Seguidores

domingo, 3 de julho de 2011

Nobres ações de um vaqueiro da história... 

Por: Ivanildo Silveira


Moreno e Durvinha Descanso eterno e digno.

             A cangaceira "DURVINHA" nasceu no dia 08 de Dezembro de 1915 e faleceu no dia 28 de junho de 2008, em consequência de hipertensão intracraniana e AVC hemorrágico. Foi enterrada na cidade de Belo Horizonte.

              Atendendo sugestão de:

Neli,

filha de Durvinha, no dia 03 de maio de 2010, tivemos a ousadia de escrever uma carta, ao Prefeito de Belo Horizonte, nos seguintes termos:
             
              Natal, 03 de maio de 2010
      Excelentíssimo Senhor Prefeito Dr. Márcio Lacerda,
            Levo ao conhecimento de Vossa Excelência, que a famosa cangaceira JOVINA MARIA DA CONCEIÇÃO SOUTO, conhecida nacionalmente por “DURVINHA, a qual morou, por muitos anos na cidade de Belo Horizonte, com seu companheiro, também cangaceiro “MORENO “ (ainda vivo c/ 100 anos, sofrendo de graves problemas de saúde e, passando dificuldades financeiras) encontra-se sepultada no Cemitério da Consolação, Quadra 03, sepultura 547 da Prefeitura de Belo Horizonte/MG.


             A filha do casal de cangaceiros, Sra. NELI MARIA DA CONCEIÇÃO, (Fone: 031-34342186), a qual é funcionária dessa Prefeitura, há muitos anos, sendo lotada na área de saúde da UPA Norte, deseja construir “UM TÚMULO“ para sua querida mãe “DURVINHA“, mas não tem condições financeiras para tal desiderato, uma vez que ganha pouco.
         Considerando que DURVINHA, foi uma cangaceira de expressão nacional, a exemplo de “DADÁ”, mulher do cangaceiro CORISCO, a qual foi agraciada, ainda em vida, com o título de cidadã de Salvador/BA, além da concessão de uma pequena aposentadoria, através de projeto de lei aprovado pela Câmara Municipal daquela cidade;

         
            Considerando que os familiares de DURVINHA, não possuem condições financeiras de arcarem com as despesas para a construção de um TÚMULO, sem se privarem de suas necessidades básicas;
             Considerando que a cangaceira DURVINHA tem seu nome marcado na história do cangaço nacional, como uma personagem, querida e amada por todos os pesquisadores/historiadores e admiradores da cultura cangaceirística;
             Considerando o senso de justiça de Vossa Excelência, bem como, o ato de misericórdia que lhe é invocado, em nome dos familiares da cangaceira DURVINHA, em nome dos pesquisadores/estudiosos do cangaço, vimos solicitar os préstimos dessa PREFEITURA de Belo Horizonte/MG, no sentido de custear as despesas com a CONSTRUÇÃO DE UM TÚMULO para a cangaceira DURVINHA, a fim de preservar a memória dessa famosa personagem da cultura cangaceira em nosso pais.
             Caso, o túmulo não possa ser feito no Cemitério da Consolação onde o corpo está enterrado, a família não se incomoda, que seja feito em outro local.
             Desde já, agradecemos, antecipadamente, o deferimento do pleito, acima solicitado. Maiores informações sobre o assunto em tela, poderão ser colhidas com a Sra. NELI (filha de Durvinha), nos telefones, acima citados.

              
                Atenciosamente,

IVANILDO ALVES DA SILVEIRA
Promotor de Justiça/Natal-RN
Colecionador/Estudioso do cangaço
Membro da Soc. Bras. de Est. do cangaço.

 No dia 25 de Maio de 2010, recebemos o seguinte recado de "NELI"
            
            "Querido amigo, estou aqui transbordando de felicidade, pois acabei de ser informada que a sepultura da mãe-DURVINHA foi aprovada. Agora melhor ainda pois o túmulo não será apenas para Durvinha... e sim para Moreno e Durvinha, será construido um jazigo para os dois no cemitério da saudade. O senhor Luiz Gustavo Góis vai nos procurar para todos os trâmites. Obrigada mais uma vez de coração pela força". 
              Conforme visualização, logo abaixo, no dia 30 de Abril de 2011, foi publicado no Diário Oficial do município de Belo Horizonte, o ato em que perpetua um túmulo, no cemitério da saudade, para a pessoa de Maria da Conceição Souto, conhecida nacionalmente, como a "cangaceira Durvinha " . 

  
3 Flagrantes da solenidade de entrega do Jazigo




Neli e Adriane - (chefe gabinete do Prefeito de BH)
Vamos a um dos muitos exemplos de vida que o casal de ex-cangaceiros transmitiram aos seus herdeiros.

  
           Hoje estou aqui para agradecer meu querido amigo Ivanildo, por ter me ajudado nesta luta da construção do túmulo dos meus pais... e quero também agradecer todos meus amigos desse Blog que sempre me apoiaram e torceram por essa vitória! Há todos o meu muito obrigada de coração!!! Gostaria de deixar bem claro para alguns membros que enxergam ex cangaceiros como eternos bandidos que eles além de terem me dado a vida foram pais exemplares... Nos criando com carinho, respeito e sempre orientando para seguirmos os caminhos do bem ainda que na base da severidade!!! Lembro-me como se fosse hoje... Um dia eu ainda pequena na pré escola cheguei em casa com uma caixinha de lápis de cor que havia ganho de uma professora; eu toda feliz... Mostrando aquela caixa com seis lápis coloridos lindos!!! entrei em casa gritando... Papai, mamãe... Olhem só o que ganhei... Meu pai somente olhou o objeto e imediatamente catou um chicote, me pegou pelo braço e foi comigo até a casa da professora para confirmar se ela realmente tinha me dado ou eu tinha roubado, me fazendo passar por uma baita vergonha. A professora confirmou o presente. Mas foi assim que aprendi com esses dois seres, que não podia pegar nada de ninguém. Por isso eu devo a meus pais tudo que sou... Principalmente a minha mãe Durvinha! que para mim foi a melhor do mundo, até hoje ainda choro pelo vazio que ela deixou em minha vida... Saudades eternas... Mãe e pai que Deus os conserve em um bom lugar!!! Obrigada pelo privilégio de vocês terem sido meus pais...
   Com ternura da filha Neli (Lili)
Extraído do blog: "Lampião Aceso"

Um provável esquecimento

Por: José Mendes Pereira
Só para efeito de ilustração

Leio diversas histórias que muito me deixam prazeroso, não pelo fato delas serem ridículas para a sociedade, mas por serem escritas cuidadosamente, com carinho e com fundamento por bons escritores ou jornalistas.
               
O leitor quando se decide em ler um fato, e ao principiá-lo, fica com o olhar direcionado à página, de cima a baixo, já procurando a prova do acontecido, que na verdade é a  foto do personagem.
             
Muitos escritores, repórteres, jornalistas, pesquisadores e entrevistadores, quando fazem os seus carinhosos trabalhos, muitas vezes se esquecem de fazer fotos com os seus personagens, e acabam voltando à residência do entrevistado para com ele fazer o que mais chama a atenção do leitor, uma imagem do personagem que figura no artigo. 
               
Alguns fatos que acontecem de mortes, de violências..., e quando a população toma conhecimento, fica procurando jornais,  no intuito de ler a reportagem, e principalmente ver a foto do elemento que praticou atos contra alguém.  
               
No entender de todos, uma foto fala por cem palavras, e é a grande prova do assaltante, do criminoso, do estuprador...
                  
A foto, o leitor ver a fisionomia do delinquente, e se for inteligente, lê até seus pensamentos psicológicos, condenando-o às grades ou até o absorvendo.
             
Nesses trabalhos sobre "CANGAÇO", muito me preocupo em colocar  as fotos dos personagens que figuram nos textos, justamente para que o leitor, ao ler outro artigo, e ver novamente aquela determinada foto, já sabe quem é o personagem que está aparecendo no novo texto.
             
Existem alguns jornalistas que não querem aparecer nos seus artigos. Pense bem! Se o jornalista não é marginal, não tem problemas com a justiça, não é trambiqueiro, não é terrorista ou outra coisa parecida, por que esconder o seu rosto no seu próprio artigo?
              
Mas se pensarmos bem, esquecem de fazer fotos, pela pressa, pois muitas vezes é um "furo", e se apressam esquecendo o mais importante, porque o desejo é de dar a notícia primeiro do que outros. 
              
Parabéns a todos os jornalistas, escritores, pesquisadores, historiadores, pois não existe uma profissão tão linda quanto a de redigir.  Os famosos artistas ganham muito dinheiro,  mas o que eles representam no palco ou no cinema, foi na verdade redigido por um escritor.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Alagadiço e a Polêmica Saga de Zé Baiano

Por: Manoel Severo 

            
           Nós que somos apaixonados pela temática cangaceira, que por muitos minutos, horas, dias, meses e alguns: vidas; percorremos este mundão de caatingas perdidas de nosso nordeste, não cansamos em nos surpreender com a forte energia que os cenários do cangaço acabam nos trazendo.

          
           Estivemos, ainda no primeiro semestre deste ano, visitando a simpática Alagadiço, distrito do município de Frei Paulo, Sergipe; cerca de 70 Km da capital Aracaju.
            Quem já se aventurou a conhecer um pouquinho mais a história de Lampião em Sergipe, com certeza terá em Alagadiço, pouso certo para um dos mais marcantes episódios do mundo cangaceiro e um de seus mais intrigantes personagens: Zé Baiano.
.
Mané Moreno, Zé Baiano e Zé Sereno
.
           Foi nesse pequeno pedaço de chão, encravado no meio do sertão sergipano, que perderia a vida o “Pantera Negra dos Sertões”, um dos mais cruéis cangaceiros que já pisaram as terras nordestinas, Zé Baiano. Alagadiço foi por muito tempo um coito seguro para Lampião e os vários sub grupos sob sua liderança; para ali foi estabelecido o comando do famigerado cangaceiro de Chorrocho.

O rei Lampião
          
            Zé Baiano, negro alto, nariz achatado, "feio demais, parecia um gorila", segundo informações de quem conviveu com a fera; passou a visitar costumeiramente as terras do Alagadiço e em especial a casa de um determinado morador: Antonio de Chiquinho; que passou a ser o principal coiteiro da região.

            O inesperado aconteceria em 7 de Julho de 1936, Antonio de Chiquinho, cansado das perseguições das forças policiais, une seis companheiros civis e a partir de uma ousada ação de traição, mata Zé Baiano e seu grupo. Ao final quatro cangaceiros estavam mortos no meio da caatinga de Lagoa Nova, Alagadiço.


            Zé Baiano ficou famoso por sua crueldade e desumanidade, e dois episódios marcaram a ação do bandido: A morte de sua amada Lídia, supreendida em adultério e morta a pauladas pelo companheiro e pela absurda prática de ferrar as muitas sertanejas que lhes caiam em desgraça.
.
          
              No local da morte do bando; foi edificado pelo pesquisador Antônio Porfírio, um pequeno mausoléu: Ali "descansam" Zé Baiano, Demudado, Chico Peste e Acelino.

Doutor Antonio Porfírio
          
             Também em Alagadiço se encontra um Museu do Cangaço, com peças pertencentes ao grupo de cangaceiros, livros, fotografias, enfim. Dentre os artefatos mais curiosos; o temível "ferro" do perigoso cangaceiro. Para os amantes do tema sugerimos a leitura do livro: “Lampião e Zé Baiano no povoado Alagadiço” de autoria de nosso confrade e amigo Antônio Porfírio.
.
Sawanna, uma das apresentadoras do Cariri Cangaço
e o ferro de Zé Baiano

Pai do Pesquisador Antonio Porfírio
e Severo no Museu do Cangaço

.

REVENDO COMENTÁRIOS

            Este é um comentário do pesquisador e colecionador do cangaço, Ivanildo Alves da Silveira,


 sobre o artigo:  "ALAGADIÇO E A POLÊMICA   SAGA DE ZÉ BAIANO", escrito por  Manoel Severo,

 

publicado no blog: "Cariri Cangaço", em novembro de 2009. 

             Amigo Severo:

             Parabéns pela matéria sobre o famigerado "ZÉ BAIANO".


Zé Baiano

            Realmente, quem tiver a oportunidade de ir a Sergipe, não deixe de dar um pulinho até o povoado de ALAGADIÇO (dista 70 km de Aracaju). Nesse local, estão os restos mortais de ZÉ BAIANO, e mais três cangaceiros.

 Local onde estão enterrados os restos mortais de:
 Zé Baiano, Demudado, Chico Peste e Acelino.
           
           O escritor Antonio Porfírio, que possui uma chácara na comunidade, acima nominada, possui um Museu, com objetos de cangaceiros (armas, punhais, objetos..etc..), e tem o prazer de mostrar aos visitantes.

Dr. Antonio Porfírio - Pesquisador
           
            Conheça, também, "A TOCA DE ONÇA", gruta de pedra, na fazenda Caipora/Alagadiço, onde o Zé Baiano se escondia.

A toca de Onça
         
           Também, na área, existe um famoso pé de MULUNGU, que apresenta um profundo buraco em sua base, onde Zé Baiano, guardava armas, dinheiro e jóias.


           Em Aracaju/SE, o visitante poderá conhecer o "Memorial de Sergipe", situado na AV. Via costeira, onde tem uma sala, totalmente dedicada ao cangaço.


           Nele, você conhecerá a "CRUZ" original, a qual foi colocada em Angicos pelo Cel. João Bezerra, em homenagem à Batalha/Morte de Lampião.

 O homem que está segurando o chapéu, é Cel. João Bezerra.
O que está em cima da pedra, é o Sr. Manoel Pereira, chefe da estação de trem de Piranhas. E ao centro o ferreiro da estação, que ajudou na construção da cruz. 
     
          Lá, também, tem um rico acervo (armas, punhais, bornais, cartucheiras, retratos...etc..etc..)ligados ao ciclo do cangaço.

          
OBSERVEM CUIDADOSAMENTE

            Vejam logo abaixo, sensacionais "fotos", postadas, originalmente, na Comunidade Lampião - discussão técnica pelo grande garimpador do cangaço, o nosso amigo "Rubens Antonio", referente à exumação dos corpos do famigerado "Zé Baiano"e seus comparsas, "Acelino, Demudado, e Chico Peste", no povoado do Alagadiço, município de Frei Paulo, no Estado de Sergipe. ...


Zé Baiano

         
           Corpos de  Zé Baiano, Demudado, Chico Peste e  Acelino, após a exumação no lugar "Alagadiço", município de Frei Paulo-SE. 


Grupo de extermínio

Foto: Museu Particular de Alagadiço do escritor,
Dr. Antonio Porfírio

             A cima, grupo de civis liderados por "Antonio de Chiquinha" (punhal na mão), que mataram o famigerado Zé Baiano e seus comparsas. 

            
            Cruz contendo os nomes dos cangaceiros mortos, Alagadiço - Frei Paulo - Sergipe.


             Urna de vidro, que guarda os ossos dos cangaceiros: Zé Baiano, Chico Peste, Demudado e Acelino. Observar que os ossos, estão devidamente acondicionados e preservados.
             Obs: As fotos do túmulo de Zé Baiano pertencem ao nosso arquivo pessoal, e foram feitas quando de nossa visita ao local em 2008, devidamente acompanhdo pelo amigo, o Dr. Antonio Porfírio, grande conhecedor da "Saga dos cangaceiros naquela região".


Um abraço a todos
IVANILDO ALVES SILVEIRA
Colecionador do cangaço


Parabém ao Doutor Ivanildo Alves pelo excelente  trabalho.


José Mendes Pereira

G1 encontra cangaceira de 95 anos em Alagoas

Aristéia Soares de Lima vive em Delmiro Gouveia e não
tem saudades do cangaço. Ela lutou pelo grupo do cangaceiro
Moreno, comandado por Lampião.

Glauco Araújo Do G1, em Delmiro Gouveia (AL)

Foto: Glauco Araújo/G1

            Uma das últimas remanescentes da luta do cangaço vive há três anos na cidade de Delmiro Gouveia, em Alagoas. Aristéia Soares de Lima, 95 anos, disse que não tem saudades do tempo em que viveu na caatinga.        
            Ela também relata que a vida dos cangaceiros melhorou depois da morte de Lampião, pois os integrantes do movimento passaram a ser menos perseguidos pelas volantes (polícia da época).

Bando de Lampião
         
            Completamente serena e lúcida, ela recebe todos que a visitam com extrema simpatia e revela que não gostava de fazer parte do cangaço. Só fez parte do grupo por falta de opção. “Sou mais feliz hoje do que no tempo do cangaço. Foi um tempo muito sofrido.”
         Ela disse também que chegou a passar fome depois do fim do cangaço, em 1940. “Comia cacto, meu filho. Também comia batata do umbuzeiro (raiz da árvore) e palma. Não foi fácil. Agora a gente tem aposentadoria e o velho vive melhor.” Aristéia vive em uma casa com um dos filhos, nora e netos. A fachada do imóvel ostenta a bandeira do São Paulo, time de futebol paulista, uma das paixões da família dela.
Amiga no cangaço

         Mas nem só de tristeza lembra a cangaceira quase centenária. Ela guarda na memória momentos de amizade que viveu ao lado de Durvalina Gomes de Sá, conhecida como Durvinha, morta em junho deste ano em Minas Gerais.

Durvalina
         
            “Era a cangaceira mais bonita. Eu gostava muito dela”, disse Aristeia, que ficou emocionada ao falar da amiga de confidências.

 
Aristeia e Durvalina
        
           Aristeia não lutou diretamente com Lampião, que ela afirma nunca ter conhecido pessoalmente, nem mesmo Maria Bonita.

O rei Lampião e Maria Bonita

           “Eu era do grupo de Antonio Moreno (marido de Durvinha).

O cangaceiro Moreno

          Nunca vi Lampião. Só a cabeça dele, quando mostraram para todo mundo em Piranhas (AL). Não tive medo, pois estava presa e não tinha motivo para cortarem a minha cabeça também.”

De cima para baixo: Maria Bonita, Luiz Pedro e  Lampião

           As mortes de Lampião e Maria Bonita completaram 70 anos nesta segunda-feira (28).

11 cabeças de cangaceiros

            Eles foram mortos em uma emboscada na Grota de Angicos, em Poço Redondo (SE), em 1938. Outros nove cangaceiros e um policial morreram no local. 

O policial Adrião Pedro de Souza

Anonimato

          Arister ficou anônima durante décadas até ser descoberta, em maio de 2007, pelo historiador João de Souza Lima, 43 anos.


             Antes, a cangaceira vivia na Fazenda Lajedo do Boi, no povoado Capiá da Igrejinha, em Canapi (AL).
            Em uma viagem recente feita com o historiador, de avião, para Fortaleza (CE), a cangaceira lembrou de um momento que considera um dos mais engraçados de sua vida. “Ela tem uma memória muito boa. Se você passar um dia com ela vai voltar com umas cinco histórias do cangaço na bagagem”, disse Souza.
            A cangaceira lembrou do sonho de voar. “Eu estava na roça de casa quando vi uns urubus voando no céu e pensei. Um dia vou voar nisso aí (mesmo sem saber que aquilo era uma ave). Minha amiga começou a rir de mim. Queria que minha amiga estivesse viva hoje pra mostrar que eu consegui e caçoar dela. Voei de avião e duas vezes”, disse orgulhosa.

Observação:

Este artigo foi publicado no dia 29 de julho de 2008


Acesse sempre este blog.