população verdadeiramente cabocla de nosso Estado – não passa de um verdadeiro assassinato da já quase morta cultura sertaneja. Essa gente citadina, aquela que detém as rédeas do poder, não percebe, e talvez nem saiba, que uma casa de taipa, especialmente aquelas de telheiro, encravada nos cantos mais longínquos das bibocas de nossa outrora pujante e bela caatinga, é um marco da cultura e da história de nosso sertão.
           
Ninguém tem o direito de destruir o passado de nosso povo, o povo sertanejo. E muito menos, derrubar uma casa que em tempos idos foi construída com barro e argila de nosso chão, varou os anos e se tornou testemunha da história e da saga dos que habitavam o mundo do caboclo. Demolir um monumento dessa grandeza é um ato que atenta violentamente contra a integridade do patrimônio histórico do sertão e, porque não dizer, do Brasil.
           
O justo era as autoridades competentes procurar recuperar, tombar, e colocar sob a proteção do Estado e do município de origem, as antigas moradias que ainda existem em diversas regiões dos campos sertanejos; velhas casas que, muitas delas, foram protagonistas de acontecimentos marcantes na vida de remotas famílias que povoaram o universo do caatingueiro sergipano.
           
Fico matutando o porquê de igrejas, casarões, sobrados e demais logradouros, nascidos e edificados nas grandes cidades, e que tiveram o seu apogeu nos idos do Brasil Colonial, são protegidos e amparados por lei; nada podendo ser mudado de suas antigas estruturas e modelos, numa prova da altíssima valorização da obra arquitetônica européia, enquanto as construções caipiras, também de imensurável valor, embora dentro de seu jeito peculiar e único, não merecem o menor respeito e nem a devida consideração da parte daqueles mesmos que admiram com verdadeira obsessão as antigas moradias dos centros urbanos.
           
É certo, e não poderia ser diferente, que os que se abismam com o barroco e sua suntuosidade, e com o gótico dos séculos XIII ao XV, não sabiam da existência de casas de taipa, ou de barro se quiserem, nos cantos ermos dos sertões nordestinos. E este desconhecimento, que chega a beirar ao desprezo, andejou com os anos; chegou até aos dias atuais, primordial motivo que faz com que nossas autoridades desconheçam o que representa, em valor cultural, uma dessas casas dos cafundós do interior.
           
Autoridades de nosso Estado, essas casas, cada uma delas, é um marco e uma testemunha da fascinante e perigosa história dos que nos primeiros povoamentos habitaram suas dependências e viveram os grandes épicos de seu mundo caipira. Derrubá-las é exterminar com as últimas testemunhas de um passado de gloriosa coragem e força do povo caatingueiro.       
           
E por que esta maravilha cabocla, que um dia foi de gigantesca serventia, não recebe o mesmo cuidado, o mesmo zelo, o mesmo tratamento, a mesma proteção, dos casarões existentes nas velhas cidades brasileiras?
           
Acabar com as casas de taipa é uma decisão que se pode, perfeitamente, considerá-la criminosa. A desculpa dos insetos, e em especial do “barbeiro”, não tem nenhuma sustentação. Não podemos acreditar, e nem admitir, que em pleno século XXI, um paciente seja assassinado apenas porque está com a sua enfermidade dentro de um quadro grave. Bem assim é o que estão querendo fazer com as casas de taipa, aquelas de nosso sertão, aquelas que guardam em suas velhas e carcomidas dependências, o segredo, os mistérios e o sofrimento dos filhos do mato; velhas casas de tantos acontecimentos notáveis; marcos, ainda vivos, que não devem morrer sob pena de o mesmo acontecer com a nossa história, a história sofrida e ao mesmo tempo bela, do homem do campo; esse herói da enxada e do eito, do gibão e da perneira e, porque não dizer, do punhal, da peixeira e da espingarda. Verdadeira essência viva da raça parda brasileira que soube, com muita fé, obstinação e dignidade, enfrentar de cabeça erguida e com destemor todos os percalços e provações que os desígnios do destino lhes reservaram.
           
Será, meu Deus, que mesmo com o avanço das eras, da ciência e da tecnologia, não se descobriu um remédio, um inseticida, que desse cabo dos insetos transmissores de doenças? Será que irá ficar, como única solução, a firme decisão de destruir as casas de taipa, que foram testemunhas oculares e de corpo presente, de extraordinários episódios vividos no meio da família sertaneja?
           
Já que o avanço tecnológico foi insuficiente – ou insuficiente foi à vontade e o desejo das autoridades? – por que não rebocar as paredes, acabando com as frestas, causadoras de focos onde os “barbeiros” se homiziam e dali se espalha causando a terrível doença?
           
Construir novas casas é um ato justo e que deve ser por todos louvado. No entanto, não podemos pagar o preço desse legítimo proceder com as derrocadas dos marcos ainda existentes de nossa história. Seria um preço demasiado e injusto.
           
Que tal deixar as velhas casas e passar, com assiduidade, inseticidas nas mesmas? Os poderes não desperdiçam tanto dinheiro sem nenhum benefício coletivo? Por que não cuidar e zelar desse nosso patrimônio sertanejo em vez de destruí-lo?  
A despesa custaria uma merreca.
           
Publicado nos dias 4 e 5 de setembro de 2005, no JORNAL DA CIDADE, Aracaju – Sergipe.

Saudações,

Alcino Alves Costa
O Caipira de Poço Redondo - SE


Enviado pelo Caipira, escritor e pesquisador do cangaço:
Alcino Alves Costa

A GUERRA QUE ACABOU COM O SERTÃO (Crônica)

Por: Rangel Alves da Costa*
Rangel Alves da Costa

A GUERRA QUE ACABOU COM O SERTÃO
Os livros de História não mencionam, os poetas nordestinos não escrevem cordéis sobre tal episódio, os mais velhos não contam aos mais novos, os pesquisadores e estudiosos desse mundo de seca e sol também se esqueceram de investigar e relatar sobre a maior guerra jamais vista em todo o mundo. E tendo como palco o próprio sertão.
A indescritível, demasiadamente desumana e morticida guerra, foi por uns denominada de Guerra das Três Bandeiras, por outros de Guerra da Cruz Armada, e ainda por alguns de Guerra Injusta. Prefiro a primeira denominação, Guerra das Três Bandeiras, até porque as forças sertanejas eram guiadas pelas bandeiras de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, Antônio Mendes Maciel, o Antônio Conselheiro, e por Cícero Romão Batista, o Padre Cícero do Juazeiro. Para muitos apenas o Santo Padim Ciço.
Contudo, antes que se fale da guerra em si e seu desenlace, será preciso afirmar que o Padre Cícero é visto por alguns como aquele general nordestino que dividiu sua bandeira em duas, tendo colocado uma banda a serviço da causa sertaneja e a outra lutando - por debaixo do pano e nas trincheiras da traição – em favor dos governistas e das forças coronelistas subjugadoras. Nessa fronteira político-religiosa, sabia que o lado que saísse vencedor seria bom para a manutenção de poder e objetivos ainda maiores. Mas não foi bem assim não.
Mas vamos ao que interessa, que é falar dos meandros da Guerra das Três Bandeiras. Acontecida entre os séculos XIX e XX, a partir de 1895 e indo até 1938, teve por causa a ascensão de três nomes como grandes líderes sertanejos: Antônio Conselheiro, Virgulino Lampião e Padre Cícero. O Conselheiro, general da revolta contra as políticas governistas de submissão; Lampião, general da revolta contra as injustiças sociais; e o Padre Cícero, general da revolta contra os próprios inimigos políticos e as exageradas imposições da igreja.
Os três generais nordestinos, de liderança nata, mítica, fervorosa, não eram somente pessoas que simbolizavam a luta dos sertanejos contra o mandonismo, o coronelismo, as injustiças sociais e as mazelas impostas ao homem nordestino, mas verdadeiros guias que conseguiam aglutinar a grande raça matuta em torno dos seus objetivos de luta. E isto foi visto como grave ameaça ao poder governamental.
Ora, o poder governamental via como desrespeitosa intimidação e afronta ao controle estatal o fato de tais lideranças tentarem criar um Estado dentro do próprio Estado. Seria a nação sertaneja dentro da nação brasileira. E isto era de impensável aceitação. Era tido como crime tentar desmembrar, por meio de movimento armado ou tumultos planejados, o território nacional; mudar a ordem política ou social estabelecida na Constituição; subverter, por meios violentos, a ordem política e social, com o fim de estabelecer ditadura de classe social, de grupo ou de indivíduo; promover insurreição armada contra os poderes do Estado.
E os generais nordestinos queriam exatamente isso, desmembrar o território, mudar a ordem política e social vigente, e estabelecer um governo de sertanejo para sertanejo, além logicamente de acabar de vez com tantas e todas imposições injustas até então praticadas contra o povo mais humilde. Então, o governo não se intimidou contra as ameaças e logo providenciou que todas as suas forças militares se encaminhassem para a região sertaneja e, se preciso fosse, dizimasse todo aquele que tentasse reagir. E assim foi feito.
Por outro lado, como pregavam os generais nordestinos - e arregimentavam forças e exércitos matutos para fazer valer seus ideais revolucionários -, não havia como continuar submetido ao Estado que tratava uma parcela de seus cidadãos como verdadeiro lixo social, jogando-a ao abandono, às injustiças, ao poder de mando dos coronéis e latifundiários, e ainda por cima tendo que pagar impostos em tal valor que não sobrava nada para a subsistência das pobres e miseráveis famílias.
Antônio Conselheiro saiu de estado a estado convidando todo homem de fé para a luta contra o poder da besta. Lampião arregimentava jovens para a batalha e tecia acordos com poderosos amigos da causa para a obtenção de armamentos, munições e víveres. Padre Cícero fazia da igreja o grande grito clamando para que os fiéis e injustiçados marchassem com ele contra os inimigos tão ferozes e poderosos. E político como era, aproveitava a situação para jogar o povo em ira também contra os seus adversários.
As estradas, veredas e matarias sertanejas ficaram completamente tomadas de homens, mulheres e meninos, todos fanatizados pelas palavras de seus líderes, ansiosos para enfrentar os algozes governamentais que logo chegariam para tentar impedir o grande sonho de libertação caipira. Eram milhares, milhões de pessoas famintas, rasgadas, estropiadas, mas sedentos de luta. Carregavam armas de fogo, facões, enxadas, facas, canivetes, petecas, baleadeiras, pedras, pedaços de paus, arreios e até frigideiras velhas.
Do outro lado nem precisa dizer do que se armava. E então as forças governistas, das três armas, com toda a potencialidade bélica então existente, cercaram todo o sertão nordestino por ar, terra e mar, para dizimar de vez com as forças das três bandeiras. Pensaram que ia ser coisa fácil de ser resolvida, mas logo viram que a astúcia do velho preá andante nas suas próprias brenhas era difícil de ser vencida. E assim a guerra que seria ligeira, se demorou por mais de quarenta anos.
Ao final, no ano de 1938, as forças governistas acabaram de vez com a autêntica raça sertaneja, ao dizimar o último foco de homens valentes que nessa terra existia. Isso foi no dia 28 de julho de 1938, na Gruta do Angico, no sertão sergipano de Nossa Senhora da Conceição do Poço Redondo. Os outros generais já estavam mortos. E os seus sonhos também. Será?

Rangel Alves da Costa*
Poeta e cronista
e-mail: rangel_adv1@hotmail.com
blograngel-sertao.blogspot.com

Todo amor (Poesia)

Por: Rangel Alves da Costa
Rangel Alves da Costa

Todo amor

Depois de tanto amar
o mesmo sentimento
o mesmo doce e sabor
inventei outra forma
de sentir amor

não haverá mais
procurar o outro
para beijos
para abraços
para a nudez
para o sexo
nem promessas
e desejos
de repetir
tudo amanhã

de hoje em diante
seremos apenas um
com tudo possível
em dois
sem nada dividir
o mesmo querer
o mesmo sentir.


Rangel Alves da Costa
Poeta e cronista
e-mail: rangel_adv1@hotmail.com
blograngel-sertao.blogspot.com