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domingo, 5 de abril de 2015

ROSA PARKS, UMA MULHER SÍMBOLO


Em 1955 o racismo nos Estados Unidos estava no auge. E foi nesse ano, que em Montgomery, uma costureira negra entrou para a história ao recusar a ceder seu lugar no ônibus para um homem branco, como determinava a lei vigente. Com essa atitude, Rosa Parks foi presa, perdeu o emprego e ainda recebeu ameaças de morte. O jeito foi mudar de cidade.

O seu gesto desencadeou duas fortes reações: um boicote nos ônibus pelos negros que durou 381 dias liderado pelo então pastor Martin Luther King que já liderava um movimento pelos direitos civis igualitários.

E com isso, ainda, ajudou a Luther King a decolar sua campanha que acabou tendo sucesso.

Mais tarde, já em liberdade, Rosa confessou achar errada a lei da segregação racial e “não tinha obrigação de se levantar para um homem branco”. Rompeu assim, com o sistema de apartheid.

Os Estados Unidos 41 anos depois reconheceram e aplaudiu o ato de Rosa Parks, a premiando com a Medalha Presidencial pela Liberdade.

Morreu dormindo em sua casa, na cidade de Detroit aos 92 anos. Passou a ser símbolo da luta antirracista dos Estados Unidos.

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SILA, A SOBREVIVENTE


Ela entrou no Cangaço aos 14 anos. Foi escolhida (hoje seria sequestrada) por Zé Sereno, um dos homens mais famosos de Lampião. E lá se foi Sila, como era chamada, Sertão à dentro, arriscando a vida, quase uma menina, sem ter noção do mundo que iria encontrar e, sobretudo, que iria escapar do massacre de Angico. Foi uma sobrevivente e ficou famosa. É terceira, depois de Dadá e da rainha Maria Bonita.

Nasceu em Poço Redondo, Sergipe, recebeu o nome de Ilda Ribeiro da Silva e tinha muitos irmãos. Sabia costurar, bordar e cozinhar. Sua vida no Cangaço foi de apenas dois anos. Testemunhou as mortes dos companheiros e das volantes. Foram cenas que ela jamais esqueceu, tanto que, depois de Angico, contou essas histórias para a imprensa. Seus depoimentos eram contraditórios e por esse motivo, muitos pesquisadores não a levavam a sério. Foi a cangaceira mais próxima a Maria Bonita.

Muito solicitada pela mídia, até mesmo com a idade avançada, talvez isso tenha contribuído para ela confundir os fatos. Entretanto, uma característica Sila conservou: a vaidade. Sempre perfumada e bem vestida. Lembrava que, nos tempos do Cangaço, cheirava a Royal Briar, usava o pó facial Dorly e o óleo de lavanda nos cabelos.

Escapando da morte em 1938, Sila foi morar na Bahia e depois São Paulo onde trabalhou no comércio e na TV Bandeirantes, sendo costureira dos figurinos das novelas. Seu marido, Zé Sereno era funcionário público. Teve cinco filhos. Escreveu um livro contando sua história. Morreu em fevereiro de 2005.

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ADÍLIA, A VAIDOSA


‘’ Para onde você for, eu vou. Até para o inferno”. Foi a resposta de Adília, uma bela morena de olhos brilhantes deu para o então namorado Bernardino, apelidado de Canário, um dos cangaceiros mais valentes do bando de Lampião e ao mesmo tempo era considerado o mais feio. Isso aconteceu no ano de 1936.

A proposta de Canário chegou bem a tempo, uma vez que os pais de ambos os jovens apaixonados não aprovavam o namoro, principalmente os de Adília. Ela, extremamente vaidosa, queria usar maquiagem: batom, rouge e pó de arroz, mas era impedida pelo pai. Então, indo para o Cangaço Adília poderia usar o que tivesse vontade e, aos 16 anos incompletos seguiu os passos do seu amado nas matas, nas caatingas sertanejas durante dois anos. Estava livre então, do controle familiar. Nesse período, Adília teve dois filhos, mas o último Canário não conheceu, pois morreu antes em um dos tiroteios.

Após a morte do companheiro, Adília se entregou à polícia, foi presa. Posta em liberdade, mais tarde casou. Pouco antes de sua morte em 2002, contou para um repórter que gostaria de conhecer seu primeiro filho que “mora em São Paulo, mas não sei aonde” …

Adília não foi uma cangaceira das mais famosas, mas marcou por desafiar seu pai e o seu tempo. Os que a conheceram afirmam que era uma mulher doce e parecia viver de recordações. Maria Adília de Jesus nasceu em Poço Redondo (Sergipe).

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MORENO CANGACEIRO... INACINHO POLICIAL/SOLDADO...


Moreno cangaceiro... Inacinho policial/soldado... pai e filho em lados opostos, porém em épocas diferentes. Um ao lado do crime... o outro contra.

E se por acaso tivessem sido contemporâneos, ou seja da mesma época, e porventura ocorresse um encontro durante um combate entre ambos... mesmo sabendo do laço de sangue... será que aconteceria um embate entre pai e filho? você seria capaz de atirar/matar um ente querido em nome da soberania de seu país?

Fonte: facebook
Página do Geraldo Antônio de Souza júnior (administrador)

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FOTO DO LOCAL ONDE ESTÃO OS OSSOS DO FAMIGERADO CANGACEIRO ZÉ BAIANO.


O CANGACEIRO QUE FERRAVA AS MULHERES, NO ROSTO, NÁDEGAS..ETC.

Foto: cortesia Marcelo Rocha/Antonio Porfírio.
Local: Alagadiço - SE (dista 70 km de Aracaju, estrada asfaltada)


Fonte: faebook
Página: Voltaseca Volta.

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CHEGOU O LIVRO “PELAS ESTRADAS DA VIDA”, de IVUS LEAL


O livro “Pelas Estradas da Vida”, do Professor Ivus Leal, é uma coletânea de 41 crônicas publicadas no jornal Folha Sertaneja (entre os anos de 2004 e 2014), 05 crônicas das publicadas no Jornal Paulo Afonso (entre os anos de 1997/2000), 12 “causos” dos publicados no jornal A Voz dos Municípios (entre os anos de 2012/2014) e 5 textos inéditos, produzidos em 2014, um total de 63 textos que nos levam aos mais diferentes lugares do Brasil. É mesmo uma boa viagem pelas estradas da vida.

O livro tem 152 páginas e foi produzido pela GALCOM Comunicações, dentro dos 11 anos de criação do jornal Folha Sertaneja, com apoio cultural do jornal Folha Sertaneja, Suprave, O Ferrageiro e Secretaria de Cultura e Esportes da Prefeitura de Paulo Afonso.

COMO ADQUIRIR O LIVRO EM PAULO AFONSO:

O lançamento, com autógrafos do autor, está ainda em organização, sem data e local definidos mas o livro já pode ser adquirido, a partir da segunda-feira, dia 09 de Março, na GALCOM Comunicações, Rua da Concórdia 555 – Bairro General Dutra/Chesf (tel: 3282-0046) e, posteriormente no Supermercados Suprave e na Livraria Central.


O preço do exemplar é R$25,00 e, na GALCOM Comunicações e SUPRAVE pode ser adquirido com cartão débito/crédito.

QUEM MORA FORA DE PAULO AFONSO:

Os que moram fora de Paulo Afonso podem também adquirir o livro “Pelas Estradas da Vida”, que será enviado pelos Correios. O valor tem o acréscimo de R$8,00 (taxa dos Correios).

Para isso, envie um email PARA professor.gal@gmail.com ou em mensagem inbox no Facebook Antonio Silva Galdino, com o endereço completo, incluindo CEP.

O depósito do valor de R$33,00 (livro + taxa dos Correios) deve ser feito em conta corrente do Banco do Brasil ou do Bradesco. (o número será fornecido na resposta do seu email).

Como a tiragem foi pequena, os interessados devem procurar adquirir o(s) seu(s) exemplar(es) o mais rápido possível.

Fonte: facebook

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A EX-CANGACEIRA DURVINHA E O FILHO INÁCIO

Por Geraldo Júnior
Na fotografia Inacinho e sua mãe, a ex cangaceira Durvinha (Durvalina).

Hoje início o dia trazendo a imagem de uma mãe e de um filho que durante sessenta e seis anos permaneceram afastados e sem qualquer tipo de contato.

Inacinho (Foto) foi deixado por seus pais, os cangaceiros Moreno e Durvinha, aos cuidados do Padre Frederico da cidade de Tacaratu-PE no ano de 1939, logo após o seu nascimento.

As perseguições aos cangaceiros estavam intensas em todo o Nordeste, o cangaço agonizava, Lampião já não mais existia e a cada dia a vida na caatinga se tornava mais difícil. Muitos cangaceiros(as) já haviam se entregado às autoridades por não haver mais motivo para seguirem na luta do cangaço.

Moreno e Durvinha ao contrário dos demais, decidiram abandonar o cangaço, mas não se entregaram, resolveram partir em uma arriscada fuga em busca do desconhecido, deixando para trás suas famílias, suas histórias passadas e recomeçando nova vida longe das armas.

Mantiveram seus passados em segredo durante décadas, até que no ano de 2005 Moreno adoece e resolve revelar aos filhos quem eles foram no passado.

Dois personagens tido durante anos como mortos, reaparecem e voltam novamente à serem destaques nos mais variados meios de comunicação do país.

O reaparecimento do casal cangaceiro possibilitou o reencontro de pais e filho que durante quase sete décadas estiveram separados e incomunicáveis, ligados apenas através dos pensamentos e das incertezas.

Inacinho surge como um "novo" membro da família e tem o sonho de reencontrar seus pais realizado.

Como dizem que uma imagem vale mais que mil palavras eu deixo que a imagem acima fale por mim.

Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador)
Fonte: facebook  - Página: Geraldo Júnior ‎O Cangaço

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LAMPIÃO A RAPOSA DAS CAATINGAS

Por Antonio José de Oliveira

Na realidade Pesquisador Mendes, o livro LAMPIÃO: A RAPOSA DAS CAATINGAS oferece total segurança nas informações, por ser fruto de um trabalho minucioso e didaticamente perfeito, realizado em profundidade durante onze anos de pesquisa.


Posso afirmar sim, uma vez que tive o prazer de lê-lo por completo. O autor desenvolveu uma ampla pesquisa de campo, além da bibliográfica e documental. 

Autor deste livro José Bezerra Lima Irmão e o escritor João de Sousa Lima

Não conheço pessoalmente o Bezerra Lima, mas pelo que pude interpretar na leitura do seu livro, trata-se de um escritor que, na medida do possível buscou a "verdade verdadeira". Acredito Mendes, que esta segunda edição irá logo desaparecer das prateleiras das livrarias, e ele terá que partir para uma TERCEIRA ETAPA.

A 2ª edição continua sendo vendida através dos endereços abaixo:

josebezerra@terra.com.br
(71)9240-6736 - 9938-7760 - 8603-6799 
Pedidos via internet:
Mastrângelo (Mazinho), baseado em Aracaju:
Tel.:  (79)9878-5445 - (79)8814-8345
E-mail:   lampiaoaraposadascaatingas@gmail.com 

Clique no link abaixo para você acompanhar tantas outras informações sobre o livro.

http://araposadascaatingas.blogspot.com.br 

O CANTOR JOÃO MOSSORÓ FARÁ SHOW, HOJE, SÁBADO, NO RIO DE JANEIRO


O cantor João Mossoró fará show, hoje, sábado, 
no Rio de Janeiro, no bairro Benfica no"Mercadão Cadegue".




Será uma festa bastante animada, quando o artista cantará as mais lindas canções.

Você que mora no Rio de Janeiro prestigie o artista, participando do seu show.

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FRANCISCO SELEDON DE MOURA, PATUENSE DE VANGUARDA - PATU/RN

O Mossoroense - Publicado em 05 de Abril de 2015 por Redação
Seledon Hemetério e Petronila de Moura, pais de Francisco Seledon

Sempre à frente do seu tempo, o patuense Francisco Seledon de Moura se destacou na área do comércio e política da região Oeste. Se vivo fosse, neste ano completaria 90 anos de idade. Agora em 2015 fará 40 anos de sua morte, mas seu exemplo de trabalho e solidariedade ao próximo permanece vivo em seus familiares e conhecidos.

Natural de Patu, Francisco Seledon de Moura nasceu no dia 25 de março de 1925, filho de SeledonHemetério de Moura e Maria Petronila de Moura. Em 1949, casou-se com Rita Silvana de Moura e construíram uma família numerosa com 14 filhos, 23 netos e 18 bisnetos.

Começou a trabalhar aos seis anos, ajudando o seu pai que era agropecuarista daquela região serrana. A familiaridade com os números fez com que ele deixasse a lida com o pai e iniciasse no ramo do comércio. Em 1952, saiu de Patu em direção a Juazeiro do Norte (CE), onde foi comprar ouro para revenda na sua região de origem.

Nas atividades comerciais acumulou os ramos de joalheria e ótica (com pontos comerciais em Almino Afonso, Umarizal, Patu, Olho D'água do Borges e em Mossoró); um bar em Patu e outro em Mossoró. Além disso, na fase áurea dos crediários, influenciou o comércio de parte do litoral setentrional do Rio Grande do Norte e algumas cidades do Ceará.Com o crescimento do comércio,conseguiu adquirir seu primeiro automóvel, um Jeep Willys, 1951. 

Com seu carisma, conquistou grandes amizades, como com o empresário Porcino Fernandes da Costa, Vingt Rosado e Dix-huit Rosado, Milton Marques de Medeiros, Canindé Queiroz, entre outros. 

Teve forte atuação na área política. Juntamente com um grupo de sua família conseguiu grandes benefícios para sua cidade e região.Com o surgimento da colonização das vilas rurais, hoje Serra do Mel, iniciou um comércio na região e paralelamente conduzia colonos de Mossoro à Serra do Mel gratuitamente.

Era 9 de dezembro de 1975, a caminho do sítio São Jorge, onde iria comemorar o aniversário de sua esposa, ele vinha no seu fusca e chocou-se na traseira de um caminhão velho carregado de lenha que estava parado na pista, e morreu no local. Francisco Seledon de Moura deixou o exemplo de um homem de bom coração e que valoriza às pequenas coisas da vida.

Fonte principal: O Mossoroense

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Dr. Lima - Um Potyguar em Terras Alencarinas Engenheiro Agrônomo/Radialista/Professor
Cruz/CE

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O NASCIMENTO DO CONSELHEIRO, HÁ 185 ANOS

Por José Gonçalves

Antônio Vicente Mendes Maciel, mais tarde conhecido pela alcunha de Antônio Conselheiro, viera ao mundo no dia 13 de março de 1830, em Quixeramobim, na velha província do Ceará.

Morto o pai, a quem auxiliava na lide do comércio, em sortida casa de secos e molhados, localizada na praça da antiga vila, passa a desempenhar, cada um ao seu tempo, os ofícios de professor, caixeiro viajante, construtor civil e advogado popular.

Após sucessivas incursões pelo interior da província, e influenciado por beatos e penitentes, a exemplo do padre Ibiapina, adotou o ofício religioso, empreendendo, a partir daí, longo percurso pelos sertões ensolarados do nordeste. Portando-se ao modo dos missionários, passou a apresentar-se em sítios e povoados, instruindo e aconselhando a gente humilde, que a ele recorria sequiosa dos seus ensinamentos.

Em 1874, tendo deixado seu torrão de origem, cruzou a província de Pernambuco e aportou nas terras de Sergipe, onde permaneceu por alguns meses, pregando e dando conselhos. No mesmo ano, apareceu nos sertões da Bahia, a essa altura já famoso e desfrutando do prestígio popular.



Homem de fé e leitor assíduo da Bíblia, Antônio Conselheiro não demoraria a tomar a defesa dos pobres e humilhados. Numa região profundamente marcada pela miséria e opressão, ele se apresentava como a grande esperança das massas injustiçadas.

Começou como rábula, uma espécie de advogado dos pobres, que atuava em pequenas causas, sempre em defesa dos menos favorecidos. Posteriormente, ao presenciar de perto a situação de abandono a que fora relegado o nordeste – abandono não só da parte do poder público como também das autoridades eclesiásticas – empreendeu esforços na construção de estradas, igrejas, cemitérios e aguadas, amenizando, dessa forma, a dor e o sofrimento da gente mais necessitada.

De índole pacifica, jamais apelou para as armas, tampouco optou por mecanismos político-partidários. Antes, buscou enfrentar os gravíssimos problemas que afligiam o nordeste à luz das escrituras sagradas e com base em renomados mestres e pensadores cristãos, como Santo Agostinho, São Tomás de Aquino, Thomas Morus, dentre outros.

Propagador de um novo modelo de sociedade e sintonizado com os anseios mais profundos das massas sertanejas, Conselheiro pregou a paz, a justiça e a solidariedade. Com a mesma determinação, combateu mazelas que, de muito, impregnavam a sociedade nordestina, como a cobrança abusiva de impostos, o trabalho escravo, o “voto de cabresto”, o clientelismo político, o latifúndio, a pobreza, o atraso, o analfabetismo.

Tais expedientes, secularmente mantidos pelos donos do poder, tornavam a população nordestina cada vez mais pobre e dependente. Por conta disso, muitos eram levados a migrar para outras regiões do Brasil, especialmente a Amazônia, onde acabavam empregados na exploração da borracha. Sem o mínimo de assistência por parte do setor governamental, aquele que teimava em permanecer em seu torrão natal era obrigado a submeter-se aos caprichos dos senhores da terra, trabalhando de sol a sol, na condição de quase escravo, a fim de garantir o sustento da família.

As constantes estiagens pioravam ainda mais a situação dos pobres. Sem água, sem comida e sem trabalho, famílias inteiras abandonavam seus lares, engrossando o cordão de retirantes que, dia e noite, vagavam sem destino pelas estradas do nordeste, em busca de algum auxílio que pudesse mitigar suas dores e sofrimentos. Famintos e exaustos, muitos deles acabavam morrendo durante as longas e árduas viagens, sendo sepultados ou lançados às margens das estradas, onde permaneciam para sempre, acompanhados apenas de velhas e rudes cruzes de madeira.

Inspirado nos textos bíblicos, Antônio Conselheiro levou sua palavra aos mais recônditos lugarejos do nordeste. Proclamando a caridade, o perdão e o amor ao próximo, fomentou relações solidárias na família, no trabalho e nos negócios. De contrapartida, combateu o furto, a violência, o adultério, a prostituição, o alcoolismo, e toda sorte de vício.

Conselheiro era tido como pregador fascinante, possuidor de voz sonora e arrebatadora, a ponto de deixar seus ouvintes às vezes extasiados. Nas palavras de uma conselheirista, dona Evangelina, “parecia inté que a gente tava em riba das nuve, voano pro céu.”

Em junho de 1893, acompanhado de centenas de fiéis seguidores, chegou a antigo logradouro situado às margens férteis do rio Vazabarris, na época município de Monte Santo/BA, e ali estabeleceu o arraial de Canudos, também conhecido como Belo Monte. Tinha início a fase decisiva da saga de Canudos e Antônio Conselheiro.

José Gonçalves do Nascimento
jotagoncalves_66@yahoo.com.br


Fonte: facebook

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A PRISÃO DOS MISSIONÁRIOS AMERICANOS


Como bem disse Ariano Suassuna: "Lampião era engraçado".

(Texto e foto extraídos do Livro "Lampião, a Raposa das Caatingas", de José Bezerra Lima Irmão)

No dia 29 de novembro de 1930, Lampião estava descansando na casa-grande da fazenda Riacho Verde, do amigo José Malta, ao lado de Mata Grande, no estado de Alagoas, quando trouxeram à sua presença uns sujeitos branquelos, de fala enrolada, que tinham sido aprisionados pelos cangaceiros a meia légua da cidade. Eram uns missionários americanos. Havia também uma mulher. O líder era o missionário Virgil Smith. Estavam acompanhados do professor de matemática Maurício Wanderley. Lampião perguntou ao missionário como era o seu nome e o que ele fazia. Como o americano não se expressasse bem em português, o professor Maurício explicou:


- O nome dele é Virgílio, Capitão. É um missionário americano e está ensinando o caminho certo ao povo.

- Então somo colega – disse Lampião -, purque eu tamém tou corrigino os erro desta gente. Diga pra ele o qui é qui eu faço cum muié de vestido curto e cabelo cortado... E diga também que eu quero onze conto pra sortá eles.

Os missionários entregaram tudo o que tinham – apenas umas cédulas e umas moedas. Lampião devolveu as moedas:

- Toma isto, qui ei nun sou cego pra aceita ismola de vintém. Tratem de arranjá o resto do dinheiro.

Os missionários não tinham mais dinheiro. Mas quem disse que estavam preocupados? Diziam-se felizes por ter a oportunidade de pregar o Evangelho para aquelas criaturas, que também eram filhas de Deus. Começaram a ler trechos da Bíblia em voz alta e a cantar hinos de louvor. Lampião impacientou-se:

- Mininos, sortem esse cabra e mande eles imbora qui eu nun aguento mais essa zuada! Pra rezá precisa gritá tanto?! Será qui eles pensa qui Deus é surdo?!!!

Fonte: facebook
Página: Antônio Corrêa SobrinhoCangaçofilia

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